Insônia
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Diretriz confiável
ebpracticenet recomenda que você priorize as seguintes diretrizes locais:
Aanpak van slaapklachten en insomnie (slapeloosheid) bij volwassenen in de eerste lijnPublicada por: Werkgroep Ontwikkeling Richtlijnen Eerste Lijn (Worel)Última publicação: 2018Prise en charge des problèmes de sommeil et de l’insomnie chez l’adulte en première lignePublicada por: Groupe de Travail Développement de recommmandations de première ligneÚltima publicação: 2018Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
insônia aguda
tranquilização e tratamento dos fatores desencadeantes
A insônia aguda dura menos de 3 meses e geralmente ocorre em resposta a um estressor identificável.[1]American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders, 5th ed., text revision (DSM-5-TR). Washington, DC: American Psychiatric Publishing; 2022. https://www.psychiatry.org/psychiatrists/practice/dsm [2]American Academy of Sleep Medicine. The AASM international classification of sleep disorders - third edition, text revision (ICSD-3-TR). Jun 2023 [internet publication]. https://aasm.org/clinical-resources/international-classification-sleep-disorders A insônia aguda é muito comum e frequentemente transitória, e nem sempre requer tratamento.[106]Riemann D, Baglioni C, Bassetti C, et al. European guideline for the diagnosis and treatment of insomnia. J Sleep Res. 2017 Dec;26(6):675-700. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/jsr.12594 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28875581?tool=bestpractice.com Observe que as classificações diagnósticas atuais não têm critérios de gravidade quantitativos para o distúrbio de insônia; cabe ao médico julgar o que é grave o suficiente para ser tratado.[7]Perlis ML, Posner D, Riemann D, et al. Insomnia. Lancet. 2022 Sep 24;400(10357):1047-60. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36115372?tool=bestpractice.com
Primeiro, identifique os potenciais estressores que podem estar atrapalhando o sono (por exemplo, estresse relacionado ao trabalho ou dificuldades no relacionamento) e estimule o paciente a abordar essas questões, se possível. Pergunte sobre estratégias de enfrentamento mal-adaptativas, como cochilos diurnos ou uso de estimulantes, e ofereça conselhos sobre como evitá-los, bem como sobre medidas gerais de higiene do sono.[106]Riemann D, Baglioni C, Bassetti C, et al. European guideline for the diagnosis and treatment of insomnia. J Sleep Res. 2017 Dec;26(6):675-700. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/jsr.12594 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28875581?tool=bestpractice.com
Revise os medicamentos habituais do paciente para determinar se eles incluem medicamentos que podem causar ou piorar a insônia, como estimulantes, antidepressivos, corticosteroides, diuréticos ou sedativos; em caso afirmativo, considere se é possível diminuir a dosagem e/ou utilizar o medicamento em outro horário do dia para reduzir o impacto sobre o sono.
Os objetivos do tratamento de curto prazo para a insônia aguda incluem reduzir os pensamentos alarmantes associados à insônia, a fim de proteger contra o desenvolvimento de respostas cognitivas, emocionais e comportamentais contraproducentes à insônia, as quais são fatores de risco para o desenvolvimento de uma insônia crônica.
Faça o acompanhamento dos pacientes com insônia aguda após 2-4 semanas para estabelecer se a insônia é persistente; se a insônia persistir e atender a critérios diagnósticos para insônia crônica, siga as orientações para tratamento da insônia crônica.[126]Alberta Medical Association: Toward Optimized Practice. Assessment to management of adult insomnia. Dec 2015 [internet publication]. https://www.albertadoctors.org/media/v51b22o2/adult-insomnia-guideline.pdf
higiene do sono e técnicas de relaxamento
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As técnicas de higiene do sono e relaxamento são opções de tratamento não farmacológico adequadas para a insônia aguda.[112]Cheng SK, Dizon J. Computerised cognitive behavioural therapy for insomnia: a systematic review and meta-analysis. Psychother Psychosom. 2012;81(4):206-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22585048?tool=bestpractice.com [113]Morin CM, Vallières A, Guay B, et al. Cognitive behavioral therapy, singly and combined with medication, for persistent insomnia: a randomized controlled trial. JAMA. 2009 May 20;301(19):2005-15. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/183931 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19454639?tool=bestpractice.com [114]Morin CM, Bootzin RR, Buysse DJ, et al. Psychological and behavioral treatment of insomnia: update of the recent evidence (1998-2004). Sleep. 2006 Nov;29(11):1398-414. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17162986?tool=bestpractice.com [115]Mitchell MD, Gehrman P, Perlis M, et al. Comparative effectiveness of cognitive behavioral therapy for insomnia: a systematic review. BMC Fam Pract. 2012 May 25;13:40. https://bmcprimcare.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-2296-13-40 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22631616?tool=bestpractice.com [116]Buysse DJ. Insomnia. JAMA. 2013 Feb 20;309(7):706-16. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3632369 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23423416?tool=bestpractice.com [117]Sun J, Kang J, Wang P, et al. Self-relaxation training can improve sleep quality and cognitive functions in the older: a one-year randomised controlled trial. J Clin Nurs. 2013 May;22(9-10):1270-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23574290?tool=bestpractice.com [118]Vitiello MV, McCurry SM, Shortreed SM, et al. Cognitive-behavioral treatment for comorbid insomnia and osteoarthritis pain in primary care: the Lifestyles randomized controlled trial. J Am Geriatr Soc. 2013 Jun;61(6):947-56. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3772673 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23711168?tool=bestpractice.com [119]Black DS, O'Reilly GA, Olmstead R, et al. Mindfulness meditation and improvement in sleep quality and daytime impairment among older adults with sleep disturbances: a randomized clinical trial. JAMA Intern Med. 2015 Apr;175(4):494-501. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2110998 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25686304?tool=bestpractice.com [120]Wu JQ, Appleman ER, Salazar RD, et al. Cognitive behavioral therapy for insomnia comorbid with psychiatric and medical conditions: a meta-analysis. JAMA Intern Med. 2015 Sep;175(9):1461-72. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2363024 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26147487?tool=bestpractice.com [121]Brasure M, Fuchs E, MacDonald R, et al. Psychological and behavioral interventions for managing insomnia disorder: an evidence report for a clinical practice guideline by the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):113-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136619?tool=bestpractice.com [122]Brasure M, MacDonald R, Fuchs E, et al; Agency for Healthcare Research and Quality. Management of insomnia disorder. Dec 2015 [internet publication]. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK343503 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26844312?tool=bestpractice.com [123]Rash JA, Kavanagh VAJ, Garland SN. A meta-analysis of mindfulness-based therapies for insomnia and sleep disturbance: moving towards processes of change. Sleep Med Clin. 2019 Jun;14(2):209-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31029188?tool=bestpractice.com
A higiene do sono envolve o desenvolvimento de hábitos que favoreçam o sono, como: evitar estimulantes, incluindo nicotina e cafeína (assim como alimentos que contenham cafeína), por várias horas antes de deitar; evitar álcool ao deitar; evitar dispositivos digitais que emitam luz azul (por exemplo, smartphones/computadores) perto da hora de deitar; estabelecer um horário regular para dormir e acordar; evitar passar muito tempo na cama tentando dormir; evitar cochilos prolongados durante o dia; aceitar que o início do sono é involuntário e está fora do controle da pessoa; adotar uma abordagem mais permissiva ao sono, controlando e removendo impedimentos, mas aceitando que o sono acontecerá porém não sob demanda, tentar dormir apenas quando estiver com sono; fazer exercícios regularmente, especialmente no final da tarde ou no fim do dia; reservar um tempo adequado para relaxar antes de ir para a cama; garantir que o ambiente esteja propício ao sono, certificando-se de que a cama e a roupa de cama estejam confortáveis, o quarto esteja escuro e silencioso e a temperatura e a umidade estejam controladas; e evitar ficar olhando o relógio durante o período de sono. As evidências para a maior parte das terapias não farmacológicas para insônia (exceto a TCC-I) são limitadas e insuficientes para determinar a eficácia relativa dos diferentes tratamentos não farmacológicos.[124]Qaseem A, Kansagara D, Forciea MA, et al. Management of chronic insomnia disorder in adults: a clinical practice guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):125-33. https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M15-2175 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136449?tool=bestpractice.com Não há evidências suficientes de que as técnicas de higiene do sono isoladas são um tratamento efetivo para a insônia, embora elas possam ser úteis quando combinadas com outras intervenções específicas.[125]Edinger JD, Arnedt JT, Bertisch SM, et al. Behavioral and psychological treatments for chronic insomnia disorder in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2021 Feb 1;17(2):255-62. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.8986 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33164742?tool=bestpractice.com
As técnicas de relaxamento incluem relaxamento progressivo, imagens de referência e meditação e biofeedback. A terapia de relaxamento progressivo envolve o tensionamento e o relaxamento dos músculos de modo sistemático da cabeça aos pés. Imagens de referência e meditação instruem o paciente a trocar pensamentos cheios de ansiedade por imagens agradáveis e tranquilas. O biofeedback envolve dar ao paciente informação imediata sobre seu nível de estresse e instruções sobre métodos para diminuir o estresse.
terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I)
A insônia aguda dura menos de 3 meses e geralmente ocorre em resposta a um estressor identificável.[1]American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders, 5th ed., text revision (DSM-5-TR). Washington, DC: American Psychiatric Publishing; 2022. https://www.psychiatry.org/psychiatrists/practice/dsm [2]American Academy of Sleep Medicine. The AASM international classification of sleep disorders - third edition, text revision (ICSD-3-TR). Jun 2023 [internet publication]. https://aasm.org/clinical-resources/international-classification-sleep-disorders Observe que as classificações diagnósticas atuais não têm critérios de gravidade quantitativos para o distúrbio de insônia; cabe ao médico julgar o que é grave o suficiente para ser tratado.[7]Perlis ML, Posner D, Riemann D, et al. Insomnia. Lancet. 2022 Sep 24;400(10357):1047-60. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36115372?tool=bestpractice.com O tratamento para insônia aguda pode ser necessário se a insônia for grave e causar sofrimento significativo.
A TCC-I é uma abordagem de primeira linha para a insônia aguda. Foi demonstrado que a TCC-I é efetiva para a insônia crônica.[107]van Straten A, van der Zweerde T, Kleiboer A, et al. Cognitive and behavioral therapies in the treatment of insomnia: a meta-analysis. Sleep Med Rev. 2018 Apr;38:3-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28392168?tool=bestpractice.com As evidências de seu uso na insônia aguda são limitadas, mas promissoras.[4]Yang L, Zhang J, Luo X, et al. Effectiveness of one-week internet-delivered cognitive behavioral therapy for insomnia to prevent progression from acute to chronic insomnia: a two-arm, multi-center, randomized controlled trial. Psychiatry Res. 2023 Mar;321:115066. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36716552?tool=bestpractice.com [5]Ellis JG, Cushing T, Germain A. Treating acute insomnia: a randomized controlled trial of a "single-shot" of cognitive behavioral therapy for insomnia. Sleep. 2015 Jun 1;38(6):971-8. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4434564 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25515106?tool=bestpractice.com [6]Randall C, Nowakowski S, Ellis JG. Managing acute insomnia in prison: evaluation of a "one-shot" cognitive behavioral therapy for insomnia (CBT-I) intervention. Behav Sleep Med. 2019 Nov-Dec;17(6):827-36. https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/15402002.2018.1518227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30289290?tool=bestpractice.com Um ensaio clínico randomizado e controlado investigou o efeito de um ciclo de TCC-I de 1 semana, ministrado pela internet, em pacientes com insônia aguda. Após 12 semanas, a incidência de progressão para insônia crônica foi significativamente menor no grupo da TCC-I em comparação com os controles (33.3% vs. 65.8%).[4]Yang L, Zhang J, Luo X, et al. Effectiveness of one-week internet-delivered cognitive behavioral therapy for insomnia to prevent progression from acute to chronic insomnia: a two-arm, multi-center, randomized controlled trial. Psychiatry Res. 2023 Mar;321:115066. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36716552?tool=bestpractice.com Outros pequenos estudos sugeriram que uma única sessão de 60 a 70 minutos de TCC-I para insônia aguda é efetiva na redução da gravidade da insônia.[5]Ellis JG, Cushing T, Germain A. Treating acute insomnia: a randomized controlled trial of a "single-shot" of cognitive behavioral therapy for insomnia. Sleep. 2015 Jun 1;38(6):971-8. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4434564 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25515106?tool=bestpractice.com [6]Randall C, Nowakowski S, Ellis JG. Managing acute insomnia in prison: evaluation of a "one-shot" cognitive behavioral therapy for insomnia (CBT-I) intervention. Behav Sleep Med. 2019 Nov-Dec;17(6):827-36. https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/15402002.2018.1518227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30289290?tool=bestpractice.com
Os princípios básicos da TCC-I são: aprender a regular a vigilância e induzir o relaxamento; aceitar a realidade de que o sono está fora de controle e se render a qualquer coisa que aconteça em relação ao sono; evitar estímulos de tempo; reduzir o tempo gasto na cama sem dormir; restringir o sono se a pessoa passa muito tempo na cama sem dormir; e mudar crenças desadaptativas sobre o sono.[108]Perlis ML, Smith MT, Benson-Jungquist C, et al. Cognitive behavioral treatment of insomnia: a session-by-session guide. New York, NY: Springer Science+Business Media, Inc.; 2005.[109]Dawson SC, Krakow B, Haynes PL, et al. Use of sleep aids in insomnia: the role of time monitoring behavior. Prim Care Companion CNS Disord. 2023 May 16;25(3):22m03344. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11166003 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37227396?tool=bestpractice.com [110]Miller CB, Espie CA, Epstein DR, et al. The evidence base of sleep restriction therapy for treating insomnia disorder. Sleep Med Rev. 2014 Oct;18(5):415-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24629826?tool=bestpractice.com [111]Nielson SA, Perez E, Soto P, et al. Challenging beliefs for quality sleep: a systematic review of maladaptive sleep beliefs and treatment outcomes following cognitive behavioral therapy for insomnia. Sleep Med Rev. 2023 Dec;72:101856. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37862834?tool=bestpractice.com
A TCC-I é eficaz quando empregada sob a orientação de um médico, seja em ambientes individuais ou em grupo presenciais ou por meio da TCC-I baseada na internet (às vezes chamada de TCC-I digital ou TCCd-I). Há uma crescente base de evidências a favor da TCCd-I sugerindo que sua efetividade é comparável à da TCC-I presencial.[107]van Straten A, van der Zweerde T, Kleiboer A, et al. Cognitive and behavioral therapies in the treatment of insomnia: a meta-analysis. Sleep Med Rev. 2018 Apr;38:3-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28392168?tool=bestpractice.com [112]Cheng SK, Dizon J. Computerised cognitive behavioural therapy for insomnia: a systematic review and meta-analysis. Psychother Psychosom. 2012;81(4):206-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22585048?tool=bestpractice.com [139]Seyffert M, Lagisetty P, Landgraf J, et al. Internet-delivered cognitive behavioral therapy to treat insomnia: a systematic review and meta-analysis. PLoS One. 2016 Feb 11;11(2):e0149139. https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0149139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26867139?tool=bestpractice.com [140]Zachariae R, Lyby MS, Ritterband LM, et al. Efficacy of internet delivered cognitive-behavioral therapy for insomnia: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Sleep Med Rev. 2016 Dec;30:1-10. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26615572?tool=bestpractice.com
Para a insônia durante a gestação (quando a razão risco/benefício costuma estar a favor de opções não farmacológicas, se possível), há uma base de evidências limitada para o tratamento; a TCC-I (presencial e on-line) parece ser segura, eficaz e uma opção de primeira linha aceitável durante a gestação.[131]Manber R, Bei B, Simpson N, et al. Cognitive behavioral therapy for prenatal insomnia: a randomized controlled trial. Obstet Gynecol. 2019 May;133(5):911-9. https://journals.lww.com/greenjournal/fulltext/2019/05000/cognitive_behavioral_therapy_for_prenatal.10.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30969203?tool=bestpractice.com [132]Felder JN, Epel ES, Neuhaus J, et al. Efficacy of digital cognitive behavioral therapy for the treatment of insomnia symptoms among pregnant women: a randomized clinical trial. JAMA Psychiatry. 2020 May 1;77(5):484-92. https://jamanetwork.com/journals/jamapsychiatry/fullarticle/2758827 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31968068?tool=bestpractice.com
Faça o acompanhamento dos pacientes com insônia aguda após 2-4 semanas para estabelecer se a insônia é persistente; para a insônia persistente, siga as orientações para tratamento da insônia crônica.[126]Alberta Medical Association: Toward Optimized Practice. Assessment to management of adult insomnia. Dec 2015 [internet publication]. https://www.albertadoctors.org/media/v51b22o2/adult-insomnia-guideline.pdf
higiene do sono e técnicas de relaxamento
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As técnicas de higiene do sono e relaxamento são opções de tratamento não farmacológico adequadas para a insônia aguda.[112]Cheng SK, Dizon J. Computerised cognitive behavioural therapy for insomnia: a systematic review and meta-analysis. Psychother Psychosom. 2012;81(4):206-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22585048?tool=bestpractice.com [113]Morin CM, Vallières A, Guay B, et al. Cognitive behavioral therapy, singly and combined with medication, for persistent insomnia: a randomized controlled trial. JAMA. 2009 May 20;301(19):2005-15. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/183931 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19454639?tool=bestpractice.com [114]Morin CM, Bootzin RR, Buysse DJ, et al. Psychological and behavioral treatment of insomnia: update of the recent evidence (1998-2004). Sleep. 2006 Nov;29(11):1398-414. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17162986?tool=bestpractice.com [115]Mitchell MD, Gehrman P, Perlis M, et al. Comparative effectiveness of cognitive behavioral therapy for insomnia: a systematic review. BMC Fam Pract. 2012 May 25;13:40. https://bmcprimcare.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-2296-13-40 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22631616?tool=bestpractice.com [116]Buysse DJ. Insomnia. JAMA. 2013 Feb 20;309(7):706-16. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3632369 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23423416?tool=bestpractice.com [117]Sun J, Kang J, Wang P, et al. Self-relaxation training can improve sleep quality and cognitive functions in the older: a one-year randomised controlled trial. J Clin Nurs. 2013 May;22(9-10):1270-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23574290?tool=bestpractice.com [118]Vitiello MV, McCurry SM, Shortreed SM, et al. Cognitive-behavioral treatment for comorbid insomnia and osteoarthritis pain in primary care: the Lifestyles randomized controlled trial. J Am Geriatr Soc. 2013 Jun;61(6):947-56. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3772673 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23711168?tool=bestpractice.com [119]Black DS, O'Reilly GA, Olmstead R, et al. Mindfulness meditation and improvement in sleep quality and daytime impairment among older adults with sleep disturbances: a randomized clinical trial. JAMA Intern Med. 2015 Apr;175(4):494-501. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2110998 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25686304?tool=bestpractice.com [120]Wu JQ, Appleman ER, Salazar RD, et al. Cognitive behavioral therapy for insomnia comorbid with psychiatric and medical conditions: a meta-analysis. JAMA Intern Med. 2015 Sep;175(9):1461-72. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2363024 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26147487?tool=bestpractice.com [121]Brasure M, Fuchs E, MacDonald R, et al. Psychological and behavioral interventions for managing insomnia disorder: an evidence report for a clinical practice guideline by the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):113-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136619?tool=bestpractice.com [122]Brasure M, MacDonald R, Fuchs E, et al; Agency for Healthcare Research and Quality. Management of insomnia disorder. Dec 2015 [internet publication]. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK343503 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26844312?tool=bestpractice.com [123]Rash JA, Kavanagh VAJ, Garland SN. A meta-analysis of mindfulness-based therapies for insomnia and sleep disturbance: moving towards processes of change. Sleep Med Clin. 2019 Jun;14(2):209-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31029188?tool=bestpractice.com
A higiene do sono envolve o desenvolvimento de hábitos que favoreçam o sono, como: evitar estimulantes, incluindo nicotina e cafeína (assim como alimentos que contenham cafeína), por várias horas antes de deitar; evitar álcool ao deitar; evitar dispositivos digitais que emitam luz azul (por exemplo, smartphones/computadores) perto da hora de deitar; estabelecer um horário regular para dormir e acordar; evitar passar muito tempo na cama tentando dormir; evitar cochilos prolongados durante o dia; aceitar que o início do sono é involuntário e está fora do controle da pessoa; adotar uma abordagem mais permissiva ao sono, controlando e removendo impedimentos, mas aceitando que o sono acontecerá porém não sob demanda, tentar dormir apenas quando estiver com sono; fazer exercícios regularmente, especialmente no final da tarde ou no fim do dia; reservar um tempo adequado para relaxar antes de ir para a cama; garantir que o ambiente esteja propício ao sono, certificando-se de que a cama e a roupa de cama estejam confortáveis, o quarto esteja escuro e silencioso e a temperatura e a umidade estejam controladas; e evitar ficar olhando o relógio durante o período de sono. As evidências para a maior parte das terapias não farmacológicas para insônia (exceto a TCC-I) são limitadas e insuficientes para determinar a eficácia relativa dos diferentes tratamentos não farmacológicos.[124]Qaseem A, Kansagara D, Forciea MA, et al. Management of chronic insomnia disorder in adults: a clinical practice guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):125-33. https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M15-2175 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136449?tool=bestpractice.com Não há evidências suficientes de que as técnicas de higiene do sono isoladas são um tratamento efetivo para a insônia, embora elas possam ser úteis quando combinadas com outras intervenções específicas.[125]Edinger JD, Arnedt JT, Bertisch SM, et al. Behavioral and psychological treatments for chronic insomnia disorder in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2021 Feb 1;17(2):255-62. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.8986 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33164742?tool=bestpractice.com
As técnicas de relaxamento incluem relaxamento progressivo, imagens de referência e meditação e biofeedback. A terapia de relaxamento progressivo envolve o tensionamento e o relaxamento dos músculos de modo sistemático da cabeça aos pés. Imagens de referência e meditação instruem o paciente a trocar pensamentos cheios de ansiedade por imagens agradáveis e tranquilas. O biofeedback envolve dar ao paciente informação imediata sobre seu nível de estresse e instruções sobre métodos para diminuir o estresse.
hipnóticos
A insônia aguda dura menos de 3 meses e geralmente ocorre em resposta a um estressor identificável.[1]American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders, 5th ed., text revision (DSM-5-TR). Washington, DC: American Psychiatric Publishing; 2022. https://www.psychiatry.org/psychiatrists/practice/dsm [2]American Academy of Sleep Medicine. The AASM international classification of sleep disorders - third edition, text revision (ICSD-3-TR). Jun 2023 [internet publication]. https://aasm.org/clinical-resources/international-classification-sleep-disorders Observe que as classificações diagnósticas atuais não têm critérios de gravidade quantitativos para o distúrbio de insônia; cabe ao médico julgar o que é grave o suficiente para ser tratado.[7]Perlis ML, Posner D, Riemann D, et al. Insomnia. Lancet. 2022 Sep 24;400(10357):1047-60. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36115372?tool=bestpractice.com
O uso de curto prazo de um hipnótico é uma opção apropriada a ser considerada em pacientes com insônia aguda grave ou associada a sofrimento substancial, quando uma rápida melhora dos sintomas é desejável e/ou em ambientes onde há acesso limitado ou nenhum acesso a tratamentos comportamentais, se o paciente não puder ou não quiser participar da terapia comportamental ou se a terapia comportamental for inefetiva.[104]Sateia MJ, Buysse DJ, Krystal AD, et al. Clinical practice guideline for the pharmacologic treatment of chronic insomnia in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2017 Feb 15;13(2):307-49. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.6470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27998379?tool=bestpractice.com [126]Alberta Medical Association: Toward Optimized Practice. Assessment to management of adult insomnia. Dec 2015 [internet publication]. https://www.albertadoctors.org/media/v51b22o2/adult-insomnia-guideline.pdf
Para pacientes com dificuldades no início do sono, os agonistas do receptor benzodiazepínico não benzodiazepínicos (por exemplo, zolpidem, zaleplon, eszopiclona), antagonistas duplos do receptor de orexina (por exemplo, suvorexant, lemborexant, daridorexant) e o ramelteon (um agonista do receptor de melatonina) são todas escolhas de primeira linha razoáveis.[104]Sateia MJ, Buysse DJ, Krystal AD, et al. Clinical practice guideline for the pharmacologic treatment of chronic insomnia in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2017 Feb 15;13(2):307-49. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.6470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27998379?tool=bestpractice.com [127]Australian Prescriber Editorial Executive Committee. Lemborexant for insomnia. Aust Prescr. 2022 Feb;45(1):29-30. https://australianprescriber.tg.org.au/articles/lemborexant-for-insomnia.html http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35233138?tool=bestpractice.com [128]Mignot E, Mayleben D, Fietze I, et al. Safety and efficacy of daridorexant in patients with insomnia disorder: results from two multicentre, randomised, double-blind, placebo-controlled, phase 3 trials. Lancet Neurol. 2022 Feb;21(2):125-39. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35065036?tool=bestpractice.com Para os pacientes com dificuldades tanto no início do sono quanto na manutenção do sono, o zolpidem, a eszopiclona e os antagonistas duplos do receptor de orexina parecem ser efetivos.
Todos os agonistas do receptor benzodiazepínico não benzodiazepínicos mostram eficácia estabelecida na redução da latência do sono e, para o zolpidem e a eszopiclona, na redução da insônia após o estabelecimento do sono e no aumento do tempo total de sono e da qualidade do sono, com base em medidas objetivas (polissonografia [PSG]) e subjetivas (diário do sono) em estudos de curto prazo.[104]Sateia MJ, Buysse DJ, Krystal AD, et al. Clinical practice guideline for the pharmacologic treatment of chronic insomnia in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2017 Feb 15;13(2):307-49. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.6470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27998379?tool=bestpractice.com Evidências acumuladas apoiam a eficácia dos antagonistas duplos do receptor de orexina na redução da latência do sono, da insônia após o estabelecimento do sono e do tempo total de sono com base em medidas objetivas (PSG) e subjetivas.[127]Australian Prescriber Editorial Executive Committee. Lemborexant for insomnia. Aust Prescr. 2022 Feb;45(1):29-30. https://australianprescriber.tg.org.au/articles/lemborexant-for-insomnia.html http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35233138?tool=bestpractice.com [128]Mignot E, Mayleben D, Fietze I, et al. Safety and efficacy of daridorexant in patients with insomnia disorder: results from two multicentre, randomised, double-blind, placebo-controlled, phase 3 trials. Lancet Neurol. 2022 Feb;21(2):125-39. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35065036?tool=bestpractice.com [163]Herring WJ, Snyder E, Budd K, et al. Orexin receptor antagonism for treatment of insomnia: a randomized clinical trial of suvorexant. Neurology. 2012 Dec 4;79(23):2265-74. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23197752?tool=bestpractice.com [164]Wilt TJ, MacDonald R, Brasure M, et al. Pharmacologic treatment of insomnia disorder: an evidence report for a clinical practice guideline by the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):103-12. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136278?tool=bestpractice.com [165]Herring WJ, Connor KM, Snyder E, et al. Suvorexant in elderly patients with insomnia: pooled analyses of data from phase III randomized controlled clinical trials. Am J Geriatr Psychiatry. 2017 Jul;25(7):791-802. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28427826?tool=bestpractice.com [166]Kuriyama A, Tabata H. Suvorexant for the treatment of primary insomnia: a systematic review and meta-analysis. Sleep Med Rev. 2017 Oct;35:1-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365447?tool=bestpractice.com Entretanto, faltam estudos de longo prazo para esses agentes. Foi demonstrado que o ramelteon reduz a latência do sono, mas é provavelmente inefetivo para a manutenção do sono.[104]Sateia MJ, Buysse DJ, Krystal AD, et al. Clinical practice guideline for the pharmacologic treatment of chronic insomnia in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2017 Feb 15;13(2):307-49. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.6470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27998379?tool=bestpractice.com [171]Mayer G, Wang-Weigand S, Roth-Schechter B, et al. Efficacy and safety of 6-month nightly ramelteon administration in adults with chronic primary insomnia. Sleep. 2009 Mar;32(3):351-60. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2647789 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19294955?tool=bestpractice.com [172]Auld F, Maschauer EL, Morrison I, et al. Evidence for the efficacy of melatonin in the treatment of primary adult sleep disorders. Sleep Med Rev. 2017 Aug;34:10-22. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28648359?tool=bestpractice.com Não há evidências claras que sustentem a superioridade de uma classe de hipnóticos recomendada sobre as outras.[173]Pan B, Ge L, Lai H, et al. The comparative effectiveness and safety of insomnia drugs: a systematic review and network meta-analysis of 153 randomized trials. Drugs. 2023 May;83(7):587-619. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36947394?tool=bestpractice.com [174]De Crescenzo F, D'Alò GL, Ostinelli EG, et al. Comparative effects of pharmacological interventions for the acute and long-term management of insomnia disorder in adults: a systematic review and network meta-analysis. Lancet. 2022 Jul 16;400(10347):170-84. https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(22)00878-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35843245?tool=bestpractice.com A escolha do medicamento deve ser adaptada ao fenótipo da insônia e à consideração de sua segurança e tolerabilidade.
Nenhum hipnótico é indicado para uso em gestantes. Para pacientes com insônia durante a gestação, a relação de risco/benefício costuma ficar a favor de opções não farmacológicas, se possível. Os médicos que considerarem oferecer tratamento farmacológico para a insônia durante a gestação devem procurar a orientação de um especialista (por exemplo, um psiquiatra com experiência em prescrições durante a gestação ou um obstetra), devido aos riscos associados a hipnóticos comuns durante a gestação.
Tratar os pacientes idosos com hipnóticos representa um desafio porque eles são mais propensos a eventos adversos relacionados a medicamentos, mas há poucas evidências de qualidade para apoiar perfis aceitáveis de dano versus eficácia na escolha entre os agentes. Os critérios BEERs da American Geriatric Society para a prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados para idosos colocam todos os benzodiazepínicos e agonistas do receptor benzodiazepínico não benzodiazepínicos em sua lista de medicamentos a serem evitados devido ao aumento do risco de acidentes e quedas.[179]2023 American Geriatrics Society Beers Criteria® Update Expert Panel. American Geriatrics Society 2023 updated AGS Beers Criteria® for potentially inappropriate medication use in older adults. J Am Geriatr Soc. 2023 Jul;71(7):2052-81. https://agsjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/jgs.18372 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37139824?tool=bestpractice.com Os dados atuais são insuficientes para determinar se os antagonistas duplos do receptor de orexina oferecem um perfil de risco/benefício mais favorável nos idosos que os agonistas do receptor benzodiazepínico não benzodiazepínicos. Nenhuma evidência definitiva dá suporte a um aumento do risco para uma classe de hipnóticos recomendada em relação à outra. Os autores não recomendam evitar os agonistas do receptor benzodiazepínico não benzodiazepínicos como classe para os idosos. Deve ser determinado um perfil individualizado de risco versus benefício que leve em consideração os fatores clínicos pertinentes, incluindo comorbidades coexistentes, medicamentos, potencial para interações medicamentosas, fatores psicossociais e valores e preferências do paciente.
Discuta as considerações de segurança com os pacientes ao prescrever hipnóticos. Os eventos adversos podem incluir: comportamentos complexos relacionados ao sono; efeitos depressores do sistema nervoso central; paralisia do sono, cataplexia e sonolência diurna excessiva; alucinações hipnagógicas ou hipnopômpicas; agravamento da depressão, probabilidade de suicídio e impulsividade; uso indevido ou abuso; dependência, tolerância, abstinência e efeito rebote; e supressão respiratória. Para uma discussão detalhada sobre considerações de segurança, contraindicações e precauções, consulte Abordagem de tratamento.
As doses geralmente devem ser tomadas imediatamente antes de deitar ou até 30 minutos antes de dormir (dependendo do medicamento), e mais de 7 horas antes do despertar planejado, devido ao risco de comprometimento no dia seguinte. Doses mais altas podem aumentar o risco de comprometimento no dia seguinte; use a menor dose efetiva durante o menor período de tratamento possível. Doses mais baixas são recomendadas nos pacientes idosos ou debilitados.
Faça o acompanhamento dos pacientes com insônia aguda após 2-4 semanas para estabelecer se a insônia é persistente; se a insônia persistir e atender a critérios diagnósticos para insônia crônica, siga as orientações para tratamento da insônia crônica.[126]Alberta Medical Association: Toward Optimized Practice. Assessment to management of adult insomnia. Dec 2015 [internet publication]. https://www.albertadoctors.org/media/v51b22o2/adult-insomnia-guideline.pdf
Opções primárias
zolpidem: 5 mg por via oral (liberação imediata)/sublingual uma vez ao dia na hora de dormir quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 10 mg/dia; 6.25 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 12.5 mg/dia
Mais zolpidemAs mulheres e os adultos idosos ou debilitados devem receber apenas a dose mais baixa (5 mg/dia ou 6.25 mg/dia). Geralmente a dose mais baixa também é suficiente para muitos homens, e deve ser considerada.
ou
zaleplona: 5 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 10-20 mg/dia
ou
eszopiclona: 1 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 3 mg/dia
ou
ramelteon: 8 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário
ou
suvorexant: 10 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia
ou
lemborexanto: 5 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 10 mg/dia
ou
daridorexanto: 25 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 50 mg/dia
higiene do sono e técnicas de relaxamento
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Técnicas de higiene do sono e relaxamento são opções de tratamento não farmacológico adequadas para a insônia aguda, especialmente nos pacientes que preferirem não usar medicamentos ou que tiverem resposta insatisfatória aos hipnóticos.[112]Cheng SK, Dizon J. Computerised cognitive behavioural therapy for insomnia: a systematic review and meta-analysis. Psychother Psychosom. 2012;81(4):206-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22585048?tool=bestpractice.com [113]Morin CM, Vallières A, Guay B, et al. Cognitive behavioral therapy, singly and combined with medication, for persistent insomnia: a randomized controlled trial. JAMA. 2009 May 20;301(19):2005-15. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/183931 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19454639?tool=bestpractice.com [114]Morin CM, Bootzin RR, Buysse DJ, et al. Psychological and behavioral treatment of insomnia: update of the recent evidence (1998-2004). Sleep. 2006 Nov;29(11):1398-414. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17162986?tool=bestpractice.com [115]Mitchell MD, Gehrman P, Perlis M, et al. Comparative effectiveness of cognitive behavioral therapy for insomnia: a systematic review. BMC Fam Pract. 2012 May 25;13:40. https://bmcprimcare.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-2296-13-40 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22631616?tool=bestpractice.com [116]Buysse DJ. Insomnia. JAMA. 2013 Feb 20;309(7):706-16. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3632369 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23423416?tool=bestpractice.com [117]Sun J, Kang J, Wang P, et al. Self-relaxation training can improve sleep quality and cognitive functions in the older: a one-year randomised controlled trial. J Clin Nurs. 2013 May;22(9-10):1270-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23574290?tool=bestpractice.com [118]Vitiello MV, McCurry SM, Shortreed SM, et al. Cognitive-behavioral treatment for comorbid insomnia and osteoarthritis pain in primary care: the Lifestyles randomized controlled trial. J Am Geriatr Soc. 2013 Jun;61(6):947-56. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3772673 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23711168?tool=bestpractice.com [119]Black DS, O'Reilly GA, Olmstead R, et al. Mindfulness meditation and improvement in sleep quality and daytime impairment among older adults with sleep disturbances: a randomized clinical trial. JAMA Intern Med. 2015 Apr;175(4):494-501. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2110998 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25686304?tool=bestpractice.com [120]Wu JQ, Appleman ER, Salazar RD, et al. Cognitive behavioral therapy for insomnia comorbid with psychiatric and medical conditions: a meta-analysis. JAMA Intern Med. 2015 Sep;175(9):1461-72. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2363024 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26147487?tool=bestpractice.com [121]Brasure M, Fuchs E, MacDonald R, et al. Psychological and behavioral interventions for managing insomnia disorder: an evidence report for a clinical practice guideline by the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):113-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136619?tool=bestpractice.com [122]Brasure M, MacDonald R, Fuchs E, et al; Agency for Healthcare Research and Quality. Management of insomnia disorder. Dec 2015 [internet publication]. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK343503 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26844312?tool=bestpractice.com [123]Rash JA, Kavanagh VAJ, Garland SN. A meta-analysis of mindfulness-based therapies for insomnia and sleep disturbance: moving towards processes of change. Sleep Med Clin. 2019 Jun;14(2):209-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31029188?tool=bestpractice.com
A higiene do sono envolve o desenvolvimento de hábitos que favoreçam o sono, como: evitar estimulantes, incluindo nicotina e cafeína (assim como alimentos que contenham cafeína), por várias horas antes de deitar; evitar álcool ao deitar; evitar dispositivos digitais que emitam luz azul (por exemplo, smartphones/computadores) perto da hora de deitar; estabelecer um horário regular para dormir e acordar; evitar passar muito tempo na cama tentando dormir; evitar cochilos prolongados durante o dia; aceitar que o início do sono é involuntário e está fora do controle da pessoa; adotar uma abordagem mais permissiva ao sono, controlando e removendo impedimentos, mas aceitando que o sono acontecerá porém não sob demanda, tentar dormir apenas quando estiver com sono; fazer exercícios regularmente, especialmente no final da tarde ou no fim do dia; reservar um tempo adequado para relaxar antes de ir para a cama; garantir que o ambiente esteja propício ao sono, certificando-se de que a cama e a roupa de cama estejam confortáveis, o quarto esteja escuro e silencioso e a temperatura e a umidade estejam controladas; e evitar ficar olhando o relógio durante o período de sono. As evidências para a maior parte das terapias não farmacológicas para insônia (exceto a TCC-I) são limitadas e insuficientes para determinar a eficácia relativa dos diferentes tratamentos não farmacológicos.[124]Qaseem A, Kansagara D, Forciea MA, et al. Management of chronic insomnia disorder in adults: a clinical practice guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):125-33. https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M15-2175 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136449?tool=bestpractice.com Não há evidências suficientes de que as técnicas de higiene do sono isoladas são um tratamento efetivo para a insônia, embora elas possam ser úteis quando combinadas com outras intervenções específicas.[125]Edinger JD, Arnedt JT, Bertisch SM, et al. Behavioral and psychological treatments for chronic insomnia disorder in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2021 Feb 1;17(2):255-62. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.8986 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33164742?tool=bestpractice.com
As técnicas de relaxamento incluem relaxamento progressivo, imagens de referência e meditação e biofeedback. A terapia de relaxamento progressivo envolve o tensionamento e o relaxamento dos músculos de modo sistemático da cabeça aos pés. Imagens de referência e meditação instruem o paciente a trocar pensamentos cheios de ansiedade por imagens agradáveis e tranquilas. O biofeedback envolve dar ao paciente informação imediata sobre seu nível de estresse e instruções sobre métodos para diminuir o estresse.
tranquilização e tratamento dos fatores desencadeantes
A insônia aguda dura menos de 3 meses e geralmente ocorre em resposta a um estressor identificável.[1]American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders, 5th ed., text revision (DSM-5-TR). Washington, DC: American Psychiatric Publishing; 2022. https://www.psychiatry.org/psychiatrists/practice/dsm [2]American Academy of Sleep Medicine. The AASM international classification of sleep disorders - third edition, text revision (ICSD-3-TR). Jun 2023 [internet publication]. https://aasm.org/clinical-resources/international-classification-sleep-disorders A insônia aguda é muito comum e frequentemente transitória, e nem sempre requer tratamento.[106]Riemann D, Baglioni C, Bassetti C, et al. European guideline for the diagnosis and treatment of insomnia. J Sleep Res. 2017 Dec;26(6):675-700. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/jsr.12594 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28875581?tool=bestpractice.com Observe que as classificações diagnósticas atuais não têm critérios de gravidade quantitativos para o distúrbio de insônia; cabe ao médico julgar o que é grave o suficiente para ser tratado.[7]Perlis ML, Posner D, Riemann D, et al. Insomnia. Lancet. 2022 Sep 24;400(10357):1047-60. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36115372?tool=bestpractice.com
Primeiro, identifique os potenciais estressores que podem estar atrapalhando o sono (por exemplo, estresse relacionado ao trabalho ou dificuldades no relacionamento) e estimule o paciente a abordar essas questões, se possível. Pergunte sobre estratégias de enfrentamento mal-adaptativas, como cochilos diurnos ou uso de estimulantes, e ofereça conselhos sobre como evitá-los, bem como sobre medidas gerais de higiene do sono.[106]Riemann D, Baglioni C, Bassetti C, et al. European guideline for the diagnosis and treatment of insomnia. J Sleep Res. 2017 Dec;26(6):675-700. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/jsr.12594 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28875581?tool=bestpractice.com
Revise os medicamentos habituais do paciente para determinar se eles incluem medicamentos que podem causar ou piorar a insônia, como estimulantes, antidepressivos, corticosteroides, diuréticos ou sedativos; em caso afirmativo, considere se é possível diminuir a dosagem e/ou utilizar o medicamento em outro horário do dia para reduzir o impacto sobre o sono.
Os objetivos do tratamento de curto prazo para a insônia aguda incluem reduzir os pensamentos alarmantes associados à insônia, a fim de proteger contra o desenvolvimento de respostas cognitivas, emocionais e comportamentais contraproducentes à insônia, as quais são fatores de risco para o desenvolvimento de uma insônia crônica.
Faça o acompanhamento dos pacientes com insônia aguda após 2-4 semanas para estabelecer se a insônia é persistente; se a insônia persistir e atender a critérios diagnósticos para insônia crônica, siga as orientações para tratamento da insônia crônica.[126]Alberta Medical Association: Toward Optimized Practice. Assessment to management of adult insomnia. Dec 2015 [internet publication]. https://www.albertadoctors.org/media/v51b22o2/adult-insomnia-guideline.pdf
higiene do sono e técnicas de relaxamento
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As técnicas de higiene do sono e relaxamento são opções de tratamento não farmacológico adequadas para a insônia aguda.[112]Cheng SK, Dizon J. Computerised cognitive behavioural therapy for insomnia: a systematic review and meta-analysis. Psychother Psychosom. 2012;81(4):206-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22585048?tool=bestpractice.com [113]Morin CM, Vallières A, Guay B, et al. Cognitive behavioral therapy, singly and combined with medication, for persistent insomnia: a randomized controlled trial. JAMA. 2009 May 20;301(19):2005-15. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/183931 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19454639?tool=bestpractice.com [114]Morin CM, Bootzin RR, Buysse DJ, et al. Psychological and behavioral treatment of insomnia: update of the recent evidence (1998-2004). Sleep. 2006 Nov;29(11):1398-414. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17162986?tool=bestpractice.com [115]Mitchell MD, Gehrman P, Perlis M, et al. Comparative effectiveness of cognitive behavioral therapy for insomnia: a systematic review. BMC Fam Pract. 2012 May 25;13:40. https://bmcprimcare.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-2296-13-40 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22631616?tool=bestpractice.com [116]Buysse DJ. Insomnia. JAMA. 2013 Feb 20;309(7):706-16. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3632369 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23423416?tool=bestpractice.com [117]Sun J, Kang J, Wang P, et al. Self-relaxation training can improve sleep quality and cognitive functions in the older: a one-year randomised controlled trial. J Clin Nurs. 2013 May;22(9-10):1270-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23574290?tool=bestpractice.com [118]Vitiello MV, McCurry SM, Shortreed SM, et al. Cognitive-behavioral treatment for comorbid insomnia and osteoarthritis pain in primary care: the Lifestyles randomized controlled trial. J Am Geriatr Soc. 2013 Jun;61(6):947-56. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3772673 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23711168?tool=bestpractice.com [119]Black DS, O'Reilly GA, Olmstead R, et al. Mindfulness meditation and improvement in sleep quality and daytime impairment among older adults with sleep disturbances: a randomized clinical trial. JAMA Intern Med. 2015 Apr;175(4):494-501. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2110998 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25686304?tool=bestpractice.com [120]Wu JQ, Appleman ER, Salazar RD, et al. Cognitive behavioral therapy for insomnia comorbid with psychiatric and medical conditions: a meta-analysis. JAMA Intern Med. 2015 Sep;175(9):1461-72. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2363024 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26147487?tool=bestpractice.com [121]Brasure M, Fuchs E, MacDonald R, et al. Psychological and behavioral interventions for managing insomnia disorder: an evidence report for a clinical practice guideline by the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):113-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136619?tool=bestpractice.com [122]Brasure M, MacDonald R, Fuchs E, et al; Agency for Healthcare Research and Quality. Management of insomnia disorder. Dec 2015 [internet publication]. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK343503 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26844312?tool=bestpractice.com [123]Rash JA, Kavanagh VAJ, Garland SN. A meta-analysis of mindfulness-based therapies for insomnia and sleep disturbance: moving towards processes of change. Sleep Med Clin. 2019 Jun;14(2):209-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31029188?tool=bestpractice.com
A higiene do sono envolve o desenvolvimento de hábitos que favoreçam o sono, como: evitar estimulantes, incluindo nicotina e cafeína (assim como alimentos que contenham cafeína), por várias horas antes de deitar; evitar álcool ao deitar; evitar dispositivos digitais que emitam luz azul (por exemplo, smartphones/computadores) perto da hora de deitar; estabelecer um horário regular para dormir e acordar; evitar passar muito tempo na cama tentando dormir; evitar cochilos prolongados durante o dia; aceitar que o início do sono é involuntário e está fora do controle da pessoa; adotar uma abordagem mais permissiva ao sono, controlando e removendo impedimentos, mas aceitando que o sono acontecerá porém não sob demanda, tentar dormir apenas quando estiver com sono; fazer exercícios regularmente, especialmente no final da tarde ou no fim do dia; reservar um tempo adequado para relaxar antes de ir para a cama; garantir que o ambiente esteja propício ao sono, certificando-se de que a cama e a roupa de cama estejam confortáveis, o quarto esteja escuro e silencioso e a temperatura e a umidade estejam controladas; e evitar ficar olhando o relógio durante o período de sono. As evidências para a maior parte das terapias não farmacológicas para insônia (exceto a TCC-I) são limitadas e insuficientes para determinar a eficácia relativa dos diferentes tratamentos não farmacológicos.[124]Qaseem A, Kansagara D, Forciea MA, et al. Management of chronic insomnia disorder in adults: a clinical practice guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):125-33. https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M15-2175 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136449?tool=bestpractice.com Não há evidências suficientes de que as técnicas de higiene do sono isoladas são um tratamento efetivo para a insônia, embora elas possam ser úteis quando combinadas com outras intervenções específicas.[125]Edinger JD, Arnedt JT, Bertisch SM, et al. Behavioral and psychological treatments for chronic insomnia disorder in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2021 Feb 1;17(2):255-62. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.8986 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33164742?tool=bestpractice.com
As técnicas de relaxamento incluem relaxamento progressivo, imagens de referência e meditação e biofeedback. A terapia de relaxamento progressivo envolve o tensionamento e o relaxamento dos músculos de modo sistemático da cabeça aos pés. Imagens de referência e meditação instruem o paciente a trocar pensamentos cheios de ansiedade por imagens agradáveis e tranquilas. O biofeedback envolve dar ao paciente informação imediata sobre seu nível de estresse e instruções sobre métodos para diminuir o estresse.
terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I)
A insônia aguda dura menos de 3 meses e geralmente ocorre em resposta a um estressor identificável.[1]American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders, 5th ed., text revision (DSM-5-TR). Washington, DC: American Psychiatric Publishing; 2022. https://www.psychiatry.org/psychiatrists/practice/dsm [2]American Academy of Sleep Medicine. The AASM international classification of sleep disorders - third edition, text revision (ICSD-3-TR). Jun 2023 [internet publication]. https://aasm.org/clinical-resources/international-classification-sleep-disorders Observe que as classificações diagnósticas atuais não têm critérios de gravidade quantitativos para o distúrbio de insônia; cabe ao médico julgar o que é grave o suficiente para ser tratado.[7]Perlis ML, Posner D, Riemann D, et al. Insomnia. Lancet. 2022 Sep 24;400(10357):1047-60. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36115372?tool=bestpractice.com O tratamento para insônia aguda pode ser necessário se a insônia for grave e causar sofrimento significativo.
A TCC-I é uma abordagem de primeira linha para a insônia aguda. Foi demonstrado que a TCC-I é efetiva para a insônia crônica.[107]van Straten A, van der Zweerde T, Kleiboer A, et al. Cognitive and behavioral therapies in the treatment of insomnia: a meta-analysis. Sleep Med Rev. 2018 Apr;38:3-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28392168?tool=bestpractice.com As evidências de seu uso na insônia aguda são limitadas, mas promissoras.[4]Yang L, Zhang J, Luo X, et al. Effectiveness of one-week internet-delivered cognitive behavioral therapy for insomnia to prevent progression from acute to chronic insomnia: a two-arm, multi-center, randomized controlled trial. Psychiatry Res. 2023 Mar;321:115066. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36716552?tool=bestpractice.com [5]Ellis JG, Cushing T, Germain A. Treating acute insomnia: a randomized controlled trial of a "single-shot" of cognitive behavioral therapy for insomnia. Sleep. 2015 Jun 1;38(6):971-8. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4434564 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25515106?tool=bestpractice.com [6]Randall C, Nowakowski S, Ellis JG. Managing acute insomnia in prison: evaluation of a "one-shot" cognitive behavioral therapy for insomnia (CBT-I) intervention. Behav Sleep Med. 2019 Nov-Dec;17(6):827-36. https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/15402002.2018.1518227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30289290?tool=bestpractice.com Um ensaio clínico randomizado e controlado investigou o efeito de um ciclo de TCC-I de 1 semana, ministrado pela internet, em pacientes com insônia aguda. Após 12 semanas, a incidência de progressão para insônia crônica foi significativamente menor no grupo da TCC-I em comparação com os controles (33.3% vs. 65.8%).[4]Yang L, Zhang J, Luo X, et al. Effectiveness of one-week internet-delivered cognitive behavioral therapy for insomnia to prevent progression from acute to chronic insomnia: a two-arm, multi-center, randomized controlled trial. Psychiatry Res. 2023 Mar;321:115066. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36716552?tool=bestpractice.com Outros pequenos estudos sugeriram que uma única sessão de 60 a 70 minutos de TCC-I para insônia aguda é efetiva na redução da gravidade da insônia.[5]Ellis JG, Cushing T, Germain A. Treating acute insomnia: a randomized controlled trial of a "single-shot" of cognitive behavioral therapy for insomnia. Sleep. 2015 Jun 1;38(6):971-8. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4434564 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25515106?tool=bestpractice.com [6]Randall C, Nowakowski S, Ellis JG. Managing acute insomnia in prison: evaluation of a "one-shot" cognitive behavioral therapy for insomnia (CBT-I) intervention. Behav Sleep Med. 2019 Nov-Dec;17(6):827-36. https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/15402002.2018.1518227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30289290?tool=bestpractice.com
Os princípios básicos da TCC-I são: aprender a regular a vigilância e induzir o relaxamento; aceitar a realidade de que o sono está fora de controle e se render a qualquer coisa que aconteça em relação ao sono; evitar estímulos de tempo; reduzir o tempo gasto na cama sem dormir; restringir o sono se a pessoa passa muito tempo na cama sem dormir; e mudar crenças desadaptativas sobre o sono.[108]Perlis ML, Smith MT, Benson-Jungquist C, et al. Cognitive behavioral treatment of insomnia: a session-by-session guide. New York, NY: Springer Science+Business Media, Inc.; 2005.[109]Dawson SC, Krakow B, Haynes PL, et al. Use of sleep aids in insomnia: the role of time monitoring behavior. Prim Care Companion CNS Disord. 2023 May 16;25(3):22m03344. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11166003 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37227396?tool=bestpractice.com [110]Miller CB, Espie CA, Epstein DR, et al. The evidence base of sleep restriction therapy for treating insomnia disorder. Sleep Med Rev. 2014 Oct;18(5):415-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24629826?tool=bestpractice.com [111]Nielson SA, Perez E, Soto P, et al. Challenging beliefs for quality sleep: a systematic review of maladaptive sleep beliefs and treatment outcomes following cognitive behavioral therapy for insomnia. Sleep Med Rev. 2023 Dec;72:101856. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37862834?tool=bestpractice.com
A TCC-I é eficaz quando empregada sob a orientação de um médico, seja em ambientes individuais ou em grupo presenciais ou por meio da TCC-I baseada na internet (às vezes chamada de TCC-I digital ou TCCd-I). Há uma crescente base de evidências a favor da TCCd-I sugerindo que sua efetividade é comparável à da TCC-I presencial.[107]van Straten A, van der Zweerde T, Kleiboer A, et al. Cognitive and behavioral therapies in the treatment of insomnia: a meta-analysis. Sleep Med Rev. 2018 Apr;38:3-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28392168?tool=bestpractice.com [112]Cheng SK, Dizon J. Computerised cognitive behavioural therapy for insomnia: a systematic review and meta-analysis. Psychother Psychosom. 2012;81(4):206-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22585048?tool=bestpractice.com [139]Seyffert M, Lagisetty P, Landgraf J, et al. Internet-delivered cognitive behavioral therapy to treat insomnia: a systematic review and meta-analysis. PLoS One. 2016 Feb 11;11(2):e0149139. https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0149139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26867139?tool=bestpractice.com [140]Zachariae R, Lyby MS, Ritterband LM, et al. Efficacy of internet delivered cognitive-behavioral therapy for insomnia: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Sleep Med Rev. 2016 Dec;30:1-10. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26615572?tool=bestpractice.com
Para a insônia durante a gestação (quando a razão risco/benefício costuma estar a favor de opções não farmacológicas, se possível), há uma base de evidências limitada para o tratamento; a TCC-I (presencial e on-line) parece ser segura, eficaz e uma opção de primeira linha aceitável.[131]Manber R, Bei B, Simpson N, et al. Cognitive behavioral therapy for prenatal insomnia: a randomized controlled trial. Obstet Gynecol. 2019 May;133(5):911-9. https://journals.lww.com/greenjournal/fulltext/2019/05000/cognitive_behavioral_therapy_for_prenatal.10.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30969203?tool=bestpractice.com [132]Felder JN, Epel ES, Neuhaus J, et al. Efficacy of digital cognitive behavioral therapy for the treatment of insomnia symptoms among pregnant women: a randomized clinical trial. JAMA Psychiatry. 2020 May 1;77(5):484-92. https://jamanetwork.com/journals/jamapsychiatry/fullarticle/2758827 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31968068?tool=bestpractice.com
Faça o acompanhamento dos pacientes com insônia aguda após 2-4 semanas para estabelecer se a insônia é persistente; se a insônia persistir e atender a critérios diagnósticos para insônia crônica, siga as orientações para tratamento da insônia crônica.[126]Alberta Medical Association: Toward Optimized Practice. Assessment to management of adult insomnia. Dec 2015 [internet publication]. https://www.albertadoctors.org/media/v51b22o2/adult-insomnia-guideline.pdf
higiene do sono e técnicas de relaxamento
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As técnicas de higiene do sono e relaxamento são opções de tratamento não farmacológico adequadas para a insônia aguda.[112]Cheng SK, Dizon J. Computerised cognitive behavioural therapy for insomnia: a systematic review and meta-analysis. Psychother Psychosom. 2012;81(4):206-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22585048?tool=bestpractice.com [113]Morin CM, Vallières A, Guay B, et al. Cognitive behavioral therapy, singly and combined with medication, for persistent insomnia: a randomized controlled trial. JAMA. 2009 May 20;301(19):2005-15. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/183931 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19454639?tool=bestpractice.com [114]Morin CM, Bootzin RR, Buysse DJ, et al. Psychological and behavioral treatment of insomnia: update of the recent evidence (1998-2004). Sleep. 2006 Nov;29(11):1398-414. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17162986?tool=bestpractice.com [115]Mitchell MD, Gehrman P, Perlis M, et al. Comparative effectiveness of cognitive behavioral therapy for insomnia: a systematic review. BMC Fam Pract. 2012 May 25;13:40. https://bmcprimcare.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-2296-13-40 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22631616?tool=bestpractice.com [116]Buysse DJ. Insomnia. JAMA. 2013 Feb 20;309(7):706-16. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3632369 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23423416?tool=bestpractice.com [117]Sun J, Kang J, Wang P, et al. Self-relaxation training can improve sleep quality and cognitive functions in the older: a one-year randomised controlled trial. J Clin Nurs. 2013 May;22(9-10):1270-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23574290?tool=bestpractice.com [118]Vitiello MV, McCurry SM, Shortreed SM, et al. Cognitive-behavioral treatment for comorbid insomnia and osteoarthritis pain in primary care: the Lifestyles randomized controlled trial. J Am Geriatr Soc. 2013 Jun;61(6):947-56. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3772673 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23711168?tool=bestpractice.com [119]Black DS, O'Reilly GA, Olmstead R, et al. Mindfulness meditation and improvement in sleep quality and daytime impairment among older adults with sleep disturbances: a randomized clinical trial. JAMA Intern Med. 2015 Apr;175(4):494-501. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2110998 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25686304?tool=bestpractice.com [120]Wu JQ, Appleman ER, Salazar RD, et al. Cognitive behavioral therapy for insomnia comorbid with psychiatric and medical conditions: a meta-analysis. JAMA Intern Med. 2015 Sep;175(9):1461-72. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2363024 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26147487?tool=bestpractice.com [121]Brasure M, Fuchs E, MacDonald R, et al. Psychological and behavioral interventions for managing insomnia disorder: an evidence report for a clinical practice guideline by the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):113-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136619?tool=bestpractice.com [122]Brasure M, MacDonald R, Fuchs E, et al; Agency for Healthcare Research and Quality. Management of insomnia disorder. Dec 2015 [internet publication]. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK343503 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26844312?tool=bestpractice.com [123]Rash JA, Kavanagh VAJ, Garland SN. A meta-analysis of mindfulness-based therapies for insomnia and sleep disturbance: moving towards processes of change. Sleep Med Clin. 2019 Jun;14(2):209-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31029188?tool=bestpractice.com
A higiene do sono envolve o desenvolvimento de hábitos que favoreçam o sono, como: evitar estimulantes, incluindo nicotina e cafeína (assim como alimentos que contenham cafeína), por várias horas antes de deitar; evitar álcool ao deitar; evitar dispositivos digitais que emitam luz azul (por exemplo, smartphones/computadores) perto da hora de deitar; estabelecer um horário regular para dormir e acordar; evitar passar muito tempo na cama tentando dormir; evitar cochilos prolongados durante o dia; aceitar que o início do sono é involuntário e está fora do controle da pessoa; adotar uma abordagem mais permissiva ao sono, controlando e removendo impedimentos, mas aceitando que o sono acontecerá porém não sob demanda, tentar dormir apenas quando estiver com sono; fazer exercícios regularmente, especialmente no final da tarde ou no fim do dia; reservar um tempo adequado para relaxar antes de ir para a cama; garantir que o ambiente esteja propício ao sono, certificando-se de que a cama e a roupa de cama estejam confortáveis, o quarto esteja escuro e silencioso e a temperatura e a umidade estejam controladas; e evitar ficar olhando o relógio durante o período de sono. As evidências para a maior parte das terapias não farmacológicas para insônia (exceto a TCC-I) são limitadas e insuficientes para determinar a eficácia relativa dos diferentes tratamentos não farmacológicos.[124]Qaseem A, Kansagara D, Forciea MA, et al. Management of chronic insomnia disorder in adults: a clinical practice guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):125-33. https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M15-2175 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136449?tool=bestpractice.com Não há evidências suficientes de que as técnicas de higiene do sono isoladas são um tratamento eficaz para insônia, embora elas possam ser úteis quando combinadas com outras intervenções específicas.[125]Edinger JD, Arnedt JT, Bertisch SM, et al. Behavioral and psychological treatments for chronic insomnia disorder in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2021 Feb 1;17(2):255-62. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.8986 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33164742?tool=bestpractice.com
As técnicas de relaxamento incluem relaxamento progressivo, imagens de referência e meditação e biofeedback. A terapia de relaxamento progressivo envolve o tensionamento e o relaxamento dos músculos de modo sistemático da cabeça aos pés. Imagens de referência e meditação instruem o paciente a trocar pensamentos cheios de ansiedade por imagens agradáveis e tranquilas. O biofeedback envolve dar ao paciente informação imediata sobre seu nível de estresse e instruções sobre métodos para diminuir o estresse.
hipnóticos
A insônia aguda dura menos de 3 meses e geralmente ocorre em resposta a um estressor identificável.[1]American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders, 5th ed., text revision (DSM-5-TR). Washington, DC: American Psychiatric Publishing; 2022. https://www.psychiatry.org/psychiatrists/practice/dsm [2]American Academy of Sleep Medicine. The AASM international classification of sleep disorders - third edition, text revision (ICSD-3-TR). Jun 2023 [internet publication]. https://aasm.org/clinical-resources/international-classification-sleep-disorders Observe que as classificações diagnósticas atuais não têm critérios de gravidade quantitativos para o distúrbio de insônia; cabe ao médico julgar o que é grave o suficiente para ser tratado.[7]Perlis ML, Posner D, Riemann D, et al. Insomnia. Lancet. 2022 Sep 24;400(10357):1047-60. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36115372?tool=bestpractice.com
O uso de um hipnótico em curto prazo é uma opção apropriada a ser considerada nos pacientes com insônia aguda grave ou associada a sofrimento substancial, quando uma rápida melhora dos sintomas for desejável e/ou nos cenários onde houver acesso limitado ou nenhum acesso a tratamentos comportamentais, se o paciente não puder ou não quiser participar da terapia comportamental, ou se a terapia comportamental for inefetiva.[104]Sateia MJ, Buysse DJ, Krystal AD, et al. Clinical practice guideline for the pharmacologic treatment of chronic insomnia in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2017 Feb 15;13(2):307-49. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.6470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27998379?tool=bestpractice.com [126]Alberta Medical Association: Toward Optimized Practice. Assessment to management of adult insomnia. Dec 2015 [internet publication]. https://www.albertadoctors.org/media/v51b22o2/adult-insomnia-guideline.pdf
Para os pacientes com dificuldade em manter o sono ou com despertar precoce, as escolhas de primeira linha incluem os agonistas do receptor benzodiazepínico não benzodiazepínicos com meias-vidas mais longas (ou seja, zolpidem e eszopiclona), a doxepina (um antidepressivo tricíclico com propriedades anti-histamínicas) ou um antagonista duplo do receptor de orexina (por exemplo, suvorexant, lemborexant, daridorexant).[104]Sateia MJ, Buysse DJ, Krystal AD, et al. Clinical practice guideline for the pharmacologic treatment of chronic insomnia in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2017 Feb 15;13(2):307-49. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.6470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27998379?tool=bestpractice.com Todos esses medicamentos têm capacidade para diminuir o tempo de vigília após o início do sono e aumentar o tempo total de sono.[104]Sateia MJ, Buysse DJ, Krystal AD, et al. Clinical practice guideline for the pharmacologic treatment of chronic insomnia in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2017 Feb 15;13(2):307-49. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.6470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27998379?tool=bestpractice.com Para os pacientes com dificuldades tanto no início do sono quanto na manutenção do sono, o zolpidem, a eszopiclona e os antagonistas duplos do receptor de orexina parecem ser efetivos.
O zolpidem e a eszopiclona demonstraram reduzir a insônia após o estabelecimento do sono e aumentar o tempo total de sono e a qualidade do sono, com base em medidas objetivas (polissonografia [PSG]) e subjetivas (diário do sono) em estudos de curto prazo.[104]Sateia MJ, Buysse DJ, Krystal AD, et al. Clinical practice guideline for the pharmacologic treatment of chronic insomnia in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2017 Feb 15;13(2):307-49. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.6470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27998379?tool=bestpractice.com Evidências acumuladas apoiam a eficácia dos antagonistas duplos do receptor de orexina na redução da latência do sono, da insônia após o estabelecimento do sono e do tempo total de sono com base em medidas objetivas (PSG) e subjetivas.[127]Australian Prescriber Editorial Executive Committee. Lemborexant for insomnia. Aust Prescr. 2022 Feb;45(1):29-30. https://australianprescriber.tg.org.au/articles/lemborexant-for-insomnia.html http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35233138?tool=bestpractice.com [128]Mignot E, Mayleben D, Fietze I, et al. Safety and efficacy of daridorexant in patients with insomnia disorder: results from two multicentre, randomised, double-blind, placebo-controlled, phase 3 trials. Lancet Neurol. 2022 Feb;21(2):125-39. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35065036?tool=bestpractice.com [163]Herring WJ, Snyder E, Budd K, et al. Orexin receptor antagonism for treatment of insomnia: a randomized clinical trial of suvorexant. Neurology. 2012 Dec 4;79(23):2265-74. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23197752?tool=bestpractice.com [164]Wilt TJ, MacDonald R, Brasure M, et al. Pharmacologic treatment of insomnia disorder: an evidence report for a clinical practice guideline by the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):103-12. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136278?tool=bestpractice.com [165]Herring WJ, Connor KM, Snyder E, et al. Suvorexant in elderly patients with insomnia: pooled analyses of data from phase III randomized controlled clinical trials. Am J Geriatr Psychiatry. 2017 Jul;25(7):791-802. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28427826?tool=bestpractice.com [166]Kuriyama A, Tabata H. Suvorexant for the treatment of primary insomnia: a systematic review and meta-analysis. Sleep Med Rev. 2017 Oct;35:1-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365447?tool=bestpractice.com Entretanto, faltam estudos de longo prazo para esses agentes. Evidências apoiam a eficácia da doxepina na redução da insônia após o estabelecimento do sono, no aumento da eficiência do sono e no aumento do tempo total de sono.[104]Sateia MJ, Buysse DJ, Krystal AD, et al. Clinical practice guideline for the pharmacologic treatment of chronic insomnia in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2017 Feb 15;13(2):307-49. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.6470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27998379?tool=bestpractice.com Não há evidências claras que sustentem a superioridade de uma classe recomendada de hipnóticos sobre outra.[173]Pan B, Ge L, Lai H, et al. The comparative effectiveness and safety of insomnia drugs: a systematic review and network meta-analysis of 153 randomized trials. Drugs. 2023 May;83(7):587-619. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36947394?tool=bestpractice.com [174]De Crescenzo F, D'Alò GL, Ostinelli EG, et al. Comparative effects of pharmacological interventions for the acute and long-term management of insomnia disorder in adults: a systematic review and network meta-analysis. Lancet. 2022 Jul 16;400(10347):170-84. https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(22)00878-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35843245?tool=bestpractice.com A escolha do medicamento deve ser adaptada ao fenótipo da insônia e à consideração de sua segurança e tolerabilidade.
Nenhum hipnótico é indicado para uso em gestantes. Para pacientes com insônia durante a gestação, a relação de risco/benefício costuma ficar a favor de opções não farmacológicas, se possível. Os médicos que considerarem oferecer tratamento farmacológico para a insônia durante a gestação devem procurar a orientação de um especialista (por exemplo, um psiquiatra com experiência em prescrições durante a gestação ou um obstetra), devido aos riscos associados a hipnóticos comuns durante a gestação.
Tratar os pacientes idosos com hipnóticos representa um desafio porque eles são mais propensos a eventos adversos relacionados a medicamentos, mas há poucas evidências de qualidade para apoiar perfis aceitáveis de dano versus eficácia na escolha entre os agentes. Os critérios BEERs da American Geriatric Society para a prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados para idosos colocam todos os benzodiazepínicos e agonistas do receptor benzodiazepínico não benzodiazepínicos em sua lista de medicamentos a serem evitados devido ao aumento do risco de acidentes e quedas.[179]2023 American Geriatrics Society Beers Criteria® Update Expert Panel. American Geriatrics Society 2023 updated AGS Beers Criteria® for potentially inappropriate medication use in older adults. J Am Geriatr Soc. 2023 Jul;71(7):2052-81. https://agsjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/jgs.18372 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37139824?tool=bestpractice.com Os dados atuais são insuficientes para determinar se os antagonistas duplos do receptor de orexina oferecem um perfil de risco/benefício mais favorável nos idosos que os agonistas do receptor benzodiazepínico não benzodiazepínicos. Nenhuma evidência definitiva dá suporte a um aumento do risco para uma classe de hipnóticos recomendada em relação à outra. Os autores não recomendam evitar os agonistas do receptor benzodiazepínico não benzodiazepínicos como classe para os idosos. Deve ser determinado um perfil individualizado de risco versus benefício que leve em consideração os fatores clínicos pertinentes, incluindo comorbidades coexistentes, medicamentos, potencial para interações medicamentosas, fatores psicossociais e valores e preferências do paciente.
Discuta as considerações de segurança com os pacientes ao prescrever hipnóticos. Os eventos adversos podem incluir: comportamentos complexos relacionados ao sono; efeitos depressores do sistema nervoso central; paralisia do sono, cataplexia e sonolência diurna excessiva; alucinações hipnagógicas ou hipnopômpicas; agravamento da depressão, probabilidade de suicídio e impulsividade; uso indevido ou abuso; dependência, tolerância, abstinência e efeito rebote; e supressão respiratória. Para uma discussão detalhada sobre considerações de segurança, contraindicações e precauções, consulte Abordagem de tratamento.
As doses geralmente devem ser tomadas imediatamente antes de deitar ou até 30 minutos antes de dormir (dependendo do medicamento), e mais de 7 horas antes do despertar planejado, devido ao risco de comprometimento no dia seguinte. Doses mais altas podem aumentar o risco de comprometimento no dia seguinte; use a menor dose efetiva durante o menor período de tratamento possível. Doses mais baixas são recomendadas nos pacientes idosos ou debilitados.
Faça o acompanhamento dos pacientes com insônia aguda após 2-4 semanas para estabelecer se a insônia é persistente; se a insônia persistir e atender a critérios diagnósticos para insônia crônica, siga as orientações para tratamento da insônia crônica.[126]Alberta Medical Association: Toward Optimized Practice. Assessment to management of adult insomnia. Dec 2015 [internet publication]. https://www.albertadoctors.org/media/v51b22o2/adult-insomnia-guideline.pdf
Opções primárias
zolpidem: 6.25 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 12.5 mg/dia
Mais zolpidemAs mulheres e os adultos idosos ou debilitados devem receber apenas a dose mais baixa (6.25 mg/dia). Geralmente a dose mais baixa também é suficiente para muitos homens, e deve ser considerada.
ou
eszopiclona: 1 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 3 mg/dia
ou
suvorexant: 10 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia
ou
lemborexanto: 5 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 10 mg/dia
ou
daridorexanto: 25 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 50 mg/dia
ou
doxepina: 3-6 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário
higiene do sono e técnicas de relaxamento
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Técnicas de higiene do sono e relaxamento são opções de tratamento não farmacológico adequadas para a insônia aguda, especialmente nos pacientes que preferirem não usar medicamentos ou que tiverem resposta insatisfatória aos hipnóticos.[112]Cheng SK, Dizon J. Computerised cognitive behavioural therapy for insomnia: a systematic review and meta-analysis. Psychother Psychosom. 2012;81(4):206-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22585048?tool=bestpractice.com [113]Morin CM, Vallières A, Guay B, et al. Cognitive behavioral therapy, singly and combined with medication, for persistent insomnia: a randomized controlled trial. JAMA. 2009 May 20;301(19):2005-15. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/183931 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19454639?tool=bestpractice.com [114]Morin CM, Bootzin RR, Buysse DJ, et al. Psychological and behavioral treatment of insomnia: update of the recent evidence (1998-2004). Sleep. 2006 Nov;29(11):1398-414. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17162986?tool=bestpractice.com [115]Mitchell MD, Gehrman P, Perlis M, et al. Comparative effectiveness of cognitive behavioral therapy for insomnia: a systematic review. BMC Fam Pract. 2012 May 25;13:40. https://bmcprimcare.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-2296-13-40 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22631616?tool=bestpractice.com [116]Buysse DJ. Insomnia. JAMA. 2013 Feb 20;309(7):706-16. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3632369 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23423416?tool=bestpractice.com [117]Sun J, Kang J, Wang P, et al. Self-relaxation training can improve sleep quality and cognitive functions in the older: a one-year randomised controlled trial. J Clin Nurs. 2013 May;22(9-10):1270-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23574290?tool=bestpractice.com [118]Vitiello MV, McCurry SM, Shortreed SM, et al. Cognitive-behavioral treatment for comorbid insomnia and osteoarthritis pain in primary care: the Lifestyles randomized controlled trial. J Am Geriatr Soc. 2013 Jun;61(6):947-56. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3772673 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23711168?tool=bestpractice.com [119]Black DS, O'Reilly GA, Olmstead R, et al. Mindfulness meditation and improvement in sleep quality and daytime impairment among older adults with sleep disturbances: a randomized clinical trial. JAMA Intern Med. 2015 Apr;175(4):494-501. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2110998 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25686304?tool=bestpractice.com [120]Wu JQ, Appleman ER, Salazar RD, et al. Cognitive behavioral therapy for insomnia comorbid with psychiatric and medical conditions: a meta-analysis. JAMA Intern Med. 2015 Sep;175(9):1461-72. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2363024 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26147487?tool=bestpractice.com [121]Brasure M, Fuchs E, MacDonald R, et al. Psychological and behavioral interventions for managing insomnia disorder: an evidence report for a clinical practice guideline by the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):113-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136619?tool=bestpractice.com [122]Brasure M, MacDonald R, Fuchs E, et al; Agency for Healthcare Research and Quality. Management of insomnia disorder. Dec 2015 [internet publication]. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK343503 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26844312?tool=bestpractice.com [123]Rash JA, Kavanagh VAJ, Garland SN. A meta-analysis of mindfulness-based therapies for insomnia and sleep disturbance: moving towards processes of change. Sleep Med Clin. 2019 Jun;14(2):209-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31029188?tool=bestpractice.com
A higiene do sono envolve o desenvolvimento de hábitos que favoreçam o sono, como: evitar estimulantes, incluindo nicotina e cafeína (assim como alimentos que contenham cafeína), por várias horas antes de deitar; evitar álcool ao deitar; evitar dispositivos digitais que emitam luz azul (por exemplo, smartphones/computadores) perto da hora de deitar; estabelecer um horário regular para dormir e acordar; evitar passar muito tempo na cama tentando dormir; evitar cochilos prolongados durante o dia; aceitar que o início do sono é involuntário e está fora do controle da pessoa; adotar uma abordagem mais permissiva ao sono, controlando e removendo impedimentos, mas aceitando que o sono acontecerá porém não sob demanda, tentar dormir apenas quando estiver com sono; fazer exercícios regularmente, especialmente no final da tarde ou no fim do dia; reservar um tempo adequado para relaxar antes de ir para a cama; garantir que o ambiente esteja propício ao sono, certificando-se de que a cama e a roupa de cama estejam confortáveis, o quarto esteja escuro e silencioso e a temperatura e a umidade estejam controladas; e evitar ficar olhando o relógio durante o período de sono. As evidências para a maior parte das terapias não farmacológicas para insônia (exceto a TCC-I) são limitadas e insuficientes para determinar a eficácia relativa dos diferentes tratamentos não farmacológicos.[124]Qaseem A, Kansagara D, Forciea MA, et al. Management of chronic insomnia disorder in adults: a clinical practice guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):125-33. https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M15-2175 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136449?tool=bestpractice.com Não há evidências suficientes de que as técnicas de higiene do sono isoladas são um tratamento efetivo para a insônia, embora elas possam ser úteis quando combinadas com outras intervenções específicas.[125]Edinger JD, Arnedt JT, Bertisch SM, et al. Behavioral and psychological treatments for chronic insomnia disorder in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2021 Feb 1;17(2):255-62. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.8986 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33164742?tool=bestpractice.com
As técnicas de relaxamento incluem relaxamento progressivo, imagens de referência e meditação e biofeedback. A terapia de relaxamento progressivo envolve o tensionamento e o relaxamento dos músculos de modo sistemático da cabeça aos pés. Imagens de referência e meditação instruem o paciente a trocar pensamentos cheios de ansiedade por imagens agradáveis e tranquilas. O biofeedback envolve dar ao paciente informação imediata sobre seu nível de estresse e instruções sobre métodos para diminuir o estresse.
insônia crônica
terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I)
Uma insônia que dura 3 meses ou mais é considerada crônica.[1]American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders, 5th ed., text revision (DSM-5-TR). Washington, DC: American Psychiatric Publishing; 2022. https://www.psychiatry.org/psychiatrists/practice/dsm [2]American Academy of Sleep Medicine. The AASM international classification of sleep disorders - third edition, text revision (ICSD-3-TR). Jun 2023 [internet publication]. https://aasm.org/clinical-resources/international-classification-sleep-disorders
A TCC-I é uma terapia de primeira linha para a insônia crônica.[124]Qaseem A, Kansagara D, Forciea MA, et al. Management of chronic insomnia disorder in adults: a clinical practice guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):125-33. https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M15-2175 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136449?tool=bestpractice.com [129]Wilson S, Anderson K, Baldwin D, et al. British Association for Psychopharmacology consensus statement on evidence-based treatment of insomnia, parasomnias and circadian rhythm disorders: an update. J Psychopharmacol. 2019 Aug;33(8):923-47. https://www.bap.org.uk/pdfs/BAP_Guidelines-Sleep.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31271339?tool=bestpractice.com [130]Ree M, Junge M, Cunnington D. Australasian Sleep Association position statement regarding the use of psychological/behavioral treatments in the management of insomnia in adults. Sleep Med. 2017 Aug;36(suppl 1):S43-7. https://sleep.org.au/common/Uploaded%20files/Public%20Files/Professional%20resources/Sleep%20Documents/psychological_behavioral%20treatments%202017_07_04.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28648226?tool=bestpractice.com Foi demonstrado que ela trata a insônia de maneira efetiva em longo prazo, mas requer comprometimento do paciente, adesão continuada e treinamento do profissional.[112]Cheng SK, Dizon J. Computerised cognitive behavioural therapy for insomnia: a systematic review and meta-analysis. Psychother Psychosom. 2012;81(4):206-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22585048?tool=bestpractice.com [124]Qaseem A, Kansagara D, Forciea MA, et al. Management of chronic insomnia disorder in adults: a clinical practice guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):125-33. https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M15-2175 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136449?tool=bestpractice.com [133]Riemann D, Perlis ML. The treatments of chronic insomnia: a review of benzodiazepine receptor agonists and psychological and behavioral therapies. Sleep Med Rev. 2009 Jun;13(3):205-14. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19201632?tool=bestpractice.com [134]Morin CM, Culbert JP, Schwartz SM. Nonpharmacological interventions for insomnia: a meta-analysis of treatment efficacy. Am J Psychiatry. 1994 Aug;151(8):1172-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8037252?tool=bestpractice.com [135]Johnson JA, Rash JA, Campbell TS, et al. A systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials of cognitive behavior therapy for insomnia (CBT-I) in cancer survivors. Sleep Med Rev. 2016 Jun;27:20-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26434673?tool=bestpractice.com Foi demonstrado que o tratamento da insônia com TCC-I melhora a qualidade de vida, previne a depressão e possivelmente melhora os biomarcadores cardiometabólicos, como a proteína C-reativa e a hemoglobina glicada (HbA1c).[29]Irwin MR, Carrillo C, Sadeghi N, et al. Prevention of incident and recurrent major depression in older adults with insomnia: a randomized clinical trial. JAMA Psychiatry. 2022 Jan 1;79(1):33-41. https://jamanetwork.com/journals/jamapsychiatry/fullarticle/2786738 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34817561?tool=bestpractice.com [148]Alimoradi Z, Jafari E, Broström A, et al. Effects of cognitive behavioral therapy for insomnia (CBT-I) on quality of life: a systematic review and meta-analysis. Sleep Med Rev. 2022 Aug;64:101646. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1087079222000594 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35653951?tool=bestpractice.com [149]Savin KL, Clark TL, Perez-Ramirez P, et al. The effect of cognitive behavioral therapy for insomnia (CBT-I) on cardiometabolic health biomarkers: a systematic review of randomized controlled trials. Behav Sleep Med. 2023 Nov 2;21(6):671-94. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10244489 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36476211?tool=bestpractice.com
Os princípios básicos da TCC-I são: aprender a regular a vigilância e induzir o relaxamento; aceitar a realidade de que o sono está fora de controle e se render a qualquer coisa que aconteça em relação ao sono; evitar estímulos de tempo; reduzir o tempo gasto na cama sem dormir; restringir o sono se a pessoa passa muito tempo na cama sem dormir; e mudar crenças desadaptativas sobre o sono.[108]Perlis ML, Smith MT, Benson-Jungquist C, et al. Cognitive behavioral treatment of insomnia: a session-by-session guide. New York, NY: Springer Science+Business Media, Inc.; 2005.[109]Dawson SC, Krakow B, Haynes PL, et al. Use of sleep aids in insomnia: the role of time monitoring behavior. Prim Care Companion CNS Disord. 2023 May 16;25(3):22m03344. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11166003 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37227396?tool=bestpractice.com [110]Miller CB, Espie CA, Epstein DR, et al. The evidence base of sleep restriction therapy for treating insomnia disorder. Sleep Med Rev. 2014 Oct;18(5):415-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24629826?tool=bestpractice.com [111]Nielson SA, Perez E, Soto P, et al. Challenging beliefs for quality sleep: a systematic review of maladaptive sleep beliefs and treatment outcomes following cognitive behavioral therapy for insomnia. Sleep Med Rev. 2023 Dec;72:101856. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37862834?tool=bestpractice.com
A TCC-I é eficaz quando empregada sob a orientação de um médico, seja em ambientes individuais ou em grupo presenciais ou por meio da TCC-I baseada na internet (às vezes chamada de TCC-I digital ou TCCd-I). Há uma crescente base de evidências a favor da TCCd-I sugerindo que sua efetividade é comparável à da TCC-I presencial.[107]van Straten A, van der Zweerde T, Kleiboer A, et al. Cognitive and behavioral therapies in the treatment of insomnia: a meta-analysis. Sleep Med Rev. 2018 Apr;38:3-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28392168?tool=bestpractice.com [112]Cheng SK, Dizon J. Computerised cognitive behavioural therapy for insomnia: a systematic review and meta-analysis. Psychother Psychosom. 2012;81(4):206-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22585048?tool=bestpractice.com [139]Seyffert M, Lagisetty P, Landgraf J, et al. Internet-delivered cognitive behavioral therapy to treat insomnia: a systematic review and meta-analysis. PLoS One. 2016 Feb 11;11(2):e0149139. https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0149139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26867139?tool=bestpractice.com [140]Zachariae R, Lyby MS, Ritterband LM, et al. Efficacy of internet delivered cognitive-behavioral therapy for insomnia: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Sleep Med Rev. 2016 Dec;30:1-10. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26615572?tool=bestpractice.com A TCCd-I tem o potencial de aumentar o acesso do paciente à TCC-I, oferecendo aos pacientes e aos médicos mais opções entre os tratamentos baseados em evidências (TCC-I ou farmacoterapia) para a insônia.[129]Wilson S, Anderson K, Baldwin D, et al. British Association for Psychopharmacology consensus statement on evidence-based treatment of insomnia, parasomnias and circadian rhythm disorders: an update. J Psychopharmacol. 2019 Aug;33(8):923-47. https://www.bap.org.uk/pdfs/BAP_Guidelines-Sleep.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31271339?tool=bestpractice.com [141]National Institute for Health and Care Excellence. Sleepio to treat insomnia and insomnia symptoms. May 2022 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/mtg70
Para a insônia durante a gestação (quando a razão risco/benefício costuma estar a favor de opções não farmacológicas, se possível), há uma base de evidências limitada para o tratamento; a TCC-I (presencial e on-line) parece ser segura, eficaz e uma opção de primeira linha aceitável.[131]Manber R, Bei B, Simpson N, et al. Cognitive behavioral therapy for prenatal insomnia: a randomized controlled trial. Obstet Gynecol. 2019 May;133(5):911-9. https://journals.lww.com/greenjournal/fulltext/2019/05000/cognitive_behavioral_therapy_for_prenatal.10.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30969203?tool=bestpractice.com [132]Felder JN, Epel ES, Neuhaus J, et al. Efficacy of digital cognitive behavioral therapy for the treatment of insomnia symptoms among pregnant women: a randomized clinical trial. JAMA Psychiatry. 2020 May 1;77(5):484-92. https://jamanetwork.com/journals/jamapsychiatry/fullarticle/2758827 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31968068?tool=bestpractice.com
higiene do sono e técnicas de relaxamento
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As técnicas de higiene do sono e relaxamento são opções de tratamento não farmacológico adequadas para a insônia.[112]Cheng SK, Dizon J. Computerised cognitive behavioural therapy for insomnia: a systematic review and meta-analysis. Psychother Psychosom. 2012;81(4):206-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22585048?tool=bestpractice.com [113]Morin CM, Vallières A, Guay B, et al. Cognitive behavioral therapy, singly and combined with medication, for persistent insomnia: a randomized controlled trial. JAMA. 2009 May 20;301(19):2005-15. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/183931 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19454639?tool=bestpractice.com [114]Morin CM, Bootzin RR, Buysse DJ, et al. Psychological and behavioral treatment of insomnia: update of the recent evidence (1998-2004). Sleep. 2006 Nov;29(11):1398-414. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17162986?tool=bestpractice.com [115]Mitchell MD, Gehrman P, Perlis M, et al. Comparative effectiveness of cognitive behavioral therapy for insomnia: a systematic review. BMC Fam Pract. 2012 May 25;13:40. https://bmcprimcare.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-2296-13-40 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22631616?tool=bestpractice.com [116]Buysse DJ. Insomnia. JAMA. 2013 Feb 20;309(7):706-16. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3632369 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23423416?tool=bestpractice.com [117]Sun J, Kang J, Wang P, et al. Self-relaxation training can improve sleep quality and cognitive functions in the older: a one-year randomised controlled trial. J Clin Nurs. 2013 May;22(9-10):1270-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23574290?tool=bestpractice.com [118]Vitiello MV, McCurry SM, Shortreed SM, et al. Cognitive-behavioral treatment for comorbid insomnia and osteoarthritis pain in primary care: the Lifestyles randomized controlled trial. J Am Geriatr Soc. 2013 Jun;61(6):947-56. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3772673 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23711168?tool=bestpractice.com [119]Black DS, O'Reilly GA, Olmstead R, et al. Mindfulness meditation and improvement in sleep quality and daytime impairment among older adults with sleep disturbances: a randomized clinical trial. JAMA Intern Med. 2015 Apr;175(4):494-501. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2110998 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25686304?tool=bestpractice.com [120]Wu JQ, Appleman ER, Salazar RD, et al. Cognitive behavioral therapy for insomnia comorbid with psychiatric and medical conditions: a meta-analysis. JAMA Intern Med. 2015 Sep;175(9):1461-72. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2363024 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26147487?tool=bestpractice.com [121]Brasure M, Fuchs E, MacDonald R, et al. Psychological and behavioral interventions for managing insomnia disorder: an evidence report for a clinical practice guideline by the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):113-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136619?tool=bestpractice.com [122]Brasure M, MacDonald R, Fuchs E, et al; Agency for Healthcare Research and Quality. Management of insomnia disorder. Dec 2015 [internet publication]. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK343503 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26844312?tool=bestpractice.com [123]Rash JA, Kavanagh VAJ, Garland SN. A meta-analysis of mindfulness-based therapies for insomnia and sleep disturbance: moving towards processes of change. Sleep Med Clin. 2019 Jun;14(2):209-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31029188?tool=bestpractice.com
A higiene do sono envolve o desenvolvimento de hábitos que favoreçam o sono, como: evitar estimulantes, incluindo nicotina e cafeína (assim como alimentos que contenham cafeína), por várias horas antes de deitar; evitar álcool ao deitar; evitar dispositivos digitais que emitam luz azul (por exemplo, smartphones/computadores) perto da hora de deitar; estabelecer um horário regular para dormir e acordar; evitar passar muito tempo na cama tentando dormir; evitar cochilos prolongados durante o dia; aceitar que o início do sono é involuntário e está fora do controle da pessoa; adotar uma abordagem mais permissiva ao sono, controlando e removendo impedimentos, mas aceitando que o sono acontecerá porém não sob demanda, tentar dormir apenas quando estiver com sono; fazer exercícios regularmente, especialmente no final da tarde ou no fim do dia; reservar um tempo adequado para relaxar antes de ir para a cama; garantir que o ambiente esteja propício ao sono, certificando-se de que a cama e a roupa de cama estejam confortáveis, o quarto esteja escuro e silencioso e a temperatura e a umidade estejam controladas; e evitar ficar olhando o relógio durante o período de sono. As evidências para a maior parte das terapias não farmacológicas para insônia (exceto a TCC-I) são limitadas e insuficientes para determinar a eficácia relativa dos diferentes tratamentos não farmacológicos.[124]Qaseem A, Kansagara D, Forciea MA, et al. Management of chronic insomnia disorder in adults: a clinical practice guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):125-33. https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M15-2175 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136449?tool=bestpractice.com Não há evidências suficientes de que as técnicas de higiene do sono isoladas são um tratamento eficaz para insônia, embora elas possam ser úteis quando combinadas com outras intervenções específicas.[125]Edinger JD, Arnedt JT, Bertisch SM, et al. Behavioral and psychological treatments for chronic insomnia disorder in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2021 Feb 1;17(2):255-62. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.8986 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33164742?tool=bestpractice.com
As técnicas de relaxamento incluem relaxamento progressivo, imagens de referência e meditação e biofeedback. A terapia de relaxamento progressivo envolve o tensionamento e o relaxamento dos músculos de modo sistemático da cabeça aos pés. Imagens de referência e meditação instruem o paciente a trocar pensamentos cheios de ansiedade por imagens agradáveis e tranquilas. O biofeedback envolve dar ao paciente informação imediata sobre seu nível de estresse e instruções sobre métodos para diminuir o estresse.
tratamento de comorbidades
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
É importante identificar e otimizar o tratamento de qualquer comorbidade clinica (por exemplo, dor crônica, fogacho, hipertireoidismo, distúrbio vesical, apneia obstrutiva do sono, transtorno do movimento periódico dos membros ou síndrome das pernas inquietas) ou transtornos psiquiátricos (por exemplo, transtornos de humor, transtornos de ansiedade, transtorno por uso de substâncias, estresse agudo ou trauma) que possam estar contribuindo para a insônia crônica.[78]Leysen L, Lahousse A, Nijs J, et al. Prevalence and risk factors of sleep disturbances in breast cancer survivors: systematic review and meta-analyses. Support Care Cancer. 2019 Dec;27(12):4401-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31346744?tool=bestpractice.com
Revise os medicamentos habituais do paciente para determinar se eles incluem medicamentos que podem causar ou piorar a insônia, como estimulantes, antidepressivos, corticosteroides, diuréticos ou sedativos; em caso afirmativo, considere se é possível diminuir a dosagem e/ou utilizar o medicamento em outro horário do dia para reduzir o impacto sobre o sono.
Depressão ou anxiedade comórbida: os antidepressivos sedativos, como a mirtazapina ou a paroxetina, podem ser uma escolha apropriada para as pessoas com depressão ativa e insônia.[189]Karsten J, Hagenauw LA, Kamphuis J, et al. Low doses of mirtazapine or quetiapine for transient insomnia: a randomised, double-blind, cross-over, placebo-controlled trial. J Psychopharmacol. 2017 Mar;31(3):327-37. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28093029?tool=bestpractice.com A eficácia e a segurança da mirtazapina (um antidepressivo tetracíclico) para a insônia não foram estabelecidas, e há risco de sedação diurna e efeitos adversos metabólicos. A paroxetina, um inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS), confere efeitos adversos potencialmente anticolinérgicos e um potencial substancial para interações medicamentosas devido à sua potente capacidade de inibir o citocromo CYP2D6. O julgamento clínico sobre o uso da mirtazapina ou da paroxetina em monoterapia para os pacientes com depressão, em comparação ao tratamento combinado com um antidepressivo não sedativo e um hipnótico, deve ser feito de forma individualizada, caso a caso, o que inclui a consideração da preferência do paciente. Consulte um especialista para obter orientação sobre a seleção de um antidepressivo ou ansiolítico adequado para esses pacientes. Um estudo controlado demonstrou que o tratamento efetivo do transtorno depressivo maior com um ISRS permitiu uma descontinuação perfeita da eszopiclona coadministrada em 8 semanas.[190]Krystal A, Fava M, Rubens R, et al. Evaluation of eszopiclone discontinuation after cotherapy with fluoxetine for insomnia with coexisting depression. J Clin Sleep Med. 2007 Feb 15;3(1):48-55. https://jcsm.aasm.org/doi/epdf/10.5664/jcsm.26745 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17557453?tool=bestpractice.com
Demência comórbida: existem poucas evidências para ajudar a orientar as opções de tratamento farmacológico para os pacientes com demência e insônia comórbida.[191]Kinnunen KM, Vikhanova A, Livingston G. The management of sleep disorders in dementia: an update. Curr Opin Psychiatry. 2017 Nov;30(6):491-7. https://journals.lww.com/co-psychiatry/fulltext/2017/11000/the_management_of_sleep_disorders_in_dementia__an.16.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28858007?tool=bestpractice.com Os autores recomendam uma abordagem semelhante à recomendada para prescrição de hipnóticos em idosos, considerando primeiro as opções comportamentais para insônia. O tratamento ideal da doença de Alzheimer com uma combinação de um inibidor da acetilcolinesterase e memantina pode ajudar a aliviar a perturbação do sono.[193]Ishikawa I, Shinno H, Ando N, et al. The effect of memantine on sleep architecture and psychiatric symptoms in patients with Alzheimer's disease. Acta Neuropsychiatr. 2016 Jun;28(3):157-64. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26572055?tool=bestpractice.com [194]Cummings JL, Isaacson RS, Schmitt FA, et al. A practical algorithm for managing Alzheimer's disease: what, when, and why? Ann Clin Transl Neurol. 2015 Mar;2(3):307-23. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/acn3.166 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25815358?tool=bestpractice.com Modificações comportamentais e ambientais que permitam o realinhamento circadiano podem ser mais úteis.[195]Jin JW, Nowakowski S, Taylor A, et al. Cognitive behavioral therapy for mood and insomnia in persons with dementia: a systematic review. Alzheimer Dis Assoc Disord. 2021 Oct-Dec 01;35(4):366-73. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33929370?tool=bestpractice.com [196]Shub D, Darvishi R, Kunik ME. Non-pharmacologic treatment of insomnia in persons with dementia. Geriatrics. 2009 Feb;64(2):22-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19256583?tool=bestpractice.com
hipnóticos
O fornecimento de um hipnótico a curto e potencialmente a longo prazo é uma opção de segunda linha apropriada para pacientes com insônia crônica. A TCC-I deve ser oferecida como primeira opção, mas se a insônia se tornou grave e o paciente está em sofrimento, ou se ele não consegue ou não quer aceitar a TCC-I, ou não respondeu à TCC-I, considere prescrever um hipnótico.
Para os pacientes que apresentam apenas dificuldade para iniciar o sono, os hipnóticos que demonstram capacidade estabelecida para reduzir a latência do sono e conferem segurança razoável incluem os agonistas do receptor benzodiazepínico não benzodiazepínicos (por exemplo, zolpidem, zaleplon, eszopiclona) e o ramelteon (um agonista do receptor de melatonina).[104]Sateia MJ, Buysse DJ, Krystal AD, et al. Clinical practice guideline for the pharmacologic treatment of chronic insomnia in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2017 Feb 15;13(2):307-49. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.6470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27998379?tool=bestpractice.com Os antagonistas duplos do receptor de orexina (por exemplo, suvorexant, lemborexant, daridorexant) também são escolhas razoáveis, com base em ensaios clínicos de fase 3.[127]Australian Prescriber Editorial Executive Committee. Lemborexant for insomnia. Aust Prescr. 2022 Feb;45(1):29-30. https://australianprescriber.tg.org.au/articles/lemborexant-for-insomnia.html http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35233138?tool=bestpractice.com [128]Mignot E, Mayleben D, Fietze I, et al. Safety and efficacy of daridorexant in patients with insomnia disorder: results from two multicentre, randomised, double-blind, placebo-controlled, phase 3 trials. Lancet Neurol. 2022 Feb;21(2):125-39. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35065036?tool=bestpractice.com [163]Herring WJ, Snyder E, Budd K, et al. Orexin receptor antagonism for treatment of insomnia: a randomized clinical trial of suvorexant. Neurology. 2012 Dec 4;79(23):2265-74. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23197752?tool=bestpractice.com [164]Wilt TJ, MacDonald R, Brasure M, et al. Pharmacologic treatment of insomnia disorder: an evidence report for a clinical practice guideline by the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):103-12. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136278?tool=bestpractice.com [165]Herring WJ, Connor KM, Snyder E, et al. Suvorexant in elderly patients with insomnia: pooled analyses of data from phase III randomized controlled clinical trials. Am J Geriatr Psychiatry. 2017 Jul;25(7):791-802. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28427826?tool=bestpractice.com [166]Kuriyama A, Tabata H. Suvorexant for the treatment of primary insomnia: a systematic review and meta-analysis. Sleep Med Rev. 2017 Oct;35:1-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365447?tool=bestpractice.com [167]McElroy H, O'Leary B, Adena M, et al. Comparative efficacy of lemborexant and other insomnia treatments: a network meta-analysis. J Manag Care Spec Pharm. 2021 Sep;27(9):1296-308. https://www.jmcp.org/doi/10.18553/jmcp.2021.21011 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34121443?tool=bestpractice.com Para os pacientes com dificuldades tanto no início do sono quanto na manutenção do sono, o zolpidem, a eszopiclona e os antagonistas duplos do receptor de orexina parecem ser efetivos.
Todos os agonistas do receptor benzodiazepínico não benzodiazepínicos mostram eficácia estabelecida na redução da latência do sono e, para o zolpidem e a eszopiclona, na redução da insônia após o estabelecimento do sono e no aumento do tempo total de sono e da qualidade do sono, com base em medidas objetivas (polissonografia [PSG]) e subjetivas (diário do sono) em estudos de curto prazo.[104]Sateia MJ, Buysse DJ, Krystal AD, et al. Clinical practice guideline for the pharmacologic treatment of chronic insomnia in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2017 Feb 15;13(2):307-49. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.6470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27998379?tool=bestpractice.com Evidências acumuladas apoiam a eficácia dos antagonistas duplos do receptor de orexina na redução da latência do sono, da insônia após o estabelecimento do sono e do tempo total de sono com base em medidas objetivas (PSG) e subjetivas.[127]Australian Prescriber Editorial Executive Committee. Lemborexant for insomnia. Aust Prescr. 2022 Feb;45(1):29-30. https://australianprescriber.tg.org.au/articles/lemborexant-for-insomnia.html http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35233138?tool=bestpractice.com [128]Mignot E, Mayleben D, Fietze I, et al. Safety and efficacy of daridorexant in patients with insomnia disorder: results from two multicentre, randomised, double-blind, placebo-controlled, phase 3 trials. Lancet Neurol. 2022 Feb;21(2):125-39. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35065036?tool=bestpractice.com [163]Herring WJ, Snyder E, Budd K, et al. Orexin receptor antagonism for treatment of insomnia: a randomized clinical trial of suvorexant. Neurology. 2012 Dec 4;79(23):2265-74. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23197752?tool=bestpractice.com [164]Wilt TJ, MacDonald R, Brasure M, et al. Pharmacologic treatment of insomnia disorder: an evidence report for a clinical practice guideline by the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):103-12. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136278?tool=bestpractice.com [165]Herring WJ, Connor KM, Snyder E, et al. Suvorexant in elderly patients with insomnia: pooled analyses of data from phase III randomized controlled clinical trials. Am J Geriatr Psychiatry. 2017 Jul;25(7):791-802. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28427826?tool=bestpractice.com [166]Kuriyama A, Tabata H. Suvorexant for the treatment of primary insomnia: a systematic review and meta-analysis. Sleep Med Rev. 2017 Oct;35:1-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365447?tool=bestpractice.com Entretanto, faltam estudos de longo prazo para esses agentes. Foi demonstrado que o ramelteon reduz a latência do sono, mas provavelmente é inefetivo para a manutenção do sono.[104]Sateia MJ, Buysse DJ, Krystal AD, et al. Clinical practice guideline for the pharmacologic treatment of chronic insomnia in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2017 Feb 15;13(2):307-49. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.6470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27998379?tool=bestpractice.com [171]Mayer G, Wang-Weigand S, Roth-Schechter B, et al. Efficacy and safety of 6-month nightly ramelteon administration in adults with chronic primary insomnia. Sleep. 2009 Mar;32(3):351-60. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2647789 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19294955?tool=bestpractice.com [172]Auld F, Maschauer EL, Morrison I, et al. Evidence for the efficacy of melatonin in the treatment of primary adult sleep disorders. Sleep Med Rev. 2017 Aug;34:10-22. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28648359?tool=bestpractice.com Não há evidências claras que sustentem a superioridade de uma classe de hipnóticos recomendada sobre as outras.[173]Pan B, Ge L, Lai H, et al. The comparative effectiveness and safety of insomnia drugs: a systematic review and network meta-analysis of 153 randomized trials. Drugs. 2023 May;83(7):587-619. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36947394?tool=bestpractice.com [174]De Crescenzo F, D'Alò GL, Ostinelli EG, et al. Comparative effects of pharmacological interventions for the acute and long-term management of insomnia disorder in adults: a systematic review and network meta-analysis. Lancet. 2022 Jul 16;400(10347):170-84. https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(22)00878-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35843245?tool=bestpractice.com A escolha do medicamento deve ser adaptada ao fenótipo da insônia e à consideração de sua segurança e tolerabilidade.
Nenhum hipnótico é indicado para uso em gestantes. Para pacientes com insônia durante a gestação, a relação de risco/benefício costuma ficar a favor de opções não farmacológicas, se possível. Os médicos que considerarem oferecer tratamento farmacológico para a insônia durante a gestação devem procurar a orientação de um especialista (por exemplo, um psiquiatra com experiência em prescrições durante a gestação ou um obstetra), devido aos riscos associados a hipnóticos comuns durante a gestação.
Tratar os pacientes idosos com hipnóticos representa um desafio porque eles são mais propensos a eventos adversos relacionados a medicamentos, mas há poucas evidências de qualidade para apoiar perfis aceitáveis de dano versus eficácia na escolha entre os agentes. Os critérios BEERs da American Geriatric Society para a prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados para idosos colocam todos os benzodiazepínicos e agonistas do receptor benzodiazepínico não benzodiazepínicos em sua lista de medicamentos a serem evitados devido ao aumento do risco de acidentes e quedas.[179]2023 American Geriatrics Society Beers Criteria® Update Expert Panel. American Geriatrics Society 2023 updated AGS Beers Criteria® for potentially inappropriate medication use in older adults. J Am Geriatr Soc. 2023 Jul;71(7):2052-81. https://agsjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/jgs.18372 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37139824?tool=bestpractice.com Os dados atuais são insuficientes para determinar se os antagonistas duplos do receptor de orexina oferecem um perfil de risco/benefício mais favorável nos idosos que os agonistas do receptor benzodiazepínico não benzodiazepínicos. Nenhuma evidência definitiva dá suporte a um aumento do risco para uma classe de hipnóticos recomendada em relação à outra. Os autores não recomendam evitar os agonistas do receptor benzodiazepínico não benzodiazepínicos como classe para os idosos. Deve ser determinado um perfil individualizado de risco versus benefício que leve em consideração os fatores clínicos pertinentes, incluindo comorbidades coexistentes, medicamentos, potencial para interações medicamentosas, fatores psicossociais e valores e preferências do paciente.
Discuta as considerações de segurança com os pacientes ao prescrever hipnóticos. Os eventos adversos podem incluir: comportamentos complexos relacionados ao sono; efeitos depressores do sistema nervoso central; paralisia do sono, cataplexia e sonolência diurna excessiva; alucinações hipnagógicas ou hipnopômpicas; agravamento da depressão, probabilidade de suicídio e impulsividade; uso indevido ou abuso; dependência, tolerância, abstinência e efeito rebote; e supressão respiratória. Para uma discussão detalhada sobre considerações de segurança, contraindicações e precauções, consulte Abordagem de tratamento.
As doses geralmente devem ser tomadas imediatamente antes de deitar ou até 30 minutos antes de dormir (dependendo do medicamento), e mais de 7 horas antes do despertar planejado, devido ao risco de comprometimento no dia seguinte. Doses mais altas podem aumentar o risco de comprometimento no dia seguinte; use a menor dose efetiva durante o menor período de tratamento possível. Doses mais baixas são recomendadas nos pacientes idosos ou debilitados.
A segurança do uso de longa duração de hipnóticos não é clara. Algumas diretrizes (por exemplo, as do American College of Physicians [APA]) recomendam limitar o tratamento com hipnóticos em curto prazo (4-5 semanas).[124]Qaseem A, Kansagara D, Forciea MA, et al. Management of chronic insomnia disorder in adults: a clinical practice guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):125-33. https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M15-2175 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136449?tool=bestpractice.com No entanto, outras diretrizes não sugerem essa limitação.[104]Sateia MJ, Buysse DJ, Krystal AD, et al. Clinical practice guideline for the pharmacologic treatment of chronic insomnia in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2017 Feb 15;13(2):307-49. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.6470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27998379?tool=bestpractice.com A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA aprovou todos os hipnóticos sem limitação na duração do tratamento desde 2004. Se os sintomas de insônia reaparecerem após a redução gradual do hipnótico (observe que a piora de 1 a 2 dias após a descontinuação pode representar um efeito rebote e será resolvida) e a insônia não tiver respondido a tratamentos comportamentais como a TCC-I, deve-se considerar a reinstituição do hipnótico anterior que tiver sido bem tolerado. Estratégias de dosagem intermitente para o tratamento farmacológico de longo prazo da insônia podem ser consideradas.[210]Perlis M, Gehrman P, Riemann D. Intermittent and long-term use of sedative hypnotics. Curr Pharm Des. 2008;14(32):3456-65. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19075721?tool=bestpractice.com Uma consulta especializada (medicina do sono, psiquiatra ou especialista em insônia) e uma abordagem de cuidado colaborativa podem ajudar a tomar essas decisões e a manejar os pacientes que tomam hipnóticos em longo prazo.
Opções primárias
zolpidem: 5 mg por via oral (liberação imediata)/sublingual uma vez ao dia na hora de dormir quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 10 mg/dia; 6.25 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 12.5 mg/dia
Mais zolpidemAs mulheres e os adultos idosos ou debilitados devem receber apenas a dose mais baixa (5 mg/dia ou 6.25 mg/dia). Geralmente a dose mais baixa também é suficiente para muitos homens, e deve ser considerada.
ou
zaleplona: 5 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 10-20 mg/dia
ou
eszopiclona: 1 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 3 mg/dia
ou
ramelteon: 8 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário
ou
suvorexant: 10 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia
ou
lemborexanto: 5 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 10 mg/dia
ou
daridorexanto: 25 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 50 mg/dia
higiene do sono e técnicas de relaxamento
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As técnicas de higiene do sono e relaxamento são opções de tratamento não farmacológico adequadas para a insônia, especialmente nos pacientes que preferirem não usar medicamentos ou que tiverem resposta insatisfatória aos hipnóticos.[112]Cheng SK, Dizon J. Computerised cognitive behavioural therapy for insomnia: a systematic review and meta-analysis. Psychother Psychosom. 2012;81(4):206-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22585048?tool=bestpractice.com [113]Morin CM, Vallières A, Guay B, et al. Cognitive behavioral therapy, singly and combined with medication, for persistent insomnia: a randomized controlled trial. JAMA. 2009 May 20;301(19):2005-15. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/183931 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19454639?tool=bestpractice.com [114]Morin CM, Bootzin RR, Buysse DJ, et al. Psychological and behavioral treatment of insomnia: update of the recent evidence (1998-2004). Sleep. 2006 Nov;29(11):1398-414. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17162986?tool=bestpractice.com [115]Mitchell MD, Gehrman P, Perlis M, et al. Comparative effectiveness of cognitive behavioral therapy for insomnia: a systematic review. BMC Fam Pract. 2012 May 25;13:40. https://bmcprimcare.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-2296-13-40 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22631616?tool=bestpractice.com [116]Buysse DJ. Insomnia. JAMA. 2013 Feb 20;309(7):706-16. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3632369 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23423416?tool=bestpractice.com [117]Sun J, Kang J, Wang P, et al. Self-relaxation training can improve sleep quality and cognitive functions in the older: a one-year randomised controlled trial. J Clin Nurs. 2013 May;22(9-10):1270-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23574290?tool=bestpractice.com [118]Vitiello MV, McCurry SM, Shortreed SM, et al. Cognitive-behavioral treatment for comorbid insomnia and osteoarthritis pain in primary care: the Lifestyles randomized controlled trial. J Am Geriatr Soc. 2013 Jun;61(6):947-56. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3772673 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23711168?tool=bestpractice.com [119]Black DS, O'Reilly GA, Olmstead R, et al. Mindfulness meditation and improvement in sleep quality and daytime impairment among older adults with sleep disturbances: a randomized clinical trial. JAMA Intern Med. 2015 Apr;175(4):494-501. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2110998 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25686304?tool=bestpractice.com [120]Wu JQ, Appleman ER, Salazar RD, et al. Cognitive behavioral therapy for insomnia comorbid with psychiatric and medical conditions: a meta-analysis. JAMA Intern Med. 2015 Sep;175(9):1461-72. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2363024 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26147487?tool=bestpractice.com [121]Brasure M, Fuchs E, MacDonald R, et al. Psychological and behavioral interventions for managing insomnia disorder: an evidence report for a clinical practice guideline by the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):113-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136619?tool=bestpractice.com [122]Brasure M, MacDonald R, Fuchs E, et al; Agency for Healthcare Research and Quality. Management of insomnia disorder. Dec 2015 [internet publication]. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK343503 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26844312?tool=bestpractice.com [123]Rash JA, Kavanagh VAJ, Garland SN. A meta-analysis of mindfulness-based therapies for insomnia and sleep disturbance: moving towards processes of change. Sleep Med Clin. 2019 Jun;14(2):209-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31029188?tool=bestpractice.com
A higiene do sono envolve o desenvolvimento de hábitos que favoreçam o sono, como: evitar estimulantes, incluindo nicotina e cafeína (assim como alimentos que contenham cafeína), por várias horas antes de deitar; evitar álcool ao deitar; evitar dispositivos digitais que emitam luz azul (por exemplo, smartphones/computadores) perto da hora de deitar; estabelecer um horário regular para dormir e acordar; evitar passar muito tempo na cama tentando dormir; evitar cochilos prolongados durante o dia; aceitar que o início do sono é involuntário e está fora do controle da pessoa; adotar uma abordagem mais permissiva ao sono, controlando e removendo impedimentos, mas aceitando que o sono acontecerá porém não sob demanda, tentar dormir apenas quando estiver com sono; fazer exercícios regularmente, especialmente no final da tarde ou no fim do dia; reservar um tempo adequado para relaxar antes de ir para a cama; garantir que o ambiente esteja propício ao sono, certificando-se de que a cama e a roupa de cama estejam confortáveis, o quarto esteja escuro e silencioso e a temperatura e a umidade estejam controladas; e evitar ficar olhando o relógio durante o período de sono. As evidências para a maior parte das terapias não farmacológicas para insônia (exceto a TCC-I) são limitadas e insuficientes para determinar a eficácia relativa dos diferentes tratamentos não farmacológicos.[124]Qaseem A, Kansagara D, Forciea MA, et al. Management of chronic insomnia disorder in adults: a clinical practice guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):125-33. https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M15-2175 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136449?tool=bestpractice.com Não há evidências suficientes de que as técnicas de higiene do sono isoladas são um tratamento eficaz para insônia, embora elas possam ser úteis quando combinadas com outras intervenções específicas.[125]Edinger JD, Arnedt JT, Bertisch SM, et al. Behavioral and psychological treatments for chronic insomnia disorder in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2021 Feb 1;17(2):255-62. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.8986 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33164742?tool=bestpractice.com
As técnicas de relaxamento incluem relaxamento progressivo, imagens de referência e meditação e biofeedback. A terapia de relaxamento progressivo envolve o tensionamento e o relaxamento dos músculos de modo sistemático da cabeça aos pés. Imagens de referência e meditação instruem o paciente a trocar pensamentos cheios de ansiedade por imagens agradáveis e tranquilas. O biofeedback envolve dar ao paciente informação imediata sobre seu nível de estresse e instruções sobre métodos para diminuir o estresse.
tratamento de comorbidades
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
É importante identificar e otimizar o tratamento de qualquer comorbidade clinica (por exemplo, dor crônica, fogacho, hipertireoidismo, distúrbio vesical, apneia obstrutiva do sono, transtorno do movimento periódico dos membros ou síndrome das pernas inquietas) ou transtornos psiquiátricos (por exemplo, transtornos de humor, transtornos de ansiedade, transtorno por uso de substâncias, estresse agudo ou trauma) que possam estar contribuindo para a insônia crônica.[78]Leysen L, Lahousse A, Nijs J, et al. Prevalence and risk factors of sleep disturbances in breast cancer survivors: systematic review and meta-analyses. Support Care Cancer. 2019 Dec;27(12):4401-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31346744?tool=bestpractice.com
Revise os medicamentos habituais do paciente para determinar se eles incluem medicamentos que podem causar ou piorar a insônia, como estimulantes, antidepressivos, corticosteroides, diuréticos ou sedativos; em caso afirmativo, considere se é possível diminuir a dosagem e/ou utilizar o medicamento em outro horário do dia para reduzir o impacto sobre o sono.
Depressão ou anxiedade comórbida: os antidepressivos sedativos, como a mirtazapina ou a paroxetina, podem ser uma escolha apropriada para as pessoas com depressão ativa e insônia.[189]Karsten J, Hagenauw LA, Kamphuis J, et al. Low doses of mirtazapine or quetiapine for transient insomnia: a randomised, double-blind, cross-over, placebo-controlled trial. J Psychopharmacol. 2017 Mar;31(3):327-37. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28093029?tool=bestpractice.com A eficácia e a segurança da mirtazapina (um antidepressivo tetracíclico) para a insônia não foram estabelecidas, e há risco de sedação diurna e efeitos adversos metabólicos. A paroxetina, um inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS), confere efeitos adversos potencialmente anticolinérgicos e um potencial substancial para interações medicamentosas devido à sua potente capacidade de inibir o citocromo CYP2D6. O julgamento clínico sobre o uso da mirtazapina ou da paroxetina em monoterapia para os pacientes com depressão, em comparação ao tratamento combinado com um antidepressivo não sedativo e um hipnótico, deve ser feito de forma individualizada, caso a caso, o que inclui a consideração da preferência do paciente. Consulte um especialista para obter orientação sobre a seleção de um antidepressivo ou ansiolítico adequado para esses pacientes. Um estudo controlado demonstrou que o tratamento efetivo do transtorno depressivo maior com um ISRS permitiu uma descontinuação perfeita da eszopiclona coadministrada em 8 semanas.[190]Krystal A, Fava M, Rubens R, et al. Evaluation of eszopiclone discontinuation after cotherapy with fluoxetine for insomnia with coexisting depression. J Clin Sleep Med. 2007 Feb 15;3(1):48-55. https://jcsm.aasm.org/doi/epdf/10.5664/jcsm.26745 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17557453?tool=bestpractice.com
Demência comórbida: existem poucas evidências para ajudar a orientar as opções de tratamento farmacológico para os pacientes com demência e insônia comórbida.[191]Kinnunen KM, Vikhanova A, Livingston G. The management of sleep disorders in dementia: an update. Curr Opin Psychiatry. 2017 Nov;30(6):491-7. https://journals.lww.com/co-psychiatry/fulltext/2017/11000/the_management_of_sleep_disorders_in_dementia__an.16.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28858007?tool=bestpractice.com Os autores recomendam uma abordagem semelhante à recomendada para prescrição de hipnóticos em idosos, considerando primeiro as opções comportamentais para insônia. O tratamento ideal da doença de Alzheimer com uma combinação de um inibidor da acetilcolinesterase e memantina pode ajudar a aliviar a perturbação do sono.[193]Ishikawa I, Shinno H, Ando N, et al. The effect of memantine on sleep architecture and psychiatric symptoms in patients with Alzheimer's disease. Acta Neuropsychiatr. 2016 Jun;28(3):157-64. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26572055?tool=bestpractice.com [194]Cummings JL, Isaacson RS, Schmitt FA, et al. A practical algorithm for managing Alzheimer's disease: what, when, and why? Ann Clin Transl Neurol. 2015 Mar;2(3):307-23. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/acn3.166 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25815358?tool=bestpractice.com Modificações comportamentais e ambientais que permitam o realinhamento circadiano podem ser mais úteis.[195]Jin JW, Nowakowski S, Taylor A, et al. Cognitive behavioral therapy for mood and insomnia in persons with dementia: a systematic review. Alzheimer Dis Assoc Disord. 2021 Oct-Dec 01;35(4):366-73. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33929370?tool=bestpractice.com [196]Shub D, Darvishi R, Kunik ME. Non-pharmacologic treatment of insomnia in persons with dementia. Geriatrics. 2009 Feb;64(2):22-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19256583?tool=bestpractice.com
terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I)
Uma insônia que dura 3 meses ou mais é considerada crônica.[1]American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders, 5th ed., text revision (DSM-5-TR). Washington, DC: American Psychiatric Publishing; 2022. https://www.psychiatry.org/psychiatrists/practice/dsm [2]American Academy of Sleep Medicine. The AASM international classification of sleep disorders - third edition, text revision (ICSD-3-TR). Jun 2023 [internet publication]. https://aasm.org/clinical-resources/international-classification-sleep-disorders
A TCC-I é uma terapia de primeira linha para a insônia crônica.[124]Qaseem A, Kansagara D, Forciea MA, et al. Management of chronic insomnia disorder in adults: a clinical practice guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):125-33. https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M15-2175 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136449?tool=bestpractice.com [129]Wilson S, Anderson K, Baldwin D, et al. British Association for Psychopharmacology consensus statement on evidence-based treatment of insomnia, parasomnias and circadian rhythm disorders: an update. J Psychopharmacol. 2019 Aug;33(8):923-47. https://www.bap.org.uk/pdfs/BAP_Guidelines-Sleep.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31271339?tool=bestpractice.com [130]Ree M, Junge M, Cunnington D. Australasian Sleep Association position statement regarding the use of psychological/behavioral treatments in the management of insomnia in adults. Sleep Med. 2017 Aug;36(suppl 1):S43-7. https://sleep.org.au/common/Uploaded%20files/Public%20Files/Professional%20resources/Sleep%20Documents/psychological_behavioral%20treatments%202017_07_04.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28648226?tool=bestpractice.com Foi demonstrado que ela trata a insônia de maneira efetiva em longo prazo, mas requer comprometimento do paciente, adesão continuada e treinamento do profissional.[112]Cheng SK, Dizon J. Computerised cognitive behavioural therapy for insomnia: a systematic review and meta-analysis. Psychother Psychosom. 2012;81(4):206-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22585048?tool=bestpractice.com [124]Qaseem A, Kansagara D, Forciea MA, et al. Management of chronic insomnia disorder in adults: a clinical practice guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):125-33. https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M15-2175 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136449?tool=bestpractice.com [133]Riemann D, Perlis ML. The treatments of chronic insomnia: a review of benzodiazepine receptor agonists and psychological and behavioral therapies. Sleep Med Rev. 2009 Jun;13(3):205-14. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19201632?tool=bestpractice.com [134]Morin CM, Culbert JP, Schwartz SM. Nonpharmacological interventions for insomnia: a meta-analysis of treatment efficacy. Am J Psychiatry. 1994 Aug;151(8):1172-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8037252?tool=bestpractice.com [135]Johnson JA, Rash JA, Campbell TS, et al. A systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials of cognitive behavior therapy for insomnia (CBT-I) in cancer survivors. Sleep Med Rev. 2016 Jun;27:20-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26434673?tool=bestpractice.com Foi demonstrado que o tratamento da insônia com TCC-I melhora a qualidade de vida, previne a depressão e possivelmente melhora os biomarcadores cardiometabólicos, como a proteína C-reativa e a hemoglobina glicada (HbA1c).[29]Irwin MR, Carrillo C, Sadeghi N, et al. Prevention of incident and recurrent major depression in older adults with insomnia: a randomized clinical trial. JAMA Psychiatry. 2022 Jan 1;79(1):33-41. https://jamanetwork.com/journals/jamapsychiatry/fullarticle/2786738 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34817561?tool=bestpractice.com [148]Alimoradi Z, Jafari E, Broström A, et al. Effects of cognitive behavioral therapy for insomnia (CBT-I) on quality of life: a systematic review and meta-analysis. Sleep Med Rev. 2022 Aug;64:101646. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1087079222000594 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35653951?tool=bestpractice.com [149]Savin KL, Clark TL, Perez-Ramirez P, et al. The effect of cognitive behavioral therapy for insomnia (CBT-I) on cardiometabolic health biomarkers: a systematic review of randomized controlled trials. Behav Sleep Med. 2023 Nov 2;21(6):671-94. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10244489 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36476211?tool=bestpractice.com
Os princípios básicos da TCC-I são: aprender a regular a vigilância e induzir o relaxamento; aceitar a realidade de que o sono está fora de controle e se render a qualquer coisa que aconteça em relação ao sono; evitar estímulos de tempo; reduzir o tempo gasto na cama sem dormir; restringir o sono se a pessoa passa muito tempo na cama sem dormir; e mudar crenças desadaptativas sobre o sono.[108]Perlis ML, Smith MT, Benson-Jungquist C, et al. Cognitive behavioral treatment of insomnia: a session-by-session guide. New York, NY: Springer Science+Business Media, Inc.; 2005.[109]Dawson SC, Krakow B, Haynes PL, et al. Use of sleep aids in insomnia: the role of time monitoring behavior. Prim Care Companion CNS Disord. 2023 May 16;25(3):22m03344. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11166003 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37227396?tool=bestpractice.com [110]Miller CB, Espie CA, Epstein DR, et al. The evidence base of sleep restriction therapy for treating insomnia disorder. Sleep Med Rev. 2014 Oct;18(5):415-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24629826?tool=bestpractice.com [111]Nielson SA, Perez E, Soto P, et al. Challenging beliefs for quality sleep: a systematic review of maladaptive sleep beliefs and treatment outcomes following cognitive behavioral therapy for insomnia. Sleep Med Rev. 2023 Dec;72:101856. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37862834?tool=bestpractice.com
A TCC-I é eficaz quando empregada sob a orientação de um médico, seja em ambientes individuais ou em grupo presenciais ou por meio da TCC-I baseada na internet (às vezes chamada de TCC-I digital ou TCCd-I). Há uma crescente base de evidências a favor da TCCd-I sugerindo que sua efetividade é comparável à da TCC-I presencial.[107]van Straten A, van der Zweerde T, Kleiboer A, et al. Cognitive and behavioral therapies in the treatment of insomnia: a meta-analysis. Sleep Med Rev. 2018 Apr;38:3-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28392168?tool=bestpractice.com [112]Cheng SK, Dizon J. Computerised cognitive behavioural therapy for insomnia: a systematic review and meta-analysis. Psychother Psychosom. 2012;81(4):206-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22585048?tool=bestpractice.com [139]Seyffert M, Lagisetty P, Landgraf J, et al. Internet-delivered cognitive behavioral therapy to treat insomnia: a systematic review and meta-analysis. PLoS One. 2016 Feb 11;11(2):e0149139. https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0149139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26867139?tool=bestpractice.com [140]Zachariae R, Lyby MS, Ritterband LM, et al. Efficacy of internet delivered cognitive-behavioral therapy for insomnia: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Sleep Med Rev. 2016 Dec;30:1-10. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26615572?tool=bestpractice.com A TCCd-I tem o potencial de aumentar o acesso do paciente à TCC-I, oferecendo aos pacientes e aos médicos mais opções entre os tratamentos baseados em evidências (TCC-I ou farmacoterapia) para a insônia.[129]Wilson S, Anderson K, Baldwin D, et al. British Association for Psychopharmacology consensus statement on evidence-based treatment of insomnia, parasomnias and circadian rhythm disorders: an update. J Psychopharmacol. 2019 Aug;33(8):923-47. https://www.bap.org.uk/pdfs/BAP_Guidelines-Sleep.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31271339?tool=bestpractice.com [141]National Institute for Health and Care Excellence. Sleepio to treat insomnia and insomnia symptoms. May 2022 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/mtg70
Para a insônia durante a gestação (quando a razão risco/benefício costuma estar a favor de opções não farmacológicas, se possível), há uma base de evidências limitada para o tratamento; a TCC-I (presencial e on-line) parece ser segura, eficaz e uma opção de primeira linha aceitável.[131]Manber R, Bei B, Simpson N, et al. Cognitive behavioral therapy for prenatal insomnia: a randomized controlled trial. Obstet Gynecol. 2019 May;133(5):911-9. https://journals.lww.com/greenjournal/fulltext/2019/05000/cognitive_behavioral_therapy_for_prenatal.10.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30969203?tool=bestpractice.com [132]Felder JN, Epel ES, Neuhaus J, et al. Efficacy of digital cognitive behavioral therapy for the treatment of insomnia symptoms among pregnant women: a randomized clinical trial. JAMA Psychiatry. 2020 May 1;77(5):484-92. https://jamanetwork.com/journals/jamapsychiatry/fullarticle/2758827 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31968068?tool=bestpractice.com
higiene do sono e técnicas de relaxamento
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As técnicas de higiene do sono e relaxamento são opções de tratamento não farmacológico adequadas para a insônia.[112]Cheng SK, Dizon J. Computerised cognitive behavioural therapy for insomnia: a systematic review and meta-analysis. Psychother Psychosom. 2012;81(4):206-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22585048?tool=bestpractice.com [113]Morin CM, Vallières A, Guay B, et al. Cognitive behavioral therapy, singly and combined with medication, for persistent insomnia: a randomized controlled trial. JAMA. 2009 May 20;301(19):2005-15. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/183931 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19454639?tool=bestpractice.com [114]Morin CM, Bootzin RR, Buysse DJ, et al. Psychological and behavioral treatment of insomnia: update of the recent evidence (1998-2004). Sleep. 2006 Nov;29(11):1398-414. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17162986?tool=bestpractice.com [115]Mitchell MD, Gehrman P, Perlis M, et al. Comparative effectiveness of cognitive behavioral therapy for insomnia: a systematic review. BMC Fam Pract. 2012 May 25;13:40. https://bmcprimcare.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-2296-13-40 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22631616?tool=bestpractice.com [116]Buysse DJ. Insomnia. JAMA. 2013 Feb 20;309(7):706-16. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3632369 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23423416?tool=bestpractice.com [117]Sun J, Kang J, Wang P, et al. Self-relaxation training can improve sleep quality and cognitive functions in the older: a one-year randomised controlled trial. J Clin Nurs. 2013 May;22(9-10):1270-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23574290?tool=bestpractice.com [118]Vitiello MV, McCurry SM, Shortreed SM, et al. Cognitive-behavioral treatment for comorbid insomnia and osteoarthritis pain in primary care: the Lifestyles randomized controlled trial. J Am Geriatr Soc. 2013 Jun;61(6):947-56. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3772673 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23711168?tool=bestpractice.com [119]Black DS, O'Reilly GA, Olmstead R, et al. Mindfulness meditation and improvement in sleep quality and daytime impairment among older adults with sleep disturbances: a randomized clinical trial. JAMA Intern Med. 2015 Apr;175(4):494-501. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2110998 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25686304?tool=bestpractice.com [120]Wu JQ, Appleman ER, Salazar RD, et al. Cognitive behavioral therapy for insomnia comorbid with psychiatric and medical conditions: a meta-analysis. JAMA Intern Med. 2015 Sep;175(9):1461-72. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2363024 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26147487?tool=bestpractice.com [121]Brasure M, Fuchs E, MacDonald R, et al. Psychological and behavioral interventions for managing insomnia disorder: an evidence report for a clinical practice guideline by the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):113-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136619?tool=bestpractice.com [122]Brasure M, MacDonald R, Fuchs E, et al; Agency for Healthcare Research and Quality. Management of insomnia disorder. Dec 2015 [internet publication]. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK343503 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26844312?tool=bestpractice.com [123]Rash JA, Kavanagh VAJ, Garland SN. A meta-analysis of mindfulness-based therapies for insomnia and sleep disturbance: moving towards processes of change. Sleep Med Clin. 2019 Jun;14(2):209-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31029188?tool=bestpractice.com
A higiene do sono envolve o desenvolvimento de hábitos que favoreçam o sono, como: evitar estimulantes, incluindo nicotina e cafeína (assim como alimentos que contenham cafeína), por várias horas antes de deitar; evitar álcool ao deitar; evitar dispositivos digitais que emitam luz azul (por exemplo, smartphones/computadores) perto da hora de deitar; estabelecer um horário regular para dormir e acordar; evitar passar muito tempo na cama tentando dormir; evitar cochilos prolongados durante o dia; aceitar que o início do sono é involuntário e está fora do controle da pessoa; adotar uma abordagem mais permissiva ao sono, controlando e removendo impedimentos, mas aceitando que o sono acontecerá porém não sob demanda, tentar dormir apenas quando estiver com sono; fazer exercícios regularmente, especialmente no final da tarde ou no fim do dia; reservar um tempo adequado para relaxar antes de ir para a cama; garantir que o ambiente esteja propício ao sono, certificando-se de que a cama e a roupa de cama estejam confortáveis, o quarto esteja escuro e silencioso e a temperatura e a umidade estejam controladas; e evitar ficar olhando o relógio durante o período de sono. As evidências para a maior parte das terapias não farmacológicas para insônia (exceto a TCC-I) são limitadas e insuficientes para determinar a eficácia relativa dos diferentes tratamentos não farmacológicos.[124]Qaseem A, Kansagara D, Forciea MA, et al. Management of chronic insomnia disorder in adults: a clinical practice guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):125-33. https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M15-2175 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136449?tool=bestpractice.com Não há evidências suficientes de que as técnicas de higiene do sono isoladas são um tratamento eficaz para insônia, embora elas possam ser úteis quando combinadas com outras intervenções específicas.[125]Edinger JD, Arnedt JT, Bertisch SM, et al. Behavioral and psychological treatments for chronic insomnia disorder in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2021 Feb 1;17(2):255-62. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.8986 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33164742?tool=bestpractice.com
As técnicas de relaxamento incluem relaxamento progressivo, imagens de referência e meditação e biofeedback. A terapia de relaxamento progressivo envolve o tensionamento e o relaxamento dos músculos de modo sistemático da cabeça aos pés. Imagens de referência e meditação instruem o paciente a trocar pensamentos cheios de ansiedade por imagens agradáveis e tranquilas. O biofeedback envolve dar ao paciente informação imediata sobre seu nível de estresse e instruções sobre métodos para diminuir o estresse.
tratamento de comorbidades
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
É importante identificar e otimizar o tratamento de qualquer comorbidade clinica (por exemplo, dor crônica, fogacho, hipertireoidismo, distúrbio vesical, apneia obstrutiva do sono, transtorno do movimento periódico dos membros ou síndrome das pernas inquietas) ou transtornos psiquiátricos (por exemplo, transtornos de humor, transtornos de ansiedade, transtorno por uso de substâncias, estresse agudo ou trauma) que possam estar contribuindo para a insônia crônica.[78]Leysen L, Lahousse A, Nijs J, et al. Prevalence and risk factors of sleep disturbances in breast cancer survivors: systematic review and meta-analyses. Support Care Cancer. 2019 Dec;27(12):4401-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31346744?tool=bestpractice.com
Revise os medicamentos habituais do paciente para determinar se eles incluem medicamentos que podem causar ou piorar a insônia, como estimulantes, antidepressivos, corticosteroides, diuréticos ou sedativos; em caso afirmativo, considere se é possível diminuir a dosagem e/ou utilizar o medicamento em outro horário do dia para reduzir o impacto sobre o sono.
Depressão ou anxiedade comórbida: os antidepressivos sedativos, como a mirtazapina ou a paroxetina, podem ser uma escolha apropriada para as pessoas com depressão ativa e insônia.[189]Karsten J, Hagenauw LA, Kamphuis J, et al. Low doses of mirtazapine or quetiapine for transient insomnia: a randomised, double-blind, cross-over, placebo-controlled trial. J Psychopharmacol. 2017 Mar;31(3):327-37. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28093029?tool=bestpractice.com A eficácia e a segurança da mirtazapina (um antidepressivo tetracíclico) para a insônia não foram estabelecidas, e há risco de sedação diurna e efeitos adversos metabólicos. A paroxetina, um inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS), confere efeitos adversos potencialmente anticolinérgicos e um potencial substancial para interações medicamentosas devido à sua potente capacidade de inibir o citocromo CYP2D6. O julgamento clínico sobre o uso da mirtazapina ou da paroxetina em monoterapia para os pacientes com depressão, em comparação ao tratamento combinado com um antidepressivo não sedativo e um hipnótico, deve ser feito de forma individualizada, caso a caso, o que inclui a consideração da preferência do paciente. Consulte um especialista para obter orientação sobre a seleção de um antidepressivo ou ansiolítico adequado para esses pacientes. Um estudo controlado demonstrou que o tratamento efetivo do transtorno depressivo maior com um ISRS permitiu uma descontinuação perfeita da eszopiclona coadministrada em 8 semanas.[190]Krystal A, Fava M, Rubens R, et al. Evaluation of eszopiclone discontinuation after cotherapy with fluoxetine for insomnia with coexisting depression. J Clin Sleep Med. 2007 Feb 15;3(1):48-55. https://jcsm.aasm.org/doi/epdf/10.5664/jcsm.26745 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17557453?tool=bestpractice.com
Demência comórbida: existem poucas evidências para ajudar a orientar as opções de tratamento farmacológico para os pacientes com demência e insônia comórbida.[191]Kinnunen KM, Vikhanova A, Livingston G. The management of sleep disorders in dementia: an update. Curr Opin Psychiatry. 2017 Nov;30(6):491-7. https://journals.lww.com/co-psychiatry/fulltext/2017/11000/the_management_of_sleep_disorders_in_dementia__an.16.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28858007?tool=bestpractice.com Os autores recomendam uma abordagem semelhante à recomendada para prescrição de hipnóticos em idosos, considerando primeiro as opções comportamentais para insônia. O tratamento ideal da doença de Alzheimer com uma combinação de um inibidor da acetilcolinesterase e memantina pode ajudar a aliviar a perturbação do sono.[193]Ishikawa I, Shinno H, Ando N, et al. The effect of memantine on sleep architecture and psychiatric symptoms in patients with Alzheimer's disease. Acta Neuropsychiatr. 2016 Jun;28(3):157-64. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26572055?tool=bestpractice.com [194]Cummings JL, Isaacson RS, Schmitt FA, et al. A practical algorithm for managing Alzheimer's disease: what, when, and why? Ann Clin Transl Neurol. 2015 Mar;2(3):307-23. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/acn3.166 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25815358?tool=bestpractice.com Modificações comportamentais e ambientais que permitam o realinhamento circadiano podem ser mais úteis.[195]Jin JW, Nowakowski S, Taylor A, et al. Cognitive behavioral therapy for mood and insomnia in persons with dementia: a systematic review. Alzheimer Dis Assoc Disord. 2021 Oct-Dec 01;35(4):366-73. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33929370?tool=bestpractice.com [196]Shub D, Darvishi R, Kunik ME. Non-pharmacologic treatment of insomnia in persons with dementia. Geriatrics. 2009 Feb;64(2):22-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19256583?tool=bestpractice.com
hipnóticos
O fornecimento de um hipnótico a curto e potencialmente a longo prazo é uma opção de segunda linha apropriada para pacientes com insônia crônica. A TCC-I deve ser oferecida como primeira opção, mas se a insônia se tornou grave e o paciente está em sofrimento, ou se ele não consegue ou não quer aceitar a TCC-I, ou não respondeu à TCC-I, considere prescrever um hipnótico.
Para os pacientes com dificuldade em manter o sono apenas, os agonistas do receptor de benzodiazepínicos não benzodiazepínicos com meias-vidas mais longas (ou seja, zolpidem e eszopiclona), a doxepina (um antidepressivo tricíclico com propriedades anti-histamínicas) e o agonista duplo do receptor de orexina suvorexant demonstram eficácia e segurança aceitáveis.[104]Sateia MJ, Buysse DJ, Krystal AD, et al. Clinical practice guideline for the pharmacologic treatment of chronic insomnia in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2017 Feb 15;13(2):307-49. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.6470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27998379?tool=bestpractice.com O lemborexant e o daridorexant mostram perfis favoráveis, com base em ensaios clínicos de fase 3 patrocinados. Todos esses hipnóticos têm evidências de eficácia na redução da insônia após o estabelecimento do sono, no aumento da eficiência do sono e no aumento do tempo total de sono. Para os pacientes com dificuldades tanto no início do sono quanto na manutenção do sono, o zolpidem, a eszopiclona e os antagonistas duplos do receptor de orexina parecem ser efetivos.
O zolpidem e a eszopiclona demonstraram reduzir a insônia após o estabelecimento do sono e aumentar o tempo total de sono e a qualidade do sono, com base em medidas objetivas (polissonografia [PSG]) e subjetivas (diário do sono) em estudos de curto prazo.[104]Sateia MJ, Buysse DJ, Krystal AD, et al. Clinical practice guideline for the pharmacologic treatment of chronic insomnia in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2017 Feb 15;13(2):307-49. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.6470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27998379?tool=bestpractice.com Evidências acumuladas dão suporte para a eficácia dos antagonistas duplos do receptor de orexina na redução da latência do sono, da insônia após o estabelecimento do sono e do tempo total de sono com base em medidas objetivas (PSG) e subjetivas.[127]Australian Prescriber Editorial Executive Committee. Lemborexant for insomnia. Aust Prescr. 2022 Feb;45(1):29-30. https://australianprescriber.tg.org.au/articles/lemborexant-for-insomnia.html http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35233138?tool=bestpractice.com [128]Mignot E, Mayleben D, Fietze I, et al. Safety and efficacy of daridorexant in patients with insomnia disorder: results from two multicentre, randomised, double-blind, placebo-controlled, phase 3 trials. Lancet Neurol. 2022 Feb;21(2):125-39. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35065036?tool=bestpractice.com [163]Herring WJ, Snyder E, Budd K, et al. Orexin receptor antagonism for treatment of insomnia: a randomized clinical trial of suvorexant. Neurology. 2012 Dec 4;79(23):2265-74. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23197752?tool=bestpractice.com [164]Wilt TJ, MacDonald R, Brasure M, et al. Pharmacologic treatment of insomnia disorder: an evidence report for a clinical practice guideline by the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):103-12. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136278?tool=bestpractice.com [165]Herring WJ, Connor KM, Snyder E, et al. Suvorexant in elderly patients with insomnia: pooled analyses of data from phase III randomized controlled clinical trials. Am J Geriatr Psychiatry. 2017 Jul;25(7):791-802. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28427826?tool=bestpractice.com [166]Kuriyama A, Tabata H. Suvorexant for the treatment of primary insomnia: a systematic review and meta-analysis. Sleep Med Rev. 2017 Oct;35:1-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28365447?tool=bestpractice.com Faltam estudos de longo prazo para esses agentes. Evidências apoiam a eficácia da doxepina na redução da insônia após o estabelecimento do sono, no aumento da eficiência do sono e no aumento do tempo total de sono.[104]Sateia MJ, Buysse DJ, Krystal AD, et al. Clinical practice guideline for the pharmacologic treatment of chronic insomnia in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2017 Feb 15;13(2):307-49. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.6470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27998379?tool=bestpractice.com Não há evidências claras que sustentem a superioridade de uma classe recomendada de hipnóticos sobre outra.[173]Pan B, Ge L, Lai H, et al. The comparative effectiveness and safety of insomnia drugs: a systematic review and network meta-analysis of 153 randomized trials. Drugs. 2023 May;83(7):587-619. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36947394?tool=bestpractice.com [174]De Crescenzo F, D'Alò GL, Ostinelli EG, et al. Comparative effects of pharmacological interventions for the acute and long-term management of insomnia disorder in adults: a systematic review and network meta-analysis. Lancet. 2022 Jul 16;400(10347):170-84. https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(22)00878-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35843245?tool=bestpractice.com A escolha do medicamento deve ser adaptada ao fenótipo da insônia e à consideração de sua segurança e tolerabilidade.
Nenhum hipnótico é indicado para uso em gestantes. Para pacientes com insônia durante a gestação, a relação de risco/benefício costuma ficar a favor de opções não farmacológicas, se possível. Os médicos que considerarem oferecer tratamento farmacológico para a insônia durante a gestação devem procurar a orientação de um especialista (por exemplo, um psiquiatra com experiência em prescrições durante a gestação ou um obstetra), devido aos riscos associados a hipnóticos comuns durante a gestação.
Tratar os pacientes idosos com hipnóticos representa um desafio porque eles são mais propensos a eventos adversos relacionados a medicamentos, mas há poucas evidências de qualidade para apoiar perfis aceitáveis de dano versus eficácia na escolha entre os agentes. Os critérios BEERs da American Geriatric Society para a prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados para idosos colocam todos os benzodiazepínicos e agonistas do receptor benzodiazepínico não benzodiazepínicos em sua lista de medicamentos a serem evitados devido ao aumento do risco de acidentes e quedas.[179]2023 American Geriatrics Society Beers Criteria® Update Expert Panel. American Geriatrics Society 2023 updated AGS Beers Criteria® for potentially inappropriate medication use in older adults. J Am Geriatr Soc. 2023 Jul;71(7):2052-81. https://agsjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/jgs.18372 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37139824?tool=bestpractice.com Os dados atuais são insuficientes para determinar se os antagonistas duplos do receptor de orexina oferecem um perfil de risco/benefício mais favorável nos idosos que os agonistas do receptor benzodiazepínico não benzodiazepínicos. Nenhuma evidência definitiva dá suporte a um aumento do risco para uma classe de hipnóticos recomendada em relação à outra. Os autores não recomendam evitar os agonistas do receptor benzodiazepínico não benzodiazepínicos como classe para os idosos. Deve ser determinado um perfil individualizado de risco versus benefício que leve em consideração os fatores clínicos pertinentes, incluindo comorbidades coexistentes, medicamentos, potencial para interações medicamentosas, fatores psicossociais e valores e preferências do paciente.
Discuta as considerações de segurança com os pacientes ao prescrever hipnóticos. Os eventos adversos podem incluir: comportamentos complexos relacionados ao sono; efeitos depressores do sistema nervoso central; paralisia do sono, cataplexia e sonolência diurna excessiva; alucinações hipnagógicas ou hipnopômpicas; agravamento da depressão, probabilidade de suicídio e impulsividade; uso indevido ou abuso; dependência, tolerância, abstinência e efeito rebote; e supressão respiratória. Para uma discussão detalhada sobre considerações de segurança, contraindicações e precauções, consulte Abordagem de tratamento.
As doses geralmente devem ser tomadas imediatamente antes de deitar ou até 30 minutos antes de dormir (dependendo do medicamento), e mais de 7 horas antes do despertar planejado, devido ao risco de comprometimento no dia seguinte. Doses mais altas podem aumentar o risco de comprometimento no dia seguinte; use a menor dose efetiva durante o menor período de tratamento possível. Doses mais baixas são recomendadas nos pacientes idosos ou debilitados.
A segurança do uso de longa duração de hipnóticos não é clara. Algumas diretrizes (por exemplo, as do American College of Physicians [APA]) recomendam limitar o tratamento com hipnóticos em curto prazo (4-5 semanas).[124]Qaseem A, Kansagara D, Forciea MA, et al. Management of chronic insomnia disorder in adults: a clinical practice guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):125-33. https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M15-2175 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136449?tool=bestpractice.com No entanto, outras diretrizes não sugerem essa limitação.[104]Sateia MJ, Buysse DJ, Krystal AD, et al. Clinical practice guideline for the pharmacologic treatment of chronic insomnia in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2017 Feb 15;13(2):307-49. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.6470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27998379?tool=bestpractice.com A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA aprovou todos os hipnóticos sem limitação na duração do tratamento desde 2004. Se os sintomas de insônia reaparecerem após a redução gradual do hipnótico (observe que a piora de 1 a 2 dias após a descontinuação pode representar um efeito rebote e será resolvida) e a insônia não tiver respondido a tratamentos comportamentais como a TCC-I, deve-se considerar a reinstituição do hipnótico anterior que tiver sido bem tolerado. Estratégias de dosagem intermitente para o tratamento farmacológico de longo prazo da insônia podem ser consideradas.[210]Perlis M, Gehrman P, Riemann D. Intermittent and long-term use of sedative hypnotics. Curr Pharm Des. 2008;14(32):3456-65. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19075721?tool=bestpractice.com Uma consulta especializada (medicina do sono, psiquiatra ou especialista em insônia) e uma abordagem de cuidado colaborativa podem ajudar a tomar essas decisões e a manejar os pacientes que tomam hipnóticos em longo prazo.
Opções primárias
zolpidem: 6.25 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 12.5 mg/dia
Mais zolpidemAs mulheres e os adultos idosos ou debilitados devem receber apenas a dose mais baixa (6.25 mg/dia). Geralmente a dose mais baixa também é suficiente para muitos homens, e deve ser considerada.
ou
eszopiclona: 1 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 3 mg/dia
ou
suvorexant: 10 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia
ou
lemborexanto: 5 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 10 mg/dia
ou
daridorexanto: 25 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, máximo de 50 mg/dia
ou
doxepina: 3-6 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar quando necessário
higiene do sono e técnicas de relaxamento
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As técnicas de higiene do sono e relaxamento são opções de tratamento não farmacológico adequadas para a insônia, especialmente nos pacientes que preferirem não usar medicamentos ou que tiverem resposta insatisfatória aos hipnóticos.[112]Cheng SK, Dizon J. Computerised cognitive behavioural therapy for insomnia: a systematic review and meta-analysis. Psychother Psychosom. 2012;81(4):206-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22585048?tool=bestpractice.com [113]Morin CM, Vallières A, Guay B, et al. Cognitive behavioral therapy, singly and combined with medication, for persistent insomnia: a randomized controlled trial. JAMA. 2009 May 20;301(19):2005-15. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/183931 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19454639?tool=bestpractice.com [114]Morin CM, Bootzin RR, Buysse DJ, et al. Psychological and behavioral treatment of insomnia: update of the recent evidence (1998-2004). Sleep. 2006 Nov;29(11):1398-414. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17162986?tool=bestpractice.com [115]Mitchell MD, Gehrman P, Perlis M, et al. Comparative effectiveness of cognitive behavioral therapy for insomnia: a systematic review. BMC Fam Pract. 2012 May 25;13:40. https://bmcprimcare.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-2296-13-40 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22631616?tool=bestpractice.com [116]Buysse DJ. Insomnia. JAMA. 2013 Feb 20;309(7):706-16. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3632369 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23423416?tool=bestpractice.com [117]Sun J, Kang J, Wang P, et al. Self-relaxation training can improve sleep quality and cognitive functions in the older: a one-year randomised controlled trial. J Clin Nurs. 2013 May;22(9-10):1270-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23574290?tool=bestpractice.com [118]Vitiello MV, McCurry SM, Shortreed SM, et al. Cognitive-behavioral treatment for comorbid insomnia and osteoarthritis pain in primary care: the Lifestyles randomized controlled trial. J Am Geriatr Soc. 2013 Jun;61(6):947-56. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3772673 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23711168?tool=bestpractice.com [119]Black DS, O'Reilly GA, Olmstead R, et al. Mindfulness meditation and improvement in sleep quality and daytime impairment among older adults with sleep disturbances: a randomized clinical trial. JAMA Intern Med. 2015 Apr;175(4):494-501. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2110998 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25686304?tool=bestpractice.com [120]Wu JQ, Appleman ER, Salazar RD, et al. Cognitive behavioral therapy for insomnia comorbid with psychiatric and medical conditions: a meta-analysis. JAMA Intern Med. 2015 Sep;175(9):1461-72. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2363024 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26147487?tool=bestpractice.com [121]Brasure M, Fuchs E, MacDonald R, et al. Psychological and behavioral interventions for managing insomnia disorder: an evidence report for a clinical practice guideline by the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):113-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136619?tool=bestpractice.com [122]Brasure M, MacDonald R, Fuchs E, et al; Agency for Healthcare Research and Quality. Management of insomnia disorder. Dec 2015 [internet publication]. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK343503 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26844312?tool=bestpractice.com [123]Rash JA, Kavanagh VAJ, Garland SN. A meta-analysis of mindfulness-based therapies for insomnia and sleep disturbance: moving towards processes of change. Sleep Med Clin. 2019 Jun;14(2):209-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31029188?tool=bestpractice.com
A higiene do sono envolve o desenvolvimento de hábitos que favoreçam o sono, como: evitar estimulantes, incluindo nicotina e cafeína (assim como alimentos que contenham cafeína), por várias horas antes de deitar; evitar álcool ao deitar; evitar dispositivos digitais que emitam luz azul (por exemplo, smartphones/computadores) perto da hora de deitar; estabelecer um horário regular para dormir e acordar; evitar passar muito tempo na cama tentando dormir; evitar cochilos prolongados durante o dia; aceitar que o início do sono é involuntário e está fora do controle da pessoa; adotar uma abordagem mais permissiva ao sono, controlando e removendo impedimentos, mas aceitando que o sono acontecerá porém não sob demanda, tentar dormir apenas quando estiver com sono; fazer exercícios regularmente, especialmente no final da tarde ou no fim do dia; reservar um tempo adequado para relaxar antes de ir para a cama; garantir que o ambiente esteja propício ao sono, certificando-se de que a cama e a roupa de cama estejam confortáveis, o quarto esteja escuro e silencioso e a temperatura e a umidade estejam controladas; e evitar ficar olhando o relógio durante o período de sono. As evidências para a maior parte das terapias não farmacológicas para insônia (exceto a TCC-I) são limitadas e insuficientes para determinar a eficácia relativa dos diferentes tratamentos não farmacológicos.[124]Qaseem A, Kansagara D, Forciea MA, et al. Management of chronic insomnia disorder in adults: a clinical practice guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2016 Jul 19;165(2):125-33. https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M15-2175 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27136449?tool=bestpractice.com Não há evidências suficientes de que as técnicas de higiene do sono isoladas são um tratamento eficaz para insônia, embora elas possam ser úteis quando combinadas com outras intervenções específicas.[125]Edinger JD, Arnedt JT, Bertisch SM, et al. Behavioral and psychological treatments for chronic insomnia disorder in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. J Clin Sleep Med. 2021 Feb 1;17(2):255-62. https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.8986 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33164742?tool=bestpractice.com
As técnicas de relaxamento incluem relaxamento progressivo, imagens de referência e meditação e biofeedback. A terapia de relaxamento progressivo envolve o tensionamento e o relaxamento dos músculos de modo sistemático da cabeça aos pés. Imagens de referência e meditação instruem o paciente a trocar pensamentos cheios de ansiedade por imagens agradáveis e tranquilas. O biofeedback envolve dar ao paciente informação imediata sobre seu nível de estresse e instruções sobre métodos para diminuir o estresse.
tratamento de comorbidades
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
É importante identificar e otimizar o tratamento de qualquer comorbidade clinica (por exemplo, dor crônica, fogacho, hipertireoidismo, distúrbio vesical, apneia obstrutiva do sono, transtorno do movimento periódico dos membros ou síndrome das pernas inquietas) ou transtornos psiquiátricos (por exemplo, transtornos de humor, transtornos de ansiedade, transtorno por uso de substâncias, estresse agudo ou trauma) que possam estar contribuindo para a insônia crônica.[78]Leysen L, Lahousse A, Nijs J, et al. Prevalence and risk factors of sleep disturbances in breast cancer survivors: systematic review and meta-analyses. Support Care Cancer. 2019 Dec;27(12):4401-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31346744?tool=bestpractice.com
Revise os medicamentos habituais do paciente para determinar se eles incluem medicamentos que podem causar ou piorar a insônia, como estimulantes, antidepressivos, corticosteroides, diuréticos ou sedativos; em caso afirmativo, considere se é possível diminuir a dosagem e/ou utilizar o medicamento em outro horário do dia para reduzir o impacto sobre o sono.
Depressão ou anxiedade comórbida: os antidepressivos sedativos, como a mirtazapina ou a paroxetina, podem ser uma escolha apropriada para as pessoas com depressão ativa e insônia.[189]Karsten J, Hagenauw LA, Kamphuis J, et al. Low doses of mirtazapine or quetiapine for transient insomnia: a randomised, double-blind, cross-over, placebo-controlled trial. J Psychopharmacol. 2017 Mar;31(3):327-37. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28093029?tool=bestpractice.com A eficácia e a segurança da mirtazapina (um antidepressivo tetracíclico) para a insônia não foram estabelecidas, e há risco de sedação diurna e efeitos adversos metabólicos. A paroxetina, um inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS), confere efeitos adversos potencialmente anticolinérgicos e um potencial substancial para interações medicamentosas devido à sua potente capacidade de inibir o citocromo CYP2D6. O julgamento clínico sobre o uso da mirtazapina ou da paroxetina em monoterapia para os pacientes com depressão, em comparação ao tratamento combinado com um antidepressivo não sedativo e um hipnótico, deve ser feito de forma individualizada, caso a caso, o que inclui a consideração da preferência do paciente. Consulte um especialista para obter orientação sobre a seleção de um antidepressivo ou ansiolítico adequado para esses pacientes. Um estudo controlado demonstrou que o tratamento efetivo do transtorno depressivo maior com um ISRS permitiu uma descontinuação perfeita da eszopiclona coadministrada em 8 semanas.[190]Krystal A, Fava M, Rubens R, et al. Evaluation of eszopiclone discontinuation after cotherapy with fluoxetine for insomnia with coexisting depression. J Clin Sleep Med. 2007 Feb 15;3(1):48-55. https://jcsm.aasm.org/doi/epdf/10.5664/jcsm.26745 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17557453?tool=bestpractice.com
Demência comórbida: existem poucas evidências para ajudar a orientar as opções de tratamento farmacológico para os pacientes com demência e insônia comórbida.[191]Kinnunen KM, Vikhanova A, Livingston G. The management of sleep disorders in dementia: an update. Curr Opin Psychiatry. 2017 Nov;30(6):491-7. https://journals.lww.com/co-psychiatry/fulltext/2017/11000/the_management_of_sleep_disorders_in_dementia__an.16.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28858007?tool=bestpractice.com Os autores recomendam uma abordagem semelhante à recomendada para prescrição de hipnóticos em idosos, considerando primeiro as opções comportamentais para insônia. O tratamento ideal da doença de Alzheimer com uma combinação de um inibidor da acetilcolinesterase e memantina pode ajudar a aliviar a perturbação do sono.[193]Ishikawa I, Shinno H, Ando N, et al. The effect of memantine on sleep architecture and psychiatric symptoms in patients with Alzheimer's disease. Acta Neuropsychiatr. 2016 Jun;28(3):157-64. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26572055?tool=bestpractice.com [194]Cummings JL, Isaacson RS, Schmitt FA, et al. A practical algorithm for managing Alzheimer's disease: what, when, and why? Ann Clin Transl Neurol. 2015 Mar;2(3):307-23. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/acn3.166 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25815358?tool=bestpractice.com Modificações comportamentais e ambientais que permitam o realinhamento circadiano podem ser mais úteis.[195]Jin JW, Nowakowski S, Taylor A, et al. Cognitive behavioral therapy for mood and insomnia in persons with dementia: a systematic review. Alzheimer Dis Assoc Disord. 2021 Oct-Dec 01;35(4):366-73. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33929370?tool=bestpractice.com [196]Shub D, Darvishi R, Kunik ME. Non-pharmacologic treatment of insomnia in persons with dementia. Geriatrics. 2009 Feb;64(2):22-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19256583?tool=bestpractice.com
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal