Complicações

Complicação
Período de ocorrência
Probabilidade
curto prazo
Médias

O acúmulo de transudato, exsudato ou sangue no saco pericárdico pode ocorrer em consequência da inflamação pericárdica. O aumento da pressão intrapericárdica no derrame pericárdico (em particular quando o acúmulo de fluido ocorre em um período de tempo relativamente curto) pode comprimir as câmaras cardíacas, resultando no tamponamento cardíaco.[1][14][46]​​

A pericardiocentese é indicada para o comprometimento hemodinâmico, para a pericardite purulenta e para uma alta suspeita de tumor. O derrame deve ser drenado a seco, e o fluido deve ser analisado para glicose, proteína e lactato desidrogenase. A contagem de células, a microscopia e/ou cultura viral e o exame citológico devem ser realizados.

Em algumas situações, a pericardiocentese não pode ser realizada através de uma abordagem percutânea, sendo necessária a drenagem cirúrgica. Em geral, a abordagem subxifoide é bem-sucedida, apresentando taxas <1% de complicação e de 8% de recorrência do derrame.

A biópsia pericárdica deve ser considerada se houver suspeita de doença granulomatosa ou maligna.

variável
baixa

A maioria dos casos ocorre dentro de 3 a 12 meses após a lesão pericárdica. É uma complicação relativamente rara[70] e, em países desenvolvidos, é causada com maior frequência por cirurgia cardíaca prévia (prevalência de 0.2% a 0.3%), por radioterapia (4% dos pacientes que receberam radiação para a doença de Hodgkin mediastinal) e por pericardite idiopática. A tuberculose é a principal causa em países em desenvolvimento.

No processo de cura do derrame pericárdico agudo, fibrinoso, serofibrinoso ou crônico, a cavidade pericárdica pode ser completamente substituída por tecido de granulação. Isso resulta em uma densa cicatriz que envolve o coração e interfere no enchimento ventricular. A cirurgia de ressecção do pericárdio é o tratamento definitivo.[1][2]​​[13][14][71]

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