Síncope na apresentação é geralmente associada a piores desfechos. Também é descrita uma tríade fatal de hipotensão/choque (não síncope), ausência de dor torácica ou dorsalgia (provavelmente relacionada ao atraso no diagnóstico) e envolvimento de vaso ramificado.[72]Suzuki T, Mehta RH, Ince H, et al. Clinical profiles and outcomes of acute type B aortic dissection in the current era: lessons from the International Registry of Aortic Dissection (IRAD). Circulation. 2003 Sep 9;108 Suppl 1:II312-7.
http://circ.ahajournals.org/content/108/10_suppl_1/II-312.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12970252?tool=bestpractice.com
Quando deixada sem tratamento, a história natural da dissecção aguda da aorta proximal é de ruptura do canal falso com exsanguinação fatal em 50% a 60% dos pacientes em 24 horas.[73]Svensson LG, Kouchoukos NT, Miller DC, et al. Expert consensus document on the treatment of descending thoracic aortic disease using endovascular stent-grafts. Ann Thorac Surg. 2008 Jan;85(1 Suppl):S1-41.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18083364?tool=bestpractice.com
Pacientes com dissecção do tipo A não operada raramente sobrevivem ao evento agudo.[24]Fleischmann D, Afifi RO, Casanegra AI, et al. Imaging and surveillance of chronic aortic dissection: a scientific statement from the American Heart Association. Circ Cardiovasc Imaging. 2022 Mar;15(3):e000075.
https://www.doi.org/10.1161/HCI.0000000000000075
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35172599?tool=bestpractice.com
Em centros de encaminhamento terciários com alto volume para doenças da aorta, a mortalidade cirúrgica para substituição ascendente e de hemi-arco com ou sem substituição radicular é tão baixa quanto 10% a 20%.[24]Fleischmann D, Afifi RO, Casanegra AI, et al. Imaging and surveillance of chronic aortic dissection: a scientific statement from the American Heart Association. Circ Cardiovasc Imaging. 2022 Mar;15(3):e000075.
https://www.doi.org/10.1161/HCI.0000000000000075
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35172599?tool=bestpractice.com
A sobrevida a médio prazo de dissecções ascendentes corrigidas cirurgicamente em 1, 3 e 5 anos é de 95%, 93% e 89%, respectivamente.[24]Fleischmann D, Afifi RO, Casanegra AI, et al. Imaging and surveillance of chronic aortic dissection: a scientific statement from the American Heart Association. Circ Cardiovasc Imaging. 2022 Mar;15(3):e000075.
https://www.doi.org/10.1161/HCI.0000000000000075
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35172599?tool=bestpractice.com
A sobrevida de 10 anos após a cirurgia da dissecção da aorta ascendente é 52%. O paciente tem chance de 59% a 95% de não precisar de nova operação em 5 e 10 anos.[45]Subramanian S, Roselli EE. Thoracic aortic dissection: long-term results of endovascular and open repair. Semin Vasc Surg. 2009 Jun;22(2):61-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19573743?tool=bestpractice.com
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Estado da dissecção após reparo proximal com aneurisma distal tardioDo acervo de Dr. Eric E. Roselli; usado com permissão [Citation ends].
Pacientes com dissecção do tipo B não complicada (ou seja, aqueles sem sinais de ruptura, expansão rápida ou má perfusão do vaso; aproximadamente 60% a 70% das dissecções do tipo B) podem ser tratados clinicamente com segurança. Quase todos os pacientes com dissecção do tipo B inicialmente sem complicações evoluem para a fase crônica com risco de 20% a 50% de eventos adversos tardios.[24]Fleischmann D, Afifi RO, Casanegra AI, et al. Imaging and surveillance of chronic aortic dissection: a scientific statement from the American Heart Association. Circ Cardiovasc Imaging. 2022 Mar;15(3):e000075.
https://www.doi.org/10.1161/HCI.0000000000000075
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35172599?tool=bestpractice.com
As dissecções do tipo B complicadas (ou seja, aquelas que necessitam de reparo endovascular ou cirúrgico urgente para ruptura aórtica, expansão rápida ou má perfusão de vasos ramificados, bem como aqueles pacientes muito enfermos para serem submetidos a uma intervenção aguda) representam aproximadamente 30% a 40% das dissecções do tipo B. A mortalidade intra-hospitalar desses pacientes é de aproximadamente 20%.[24]Fleischmann D, Afifi RO, Casanegra AI, et al. Imaging and surveillance of chronic aortic dissection: a scientific statement from the American Heart Association. Circ Cardiovasc Imaging. 2022 Mar;15(3):e000075.
https://www.doi.org/10.1161/HCI.0000000000000075
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35172599?tool=bestpractice.com
Degeneração tardia da aorta dissecada em um aneurisma do falso lúmen ocorre em 30% a 50% dos pacientes.[74]Crawford ES. The diagnosis and management of aortic dissection. JAMA. 1990 Nov 21;264(19):2537-41.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2232021?tool=bestpractice.com
Após o tratamento, os pacientes continuam com risco de degeneração aneurismática da aorta doente restante.
A sobrevida em 5 anos após reparo aórtico endovascular torácico (TEVAR) para dissecção da aorta do tipo B aguda é de 81%.[75]Yoshitake A, Okamoto K, Yamazaki M, et al. Comparison of aortic arch repair using the endovascular technique, total arch replacement and staged surgery. Eur J Cardiothorac Surg. 2017 Jun 1;51(6):1142-8.
https://academic.oup.com/ejcts/article/51/6/1142/3061960
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28329146?tool=bestpractice.com
Não se sabe quais são os desfechos em período maior após TEVAR para o tratamento de dissecção da aorta aguda ou crônica do tipo B.