Caso clínico

Caso clínico #1

Uma mulher de 60 anos de idade com câncer de mama apresenta dorsalgia cuja gravidade aumentou gradualmente nas últimas 3 semanas. A dor se intensifica quando ela se deita. Ela sente que, nos últimos dias, tem sido mais difícil caminhar, com uma sensação de dormência nos dedos dos pés. A perda de reflexos tendinosos é aparente ao exame físico. Uma redução consistente no grau é observada na escala de avaliação manual da força muscular do Medical Research Council.

Caso clínico #2

Um homem de 70 anos de idade sem diagnóstico preexistente apresenta dorsalgia radicular que se agravou com o tempo. Ele fuma 20 cigarros por dia e apresenta tosse persistente, o que torna a dorsalgia mais intensa. Ele afirma se sentir instável em pé. Uma perda de sensibilidade à dor e uma hiper-reflexia são observadas ao exame físico.

Outras apresentações

A dorsalgia é o sintoma mais comum associado com a MSCC (>95% dos pacientes ao diagnóstico), seguida por fraqueza motora (35% a 85%) e comprometimento sensorial (cerca de 60%).[2][3] Os sintomas associados com a MSCC dependem dos segmentos da coluna afetados e dos tratos espinhais envolvidos. Os sintomas sensoriais podem incluir parestesia, formigamento, perda da sensibilidade tátil, perda da sensação de temperatura e perda da propriocepção. Os pacientes podem desenvolver disfunção vesical com sintomas como polaciúria, urgência, hesitação e/ou incontinência. Eles podem apresentar disfunção intestinal, com sintomas de diarreia, constipação e/ou incontinência. Foram relatadas várias síndromes da medula espinhal relacionadas com a MSCC, inclusive síndrome medular anterior, síndrome medular posterior, síndrome de Brown-Sequard, síndrome medular central, síndrome do cone medular e síndrome da cauda equina.[1][4]

A síndrome da cauda equina (SCE) normalmente se caracteriza por redução da sensibilidade sobre as nádegas, coxas e região perineal, com distribuição em sela, e redução do tônus do esfíncter anal ao exame físico. A disfunção vesical está sempre presente em algum estágio da evolução da SCE.[5][6] A apresentação inicial pode ser um relato de dificuldade de iniciar ou interromper o jato de urina, urgência, perda da urgência para urinar, ou consciência reduzida da plenitude vesical ou da micção. Os sintomas tardios são retenção urinária e incontinência por transbordamento. A rara síndrome de Brown-Sequard se caracteriza por paralisia espástica unilateral no mesmo lado do corpo, perda ipsilateral da sensibilidade vibratória e da propriocepção (percepção da posição), e perda das sensibilidades dolorosa e térmica do lado contralateral, começando 1 ou 2 segmentos abaixo da lesão. O reflexo bulbocavernoso pode estar afetado ou ausente (em ambos os sexos). Consulte Síndrome da cauda equina.

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