Gastroenterite viral
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
depleção de volume leve a moderada
terapia de reidratação oral
A terapia de reidratação oral tem duas fases: 1) uma fase de reidratação, para repor as perdas existentes, e 2) uma fase de manutenção, a qual inclui tanto reposição de perdas contínuas de fluidos e eletrólitos quanto ingestão alimentar adequada.
Não existe uma fórmula padrão para adultos, mas aproximadamente 1 L/hora é necessário na maioria dos casos com perdas contínuas.
Os pacientes devem ser encorajados a beber bastante líquido e a ingerir sal em sopas e em biscoitos salgados.
A solução de reidratação oral é recomendada para lactentes, crianças e adultos com diarreia aguda por qualquer causa. Também é recomendada para pessoas com desidratação leve a moderada associada a vômitos ou diarreia intensa.[21]Shane AL, Mody RK, Crump JA, et al. 2017 Infectious Diseases Society of America clinical practice guidelines for the diagnosis and management of infectious diarrhea. Clin Infect Dis. 2017 Nov 29;65(12):e45-80. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5850553 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29053792?tool=bestpractice.com
Uma revisão de Cochrane constatou que a solução de reidratação oral (SRO) baseada em polímero foi mais eficaz no tratamento de diarreia aquosa aguda, em comparação com as SROs à base de glicose.[29]Gregorio GV, Gonzales ML, Dans LF, Martinez EG. Polymer-based oral rehydration solution for treating acute watery diarrhoea. Cochrane Database Syst Rev. 2016 Dec 13;(12):CD006519. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD006519.pub3/abstract http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27959472?tool=bestpractice.com
Independente do fluido usado, também deve-se oferecer uma dieta apropriada para a idade. Alimentos com alto teor de açúcar, sucos, líquidos altamente adoçados e fluidos com níveis muito baixos de sódio devem ser evitados, visto que a carga osmótica pode piorar a diarreia; os refrigerantes também devem ser evitados.[28]Farthing M, Salam MA, Lindberg G, et al. Acute diarrhea in adults and children: a global perspective. J Clin Gastroenterol. 2013 Jan;47(1):12-20. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23222211?tool=bestpractice.com [27]King CK, Glass R, Bresee JS, et al. Managing acute gastroenteritis among children: oral rehydration, maintenance, and nutritional therapy. MMWR Recomm Rep. 2003 Nov 21;52(RR-16):1-16. https://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/rr5216a1.htm http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14627948?tool=bestpractice.com
agente antidiarreico
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os agentes antidiarreicos podem ser usados para alívio sintomático da diarreia aquosa, apesar de, em geral, não serem necessários.
Opções primárias
loperamida: 4 mg por via oral inicialmente, seguidos por 2 mg após cada evacuação diarreica, máximo de 16 mg/dia
Opções secundárias
difenoxilato/atropina: 5 mg por via oral quatro vezes ao dia quando necessário, máximo de 20 mg/dia
Mais difenoxilato/atropinaA dose se refere ao componente difenoxilato.
ou
subsalicilato de bismuto: para dosagem, consultar as instruções na bula
hidratação intravenosa ou hidratação nasogástrica
A perda de fluidos aproximada (com base na perda de peso corporal) deve ser reposta em <3 horas, seguida pela manutenção da reposição de fluidos para perdas contínuas.
A avaliação da depleção de volume deve ser repetida periodicamente, e a taxa de fluidoterapia deve ser modificada com base nos sinais de depleção de volume.
Se a hidratação intravenosa não estiver disponível ou estiver demorando (por exemplo, problemas de acesso venoso) e o paciente não conseguir tolerar fluidos por via oral, uma sonda nasogástrica de calibre fino poderá ser introduzida.[21]Shane AL, Mody RK, Crump JA, et al. 2017 Infectious Diseases Society of America clinical practice guidelines for the diagnosis and management of infectious diarrhea. Clin Infect Dis. 2017 Nov 29;65(12):e45-80. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5850553 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29053792?tool=bestpractice.com
antieméticos
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os antieméticos são recomendados apenas para pacientes com vômitos intratáveis.
A metoclopramida deve ser usada por até 5 dias somente para minimizar o risco de efeitos adversos neurológicos ou outros efeitos adversos.[30]European Medicines Agency. European Medicines Agency recommends changes to the use of metoclopramide. July 2013 [internet publication]. http://www.ema.europa.eu/docs/en_GB/document_library/Press_release/2013/07/WC500146614.pdf
Opções primárias
metoclopramida: 10 mg por via intravenosa a cada 8 horas quando necessário por até 5 dias, máximo de 30 mg/dia
ou
ondansetrona: 8 mg por via intravenosa a cada 8 horas quando necessário
depleção de volume grave
hidratação intravenosa ou hidratação nasogástrica
Os pacientes com depleção de volume grave, particularmente aqueles com estado mental alterado, devem ser reidratados com lactato de Ringer.[21]Shane AL, Mody RK, Crump JA, et al. 2017 Infectious Diseases Society of America clinical practice guidelines for the diagnosis and management of infectious diarrhea. Clin Infect Dis. 2017 Nov 29;65(12):e45-80. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5850553 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29053792?tool=bestpractice.com
Se o Ringer lactato não estiver disponível, soluções salinas podem ser usadas com adição de potássio ou bicarbonato de sódio, se necessário.
A quantidade de adição de potássio pode variar dependendo do nível de potássio sérico, mas, para casos de rotina, de 10 a 20 milimoles/L (10-20 mEq) de potássio podem ser adicionados por litro de soro fisiológico. Se houver hipocalemia grave, considere administrar potássio (20 milimoles/L; 20 mEq/100 mL de água estéril com bolsa de infusão intravenosa por 2 horas) para corrigir rapidamente o nível de potássio.
Os pacientes alertas devem receber solução de reposição oral.
A perda de fluidos aproximada (com base na perda de peso corporal) deve ser reposta em <3 horas, seguida pela manutenção da reposição de fluidos para perdas contínuas. A avaliação da depleção de volume deve ser repetida periodicamente, e a taxa de fluidoterapia deve ser modificada com base nos sinais de depleção de volume.
Se a hidratação intravenosa não estiver disponível ou estiver demorando (por exemplo, problemas de acesso venoso) e o paciente não conseguir tolerar fluidos por via oral, uma sonda nasogástrica de calibre fino poderá ser introduzida.[21]Shane AL, Mody RK, Crump JA, et al. 2017 Infectious Diseases Society of America clinical practice guidelines for the diagnosis and management of infectious diarrhea. Clin Infect Dis. 2017 Nov 29;65(12):e45-80. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5850553 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29053792?tool=bestpractice.com
antieméticos
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os antieméticos são recomendados apenas para pacientes com vômitos intratáveis.
A metoclopramida deve ser usada por até 5 dias somente para minimizar o risco de efeitos adversos neurológicos ou outros efeitos adversos.[30]European Medicines Agency. European Medicines Agency recommends changes to the use of metoclopramide. July 2013 [internet publication]. http://www.ema.europa.eu/docs/en_GB/document_library/Press_release/2013/07/WC500146614.pdf
Opções primárias
metoclopramida: 10 mg por via intravenosa a cada 8 horas quando necessário por até 5 dias, máximo de 30 mg/dia
ou
ondansetrona: 8 mg por via intravenosa a cada 8 horas quando necessário
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