Prognóstico
No mundo, a maior parte das pessoas infectadas com Giardia duodenalis é assintomática ou minimamente sintomática. Menos de 4% das pessoas permanecem sintomáticas por mais de 2 semanas.
A eficácia do tinidazol e do metronidazol é >80%.[68][73][76]
Pacientes assintomáticos
Tratar pacientes assintomáticos, especialmente crianças, é controverso.
Em áreas endêmicas para G duodenalis, o tratamento pode não ser desejado, pois é provável que as crianças se reinfectem rapidamente após o tratamento.[85] Além disso, os riscos do tratamento periódico repetido, como o realizado para infecções por helminto, não estão bem definidos.
Crianças assintomáticas que frequentam creche e apresentam excelente estado nutricional inicial nem sempre precisam de tratamento. Entretanto, crianças infectadas assintomáticas podem excretar o organismo durante meses, transmitindo-o para os membros da família. Isso pode iniciar uma infecção doméstica e até ajudar a manter altos níveis de infecção em uma comunidade. A diarreia recorrente atribuída à G duodenalis na creche justifica o rastreamento e o tratamento de todas as crianças no ambiente da creche. Há evidências de que a suplementação de lactoferrina pode reduzir a prevalência da colonização por giárdia em crianças, mas essa prática não é comum.[86]
Deficit no crescimento e no desenvolvimento
Se a infecção contribuir para o deficit de crescimento e desenvolvimento, o tratamento poderá permitir a retomada do crescimento (mesmo podendo haver reinfecção). Um ensaio clínico randomizado e controlado, realizado em Bangladesh, mostrou melhores índices Z de peso/idade e peso/altura, com melhora da função da mucosa do intestino delgado, em consequência do tratamento.[87] Medicamentos, como o albendazol, podem ser úteis nesses ambientes; entretanto, em várias situações, pode ser difícil atender à necessidade de dosagem para 5 dias.
Giardíase crônica
Os casos crônicos de giardíase em pessoas imunodeficientes e saudáveis são frequentemente refratários ao tratamento medicamentoso padrão e podem exigir tratamentos repetidos mais longos, doses maiores ou terapia combinada.
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