História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os fatores de risco incluem idade avançada, perda auditiva, exposição a barulhos altos, schwannoma vestibular.
história medicamentosa
Aspirina, anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), aminoglicosídeos, furosemida, ácido etacrínico, cloroquina, quinina e cisplatina estão associados a zumbido.[9]
história de exposição a ruído
Pessoas que trabalham em ambientes barulhentos têm uma probabilidade 1.6 vez maior de apresentar zumbido que pessoas que trabalham em ambientes silenciosos.[31]
sons episódicos
Zumbidos episódicos com som de campainha, plenitude aural, perda auditiva flutuante e vertigem episódica sugerem doença de Menière.
perda auditiva
A causa mais comum de zumbido. Presbiacusia, perda auditiva provocada por ruído, doença de Menière, schwannoma vestibular, tumor glômico, medicamentos ototóxicos, otosclerose ou impactação de cerume podem ser causas subjacentes.
vertigem
Associada ao zumbido na doença de Menière, medicamentos ototóxicos e schwannoma vestibular.
Incomuns
sons pulsáteis
Podem-se observar em caso de malformação arteriovenosa, anemia grave, tireotoxicose, inflamação na orelha média, tumor glômico, hipertensão intracraniana benigna, estenose parcial de uma artéria carótida ou artéria estapedial persistente.[6]
sons de cliques
Podem ser observados na contração repetitiva do tensor do véu palatino, do tensor do tímpano, síndrome da articulação temporomandibular (ATM) e mioclonia palatal.[8]
alterações visuais
História de alterações visuais, sobretudo quando acompanhadas de cefaleias, pode levar a um diagnóstico de fístula arteriovenosa (FAV). Existem alterações visuais em 25% dos pacientes com FAV.[7]
presença de sopros ou zumbidos
Associada a zumbidos pulsáteis de baixa frequência. O zumbido pode ser reduzido virando-se a cabeça para o lado oposto ou pressionando-se a veia jugular interna ipsilateral. A redução da percepção do zumbido por este método é considerada um fator diagnóstico para o zumbido venoso.[7]
paralisia de nervo craniano
Os nervos cranianos V, VIII, IX, X ou XI podem ser afetados por schwannomas vestibulares grandes.
cerume (cera de orelha)
A impactação de cerume pode causar perda auditiva condutiva com ou sem zumbido. É necessário fazer uma otoscopia em todos os pacientes com zumbido a fim de descartar a presença de cera. Às vezes, um pequeno pelo na membrana timpânica pode causar um som vibratório e metálico e removê-lo pode resolver o sintoma.
otoscopia anormal
Pode-se observar eritema, perfuração, uma massa obstrutiva, colesteatoma ou efusão.
teste de Weber anormal
Este teste em combinação com o teste de Rinne vai diferenciar a perda auditiva condutiva da neurossensorial.
Quando o teste de Weber é lateralizado para a orelha afetada e o teste de Rinne demonstra condução óssea superior à condução aérea, geralmente pode-se assumir perda auditiva condutiva nessa orelha.
Se houver perda auditiva neurossensorial assimétrica significativa, o teste de Weber geralmente é lateralizado para a orelha não afetada e o teste de Rinne demonstra condução aérea superior à condução óssea.
teste de Rinne anormal
Este teste em combinação com o teste de Weber vai diferenciar a perda auditiva condutiva da neurossensorial.
Quando o teste de Weber é lateralizado para a orelha afetada e o teste de Rinne demonstra condução óssea superior à condução aérea, geralmente pode-se assumir perda auditiva condutiva nessa orelha.
Se houver perda auditiva neurossensorial assimétrica significativa, o teste de Weber geralmente é lateralizado para a orelha não afetada e o teste de Rinne demonstra condução aérea superior à condução óssea.
Outros fatores diagnósticos
comuns
perda auditiva progressiva de início lento
Perda auditiva progressiva com zumbido e idade avançada sugerem presbiacusia.
alta frequência
Perda auditiva provocada por ruído e presbiacusia podem gerar zumbidos de alta frequência.[3]
baixa frequência
Zumbido venoso, doença de Menière ou impactação de cerume podem produzir zumbidos de baixa frequência.
Pode-se ouvir um zumbido venoso em pacientes com história de hipertensão e com bulbo jugular anatomicamente alto. A qualidade do som muda com a posição da cabeça e com a pressão sobre a veia jugular.[38]
unilateral
Pode-se observar com schwannoma vestibular, impactação de cerume unilateral, otite média e otite externa. Um zumbido unilateral constante pode estar associado a um tumor do ângulo cerebelopontino ou um tumor glômico.
bilateral
Pode-se observar em pacientes com perda auditiva bilateral.
Incomuns
piora durante a mastigação
A mioclonia palatal é um tipo de zumbido objetivo que ocorre com a contração rápida e repetitiva dos músculos do palato mole. O paciente percebe o ruído na mastigação e na deglutição.
poliúria/polidipsia
História destes dois sintomas demonstra possível presença de diabetes mellitus como causa do zumbido.[7]
diarreia
Pode estar presente na tireotoxicose.[7]
palpitações
Podem estar presente na tireotoxicose; o tumor glômico secretor ocasionalmente é acompanhado destes sintomas.[7]
corpo estranho
Por exemplo, pelos na membrana timpânica.
Fatores de risco
Fortes
idade avançada
Mais comum em pessoas com idade entre 40 e 70 anos.
perda auditiva
Um estudo concluiu um aumento de 11% na probabilidade de relato de zumbido para cada aumento de 10dB na média de tons puros (MTP).[31]
A MTP é a média dos níveis de sensibilidade geralmente medidos a 500, 1000 e 2000 Hz (média de três frequências).
exposição a ruídos altos
As pessoas que trabalham em ambientes barulhentos têm uma probabilidade 1.6 vez maior de apresentar zumbido que pessoas que trabalham em ambientes silenciosos.[31]
schwannoma vestibular
Causa perda auditiva neurossensorial.
Fracos
medicamentos ototóxicos
Aspirina, anti-inflamatórios não esteroidais, aminoglicosídeos, furosemida, ácido etacrínico, cloroquina, quinina, cisplatina e alguns narcóticos e muitos outros medicamentos podem estar associados ao zumbido.[9]
exposição a metais pesados
Exposição a arsênico, chumbo e mercúrio.[32]
História de doença cerebrovascular
Malformações arteriovenosas, fístulas arteriovenosas, anormalidades na carótida e bulbo de jugular alto causam zumbido.[7]
história de esclerose múltipla
Foi relatado zumbido em uma minoria dos pacientes com esclerose múltipla.[33]
história de trauma cranioencefálico
Concussão labiríntica pode resultar em zumbido.
história de depressão
O zumbido é mais prevalente em pacientes com depressão.[7]
Não se compreende bem se a natureza crônica do zumbido causa depressão ou se o zumbido ocorre mais nos pacientes com depressão devido à sua vulnerabilidade psicológica.
história de ansiedade
Ansiedade pode exacerbar o zumbido.
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