Caso clínico

Caso clínico

Um homem de 21 anos se apresenta ao pronto-socorro com depressão do sistema nervoso central (SNC), depressão respiratória e miose (pupilas medindo 1 mm). Os amigos afirmam que o paciente foi observado se injetando algo em uma festa, momento no qual ficou desacordado. Ele não responde de forma alguma a dor e não fornece nenhuma história. Sabe-se que o paciente é usuário de drogas. Ele tem marcas de agulha nos dois membros superiores e seringas foram encontradas em seus pertences.

Outras apresentações

Síndrome do desconforto respiratório agudo (edema pulmonar não cardiogênico) pode complicar a superdosagem de opioides. Isso pode resultar de uma rápida reversão com naloxona ou dos efeitos do próprio opioide. Os pacientes podem apresentar dificuldade respiratória e estertores à ausculta.

Alguns opioides podem causar características clínicas diferentes das clássicas da síndrome tóxica opioide após a superdosagem. O propoxifeno em superdosagem pode causar bloqueio do canal de sódio e causar disritmias amplamente complexas. Meperidina, propoxifeno e tramadol podem causar convulsões. Dextrometorfano e tramadol podem causar características de toxicidade serotoninérgica.

Às vezes, os opiáceos são importados de forma ilegal por uma "mula de tráfico". Pacotes selados com a substância são preparados para serem engolidos e defecados no local de destino. Se um pacote estoura, grandes quantidades de opiáceo puro e não diluído (inteiro), geralmente heroína, são liberadas, exigindo grandes quantidades de naloxona. As "mulas" de tráfico correm o risco de intoxicação tardia ou prolongada como resultado da ruptura do pacote.

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