Complicações

Complicação
Período de ocorrência
Probabilidade
longo prazo
alta

A perda óssea induzida por glicocorticoides é a complicação mais previsível e debilitante da administração prolongada de corticosteroides sistêmicos. A perda óssea significativa e o aumento do risco de fratura são observados com doses diárias de prednisolona de apenas 5 mg.[53] Os tratamentos com glicocorticoides em dias alternados podem causar perda óssea semelhante.

Não existem evidências conclusivas de uma dose mínima segura ou da duração da exposição aos glicocorticoides, portanto, os médicos devem considerar os fatores de risco individuais de osteoporose como idade avançada, status de menopausada e medições da densidade óssea inicial, na avaliação dos pacientes.

As diretrizes atuais do manejo da osteoporose induzida por glicocorticoides recomendam bifosfonatos, principalmente alendronato e risedronato, como agentes de primeira linha para o tratamento. Essas diretrizes propõem o uso preventivo de bifosfonatos no início do ciclo do tratamento com glicocorticoides, em subgrupos de pacientes de alto risco.[54]

Osteoporose

variável
alta

A presença de áreas extensas de pele desnudada em combinação com o tratamento imunossupressor aumenta a suscetibilidade às infecções secundárias. As infecções podem ser sistêmicas ou limitadas à pele; ambas atrasam a cicatrização das lesões cutâneas.

variável
baixa

Os pacientes com doença agressiva ou disseminada, aqueles que requerem doses altas de corticosteroides e agentes imunossupressores e os que apresentam problemas médicos subjacentes correm um risco elevado de morte.[52][51][7] A taxa de morte estimada está entre 6% e 41% no primeiro ano.[49][50] As causas proximais da morte são a infecção com sepse e os eventos adversos associados ao tratamento.

Em uma pesquisa com pacientes realizada em um centro médico de uma universidade dos EUA, não houve nenhuma diferença na mortalidade por penfigoide bolhoso em 223 pacientes e na população geral.[51] No entanto, estudos de coorte realizados no Reino Unido e na França relataram que o risco de morte foi 2 a 6 vezes maior em pacientes com penfigoide bolhoso, comparados com a população geral.[7][8]

Em uma análise multivariada, idade ≥86 anos, quadro clínico geral ruim, sexo feminino e doença generalizada foram associados a riscos elevados de morte em 6 meses.[52] Os resultados de um ensaio randomizado controlado realizado em 20 departamentos de dermatologia na França indicaram que apenas a idade avançada (P=0.02) e uma baixa pontuação de Karnofsky (P <0.001) pareceram prever a morte de maneira independente.[25]

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