Investigações
Primeiras investigações a serem solicitadas
eletrocardiograma (ECG)
Exame
Um ECG de 12 derivações deve ser realizado em todos os pacientes que apresentam suspeita de toxicidade ou exposição à digoxina.
Taquicardia sinusal, taquicardia supraventricular e fibrilação atrial com resposta ventricular rápida não costumam ser observadas na toxicidade por digoxina. O ECG pode mostrar o característico segmento ST côncavo em doses terapêuticas.
Resultado
contrações ventriculares prematuras, taquicardia ventricular bidirecional, taquicardia atrial com resposta ventricular variável ou lenta, ritmos juncionais acelerados
concentração sérica de digoxina
Exame
Medida em todos os pacientes com suspeita de exposição ou toxicidade por digoxina, mas só refletirá os níveis corretos após a distribuição estar completa (4-6 horas depois da última dose). Os níveis são medidos imediatamente na apresentação, mas geralmente será necessário um segundo nível, pois a medição precoce não reflete os níveis distribuídos da digoxina.
Não há uma concentração sérica de digoxina exata que seja preditiva da toxicidade crônica. Há diversos fatores que podem afetar a suscetibilidade de um paciente à digoxina (por exemplo, hipocalemia, volemia, comorbidades, idade e doença crônica).[22]
Pacientes que não estejam tomando digoxina podem ter níveis mensuráveis de digoxina em decorrência de altas quantidades de substâncias endógenas similares à digoxina (EDLS) circulando. Condições como gestação, insuficiência renal e hipocalemia estão associadas a EDLS; no entanto, os níveis dessas substâncias raramente excedem 0.3 nanomol/L (0.2 nanograma/mL) nesses pacientes.
Além disso, a espironolactona e corticosteroides cardioativos sem digoxina, como a digitoxina e a oleandrina, podem causar elevações falso-positivas dos níveis de digoxina. Além disso, os ginsengs asiático, siberiano e americano são conhecidos por interferirem nas medições de digoxina sérica usando tecnologia de fluorescência por polarização.[25]
Resultado
acima do intervalo terapêutico de 0.6 a 1.2 nanomol/L (0.5 a 0.9 nanograma/mL) em pacientes que tomam digoxina para insuficiência cardíaca
nível de potássio sérico
Exame
Solicitado para todos os pacientes com suspeita de toxicidade por digoxina.
Hipercalemia: as concentrações de potássio sérico são importantes como marcadores do prognóstico na toxicidade aguda por digoxina e também refletem a gravidade da toxicidade. Pacientes com hipercalemia (>5.0 milimoles/L [>5.0 mEq/L]) apresentam maior risco de toxicidade por digoxina e disritmias. Entretanto, a toxicidade aguda por digoxina também pode causar hipercalemia ao inibir a bomba de Na+/K+ ATPase. Outras causas de hipercalemia incluem hemólise, insuficiência renal e uso de inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA).
Hipocalemia: a toxicidade crônica por digoxina não causa hipocalemia, mas a toxicidade por digoxina é agravada pela hipocalemia. Pacientes com concentrações séricas terapêuticas de digoxina podem desenvolver sintomas de toxicidade por digoxina, pois a hipocalemia age sinergicamente com os mecanismos de ação da digoxina.[22]
Resultado
hipercalemia (>5.0 milimoles/L [>5.0 mEq/L]) ou hipocalemia (<3.0 a 3.5 milimoles/L [<3.0 a 3.5 mEq/L])
nível de magnésio sérico
Exame
As manifestações cardíacas da toxicidade crônica por digoxina são agravadas pela hipomagnesemia.[22]
Resultado
pode estar baixo
creatinina sérica e ureia
Exame
A função renal e a volemia afetam o clearance.
Resultado
pode estar elevada
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