Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

Inicial

na apresentação inicial

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1ª linha – 

triagem e considerar internação hospitalar

Qualquer paciente com quadro clínico que sugira uma etiologia subjacente deve ser internado no hospital para investigação e tratamento adicionais.[1]

Pacientes com pelo menos um preditor de prognóstico desfavorável (fatores de risco importantes e menos importantes abaixo) também devem ser internados.[1] Pacientes com qualquer um desses fatores de risco justificam observação cuidadosa e acompanhamento.

Os fatores de risco importantes incluem: febre alta (isto é, >38 °C [>100.4 °F]); evolução subaguda (isto é, sintomas ao longo de vários dias sem um início agudo bem definido); evidência de um derrame pericárdico extenso (isto é, espaço diastólico sem eco >20 mm); tamponamento cardíaco; fracasso na resposta a um anti-inflamatório não esteroidal (AINE) nos primeiros 7 dias.

Os fatores de risco menos importantes incluem: pericardite associada à miocardite (miopericardite); imunossupressão; trauma; terapia anticoagulante oral.

Pacientes com qualquer um desses fatores de risco justificam observação cuidadosa e acompanhamento.

Pacientes que não apresentam nenhuma dessas características podem ser tratados como pacientes ambulatoriais se tal for adequado. Nesses casos, o paciente deve começar o tratamento (isto é, anti-inflamatórios empíricos) com acompanhamento após 1 semana para avaliar a resposta ao tratamento.[1]

AGUDA

tamponamento ou derrame sintomático

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1ª linha – 

pericardiocentese

A pericardiocentese é indicada para o tamponamento clínico, para suspeita elevada de pericardite purulenta ou neoplásica ou se o derrame for intenso ou sintomático.[1][36][37]

purulenta

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1ª linha – 

pericardiocentese + antibióticos intravenosos

A pericardite purulenta oferece risco de vida imediato e requer confirmação imediata do diagnóstico por pericardiocentese urgente. O líquido pericárdico deve ser testado quanto a causas bacterianas, fúngicas e tuberculosas e deve ser colhido sangue para cultura.[1]

A lavagem urgente da cavidade pericárdica e a administração de antibióticos intravenosos são obrigatórias.[36][37]

A antibioticoterapia intravenosa empírica é recomendada até que os resultados microbiológicos estejam disponíveis.[1] Há limitação nos dados disponíveis para orientar a seleção do melhor esquema empírico, mas os especialistas geralmente recomendam um esquema que contenha um antibiótico antiestafilocócico. A escolha dos antibióticos dependerá de vários fatores, incluindo os padrões de resistência local e a prevalência de MRSA. Siga os protocolos locais para escolha dos antibióticos e procure orientação de um especialista em microbiologia ou em doenças infecciosas. A terapia empírica deve ser alterada para uma terapia personalizada a depender dos patógenos subjacentes identificados no líquido pericárdico e nas hemoculturas.[1]

A terapia com antibióticos sistêmicos deve ser mantida até que a febre e os sinais clínicos de infecção, incluindo a leucocitose, tenham remitido.

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associado a – 

anti-inflamatório não esteroidal (AINE)

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Para manejo dos sintomas, deve-se administrar um AINE imediatamente no momento do diagnóstico.​​​[16][20][36][53]​ Considere reduzir gradualmente a dose após 1-2 semanas de acordo com os sintomas.[1]​ Os AINEs reduzem a febre, a dor torácica e a inflamação, mas não impedem o tamponamento, a constrição ou a recorrência da pericardite.[36][37]

A escolha do medicamento é baseada nas características do paciente (por exemplo, contraindicações, eficácia anterior ou efeitos colaterais), na presença de doenças concomitantes (por exemplo, é preferível aspirina em vez de outros AINEs se a terapia antiagregante plaquetária for necessária) e na experiência do médico.[1]

Opções primárias

ibuprofeno: 600 mg por via oral a cada 8 horas por 1-2 semanas, em seguida reduzir a dose em 200-400 mg a cada 1-2 semanas

ou

aspirina: 750-1000 mg por via oral a cada 8 horas por 1-2 semanas, em seguida reduzir a dose em 250-500 mg a cada 1-2 semanas

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associado a – 

inibidor da bomba de prótons

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Em virtude das altas doses de AINEs usadas, deve-se administrar um inibidor da bomba de prótons juntamente com a terapia com AINE, para proteger contra a formação de úlcera gastrointestinal.[12][14][36][37]

Opções primárias

omeprazol: 20 mg por via oral uma vez ao dia

ou

pantoprazol: 40 mg por via oral uma vez ao dia

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associado a – 

restrição de exercícios

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os exercícios devem ser restritos até a dor torácica se resolver e os marcadores inflamatórios se normalizarem. Um mínimo de 3 meses é frequentemente considerado apropriado (e recomendado para os pacientes envolvidos em esportes competitivos), mas períodos mais curtos de restrição de exercícios podem ser considerados a depender das características do paciente e da doença (por exemplo, não atletas e/ou quadro clínico leve).[1][14][36][52]

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2ª linha – 

pericardiotomia/pericardiectomia

Deve-se considerar a drenagem cirúrgica aberta via pericardiotomia subxifoide.[1]

A pericardiectomia é necessária na presença de aderências ou loculações densas, bacteremia persistente, tamponamento recorrente ou progressão para uma fisiologia constritiva.[1][36][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Cirurgia por via aberta em um bebê com pericardite purulenta; o abscesso é indicado pela setaKaruppaswamy V, Shauq A, Alphonso N. BMJ Case Reports 2009; doi:10.1136/bcr.2007.136564 [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@21897383

não purulenta

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1ª linha – 

anti-inflamatório não esteroidal (AINE)

Para manejo dos sintomas, deve-se administrar um AINE imediatamente no momento do diagnóstico.[16][20][36][53]​​​​​ Considere reduzir gradualmente a dose após 1-2 semanas de acordo com os sintomas.[1]​ Os AINEs reduzem a febre, a dor torácica e a inflamação, mas não impedem o tamponamento, a constrição ou a recorrência da pericardite.[36][37]

A escolha do medicamento é baseada nas características do paciente (por exemplo, contraindicações, eficácia anterior ou efeitos colaterais), na presença de doenças concomitantes (por exemplo, é preferível aspirina em vez de outros AINEs se a terapia antiagregante plaquetária for necessária) e na experiência do médico.[1]

Opções primárias

ibuprofeno: 600 mg por via oral a cada 8 horas por 1-2 semanas, em seguida reduzir a dose em 200-400 mg a cada 1-2 semanas

ou

aspirina: 750-1000 mg por via oral a cada 8 horas por 1-2 semanas, em seguida reduzir a dose em 250-500 mg a cada 1-2 semanas

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associado a – 

inibidor da bomba de prótons

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Em virtude das altas doses de AINEs usadas, deve-se administrar um inibidor da bomba de prótons juntamente com a terapia com AINE, para proteger contra a formação de úlcera gastrointestinal.[14][36][37]

Opções primárias

omeprazol: 20 mg por via oral uma vez ao dia

ou

pantoprazol: 40 mg por via oral uma vez ao dia

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associado a – 

colchicina

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Melhora a resposta, diminui a recorrência e aumenta as taxas de remissão.[1][55]​​ Ela é administrada por 3 meses nesse contexto.[1][20][53][56]​​​

Embora não seja obrigatório reduzir a dose gradualmente, isso pode ser considerado nas últimas semanas do tratamento para prevenir a persistência dos sintomas e recorrência.[1]

Antes do início do tratamento, sugere-se a realização de um hemograma completo inicial, uma vez que a colchicina pode causar neutropenia e supressão da medula óssea. É importante ter cautela com pacientes com comprometimento renal e hepático, pois seu uso pode ser contraindicado em pacientes que tomam determinados medicamentos.

Opções primárias

colchicina: peso corporal <70 kg: 0.5 mg por via oral uma vez ao dia por 3 meses, podendo reduzir gradualmente para 0.5 mg uma vez ao dia em dias alternados nas últimas semanas do tratamento; peso corporal ≥70 kg: 0.5 mg por via oral duas vezes ao dia por 3 meses, podendo reduzir gradualmente para 0.5 mg uma vez ao dia nas últimas semanas do tratamento

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associado a – 

restrição de exercícios

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os exercícios devem ser restritos até a dor torácica se resolver e os marcadores inflamatórios se normalizarem. Um mínimo de 3 meses é frequentemente considerado apropriado (e recomendado para os pacientes envolvidos em esportes competitivos), mas períodos mais curtos de restrição de exercícios podem ser considerados a depender das características do paciente e da doença (por exemplo, não atletas e/ou quadro clínico leve).[1][14][36][52]

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2ª linha – 

corticosteroides

Um corticosteroide pode ser considerado nos pacientes que não responderem à terapia anti-inflamatória ou nos quais um AINE for contraindicado quando uma causa infecciosa tiver sido descartada. Os corticosteroides não são recomendados nos pacientes com pericardite viral por conta do risco de reativação da infecção viral e de continuação da inflamação. Os corticosteroides também podem ser usados quando houver uma indicação específica para seu uso (por exemplo, a presença de uma doença autoimune).[1]

Eles são usados em combinação com colchicina para essa indicação.[1]

Os corticosteroides são menos favorecidos em comparação com os AINEs devido aos riscos de promover doenças crônicas e/ou recorrentes e aos efeitos colaterais.[1]

Se usados, dá-se preferência a doses baixas a moderadas em relação a doses altas.[18]​ A dose inicial deve ser mantida até a resolução dos sintomas e a normalização do nível de proteína C-reativa. Quando isso for atingido, a dose poderá ser reduzida gradualmente.[1]

Opções primárias

prednisolona: 0.25 a 0.5 mg/kg/dia por via oral, reduzir a dose gradualmente após a resolução dos sintomas e normalização da proteína C-reativa

Mais
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associado a – 

colchicina

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Melhora a resposta, diminui a recorrência e aumenta as taxas de remissão.[1][55]​ Ela é administrada por 3 meses nesse contexto.[1][20][53]​​[56]​​​

Embora não seja obrigatório reduzir a dose gradualmente, isso pode ser considerado nas últimas semanas do tratamento para prevenir a persistência dos sintomas e recorrência.[1]

Antes do início do tratamento, sugere-se a realização de um hemograma completo inicial, uma vez que a colchicina pode causar neutropenia e supressão da medula óssea. É importante ter cautela com pacientes com comprometimento renal e hepático, pois seu uso pode ser contraindicado em pacientes que tomam determinados medicamentos.

Opções primárias

colchicina: peso corporal <70 kg: 0.5 mg por via oral uma vez ao dia por 3 meses, podendo reduzir gradualmente para 0.5 mg uma vez ao dia em dias alternados nas últimas semanas do tratamento; peso corporal ≥70 kg: 0.5 mg por via oral duas vezes ao dia por 3 meses, podendo reduzir gradualmente para 0.5 mg uma vez ao dia nas últimas semanas do tratamento

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associado a – 

restrição de exercícios

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os exercícios devem ser restritos até a dor torácica se resolver e os marcadores inflamatórios se normalizarem. Um mínimo de 3 meses é frequentemente considerado apropriado (e recomendado para os pacientes envolvidos em esportes competitivos), mas períodos mais curtos de restrição de exercícios podem ser considerados a depender das características do paciente e da doença (por exemplo, não atletas e/ou quadro clínico leve).[1][14][36][52]

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1ª linha – 

tratamento da causa subjacente

As causas subjacentes incluem infecções virais (por exemplo, vírus Coxsackie A9, B1-4, Echo 8, caxumba, EBV, citomegalovírus, varicela, rubéola, HIV, Parvo-19, SARS-CoV-2), tuberculose (uma causa comum no países em desenvolvimento), processos imunes secundários (por exemplo, febre reumática, síndrome pós-cardiotomia, síndrome pós-IAM), distúrbios metabólicos (por exemplo, uremia e mixedema), radioterapia, cirurgia cardíaca, intervenções cardíacas percutâneas, doenças autoimunes sistêmicas (por exemplo, artrite reumatoide, esclerose sistêmica, artrite reativa, febre familiar do Mediterrâneo, vasculite sistêmica, doença inflamatória intestinal), infecções bacterianas/fúngicas/parasitárias, trauma, determinados medicamentos e neoplasias. Os pacientes com pericardite viral podem se beneficiar da terapia antiviral específica; no entanto, um infectologista deve ser envolvido.

Em pacientes com pericardite tuberculosa, o tratamento de primeira linha é de 4 a 6 semanas com terapia antituberculosa.[1] Quando a pericardite tuberculosa é confirmada em uma área não endêmica, um esquema terapêutico adequado de 6 meses é eficaz; não é necessária terapia empírica na ausência de um diagnóstico estabelecido em áreas não endêmicas.[1] A terapia adjuvante com corticosteroides e imunoterapia não demonstrou ser benéfica.[58] No entanto, os corticosteroides podem ser considerados em pacientes com pericardite tuberculosa HIV-negativos. [ Cochrane Clinical Answers logo ] [60] Recomenda-se pericardiectomia se o paciente não melhorar ou estiver piorando após 4 a 8 semanas de terapia antituberculose.[1][61]

A maioria dos pacientes com pericardite urêmica responde à diálise intensiva dentro de 1 a 2 semanas.

Doenças autoimunes são tratadas com corticosteroides e/ou outra terapia imunossupressora, dependendo do quadro clínico específico.

A pericardite pós-IAM é tratada com altas doses de aspirina. Se a aspirina em altas doses não for eficaz, pode-se considerar paracetamol ou um analgésico opioide. Glicocorticoides e AINEs não são recomendados para pericardite pós-IAM devido ao potencial de dano.[54]

O tratamento de neoplasias pode envolver qualquer combinação de radioterapia, quimioterapia ou cirurgia, dependendo do tipo de tumor identificado.[36][37]

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associado a – 

anti-inflamatório não esteroidal (AINE)

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Para manejo dos sintomas, deve-se administrar um AINE imediatamente no momento do diagnóstico.[16][20][36][53]​​​​Considere diminuir a dose após 1-2 semanas de acordo com os sintomas.​[1]​ Os AINEs reduzem a febre, a dor torácica e a inflamação, mas não impedem o tamponamento, a constrição ou a recorrência da pericardite.

É preferível usar aspirina que AINEs para pacientes que apresentaram pericardite após um IAM.[36][37]

Opções primárias

ibuprofeno: 600 mg por via oral a cada 8 horas por 1-2 semanas, em seguida reduzir a dose em 200-400 mg a cada 1-2 semanas

ou

aspirina: 750-1000 mg por via oral a cada 8 horas por 1-2 semanas, em seguida reduzir a dose em 250-500 mg a cada 1-2 semanas

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associado a – 

inibidor da bomba de prótons

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Em virtude das altas doses de AINEs usadas, deve-se administrar um inibidor da bomba de prótons juntamente com a terapia com AINE, para proteger contra a formação de úlcera gastrointestinal.[14][36][37]

Opções primárias

omeprazol: 20 mg por via oral uma vez ao dia

ou

pantoprazol: 40 mg por via oral uma vez ao dia

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Considerar – 

colchicina

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Melhora a resposta, diminui a recorrência e aumenta as taxas de remissão.[1][55]​ Ela é administrada por 3 meses nesse contexto.[1][20][53]​​[56]​​​

Não recomendada em pacientes com pericardite tuberculosa.[1]

A adição da colchicina deve ser considerada em pacientes com síndromes com lesão pós-cardiotomia (por exemplo, síndrome de Dressler, que geralmente ocorre 1-2 semanas após um IAM, ou pós-cirurgia cardíaca), desde que não haja contraindicações e que seja bem tolerada. Recomenda-se a administração preventiva por 1 mês. Deve-se considerar acompanhamento cuidadoso com ecocardiografia a cada 6 a 12 meses de acordo com as características clínicas e sintomas para descartar possível evolução para pericardite constritiva.[1]

Embora não seja obrigatório reduzir a dose gradualmente, isso pode ser considerado nas últimas semanas do tratamento para prevenir a persistência dos sintomas e recorrência.

Antes do início do tratamento, sugere-se a realização de um hemograma completo inicial, uma vez que a colchicina pode causar neutropenia e supressão da medula óssea. É importante ter cautela com pacientes com comprometimento renal e hepático, pois seu uso pode ser contraindicado em pacientes que tomam determinados medicamentos.

Opções primárias

colchicina: peso corporal <70 kg: 0.5 mg por via oral uma vez ao dia por 3 meses, podendo reduzir gradualmente para 0.5 mg uma vez ao dia em dias alternados nas últimas semanas do tratamento; peso corporal ≥70 kg: 0.5 mg por via oral duas vezes ao dia por 3 meses, podendo reduzir gradualmente para 0.5 mg uma vez ao dia nas últimas semanas do tratamento

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associado a – 

restrição de exercícios

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Exercícios devem ser restritos até a dor torácica se resolver e os marcadores inflamatórios se normalizarem. Um mínimo de 3 meses é frequentemente considerado apropriado (e recomendado para pacientes envolvidos em esportes competitivos), mas períodos mais curtos de restrição podem ser considerados dependendo das características do paciente e da doença (por exemplo, não atletas e/ou quadro clínico leve).[1][14][36][52]

CONTÍNUA

doença recorrente

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1ª linha – 

anti-inflamatório não esteroidal (AINE)

Para manejo dos sintomas, deve-se administrar um AINE imediatamente no momento do diagnóstico. AINEs reduzem a febre, a dor torácica e a inflamação, mas não impedem o tamponamento, a constrição ou a pericardite recorrente.[36][37]

A escolha do medicamento é baseada nas características do paciente (por exemplo, contraindicações, eficácia anterior ou efeitos colaterais), na presença de doenças concomitantes (por exemplo, é preferível aspirina em vez de outros AINEs se a terapia antiagregante plaquetária for necessária) e na experiência do médico. É preferível usar aspirina que AINEs para pacientes que apresentaram pericardite após um IAM.[36][37]

Deve-se continuar o tratamento até a remissão dos sintomas.

Opções primárias

ibuprofeno: 600 mg por via oral a cada 8 horas por 1-2 semanas, em seguida reduzir a dose em 200-400 mg a cada 1-2 semanas

ou

aspirina: 750-1000 mg por via oral a cada 8 horas por 1-2 semanas, em seguida reduzir a dose em 250-500 mg a cada 1-2 semanas

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associado a – 

inibidor da bomba de prótons

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Em virtude das altas doses de AINEs usadas, deve-se administrar um inibidor da bomba de prótons juntamente com a terapia com AINE, para proteger contra a formação de úlcera gastrointestinal.[12][14][36][37]

Opções primárias

omeprazol: 20 mg por via oral uma vez ao dia

ou

pantoprazol: 40 mg por via oral uma vez ao dia

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associado a – 

colchicina

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Melhora a resposta, diminui a recorrência e aumenta as taxas de remissão.[1][55]

O tratamento deve ser continuado por 6 meses em pacientes com doença recorrente. Pode-se considerar o prolongamento da terapia em casos de resistência. Os níveis de proteína C-reativa devem ser usados para orientar a terapia e a resposta. Quando a proteína C-reativa estiver normalizada, a terapia medicamentosa poderá ser reduzida gradualmente de acordo com os sintomas e o nível de proteína C-reativa.[1]

Embora não seja obrigatório reduzir a dose gradualmente, isso pode ser considerado nas últimas semanas do tratamento para prevenir a persistência dos sintomas e recorrência.

Antes do início do tratamento, sugere-se a realização de um hemograma completo inicial, uma vez que a colchicina pode causar neutropenia e supressão da medula óssea. É importante ter cautela com pacientes com comprometimento renal e hepático, pois seu uso pode ser contraindicado em pacientes que tomam determinados medicamentos.

Opções primárias

colchicina: peso corporal <70 kg: 0.5 mg por via oral uma vez ao dia por 6 meses, pode-se reduzir gradualmente para 0.5 mg uma vez ao dia em dias alternados nas últimas semanas do tratamento; peso corporal ≥70 kg: 0.5 mg por via oral duas vezes ao dia por 6 meses, pode-se reduzir gradualmente para 0.5 mg uma vez ao dia nas últimas semanas do tratamento

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associado a – 

restrição de exercícios

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Exercícios devem ser restritos até a dor torácica se resolver e os marcadores inflamatórios se normalizarem.[1][14][36][52]

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associado a – 

tratamento da causa subjacente

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Além disso, o tratamento deve ser orientado como em qualquer causa subjacente.[36][37]

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2ª linha – 

corticosteroides

Em pacientes que não respondem à associação de um AINE e colchicina, a corticoterapia pode ser considerada quando uma causa infecciosa foi descartada. Também podem ser usados quando há uma indicação específica para seu uso (por exemplo, presença de uma doença autoimune). Devem ser usados em combinação com colchicina para essa indicação.[1]

São menos favorecidos em comparação com os AINEs devido aos riscos de se promover uma doença crônica e/ou recorrentes, e aos efeitos colaterais.[1]

Se usados, dá-se preferência a doses baixas a moderadas em relação a doses altas.[18]​ A dose inicial deve ser mantida até a resolução dos sintomas e a normalização do nível de proteína C-reativa. Quando isso for atingido, a dose poderá ser reduzida gradualmente.[1]

Opções primárias

prednisolona: 0.25 a 0.5 mg/kg/dia por via oral, reduzir a dose gradualmente após a resolução dos sintomas e normalização da proteína C-reativa

Mais
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associado a – 

restrição de exercícios

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Exercícios devem ser restritos até a dor torácica se resolver e os marcadores inflamatórios se normalizarem. Um mínimo de 3 meses é frequentemente considerado apropriado (e recomendado para pacientes envolvidos em esportes competitivos), mas períodos mais curtos de restrição podem ser considerados dependendo das características do paciente e da doença (por exemplo, não atletas e/ou quadro clínico leve).[1][14][36][52]

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3ª linha – 

imunossupressor

As terapias de terceira linha na doença recorrente são imunossupressoras, incluindo imunoglobulina intravenosa (IGIV), inibidores da interleucina-1 (por exemplo, anakinra e rilonacept), e a azatioprina. Essas terapias devem ser usadas em consulta com um reumatologista.[1][20][53][62]​​​​​[63]​​​[64]​​[65]

Opções primárias

azatioprina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

rilonacepte: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

anakinra: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

imunoglobulina humana normal: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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associado a – 

restrição de exercícios

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Exercícios devem ser restritos até a dor torácica se resolver e os marcadores inflamatórios se normalizarem. Um mínimo de 3 meses é frequentemente considerado apropriado (e recomendado para pacientes envolvidos em esportes competitivos), mas períodos mais curtos de restrição podem ser considerados dependendo das características do paciente e da doença (por exemplo, não atletas e/ou quadro clínico leve).[1][14][36][52]

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4ª linha – 

pericardiectomia

Os pacientes com recorrência sintomática persistente, refratária a todos os tratamentos clínicos, podem ser considerados para o manejo cirúrgico com pericardiectomia.[1][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Pericardiectomia em um paciente do sexo masculino de 56 anos de idade com pericardite constritiva idiopática com calcificações. O pericárdio está espessado e calcificadoPatanwala I, Crilley J, Trewby PN. BMJ Case Reports 2009; doi:10.1136/bcr.06.2008.0015 [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@423b367

Nos pacientes com pericardite tuberculosa, a pericardiectomia é reservada àqueles que apresentarem derrames recorrentes ou evidências de fisiologia constritiva apesar da terapia medicamentosa.[2] Particularmente recomendada se o quadro clínico do paciente não melhorar ou estiver piorando após 4 a 8 semanas de terapia antituberculose.[1]​ A pericardiectomia também pode ser necessária para o tratamento da pericardite recorrente não tuberculosa refratária às terapias padrão, onde houver constrição (por exemplo, após uma cirurgia cardíaca ou radioterapia, ou pericardite constritiva idiopática).[40][67]

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associado a – 

restrição de exercícios

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Exercícios devem ser restritos até a dor torácica se resolver e os marcadores inflamatórios se normalizarem. Um mínimo de 3 meses é frequentemente considerado apropriado (e recomendado para pacientes envolvidos em esportes competitivos), mas períodos mais curtos de restrição podem ser considerados dependendo das características do paciente e da doença (por exemplo, não atletas e/ou quadro clínico leve).[1][14][36][52]

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