Síndrome antifosfolipídica
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- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
não gestante com trombose aguda
heparina de baixo peso molecular ou não fracionada
Depois que o diagnóstico estiver confirmado, a maioria dos pacientes são inicialmente anticoagulados com heparina de baixo peso molecular ou não fracionada, seguida por anticoagulação oral com um antagonista da vitamina K.[8]Lim W, Crowther MA, Eikelboom JW. Management of antiphospholipid antibody syndrome: a systematic review. JAMA. 2006 Mar 1;295(9):1050-7. http://jama.ama-assn.org/cgi/content/full/295/9/1050 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16507806?tool=bestpractice.com [43]Tektonidou MG, Andreoli L, Limper M, et al. EULAR recommendations for the management of antiphospholipid syndrome in adults. Ann Rheum Dis. 2019 Oct;78(10):1296-304. https://ard.bmj.com/content/78/10/1296.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31092409?tool=bestpractice.com A heparina de baixo peso molecular é preferível à heparina não fracionada.
Caso a heparina não fracionada seja o agente de tratamento escolhido, a atividade é monitorada usando tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) frequente ou medições de fator anti-Xa, com dose ajustada com base nos protocolos locais; aqueles com anticoagulante lúpico terão um TTPa prolongado, então o monitoramento com níveis de anti-Xa é preferível.
Opções primárias
dalteparina: 100 unidades/kg por via subcutânea duas vezes ao dia, máximo de 18,000 unidades/dia
ou
enoxaparina: 1 mg/kg por via subcutânea duas vezes ao dia; ou 1.5 mg/kg por via subcutânea uma vez ao dia
Opções secundárias
heparina: 80 unidades/kg em bolus intravenoso, seguidas por infusão de 18 unidades/kg/hora
varfarina após heparina de baixo peso molecular ou não fracionada
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Como pacientes com síndrome antifosfolipídica apresentam alto risco de trombose recorrente após suspensão da anticoagulação, a recomendação geral é continuar a anticoagulação em longo prazo se a trombose não tiver fatores precipitantes.[8]Lim W, Crowther MA, Eikelboom JW. Management of antiphospholipid antibody syndrome: a systematic review. JAMA. 2006 Mar 1;295(9):1050-7. http://jama.ama-assn.org/cgi/content/full/295/9/1050 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16507806?tool=bestpractice.com [43]Tektonidou MG, Andreoli L, Limper M, et al. EULAR recommendations for the management of antiphospholipid syndrome in adults. Ann Rheum Dis. 2019 Oct;78(10):1296-304. https://ard.bmj.com/content/78/10/1296.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31092409?tool=bestpractice.com [44]Derksen RH, de Groot PG, Kater L, et al. Patients with antiphospholipid antibodies and venous thrombosis should receive long term anticoagulant treatment. Ann Rheum Dis. 1993 Sep;52(9):689-92. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1005149/pdf/annrheumd00484-0071.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8239766?tool=bestpractice.com [45]Schulman S, Svenungsson E, Granqvist S. Anticardiolipin antibodies predict early recurrence of thromboembolism and death among patients with venous thromboembolism following anticoagulant therapy: Duration of Anticoagulation Study Group. Am J Med. 1998 Apr;104(4):332-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9576405?tool=bestpractice.com
As diretrizes para pacientes com SAF com trombose provocada são menos claras, pois faltam evidências no que diz respeito à duração da anticoagulação nesse contexto. A natureza do fator precipitante associado com o evento trombótico e os riscos de sangramento associados com a anticoagulação em longo prazo devem ser levados em consideração.
Os pacientes com história de evento tromboembólico venoso devem ser anticoagulados com um antagonista da vitamina K (por exemplo, varfarina) em uma razão normalizada internacional (INR)-alvo de 2.5 (variação 2-3). A varfarina deve ser iniciada ao mesmo tempo que a heparina de baixo peso molecular (ou heparina não fracionada) e os tratamentos devem ser sobrepostos até que a INR esteja estável, antes de interromper a heparina (consulte os protocolos locais para obter mais informações). Evidências sugerem que varfarina em alta intensidade não é melhor que varfarina em intensidade regular.[46]Crowther MA, Ginsberg JS, Julian J, et al. A comparison of two intensities of warfarin for the prevention of recurrent thrombosis in patients with the antiphospholipid antibody syndrome. N Engl J Med. 2003 Sep 18;349(12):1133-8. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa035241#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/13679527?tool=bestpractice.com [47]Finazzi G, Marchioli R, Brancaccio V, et al. A randomized clinical trial of high-intensity warfarin vs. conventional antithrombotic therapy for the prevention of recurrent thrombosis in patients with the antiphospholipid syndrome (WAPS). J Thromb Haemost. 2005 May;3(5):848-53. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1538-7836.2005.01340.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15869575?tool=bestpractice.com No entanto, pacientes com eventos tromboembólicos venosos recorrentes durante o tratamento foram excluídos desses estudos.
Os níveis de atividade cromogênica de fator X e fator II podem ser testados para orientar a terapia em pacientes com eventos trombóticos recorrentes ou TP/INR anormal na linha basal.[49]Cohen H, Efthymiou M, Devreese KMJ. Monitoring of anticoagulation in thrombotic antiphospholipid syndrome. J Thromb Haemost. 2021 Apr;19(4):892-908. https://www.jthjournal.org/article/S1538-7836(22)00710-3/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33325604?tool=bestpractice.com
O tratamento ideal para pacientes com eventos arteriais prévios continua controverso devido à falta de estudos prospectivos adequados nesse grupo. A terapia com alta intensidade de varfarina (variação de INR 3-4) ou a adição de aspirina em baixas doses para a anticoagulação foi recomendada para o tratamento desses pacientes. No entanto, os dados existentes não conseguiram comprovar que essas abordagens são superiores que a variação de INR-alvo padrão de 2-3.
O manejo de eventos recorrentes em pacientes que já foram anticoagulados em uma INR terapêutica mais alta é particularmente difícil. Os pacientes com trombose recorrente devem passar por uma avaliação detalhada para entender os fatores envolvidos. Os pacientes com trombose recorrente apesar da anticoagulação terapêutica podem precisar de uma INR-alvo de 3-4 e podem se beneficiar da terapia antiagregante plaquetária.[48]Okuma H, Kitagawa Y, Yasuda T, et al. Comparison between single antiplatelet therapy and combination of antiplatelet and anticoagulation therapy for secondary prevention in ischemic stroke patients with antiphospholipid syndrome. Int J Med Sci. 2009 Dec 5;7(1):15-18. https://www.medsci.org/v07p0015.htm http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20046230?tool=bestpractice.com
Opções primárias
varfarina: 2-10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, ajustar a dose de acordo com INR
Mais varfarinaA dose inicial pode ser calculada usando-se uma ferramenta online que leva em conta as características dos pacientes e/ou informações de genótipo CYP2C9/VKORC1 (se disponível). Warfarin dosing Opens in new window
manejo dos fatores de risco
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A otimização de outros fatores de risco da trombose é altamente recomendado, como abandono do hábito de fumar e tratamento de hiperlipidemia, hipertensão, diabetes e obesidade, assim como a abordagem dos fatores de imobilidade e uso de estrogênio.
gestante
heparina de baixo peso molecular ou não fracionada
Gestantes com trombose aguda devem receber anticoagulação terapêutica com HBPM ou heparina não fracionada durante toda a gestação. Elas podem passar para varfarina após o parto. A heparina de baixo peso molecular é preferível em gestantes em relação à heparina não fracionada, devido ao risco de fratura osteoporótica observada com o uso em longo prazo de heparina não fracionada na gestação.[74]Rajgopal R, Bear M, Butcher MK, et al. The effects of heparin and low molecular weight heparins on bone. Thromb Res. 2008;122(3):293-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17716711?tool=bestpractice.com
Caso a heparina não fracionada seja o agente de tratamento escolhido, a atividade é monitorada usando tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) frequente ou medições de fator anti-Xa, com dose ajustada com base nos protocolos locais; aqueles com anticoagulante lúpico terão um TTPa prolongado, então o monitoramento com níveis de anti-Xa é preferível.
Opções primárias
dalteparina: 100 unidades/kg por via subcutânea duas vezes ao dia, máximo de 18,000 unidades/dia
ou
enoxaparina: 1 mg/kg por via subcutânea duas vezes ao dia; ou 1.5 mg/kg por via subcutânea uma vez ao dia
Opções secundárias
heparina: 80 unidades/kg em bolus intravenoso, seguidas por infusão de 18 unidades/kg/hora
monitorização fetal + acompanhamento especializado multidisciplinar
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Recomenda-se realizar exames pré-natais e ultrassonografia seriada com frequência, devido ao risco de desfechos adversos da gestação (pré-eclâmpsia, restrição do crescimento intrauterino e descolamento de placenta).[56]Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. Reducing the risk of thrombosis and embolism during pregnancy and the puerperium. Green-top Guideline No. 37a. Apr 2015. [internet publication]. https://www.rcog.org.uk/globalassets/documents/guidelines/gtg-37a.pdf [57]American College of Obstetricians and Gynecologists. ACOG practice bulletin no. 132: antiphospholipid syndrome. Dec 2012 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/practice-bulletin/articles/2012/12/antiphospholipid-syndrome [75]Bouvier S, Cochery-Nouvellon E, Lavigne-Lissalde G, et al. Comparative incidence of pregnancy outcomes in treated obstetric antiphospholipid syndrome: the NOH-APS observational study. Blood. 2014 Jan 16;123(3):404-13. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24200687?tool=bestpractice.com
A monitorização fetal deve incluir uma ultrassonografia com Doppler das artérias uterinas em 20 a 24 semanas para observar a evidência de resistência vascular aumentada, que comprovadamente prediz a disfunção placentária em mulheres com síndrome antifosfolipídica.[58]Hunt BJ, Missfelder-Lobos H, Parra-Cordero M, et al. Pregnancy outcome and fibrinolytic, endothelial and coagulation markers in women undergoing uterine artery Doppler screening at 23 weeks. J Thromb Haemost. 2009 Jun;7(6):955-61. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1538-7836.2009.03344.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19320824?tool=bestpractice.com Em caso de anormalidade, ultrassonografias em série devem ser realizadas para monitorar a restrição do crescimento intrauterino.
varfarina pós-parto
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pacientes grávidas são tratadas com heparina durante a gestação e podem passar para varfarina após o parto. Como pacientes com síndrome antifosfolipídica (SAF) apresentam alto risco de trombose recorrente após suspensão da anticoagulação, a recomendação geral é continuar a anticoagulação em longo prazo se a trombose não tiver fatores precipitantes.[8]Lim W, Crowther MA, Eikelboom JW. Management of antiphospholipid antibody syndrome: a systematic review. JAMA. 2006 Mar 1;295(9):1050-7. http://jama.ama-assn.org/cgi/content/full/295/9/1050 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16507806?tool=bestpractice.com [44]Derksen RH, de Groot PG, Kater L, et al. Patients with antiphospholipid antibodies and venous thrombosis should receive long term anticoagulant treatment. Ann Rheum Dis. 1993 Sep;52(9):689-92. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1005149/pdf/annrheumd00484-0071.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8239766?tool=bestpractice.com [45]Schulman S, Svenungsson E, Granqvist S. Anticardiolipin antibodies predict early recurrence of thromboembolism and death among patients with venous thromboembolism following anticoagulant therapy: Duration of Anticoagulation Study Group. Am J Med. 1998 Apr;104(4):332-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9576405?tool=bestpractice.com No entanto, as diretrizes para pacientes com SAF com trombose provocada são menos claras, pois faltam evidências no que diz respeito à duração da anticoagulação nesse contexto. O fator precipitante associado com o evento trombótico e os riscos de sangramento associados com a anticoagulação em longo prazo devem ser levados em consideração.
Pacientes devem ser anticoaguladas com um antagonista da vitamina K em uma razão normalizada internacional (INR)-alvo de 2.5 (variação 2-3) pós-parto. Dois ensaios clínicos randomizados compararam diretamente a terapia com varfarina em intensidade regular e alta intensidade em pacientes principalmente com tromboembolismo venoso e observaram que a terapia de alta intensidade não foi melhor que a dos antagonistas da vitamina K com dose terapêutica regular, e pode estar associada a aumento da ocorrência de sangramento.[46]Crowther MA, Ginsberg JS, Julian J, et al. A comparison of two intensities of warfarin for the prevention of recurrent thrombosis in patients with the antiphospholipid antibody syndrome. N Engl J Med. 2003 Sep 18;349(12):1133-8. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa035241#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/13679527?tool=bestpractice.com [47]Finazzi G, Marchioli R, Brancaccio V, et al. A randomized clinical trial of high-intensity warfarin vs. conventional antithrombotic therapy for the prevention of recurrent thrombosis in patients with the antiphospholipid syndrome (WAPS). J Thromb Haemost. 2005 May;3(5):848-53. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1538-7836.2005.01340.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15869575?tool=bestpractice.com No entanto, pacientes com eventos tromboembólicos venosos recorrentes durante o tratamento foram excluídos desses estudos: esse grupo pode precisar de INR-alvo de 3 a 4.
Os níveis de atividade cromogênica de fator X e fator II podem ser testados para orientar a terapia em pacientes com eventos trombóticos recorrentes ou TP/INR anormal na linha basal.
Opções primárias
varfarina: 2-10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, ajustar a dose de acordo com INR
Mais varfarinaA dose inicial pode ser calculada usando-se uma ferramenta online que leva em conta as características dos pacientes e/ou informações de genótipo CYP2C9/VKORC1 (se disponível). Warfarin dosing Opens in new window
manejo dos fatores de risco
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A otimização de outros fatores de risco da trombose é altamente recomendado, como abandono do hábito de fumar e tratamento de hiperlipidemia, hipertensão, diabetes e obesidade, assim como a abordagem dos fatores de imobilidade e uso de estrogênio.
aspirina associada a heparina não fracionada ou de baixo peso molecular
Mulheres com síndrome antifosfolipídica e história pregressa de trombose devem receber anticoagulação com heparina/HBPM e aspirina durante a gestação e no período pós-parto (6-8 semanas).[43]Tektonidou MG, Andreoli L, Limper M, et al. EULAR recommendations for the management of antiphospholipid syndrome in adults. Ann Rheum Dis. 2019 Oct;78(10):1296-304.
https://ard.bmj.com/content/78/10/1296.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31092409?tool=bestpractice.com
[54]Hamulyák EN, Scheres LJ, Marijnen MC, et al. Aspirin or heparin or both for improving pregnancy outcomes in women with persistent antiphospholipid antibodies and recurrent pregnancy loss. Cochrane Database Syst Rev. 2020 May 2;5:CD012852.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD012852.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32358837?tool=bestpractice.com
[55]Sammaritano LR, Bermas BL, Chakravarty EE, et al. 2020 American College of Rheumatology guideline for the management of reproductive health in rheumatic and musculoskeletal diseases. Arthritis Rheumatol. 2020 Apr;72(4):529-56.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/art.41191
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32090480?tool=bestpractice.com
[56]Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. Reducing the risk of thrombosis and embolism during pregnancy and the puerperium. Green-top Guideline No. 37a. Apr 2015. [internet publication].
https://www.rcog.org.uk/globalassets/documents/guidelines/gtg-37a.pdf
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For women with persistent antiphospholipid antibodies and recurrent pregnancy loss, how does heparin plus aspirin compare with aspirin alone?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.3212/fullMostre-me a resposta
Alguns médicos defendem o aumento da dose de enoxaparina às 16 semanas de gestação, ou o ajuste da dose com níveis de anti-Xa.
A heparina de baixo peso molecular é preferível em gestantes em relação à heparina não fracionada, devido ao risco de fratura osteoporótica observada com o uso em longo prazo de heparina não fracionada na gestação.[74]Rajgopal R, Bear M, Butcher MK, et al. The effects of heparin and low molecular weight heparins on bone. Thromb Res. 2008;122(3):293-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17716711?tool=bestpractice.com
Opções primárias
enoxaparina: 40 mg por via subcutânea uma ou duas vezes ao dia
ou
dalteparina: 5000 unidades por via subcutânea uma vez ao dia
--E--
aspirina: 75 mg por via oral uma vez ao dia
Opções secundárias
heparina: 5000 unidades por via subcutânea duas vezes ao dia
e
aspirina: 75 mg por via oral uma vez ao dia
monitorização fetal + acompanhamento especializado multidisciplinar
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Recomenda-se realizar exames pré-natais e ultrassonografia seriada com frequência, devido ao risco de desfechos adversos da gestação (pré-eclâmpsia, restrição do crescimento intrauterino e descolamento de placenta).[57]American College of Obstetricians and Gynecologists. ACOG practice bulletin no. 132: antiphospholipid syndrome. Dec 2012 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/practice-bulletin/articles/2012/12/antiphospholipid-syndrome [75]Bouvier S, Cochery-Nouvellon E, Lavigne-Lissalde G, et al. Comparative incidence of pregnancy outcomes in treated obstetric antiphospholipid syndrome: the NOH-APS observational study. Blood. 2014 Jan 16;123(3):404-13. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24200687?tool=bestpractice.com [56]Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. Reducing the risk of thrombosis and embolism during pregnancy and the puerperium. Green-top Guideline No. 37a. Apr 2015. [internet publication]. https://www.rcog.org.uk/globalassets/documents/guidelines/gtg-37a.pdf
A monitorização fetal deve incluir uma ultrassonografia com Doppler das artérias uterinas em 20 a 24 semanas para observar a evidência de resistência vascular aumentada, que comprovadamente prediz a disfunção placentária em mulheres com síndrome antifosfolipídica.[58]Hunt BJ, Missfelder-Lobos H, Parra-Cordero M, et al. Pregnancy outcome and fibrinolytic, endothelial and coagulation markers in women undergoing uterine artery Doppler screening at 23 weeks. J Thromb Haemost. 2009 Jun;7(6):955-61. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1538-7836.2009.03344.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19320824?tool=bestpractice.com Em caso de anormalidade, ultrassonografias em série devem ser realizadas para monitorar a restrição do crescimento intrauterino.
varfarina pós-parto
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pacientes grávidas são tratadas com heparina durante a gestação e podem passar para varfarina após o parto. Como pacientes com síndrome antifosfolipídica (SAF) apresentam alto risco de trombose recorrente após suspensão da anticoagulação, a recomendação geral é continuar a anticoagulação em longo prazo se a trombose não tiver fatores precipitantes.[8]Lim W, Crowther MA, Eikelboom JW. Management of antiphospholipid antibody syndrome: a systematic review. JAMA. 2006 Mar 1;295(9):1050-7. http://jama.ama-assn.org/cgi/content/full/295/9/1050 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16507806?tool=bestpractice.com [44]Derksen RH, de Groot PG, Kater L, et al. Patients with antiphospholipid antibodies and venous thrombosis should receive long term anticoagulant treatment. Ann Rheum Dis. 1993 Sep;52(9):689-92. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1005149/pdf/annrheumd00484-0071.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8239766?tool=bestpractice.com [45]Schulman S, Svenungsson E, Granqvist S. Anticardiolipin antibodies predict early recurrence of thromboembolism and death among patients with venous thromboembolism following anticoagulant therapy: Duration of Anticoagulation Study Group. Am J Med. 1998 Apr;104(4):332-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9576405?tool=bestpractice.com No entanto, as diretrizes para pacientes com SAF com trombose provocada são menos claras, pois faltam evidências no que diz respeito à duração da anticoagulação nesse contexto. O fator precipitante associado com o evento trombótico e os riscos de sangramento associados com a anticoagulação em longo prazo devem ser levados em consideração.
Pacientes devem ser anticoaguladas com um antagonista da vitamina K em uma razão normalizada internacional (INR)-alvo de 2.5 (variação 2-3) pós-parto. Dois ensaios clínicos randomizados compararam diretamente a terapia com varfarina em intensidade regular e alta intensidade em pacientes principalmente com tromboembolismo venoso e observaram que a terapia de alta intensidade não foi melhor que a dos antagonistas da vitamina K com dose terapêutica regular, e pode estar associada a aumento da ocorrência de sangramento.[46]Crowther MA, Ginsberg JS, Julian J, et al. A comparison of two intensities of warfarin for the prevention of recurrent thrombosis in patients with the antiphospholipid antibody syndrome. N Engl J Med. 2003 Sep 18;349(12):1133-8. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa035241#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/13679527?tool=bestpractice.com [47]Finazzi G, Marchioli R, Brancaccio V, et al. A randomized clinical trial of high-intensity warfarin vs. conventional antithrombotic therapy for the prevention of recurrent thrombosis in patients with the antiphospholipid syndrome (WAPS). J Thromb Haemost. 2005 May;3(5):848-53. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1538-7836.2005.01340.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15869575?tool=bestpractice.com No entanto, pacientes com eventos tromboembólicos venosos recorrentes durante o tratamento foram excluídos desses estudos: esse grupo pode precisar de INR-alvo de 3 a 4.
Os níveis de atividade cromogênica de fator X e fator II podem ser testados para orientar a terapia em pacientes com eventos trombóticos recorrentes ou TP/INR anormal na linha basal.
Opções primárias
varfarina: 2-10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, ajustar a dose de acordo com INR
Mais varfarinaA dose inicial pode ser calculada usando-se uma ferramenta online que leva em conta as características dos pacientes e/ou informações de genótipo CYP2C9/VKORC1 (se disponível). Warfarin dosing Opens in new window
aspirina + heparina não fracionada ou de baixo peso molecular
Mulheres com síndrome antifosfolipídica e sem história trombótica devem receber aspirina profilática em baixas doses, combinada com heparina de baixo peso molecular profilática, durante a gestação e no período pós-parto (6-8 semanas).[43]Tektonidou MG, Andreoli L, Limper M, et al. EULAR recommendations for the management of antiphospholipid syndrome in adults. Ann Rheum Dis. 2019 Oct;78(10):1296-304.
https://ard.bmj.com/content/78/10/1296.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31092409?tool=bestpractice.com
[54]Hamulyák EN, Scheres LJ, Marijnen MC, et al. Aspirin or heparin or both for improving pregnancy outcomes in women with persistent antiphospholipid antibodies and recurrent pregnancy loss. Cochrane Database Syst Rev. 2020 May 2;5:CD012852.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD012852.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32358837?tool=bestpractice.com
[55]Sammaritano LR, Bermas BL, Chakravarty EE, et al. 2020 American College of Rheumatology guideline for the management of reproductive health in rheumatic and musculoskeletal diseases. Arthritis Rheumatol. 2020 Apr;72(4):529-56.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/art.41191
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32090480?tool=bestpractice.com
[56]Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. Reducing the risk of thrombosis and embolism during pregnancy and the puerperium. Green-top Guideline No. 37a. Apr 2015. [internet publication].
https://www.rcog.org.uk/globalassets/documents/guidelines/gtg-37a.pdf
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For women with persistent antiphospholipid antibodies and recurrent pregnancy loss, how does heparin plus aspirin compare with aspirin alone?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.3212/fullMostre-me a resposta A heparina de baixo peso molecular é preferível nas gestantes em relação à heparina não fracionada, devido ao risco de fratura osteoporótica observada com o uso em longo prazo de heparina não fracionada na gestação.[74]Rajgopal R, Bear M, Butcher MK, et al. The effects of heparin and low molecular weight heparins on bone. Thromb Res. 2008;122(3):293-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17716711?tool=bestpractice.com
Alguns médicos defendem o aumento da dose de enoxaparina às 16 semanas de gestação.
A tromboprofilaxia do tromboembolismo venoso com heparina de baixo peso molecular ou não fracionada deve ser administrada durante 6 semanas pós-parto.[43]Tektonidou MG, Andreoli L, Limper M, et al. EULAR recommendations for the management of antiphospholipid syndrome in adults. Ann Rheum Dis. 2019 Oct;78(10):1296-304. https://ard.bmj.com/content/78/10/1296.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31092409?tool=bestpractice.com [57]American College of Obstetricians and Gynecologists. ACOG practice bulletin no. 132: antiphospholipid syndrome. Dec 2012 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/practice-bulletin/articles/2012/12/antiphospholipid-syndrome As pacientes podem continuar com aspirina como tromboprofilaxia primária, mas efeitos protetores contra trombose não foram demonstrados.
Opções primárias
aspirina: 75 mg por via oral uma vez ao dia
ou
aspirina: 75 mg por via oral uma vez ao dia
--E--
enoxaparina: 40 mg por via subcutânea uma vez ao dia
ou
dalteparina: 5000 unidades por via subcutânea uma vez ao dia
ou
heparina: 5000 unidades por via subcutânea duas vezes ao dia
monitorização fetal + acompanhamento especializado multidisciplinar
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Recomenda-se realizar exames pré-natais e ultrassonografia seriada com frequência, devido ao risco de desfechos adversos da gestação (pré-eclâmpsia, restrição do crescimento intrauterino e descolamento de placenta).[57]American College of Obstetricians and Gynecologists. ACOG practice bulletin no. 132: antiphospholipid syndrome. Dec 2012 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/practice-bulletin/articles/2012/12/antiphospholipid-syndrome [75]Bouvier S, Cochery-Nouvellon E, Lavigne-Lissalde G, et al. Comparative incidence of pregnancy outcomes in treated obstetric antiphospholipid syndrome: the NOH-APS observational study. Blood. 2014 Jan 16;123(3):404-13. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24200687?tool=bestpractice.com [56]Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. Reducing the risk of thrombosis and embolism during pregnancy and the puerperium. Green-top Guideline No. 37a. Apr 2015. [internet publication]. https://www.rcog.org.uk/globalassets/documents/guidelines/gtg-37a.pdf
A monitorização fetal deve incluir uma ultrassonografia com Doppler das artérias uterinas em 20 a 24 semanas para observar a evidência de resistência vascular aumentada, que comprovadamente prediz a disfunção placentária em mulheres com síndrome antifosfolipídica.[58]Hunt BJ, Missfelder-Lobos H, Parra-Cordero M, et al. Pregnancy outcome and fibrinolytic, endothelial and coagulation markers in women undergoing uterine artery Doppler screening at 23 weeks. J Thromb Haemost. 2009 Jun;7(6):955-61. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1538-7836.2009.03344.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19320824?tool=bestpractice.com Em caso de anormalidade, ultrassonografias em série devem ser realizadas para monitorar a restrição do crescimento intrauterino.
aspirina
Mulheres com anticorpos da síndrome antifosfolipídica (SAF) isolados (ou seja, que não atendem aos critérios de SAF) geralmente recebem aspirina isolada durante a gestação, assim como tromboprofilaxia durante 6 semanas pós-parto.[57]American College of Obstetricians and Gynecologists. ACOG practice bulletin no. 132: antiphospholipid syndrome. Dec 2012 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/practice-bulletin/articles/2012/12/antiphospholipid-syndrome [65]Ziakas PD, Pavlou M, Voulgarelis M. Heparin treatment in antiphospholipid syndrome with recurrent pregnancy loss: a systematic review and meta-analysis. Obstet Gynecol. 2010 Jun;115(6):1256-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20502298?tool=bestpractice.com
Deve-se prestar atenção ao manejo dos fatores de risco para doença cardiovascular e doença tromboembólica venosa em todas essas pacientes. As pacientes devem ser avaliadas quanto ao risco de trombose tanto no período pré-natal quanto no pós-parto de acordo com o protocolo local e a tromboprofilaxia deve ser prescrita conforme apropriado. As pacientes podem continuar com aspirina como tromboprofilaxia primária, mas efeitos protetores contra trombose não foram demonstrados.
Opções primárias
aspirina: 75 mg por via oral uma vez ao dia
monitorização fetal + acompanhamento especializado multidisciplinar
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Recomenda-se realizar exames pré-natais e ultrassonografia seriada com frequência, devido ao risco de desfechos adversos da gestação (pré-eclâmpsia, restrição do crescimento intrauterino e descolamento de placenta).[57]American College of Obstetricians and Gynecologists. ACOG practice bulletin no. 132: antiphospholipid syndrome. Dec 2012 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/practice-bulletin/articles/2012/12/antiphospholipid-syndrome [75]Bouvier S, Cochery-Nouvellon E, Lavigne-Lissalde G, et al. Comparative incidence of pregnancy outcomes in treated obstetric antiphospholipid syndrome: the NOH-APS observational study. Blood. 2014 Jan 16;123(3):404-13. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24200687?tool=bestpractice.com [56]Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. Reducing the risk of thrombosis and embolism during pregnancy and the puerperium. Green-top Guideline No. 37a. Apr 2015. [internet publication]. https://www.rcog.org.uk/globalassets/documents/guidelines/gtg-37a.pdf
A monitorização fetal deve incluir uma ultrassonografia com Doppler das artérias uterinas em 20 a 24 semanas para observar a evidência de resistência vascular aumentada, que comprovadamente prediz a disfunção placentária em mulheres com síndrome antifosfolipídica.[58]Hunt BJ, Missfelder-Lobos H, Parra-Cordero M, et al. Pregnancy outcome and fibrinolytic, endothelial and coagulation markers in women undergoing uterine artery Doppler screening at 23 weeks. J Thromb Haemost. 2009 Jun;7(6):955-61. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1538-7836.2009.03344.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19320824?tool=bestpractice.com Em caso de anormalidade, ultrassonografias em série devem ser realizadas para monitorar a restrição do crescimento intrauterino.
tromboprofilaxia do tromboembolismo venoso pós-parto
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A tromboprofilaxia do tromboembolismo venoso com heparina não fracionada ou de baixo peso molecular deve ser administrada durante 6 semanas pós-parto.[57]American College of Obstetricians and Gynecologists. ACOG practice bulletin no. 132: antiphospholipid syndrome. Dec 2012 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/practice-bulletin/articles/2012/12/antiphospholipid-syndrome [65]Ziakas PD, Pavlou M, Voulgarelis M. Heparin treatment in antiphospholipid syndrome with recurrent pregnancy loss: a systematic review and meta-analysis. Obstet Gynecol. 2010 Jun;115(6):1256-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20502298?tool=bestpractice.com As pacientes podem continuar com aspirina como tromboprofilaxia primária, mas efeitos protetores contra trombose não foram demonstrados.
Opções primárias
enoxaparina: 40 mg por via subcutânea uma vez ao dia
ou
dalteparina: 5000 unidades por via subcutânea uma vez ao dia
ou
heparina: 5000 unidades por via subcutânea duas vezes ao dia
síndrome antifosfolipídica (SAF) catastrófica (gestante ou não gestante)
heparina não fracionada ou de baixo peso molecular
A síndrome antifosfolipídica (SAF) catastrófica é uma manifestação rara da SAF. Os pacientes apresentam insuficiência de múltiplos órgãos decorrente de trombose disseminada.[19]Erkan D, Lockshin MD. New approaches for managing antiphospholipid syndrome. Nat Clin Pract Rheumatol. 2009 Mar;5(3):160-70. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19252521?tool=bestpractice.com [66]Aguiar CL, Erkan D. Catastrophic antiphospholipid syndrome: how to diagnose a rare but highly fatal disease. Ther Adv Musculoskelet Dis. 2013 Dec;5(6):305-14. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3836378 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24294304?tool=bestpractice.com A trombose se manifesta comumente como trombose microvascular que como trombose de grandes vasos. Está associada à alta mortalidade (até 50%).
A anticoagulação com heparina é recomendada até a condição do paciente se estabilizar.[19]Erkan D, Lockshin MD. New approaches for managing antiphospholipid syndrome. Nat Clin Pract Rheumatol. 2009 Mar;5(3):160-70. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19252521?tool=bestpractice.com
Caso a heparina não fracionada seja o agente de tratamento escolhido, a atividade é monitorada usando tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) frequente ou medições de fator anti-Xa, com dose ajustada com base nos protocolos locais; aqueles com anticoagulante lúpico terão um TTPa prolongado, então o monitoramento com níveis de anti-Xa é preferível.
Opções primárias
heparina: 80 unidades/kg em bolus intravenoso, seguidas por infusão de 18 unidades/kg/hora
ou
dalteparina: 100 unidades/kg por via subcutânea duas vezes ao dia, máximo de 18,000 unidades/dia
ou
enoxaparina: 1 mg/kg por via subcutânea duas vezes ao dia; ou 1.5 mg/kg por via subcutânea uma vez ao dia
terapia imunossupressora (TI)
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pacientes podem requerer tratamento agressivo, e o tratamento é adaptado de acordo com a extensão do comprometimento da doença. As diretrizes recomendam a terapia combinada com heparina, corticosteroides e plasmaférese ou imunoglobulina intravenosa, em vez de agentes únicos.[43]Tektonidou MG, Andreoli L, Limper M, et al. EULAR recommendations for the management of antiphospholipid syndrome in adults. Ann Rheum Dis. 2019 Oct;78(10):1296-304. https://ard.bmj.com/content/78/10/1296.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31092409?tool=bestpractice.com É necessária a consulta com um especialista.
Em casos refratários, alguns relatos de casos sugerem que rituximabe, eculizumabe ou daratumumabe podem ser benéficos.[69]Rubenstein E, Arkfeld DG, Metyas S, et al. Rituximab treatment for resistant antiphospholipid syndrome. J Rheumatol. 2006 Feb;33(2):355-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16465669?tool=bestpractice.com [70]Tinti MG, Carnevale V, Inglese M, et al. Eculizumab in refractory catastrophic antiphospholipid syndrome: a case report and systematic review of the literature. Clin Exp Med. 2019 Aug;19(3):281-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31214910?tool=bestpractice.com [71]Pleguezuelo DE, Díaz-Simón R, Cabrera-Marante O, et al. Case report: resetting the humoral immune response by targeting plasma cells with daratumumab in anti-phospholipid syndrome. Front Immunol. 2021;12:667515. https://www.frontiersin.org/journals/immunology/articles/10.3389/fimmu.2021.667515/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33912194?tool=bestpractice.com
Opções primárias
prednisolona: consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local
--E--
plasmaférese: consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local
ou
imunoglobulina humana normal: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
Opções secundárias
rituximabe: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
eculizumabe: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
daratumumabe: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
monitorização fetal + acompanhamento especializado multidisciplinar
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Recomenda-se realizar exames pré-natais e ultrassonografia seriada com frequência, devido ao risco de desfechos adversos da gestação (pré-eclâmpsia, restrição do crescimento intrauterino e descolamento de placenta).[57]American College of Obstetricians and Gynecologists. ACOG practice bulletin no. 132: antiphospholipid syndrome. Dec 2012 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/practice-bulletin/articles/2012/12/antiphospholipid-syndrome [75]Bouvier S, Cochery-Nouvellon E, Lavigne-Lissalde G, et al. Comparative incidence of pregnancy outcomes in treated obstetric antiphospholipid syndrome: the NOH-APS observational study. Blood. 2014 Jan 16;123(3):404-13. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24200687?tool=bestpractice.com [56]Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. Reducing the risk of thrombosis and embolism during pregnancy and the puerperium. Green-top Guideline No. 37a. Apr 2015. [internet publication]. https://www.rcog.org.uk/globalassets/documents/guidelines/gtg-37a.pdf
A monitorização fetal deve incluir uma ultrassonografia com Doppler das artérias uterinas em 20 a 24 semanas para observar a evidência de resistência vascular aumentada, que comprovadamente prediz a disfunção placentária em mulheres com síndrome antifosfolipídica.[58]Hunt BJ, Missfelder-Lobos H, Parra-Cordero M, et al. Pregnancy outcome and fibrinolytic, endothelial and coagulation markers in women undergoing uterine artery Doppler screening at 23 weeks. J Thromb Haemost. 2009 Jun;7(6):955-61. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1538-7836.2009.03344.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19320824?tool=bestpractice.com Em caso de anormalidade, ultrassonografias em série devem ser realizadas para monitorar a restrição do crescimento intrauterino.
anticorpos antifosfolipídeos incidentais
manejo dos fatores de risco
Para pacientes com anticorpos antifosfolipídeos positivos (anticoagulante lúpico, anticorpo anticardiolipina e anti-beta 2-glicoproteína I), mas sem complicações trombóticas ou obstétricas relacionadas (ou seja, que não atendem aos critérios de síndrome antifosfolipídica), considera-se que apresentam anticorpos antifosfolipídeos (aFL) incidentais.
Esses pacientes podem apresentar risco elevado de trombose, mas não é possível identificar que pacientes específicos estão sob risco.[59]Erkan D, Lockshin MD; APS ACTION members. APS ACTION - AntiPhospholipid Syndrome Alliance for Clinical Trials and International Networking. Lupus. 2012 Jun;21(7):695-8. http://lup.sagepub.com/content/21/7/695.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22635205?tool=bestpractice.com
Assim, deve-se prestar atenção ao manejo dos fatores de risco para doença cardiovascular e doença tromboembólica venosa em todos esses pacientes. O tratamento de rotina de outros fatores de risco da trombose também é altamente recomendado, como abandono do hábito de fumar e tratamento de hiperlipidemia, hipertensão, diabetes e obesidade, assim como a abordagem dos fatores de imobilidade e uso de estrogênio.
As evidências são conflitantes em relação ao uso de aspirina em pacientes com aFL incidental. Alguns estudos retrospectivos sugerem um efeito protetor contra a trombose, embora um ensaio clínico controlado por placebo não tenha mostrado esse benefício.[60]Hereng T, Lambert M, Hachulla E, et al. Influence of aspirin on the clinical outcomes of 103 anti-phospholipid antibodies-positive patients. Lupus. 2008 Jan;17(1):11-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18089677?tool=bestpractice.com [61]Erkan D, Yazici Y, Peterson MG, et al. A cross-sectional study of clinical thrombotic risk factors and preventive treatments in antiphospholipid syndrome. Rheumatology (Oxford). 2002 Aug;41(8):924-9. http://rheumatology.oxfordjournals.org/content/41/8/924.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12154210?tool=bestpractice.com [62]Erkan D, Harrison MJ, Levy R, et al. Aspirin for primary thrombosis prevention in the antiphospholipid syndrome: a randomized, double-blind, placebo-controlled trial in asymptomatic antiphospholipid antibody-positive individuals. Arthritis Rheum. 2007 Jul;56(7):2382-91. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/art.22663/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17599766?tool=bestpractice.com Uma metanálise com base em dados limitados concluiu que pacientes com aFL que foram tratadas com aspirina apresentaram um risco menor de trombose.[63]Arnaud L, Mathian A, Ruffatti A, et al. Efficacy of aspirin for the primary prevention of thrombosis in patients with antiphospholipid antibodies: an international and collaborative meta-analysis. Autoimmun Rev. 2014 Mar;13(3):281-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24189281?tool=bestpractice.com As diretrizes da European League Against Rheumatism recomendam o uso de aspirina em pacientes com aFL tripla positiva ou em pacientes com aFL associada ao lúpus eritematoso sistêmico.[43]Tektonidou MG, Andreoli L, Limper M, et al. EULAR recommendations for the management of antiphospholipid syndrome in adults. Ann Rheum Dis. 2019 Oct;78(10):1296-304. https://ard.bmj.com/content/78/10/1296.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31092409?tool=bestpractice.com
Há preocupações adicionais relativas ao uso de aspirina; ensaios clínicos realizados com indivíduos saudáveis sugeriram que o benefício de reduzir a trombose é menor que o risco de sangramento, e, entre indivíduos com diabetes, as evidências sugerem que o uso de aspirina é ineficaz para reduzir o risco de infarto do miocárdio não fatal ou morte cardiovascular, e ainda pode aumentar o risco de sangramento importante.[64]Christiansen M, Grove EL, Hvas AM. Primary prevention of cardiovascular events with aspirin: toward more harm than benefit-a systematic review and meta-analysis. Semin Thromb Hemost. 2019 Jul;45(5):478-89. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31096304?tool=bestpractice.com
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