Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

todos os pacientes

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1ª linha – 

cuidados de suporte e monitoramento

Remova a(s) vítima(s) do ambiente de exposição ao monóxido de carbono (CO) imediatamente.

Todos os pacientes com intoxicação por CO devem ter um acompanhamento rigoroso quanto a problemas cardiopulmonares e neurológicos. A carboxi-hemoglobina (CO-Hb) pode ser monitorada, embora os níveis possam estar baixos em pacientes que recebem oxigênio por um período, ou com atrasos significativos na apresentação. Um ECG e biomarcadores cardíacos podem ser monitorados para detectar evidências de disfunção cardíaca em pacientes com intoxicação moderada ou grave (com base na gravidade dos sintomas e/ou níveis de CO-Hb de 25% ou mais) e em indivíduos com suspeita de comprometimento cardíaco.

Também considere monitorar os níveis de lactato para estimar a acidose metabólica, a glicose sanguínea para eliminar a hipoglicemia como causa do estado mental alterado e verificar a hiperglicemia e a creatina quinase para monitorar a rabdomiólise. A monitorização fetal é necessária em gestantes, a fim de se detectarem quaisquer evidências de sofrimento ou comprometimento fetal.

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associado a – 

oxigenoterapia de alto fluxo

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A oxigenoterapia em sistema de alto fluxo deverá ser iniciada assim que o diagnóstico for considerado e não deverá ser descontinuada até que esse diagnóstico seja descartado.

Inicia-se a terapia com uma máscara com reservatório de oxigênio, independente das leituras da CO-oximetria ou da saturação de oxigênio (SaO2), enquanto o paciente é avaliado para a oxigenoterapia hiperbárica na primeira oportunidade. O quadro clínico, os sintomas e os níveis de CO-Hb devem ditar a duração do tratamento.

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Considerar – 

oxigenoterapia hiperbárica

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Deve ser considerada nos pacientes com: perda da consciência, alterações cardíacas isquêmicas, deficits neurológicos, acidose metabólica significativa e ou pico de níveis de CO-Hb >25%.[4][27]​​[54]​​[55][56]​​[57] O American College of Emergency Physicians (ACEP) recomenda que os médicos de emergência usem oxigenoterapia hiperbárica ou terapia normobárica de alto fluxo para a intoxicação aguda por CO. O ACEP reconhece que não há evidências claras de que uma abordagem seja mais efetiva do que a outra em termos de prevenção de sequelas neurocognitivas tardias. A recomendação do ACEP visa a apoiar os médicos que optarem por não encaminhar os pacientes para oxigenoterapia hiperbárica, por exemplo por restrições de tempo ou geográficas.[31]​ Uma revisão sistemática de seis ensaios clínicos não encontrou nenhum benefício significativo da oxigenoterapia hiperbárica para a prevenção de deficits neurocognitivos tardios.[58]​ Uma limitação dessa análise foi a heterogeneidade nos ensaios quanto ao desfecho primário, à posologia e ao número de sessões de oxigenoterapia hiperbárica, e a atrasos na terapia. Os ensaios clínicos negativos normalmente usaram uma dose clinicamente inefetiva da oxigenoterapia hiperbárica.[57]​ O único ensaio clínico randomizado e controlado (ECRC) incluído que atendeu a todos os critérios do Consolidated Standards of Reporting Trials (CONSORT) para avaliar a qualidade dos ECRC mostrou um benefício significativo da oxigenoterapia hiperbárica.[55]​ O estudo usou o seguinte protocolo:

  • Primeira sessão: 3.0 atmosferas por 60 minutos, seguidas por 2.0 atmosferas por 60 minutos

  • Segunda e terceira sessões: 2.0 atmosferas por 120 minutos.

Um parecer de consenso subsequente recomendou a utilização deste ensaio para orientar a prática clínica até que mais informações de estudos futuros estejam disponíveis.[2][4][54][56]

​​Se for necessária oxigenoterapia hiperbárica, alguns centros recomendam que ela seja iniciada dentro de 6 horas, e no máximo em 24 horas.[40]

Para os pacientes não intubados, os tratamentos hiperbáricos são recomendados até que os sinais e sintomas desapareçam, ou até que um platô clínico seja alcançado (geralmente um máximo de três tratamentos).[57]​ Para os pacientes intubados cujo exame neurológico deva ser abreviado por necessidade, são recomendados três tratamentos.[59]

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Considerar – 

insulina intravenosa (e monitoramento da glicose sanguínea)

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os desfechos neurológicos após vários tipos de lesão cerebral são piores nos pacientes com hiperglicemia.[60] ​Evidências sugerem que este é o caso da intoxicação por CO.[33]​ Portanto, é recomendável tratar a hiperglicemia com insulina. Evite níveis perigosamente baixos de glicose sanguínea devidos a um tratamento excessivamente agressivo.

Opções primárias

insulina neutra: siga o protocolo local para diretrizes de administração

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