Novos tratamentos

Vacina neonatal contra rotavírus humano (RV3-BB)

Uma análise de acordo com o protocolo dos resultados de um ensaio clínico randomizado e controlado por placebo da vacina oral RV3-BB em 1513 neonatos saudáveis da Indonésia indicou uma eficácia da vacina (contra gastroenterite por rotavírus grave até os 18 meses de idade) de 75% após um calendário de vacinação neonatal (0 a 5 dias, 8 semanas e 14 semanas de idade) e de 51% após um calendário de vacinação de lactentes (8 semanas, 14 semanas e 18 semanas de idade).[31] Combinando os calendários de vacinação de neonatos e lactentes, a eficácia da vacina foi de 63%. Um estudo de intervalos de doses revelou que uma vacina de título médio gerou soroconversão de IgA semelhante à vacina de título alto, o que poderia melhorar a capacidade de fabricação e reduzir custos.[32]

Vacina contra Enterovírus 71 (EV71)

A EV71vac, uma vacina contra EV71 de vírus inativado com fosfato de alumínio, foi testada em um ensaio clínico de fase 3 multirregional, duplo-cego, randomizado e controlado por placebo, em crianças de 2 a 71 meses.[33] A vacina mostrou-se segura, bem tolerada e altamente eficaz na prevenção de doenças associadas ao EV71.

Nitazoxanida

Dois pequenos estudos randomizados demonstraram que a nitazoxanida, uma tiazolida anti-infecciosa, pode reduzir o tempo mediano dos sintomas em pacientes com gastroenterite por rotavírus, norovírus e adenovírus.[34][35] Considerando que adultos saudáveis com gastroenterite viral se recuperam rapidamente com cuidados de suporte,s somente, este agente deve ser reservado para pacientes com sintomas graves incomuns ou para os pacientes imunocomprometidos.[36] Um ensaio clínico randomizado duplo-cego controlado por placebo que investiga o efeito da nitazoxanida oral na gastroenterite aguda em crianças aborígenes australianas hospitalizadas (3 meses a <5 anos) está em andamento.[37][38]

Probióticos

Os probióticos são seguros e podem ser eficazes na gastroenterite viral. Alguns estudos sugeriram uma redução na duração da diarreia. No entanto, uma revisão Cochrane não conseguiu determinar se os probióticos encurtam o tempo de recuperação e identificou evidências de viés de publicação nesta área de pesquisa.[39] São necessárias evidências confiáveis de estudos adicionais para determinar se os probióticos ajudam a tratar a diarreia infecciosa aguda.[39]

Zinco

Evidências atuais indicam que o zinco pode ser benéfico para crianças com diarreia (>6 meses de idade) em regiões onde a prevalência da deficiência de zinco ou de desnutrição seja alta.[40] A suplementação de zinco é recomendada pela Organização Mundial da Saúde para reduzir a duração e a intensidade da diarreia e para prevenir episódios subsequentes em crianças de países em desenvolvimento.[41] Mais pesquisas são necessárias para identificar o mecanismo de ação do zinco e determinar a administração ideal para as populações mais necessitadas.

Diosmectita

A diosmectita, uma argila natural de silicato de alumínio ativado, parece reduzir a duração da diarreia aguda em crianças.[42][43] Um estudo sugere que a diosmectita é benéfica em adultos com diarreia aguda;[44] um estudo de fase 4 foi concluído, mas são necessárias pesquisas adicionais.[45]

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