Complicações
O barotrauma ótico é o efeito adverso mais comum da oxigenoterapia hiperbárica. Um gradiente de pressão se desenvolve ao longo da membrana timpânica, seguido por hemorragia ou derrame seroso.
O barotrauma pulmonar (pneumotórax, embolia gasosa arterial) é raro.[71]
A prevenção de barotraumas da orelha pode incluir instruções sobre técnicas de autoinflação, descongestionantes tópicos e orais e uso de um dispositivo de autoinflação.[72] A miringotomia pode ser útil nos pacientes com depressão mental ou inconsciência. Um dreno torácico é necessário para o tratamento em câmara monoplace de um paciente com pneumotórax.
Uma característica da intoxicação por CO grave.[70]
O risco de convulsões é de 1 em 2000 a 3000 pacientes tratados com oxigenoterapia hiperbárica. Os pacientes com acidose, sepse ou hipercapnia têm maior risco de convulsões.[71]
As convulsões devem ser controladas com a descontinuação temporária do oxigênio. A administração de um anticonvulsivante é uma opção.
A oxigenoterapia suplementar excessiva ou inadequada pode resultar em dano celular através da formação de espécies reativas de oxigênio.
As complicações pulmonares da toxicidade por oxigênio incluem capacidade vital reduzida, fibrose pulmonar, síndrome do desconforto respiratório agudo e troca gasosa comprometida.[71]
As complicações pulmonares são raras com os protocolos padrão de tratamento.
Os acidentes de incêndio podem ocorrer caso uma fonte de fogo ou de ignição seja colocada na câmara de oxigenoterapia hiperbárica. As câmaras hiperbáricas devem ser operadas de acordo com os protocolos oficiais, para maximizar a segurança, incluindo a tomada de precauções contra o risco de incêndio.[73][74]
As sequelas neurológicas podem ocorrer imediatamente ou após um intervalo lúcido de vários dias. As taxas relatadas variam devido a exposições heterogêneas, inconsistências na definição de sequelas neurológicas tardias, e se os pacientes receberam tratamento ou não. Os fatores de risco para sequelas neurológicas incluem exposição prolongada ao CO, convulsões, hipotensão, creatina fosfoquinase elevada, leucocitose, idade avançada, índice de massa corporal mais elevado, hipertensão, perda da consciência, escala de coma de Glasgow mais baixa no local/na sala de emergência, elevação do lactato e CO-Hb ≥25%.[75][76] Os benefícios relatados da oxigenoterapia hiperbárica na redução da incidência de sequelas neurológicas tardias variam, no entanto, a preponderância das evidências apoia a eficácia do oxigênio hiperbárico quando administrado a 2.5 a 2.8 atmosferas absolutas (ATA).[55][57][75][77][78][79][80][81]
Um terço dos pacientes pode ter um leve deficit de memória após a intoxicação por CO.
Um terço dos pacientes pode apresentar alterações da personalidade após a intoxicação por CO.
Causada por lesão das células musculares. O desconforto ou dor muscular são comuns, mas pode não haver sintomas ou sinais físicos. O diagnóstico é confirmado com um nível elevado de creatina quinase. A hidratação com fluidos é a base da terapia.
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