Monitoramento
Os sintomas do paciente devem ser avaliados e registrados pelo menos uma vez ao ano, em uma revisão clínica realizada por um profissional da saúde com treinamento adequado no controle da asma. Essas revisões podem ser realizadas na atenção primária e/ou secundária, de acordo com a disponibilidade local e com a necessidade clínica.[55]
A revisão regular dá a oportunidade de monitorar o controle dos sintomas vigente e o impacto que a asma está tendo sobre as atividades diárias e a qualidade de vida do paciente, para avaliar o risco futuro de ataques de asma e associá-lo às opções de manejo.[55]
As revisões devem ser realizadas com mais frequência para a asma mais grave, para determinar a adesão terapêutica ao medicamento e a capacidade do paciente de monitorar e controlar os sintomas.
Os principais componentes de uma revisão anual da asma são:
Controle sintomático vigente: uso de broncodilatador; escore de sintomas validado; afastamentos do trabalho devidos à asma[55]
Ao avaliar os sintomas do paciente, faça perguntas específicas, como as "3 questões" do Royal College of Physicians (RCP3Q):[55]
Respostas positivas ao RCP3Q devem justificar avaliações adicionais com um questionário validado para medir o controle da asma sintomática, por exemplo, o Asthma Control Questionnaire (ACQ) ou o Asthma Control Test (ACT).[2][55][56][94] [
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Risco futuro de ataques: história pregressa de ataques de asma; uso de corticosteroide oral; dados de prescrição: beta-agonista de curta duração (BACD) frequente e corticosteroide inalatório (CI) infrequente; exposição à fumaça do tabaco[55]
Testes: função pulmonar (espirometria ou pico do fluxo expiratório [PFE])[55]
Recomenda-se que os pacientes se automonitorem diariamente em casa, verificando e registrando seu pico do fluxo expiratório (PFE) usando um medidor de fluxo de pico. Utilize os resultados do PFE do paciente, juntamente com o seu plano de ação para a asma, para discutir o ajuste do uso dos medicamentos conforme apropriado.
O monitoramento do PFE torna-se um salva-vidas para o grupo de pacientes que são incapazes de sentir o agravamento da asma. O PFE não é, contudo, tão preciso quanto uma medida de obstrução pulmonar, assim como o volume expiratório forçado em 1 segundo (VEF₁) e a relação VEF₁/capacidade vital forçada (CVF).
Manejo: técnica de uso do inalador; adesão (autorrelato, frequência de reposição das medicações prescritas); manejo não farmacológico (evitação de fatores desencadeantes, exercícios respiratórios); manejo farmacológico (considerar múltiplas morbidades e polimedicação)[55]
Automanejo com suporte: educação/discussão sobre automanejo; fornecimento/revisão de um plano de ação personalizado por escrito para a asma[55]
A utilização de um plano de ação escrito e personalizado para a asma deve ser fortemente encorajada.[1][55][56][147] Asthma and Lung UK: adult asthma action plan Opens in new window O plano de ação para a asma pode ajudar o seu paciente a reconhecer quando a sua asma está se agravando e como responder adequadamente: por exemplo, aumentando o tratamento habitual de alívio e de controle e determinando quando procurar ajuda médica.[1][85] [
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Com usar um medidor de fluxo de pico para obter a medição do pico do fluxo expiratório.
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