O diagnóstico é feito pelo reconhecimento de padrão.[86]Asbury AK. New concepts of Guillain-Barré syndrome. J Child Neurol. 2000 Mar;15(3):183-91.
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A manifestação clássica é uma fraqueza muscular simétrica progressiva que afeta os membros inferiores antes dos membros superiores, e os músculos proximais antes dos músculos distais, acompanhada por parestesias nos pés e nas mãos.[87]Asbury AK, Cornblath DR. Assessment of current diagnostic criteria for Guillain-Barré syndrome. Ann Neurol. 1990;27 suppl:S21-4.
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A paralisia é tipicamente flácida com arreflexia e evolui agudamente ao longo dos dias, com cerca de 80% dos pacientes atingindo um nadir em 2 semanas e 97% em 4 semanas.[89]Fokke C, van den Berg B, Drenthen J, et al. Diagnosis of Guillain-Barré syndrome and validation of Brighton criteria. Brain. 2014 Jan;137(pt 1):33-43.
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A fase progressiva é seguida por uma fase de platô de sintomas persistentes e invariáveis com duração variável antes do início da recuperação. A disautonomia leve ocorre em aproximadamente dois terços de pacientes e causa taquicardia sinusal, pressão arterial (PA) lábil, hipotensão postural, retenção urinária, íleo paralítico e, muito raramente, arritmia cardíaca com risco de vida.[90]Zaeem Z, Siddiqi ZA, Zochodne DW. Autonomic involvement in Guillain-Barré syndrome: an update. Clin Auton Res. 2019 Jun;29(3):289-99.
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Os exames iniciais incluem avaliação neurofisiológica, punção lombar para análise do líquido cefalorraquidiano (LCR), espirometria e aminotransferases hepáticas.
História
Dois terços dos pacientes têm história de doença tipo gripe (influenza) ou respiratória ou gastroenterite nas 6 semanas anteriores ao início dos sintomas neurológicos.[15]Winer JB, Hughes RA, Anderson MJ, et al. A prospective study of acute idiopathic neuropathy. II. Antecedent events. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 1988 May;51(5):613-8.
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Os sintomas que mais se manifestam incluem uma infecção do trato respiratório ou do trato gastrointestinal que foi resolvida no momento em que os sintomas neurológicos começaram, o que corresponde a 1 a 3 semanas (em média, 11 dias em vários estudos grandes) depois da doença inicial.[15]Winer JB, Hughes RA, Anderson MJ, et al. A prospective study of acute idiopathic neuropathy. II. Antecedent events. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 1988 May;51(5):613-8.
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Outros fatores desencadeantes anedóticos relatados incluem história de trauma, procedimentos cirúrgicos, imunizações, malignidade e infecção por vírus da imunodeficiência humana (HIV).
A síndrome de Guillain-Barré (SGB) é mais frequente nas faixas etárias mais avançadas e em homens.[11]Leonhard SE, Mandarakas MR, Gondim FAA, et al. Diagnosis and management of Guillain-Barré syndrome in ten steps. Nat Rev Neurol. 2019 Nov;15(11):671-83.
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Casos de SGB foram relatados após o surto do vírus da Zika em 2013.[43]Malkki H. CNS infections: Zika virus infection could trigger Guillain-Barré syndrome. Nat Rev Neurol. 2016 Apr;12(4):187.
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Várias outras infecções virais de transmissão por mosquito, como dengue, chikungunya e encefalite japonesa, foram ligadas à SGB.[46]Ralapanawa DM, Kularatne SA, Jayalath WA. Guillain-Barre syndrome following dengue fever and literature review. BMC Res Notes. 2015 Nov 27;8:729.
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A SGB foi relatada em pacientes com infecção confirmada pela doença do coronavírus 2019 (COVID-19) e após a vacinação contra COVID-19.[23]Uncini A, Vallat JM, Jacobs BC. Guillain-Barré syndrome in SARS-CoV-2 infection: an instant systematic review of the first six months of pandemic. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2020 Oct;91(10):1105-10.
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[24]Caress JB, Castoro RJ, Simmons Z, et al. COVID-19-associated Guillain-Barré syndrome: The early pandemic experience. Muscle Nerve. 2020 Oct;62(4):485-91.
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[25]Hasan I, Saif-Ur-Rahman KM, Hayat S, et al. Guillain-Barré syndrome associated with SARS-CoV-2 infection: A systematic review and individual participant data meta-analysis. J Peripher Nerv Syst. 2020 Dec;25(4):335-43.
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[26]European Medicines Agency. Meeting highlights from the Pharmacovigilance Risk Assessment Committee (PRAC) 3-6 May 2021. May 2021 [internet publication].
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Sintomas e sinais: geral
As parestesias nas mãos e nos pés antecedem com frequência o início da fraqueza.[11]Leonhard SE, Mandarakas MR, Gondim FAA, et al. Diagnosis and management of Guillain-Barré syndrome in ten steps. Nat Rev Neurol. 2019 Nov;15(11):671-83.
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Elas geralmente são leves e podem se estender em direção proximal nos membros. A maioria dos pacientes têm dor, que normalmente começa nas costas e nas pernas. Ela ocorre no início e durante a evolução da doença.[91]Moulin DE, Hagen N, Feasby TE, et al. Pain in Guillain-Barré syndrome. Neurology. 1997 Feb;48(2):328-31.
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A presença de dorsalgia e paralisia é facilmente confundida com compressão da medula, às vezes levando à intervenção cirúrgica desnecessária. Nas crianças, a dor é um sintoma muito mais proeminente do que em adultos.[92]Wu X, Shen D, Li T, et al. Distinct clinical characteristics of pediatric Guillain-Barré syndrome: a comparative study between children and adults in northeast China. PLoS One. 2016 Mar 14;11(3):e0151611.
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Hiporreflexia ou arreflexia podem ser observadas no início da SGB e compressão da medula, mas a presença de disfunção intestinal ou vesical precoce ou o achado de um nível sensorial deve alertar o médico para possível mielopatia aguda. Pode também ocorrer fraqueza facial, orofaríngea e extraocular. Esses deficits dos nervos cranianos geralmente ocorrem após o envolvimento do tronco e dos membros, mas podem precedê-los.[12]Willison HJ, Jacobs BC, van Doorn PA. Guillain-Barré syndrome. Lancet. 2016 Aug 13;388(10045):717-27.
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A disautonomia leve é comum e resulta em taquicardia sinusal, hipertensão e hipotensão postural em aproximadamente dois terços dos pacientes.[90]Zaeem Z, Siddiqi ZA, Zochodne DW. Autonomic involvement in Guillain-Barré syndrome: an update. Clin Auton Res. 2019 Jun;29(3):289-99.
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Outros sintomas autonômicos, como retenção urinária e íleo paralítico, também podem ocorrer.[93]Sakakibara R, Uchiyama T, Kuwabara S, et al. Prevalence and mechanism of bladder dysfunction in Guillain-Barré Syndrome. Neurourol Urodyn. 2009;28(5):432-7.
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Arritmias cardíacas com risco de vida são relativamente raras.[11]Leonhard SE, Mandarakas MR, Gondim FAA, et al. Diagnosis and management of Guillain-Barré syndrome in ten steps. Nat Rev Neurol. 2019 Nov;15(11):671-83.
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Cerca de 20% a 30% dos pacientes desenvolvem fraqueza dos músculos respiratórios, o que requer ventilação mecânica.[11]Leonhard SE, Mandarakas MR, Gondim FAA, et al. Diagnosis and management of Guillain-Barré syndrome in ten steps. Nat Rev Neurol. 2019 Nov;15(11):671-83.
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[94]Teitelbaum JS, Borel CO. Respiratory dysfunction in Guillain-Barré syndrome. Clin Chest Med. 1994 Dec;15(4):705-14.
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Nas crianças, a disfunção autonômica pode ser um fator de risco independente para ventilação mecânica.[92]Wu X, Shen D, Li T, et al. Distinct clinical characteristics of pediatric Guillain-Barré syndrome: a comparative study between children and adults in northeast China. PLoS One. 2016 Mar 14;11(3):e0151611.
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Os sinais típicos podem incluir dispneia ao esforço e dispneia, mas a fraqueza dos músculos respiratórios pode muitas vezes ser assintomática.
Sintomas e sinais: polirradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória aguda (PDIA)
Os sintomas típicos incluem polirradiculoneuropatia aguda, causando fraqueza progressiva de 2 membros ou mais com redução ou ausência dos reflexos tendinosos.[87]Asbury AK, Cornblath DR. Assessment of current diagnostic criteria for Guillain-Barré syndrome. Ann Neurol. 1990;27 suppl:S21-4.
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O tempo de início não é maior que 4 semanas e etiologias alternativas devem estar ausentes.[87]Asbury AK, Cornblath DR. Assessment of current diagnostic criteria for Guillain-Barré syndrome. Ann Neurol. 1990;27 suppl:S21-4.
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Os sintomas são predominantemente proximais, mas podem afetar os músculos distais. Podem ser distúrbios motores, sensoriais ou mistos, com ou sem características autonômicas. Eles geralmente seguem uma doença tipo gripe (influenza) antecedente ou infecção respiratória ou gastrointestinal.[51]Hughes RA, Hadden RD, Gregson NA, et al. Pathogenesis of Guillain-Barré syndrome. J Neuroimmunol. 1999 Dec;100(1-2):74-97.
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[95]Albers JW, Kelly JJ Jr. Acquired inflammatory demyelinating polyneuropathies: clinical and electrodiagnostic features. Muscle Nerve. 1989 Jun;12(6):435-51.
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Sintomas e sinais: neuropatia axonal motora aguda (NAMA)
A NAMA se manifesta como fraqueza aguda ou paralisia sem nenhuma perda sensorial e com redução ou ausência dos reflexos. A maioria dos casos é precedida pela infecção por Campylobacter jejuni.[17]Ho TW, Mishu B, Li CY, et al. Guillain-Barré syndrome in northern China. Relationship to Campylobacter jejuni infection and anti-glycolipid antibodies. Brain. 1995 Jun;118 ( Pt 3):597-605.
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[96]McKhann GM, Cornblath DR, Griffin JW, et al. Acute motor axonal neuropathy: a frequent cause of acute flaccid paralysis in China. Ann Neurol. 1993 Apr;33(4):333-42.
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Ela é diferenciada da PDIA pelo envolvimento seletivo dos nervos motores, pela preservação das fibras sensoriais e pela eletrofisiologia que mostra características axonais. A NAMA tem uma progressão mais rápida e um platô antes que a PDIA.[17]Ho TW, Mishu B, Li CY, et al. Guillain-Barré syndrome in northern China. Relationship to Campylobacter jejuni infection and anti-glycolipid antibodies. Brain. 1995 Jun;118 ( Pt 3):597-605.
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[97]Hiraga A, Mori M, Ogawara K, et al. Differences in patterns of progression in demyelinating and axonal Guillain-Barré syndromes. Neurology. 2003 Aug 26;61(4):471-4.
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Sintomas e sinais: neuropatia axonal sensorial motora aguda (NAMSA)
Está associada a deficits sensoriais e motores com perda axonal.[33]Griffin JW, Li CY, Ho TW, et al. Pathology of the motor-sensory axonal Guillain-Barré syndrome. Ann Neurol. 1996 Jan;39(1):17-28.
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[98]Willison HJ, Veitch J, Paterson G, et al. Miller Fisher syndrome is associated with serum antibodies to GQ1b ganglioside. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 1993 Feb;56(2):204-6.
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Ela geralmente se manifesta com paralisia fulminante e perda sensorial com recuperação incompleta.[64]Feasby TE, Gilbert JJ, Brown WF, et al. An acute axonal form of Guillain-Barre polyneuropathy. Brain. 1986 Dec;109(Pt 6):1115-26.
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Sintomas e sinais: síndrome de Miller-Fisher (SMF)
Caracterizada por comprometimento do movimento ocular (oftalmoplegia), coordenação anormal (ataxia) e perda dos reflexos tendinosos (arreflexia).[99]Teener JW. Miller Fisher's syndrome. Semin Neurol. 2012 Nov;32(5):512-6.
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Ocasionalmente, a oftalmoplegia pode estar ausente.[100]Mori M, Kuwabara S, Koga M, et al. IgG anti-GQ1b positive acute ataxia without ophthalmoplegia. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 1999 Nov;67(5):668-70.
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Os pacientes com SMF podem ter pupilas tônicas bilaterais.[101]Thompson HS. Adie's syndrome: some new observations. Trans Am Ophthalmol Soc. 1977;75:587-626.
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[102]Caccavale A, Mignemi L. Acute onset of a bilateral areflexical mydriasis in Miller-Fisher syndrome: a rare neuro-ophthalmologic disease. J Neuroophthalmol. 2000 Mar;20(1):61-2.
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Até praticamente metade dos pacientes com SMF tem pupilas lentas e midríase.[103]Mori M, Kuwabara S, Fukutake T, et al. Clinical features and prognosis of Miller Fisher syndrome. Neurology. 2001 Apr 24;56(8):1104-6.
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Ptose e paralisia bulbar e facial podem ocorrer.[103]Mori M, Kuwabara S, Fukutake T, et al. Clinical features and prognosis of Miller Fisher syndrome. Neurology. 2001 Apr 24;56(8):1104-6.
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A SMF não causa fraqueza dos membros nem dos músculos respiratórios.[51]Hughes RA, Hadden RD, Gregson NA, et al. Pathogenesis of Guillain-Barré syndrome. J Neuroimmunol. 1999 Dec;100(1-2):74-97.
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Costuma ser uma doença benigna e autolimitada.[103]Mori M, Kuwabara S, Fukutake T, et al. Clinical features and prognosis of Miller Fisher syndrome. Neurology. 2001 Apr 24;56(8):1104-6.
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O período mediano entre o início dos sintomas neurológicos e o desaparecimento de ataxia/oftalmoplegia é de 32 a 88 dias.[103]Mori M, Kuwabara S, Fukutake T, et al. Clinical features and prognosis of Miller Fisher syndrome. Neurology. 2001 Apr 24;56(8):1104-6.
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Ocasionalmente, os pacientes podem ter fraqueza dos membros com uma síndrome de sobreposição de SMF-SGB, que tem um prognóstico semelhante ao da SGB. Síndromes de sobreposição, como a variante faríngea-cervical-braquial da SGB ou encefalite do tronco encefálico de Bickerstaff (ETEB), podem ocorrer em 50% dos pacientes com SMF em até 7 dias após início da doença.[104]Sekiguchi Y, Mori M, Misawa S, et al. How often and when Fisher syndrome is overlapped by Guillain-Barré syndrome or Bickerstaff brainstem encephalitis? Eur J Neurol. 2016 Jun;23(6):1058-63.
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Sintomas e sinais: encefalite do tronco encefálico de Bickerstaff (ETEB)
As características clínicas são semelhantes às da SMF, mas também incluem consciência alterada (encefalopatia) ou hiper-reflexia, ou ambas.[6]Bickerstaff ER. Brain-stem encephalitis; further observations on a grave syndrome with benign prognosis. Br Med J. 1957 Jun 15;1(5032):1384-7.
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A ETEB pode ser uma entidade clínica separada por causa de suas características clínicas de torpor, coma, hiper-reflexia e reflexo cutâneo-plantar em extensão.[105]Overell JR, Hsieh ST, Odaka M, et al. Treatment for Fisher syndrome, Bickerstaff's brainstem encephalitis and related disorders. Cochrane Database Syst Rev. 2007 Jan 24;(1):CD004761.
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Ela também pode ser uma variante da síndrome de Miller-Fisher.[106]Odaka M, Yuki N, Yamada M, et al. Bickerstaff's brainstem encephalitis: clinical features of 62 cases and a subgroup associated with Guillain-Barré syndrome. Brain. 2003 Oct;126(Pt 10):2279-90.
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Se a tríade da síndrome de Miller-Fisher se manifestar com torpor e reflexo cutâneo-plantar em extensão, a ETEB provavelmente será o processo de doença subjacente.[108]Hughes RA, Cornblath DR. Guillain-Barré syndrome. Lancet. 2005 Nov 5;366(9497):1653-66.
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Sintomas e sinais: faríngeo-cervical-braquial
Manifesta-se com fraqueza aguda nos braços, disfunção de deglutição e fraqueza facial.[5]Yuki N, Hartung HP. Guillain-Barré syndrome. N Engl J Med. 2012 Jun 14;366(24):2294-304.
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Sintomas e sinais: pandisautonomia aguda
Os sintomas e sinais manifestos incluem diarreia, vômitos, tontura, dor abdominal, íleo paralítico, hipotensão ortostática e retenção urinária. A SGB pode ser associada a pupilas tônicas bilaterais e pode envolver neurônios pós-gangliônicos parassimpáticos e simpáticos.[8]Anzai T, Uematsu D, Takahashi K, et al. Guillain-Barré syndrome with bilateral tonic pupils. Intern Med. 1994 Apr;33(4):248-51.
https://www.jstage.jst.go.jp/article/internalmedicine1992/33/4/33_4_248/_pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8069022?tool=bestpractice.com
Outros sinais de disautonomia, incluindo frequência cardíaca flutuante, diminuição da transpiração, salivação e lacrimejamento, podem estar presentes.[7]Mericle RA, Triggs WJ. Treatment of acute pandysautonomia with intravenous immunoglobulin. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 1997 May;62(5):529-31.
https://jnnp.bmj.com/content/jnnp/62/5/529.full.pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9153616?tool=bestpractice.com
Sintomas e sinais: sensorial puro
Manifesta-se com perda sensorial aguda, ataxia sensorial e arreflexia, mas sem envolvimento motor.[9]Ropper AH. Further regional variants of acute immune polyneuropathy. Bifacial weakness or sixth nerve paresis with paresthesias, lumbar polyradiculopathy, and ataxia with pharyngeal-cervical-brachial weakness. Arch Neurol. 1994 Jul;51(7):671-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8018039?tool=bestpractice.com
Afeta principalmente as grandes fibras sensoriais e pode ser associada a anticorpos contra GD1b.[9]Ropper AH. Further regional variants of acute immune polyneuropathy. Bifacial weakness or sixth nerve paresis with paresthesias, lumbar polyradiculopathy, and ataxia with pharyngeal-cervical-brachial weakness. Arch Neurol. 1994 Jul;51(7):671-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8018039?tool=bestpractice.com
Investigações
Se o diagnóstico não for claro apesar do exame clínico, exames de anticorpos antigangliosídeos, análise do líquido cefalorraquidiano (LCR) e neurofisiológicos poderão ser realizados para diferenciar os subtipos.[108]Hughes RA, Cornblath DR. Guillain-Barré syndrome. Lancet. 2005 Nov 5;366(9497):1653-66.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16271648?tool=bestpractice.com
[110]Willison HJ, Yuki N. Peripheral neuropathies and anti-glycolipid antibodies. Brain. 2002 Dec;125(Pt 12):2591-625.
https://academic.oup.com/brain/article/125/12/2591/397391
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12429589?tool=bestpractice.com
[111]Van Sorge NM, van der Pol WL, Jansen MD, et al. Pathogenicity of anti-ganglioside antibodies in the Guillain-Barré syndrome. Autoimmun Rev. 2004 Feb;3(2):61-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15003189?tool=bestpractice.com
Avaliação neurofisiológica
Estudos de condução nervosa são realizados periodicamente e desempenham um papel importante no diagnóstico, na classificação do subtipo e na confirmação de que a doença é uma neuropatia periférica. Um exame neurofisiológico deve ser realizado o quanto antes.[88]Van der Meché FG, Van Doorn PA, Meulstee J, et al. Diagnostic and classification criteria for the Guillain-Barré syndrome. Eur Neurol. 2001;45(3):133-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11306855?tool=bestpractice.com
[112]Hadden RD, Cornblath DR, Hughes RA, et al. Electrophysiological classification of Guillain-Barré syndrome: clinical associations and outcome. Plasma Exchange/Sandoglobulin Guillain-Barre Syndrome Trial Group. Ann Neurol. 1998 Nov;44(5):780-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9818934?tool=bestpractice.com
[113]Van den Bergh PY, Piéret F. Electrodiagnostic criteria for acute and chronic inflammatory demyelinating polyradiculoneuropathy. Muscle Nerve. 2004 Apr;29(4):565-74.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15052622?tool=bestpractice.com
[12]Willison HJ, Jacobs BC, van Doorn PA. Guillain-Barré syndrome. Lancet. 2016 Aug 13;388(10045):717-27.
https://www.doi.org/10.1016/S0140-6736(16)00339-1
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26948435?tool=bestpractice.com
[11]Leonhard SE, Mandarakas MR, Gondim FAA, et al. Diagnosis and management of Guillain-Barré syndrome in ten steps. Nat Rev Neurol. 2019 Nov;15(11):671-83.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31541214?tool=bestpractice.com
Pelo menos 3 nervos sensoriais e 3 nervos motores com ondas F de estimulação em vários lugares e reflexos H tibiais bilaterais precisam ser avaliados.[108]Hughes RA, Cornblath DR. Guillain-Barré syndrome. Lancet. 2005 Nov 5;366(9497):1653-66.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16271648?tool=bestpractice.com
As primeiras anormalidades normalmente incluem latências distais e da onda F prolongadas e redução das velocidades de condução. O reflexo H também é prolongado ou ausente.[108]Hughes RA, Cornblath DR. Guillain-Barré syndrome. Lancet. 2005 Nov 5;366(9497):1653-66.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16271648?tool=bestpractice.com
Evidências de desmielinização estão presentes em 85% dos pacientes com os testes iniciais.[112]Hadden RD, Cornblath DR, Hughes RA, et al. Electrophysiological classification of Guillain-Barré syndrome: clinical associations and outcome. Plasma Exchange/Sandoglobulin Guillain-Barre Syndrome Trial Group. Ann Neurol. 1998 Nov;44(5):780-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9818934?tool=bestpractice.com
Dados retrospectivos indicam que um único exame neurofisiológico pode ser útil para o diagnóstico, desde que sejam utilizados critérios neurofisiológicos precisos.[114]Rajabally YA, Durand MC, Mitchell J, et al. Electrophysiological diagnosis of Guillain-Barré syndrome subtype: could a single study suffice? J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2015 Jan;86(1):115-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24816419?tool=bestpractice.com
[115]Ibrahim J, Grapperon AM, Manfredonia F, et al. Serial electrophysiology in Guillain-Barré syndrome: a retrospective cohort and case-by-case multicentre analysis. Acta Neurol Scand. 2018 Mar;137(3):335-40.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29164611?tool=bestpractice.com
Estudos de eletrofisiologia em série podem ser inúteis.[115]Ibrahim J, Grapperon AM, Manfredonia F, et al. Serial electrophysiology in Guillain-Barré syndrome: a retrospective cohort and case-by-case multicentre analysis. Acta Neurol Scand. 2018 Mar;137(3):335-40.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29164611?tool=bestpractice.com
No entanto, recomenda-se um segundo exame (embora nem sempre prático) em pacientes que não apresentem características desmielinizantes claras, potenciais de ação muscular compostos distais de baixa amplitude ou bloqueio de condução sem dispersão temporal.[116]Uncini A, Kuwabara S. The electrodiagnosis of Guillain-Barré syndrome subtypes: where do we stand? Clin Neurophysiol. 2018 Dec;129(12):2586-93.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30419502?tool=bestpractice.com
Dada a natureza dinâmica da doença, um segundo estudo pode ser benéfico na determinação do subtipo da SGB.[116]Uncini A, Kuwabara S. The electrodiagnosis of Guillain-Barré syndrome subtypes: where do we stand? Clin Neurophysiol. 2018 Dec;129(12):2586-93.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30419502?tool=bestpractice.com
Análise do líquido cefalorraquidiano
A análise laboratorial do LCR é importante para ajudar a descartar outras causas infecciosas, devendo ser realizada precocemente.[11]Leonhard SE, Mandarakas MR, Gondim FAA, et al. Diagnosis and management of Guillain-Barré syndrome in ten steps. Nat Rev Neurol. 2019 Nov;15(11):671-83.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6821638
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31541214?tool=bestpractice.com
Proteína elevada no LCR com celularidade normal (dissociação albuminocitológica) é o achado clássico. No entanto, a proteína do LCR pode ser normal durante as primeiras 2 semanas da doença, e a extensão da dissociação albuminocitológica pode variar em diferentes populações e com diferentes variantes de SGB.[5]Yuki N, Hartung HP. Guillain-Barré syndrome. N Engl J Med. 2012 Jun 14;366(24):2294-304.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22694000?tool=bestpractice.com
[89]Fokke C, van den Berg B, Drenthen J, et al. Diagnosis of Guillain-Barré syndrome and validation of Brighton criteria. Brain. 2014 Jan;137(pt 1):33-43.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24163275?tool=bestpractice.com
[11]Leonhard SE, Mandarakas MR, Gondim FAA, et al. Diagnosis and management of Guillain-Barré syndrome in ten steps. Nat Rev Neurol. 2019 Nov;15(11):671-83.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6821638
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31541214?tool=bestpractice.com
[117]Wong AH, Umapathi T, Nishimoto Y, et al. Cytoalbuminologic dissociation in Asian patients with Guillain-Barré and Miller Fisher syndromes. J Peripher Nerv Syst. 2015 Mar;20(1):47-51.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25640907?tool=bestpractice.com
A repetição da punção lombar é necessária se o diagnóstico permanecer em dúvida. Um estudo retrospectivo sugeriu uma correlação entre elevação dos níveis de proteínas no LCR e a quantidade de desmielinização demonstrável eletrofisiológica.[118]DiCapua DB, Lakraj AA, Nowak RJ, et al. Relationship between cerebrospinal fluid protein levels and electrophysiologic abnormalities in Guillain-Barré syndrome. J Clin Neuromuscul Dis. 2015 Dec;17(2):47-51.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26583489?tool=bestpractice.com
As celularidades normalmente são <5 células/mm³. No entanto, até 15% dos pacientes com SGB podem ter pleocitose leve de 5 a 50 células/mm³.[89]Fokke C, van den Berg B, Drenthen J, et al. Diagnosis of Guillain-Barré syndrome and validation of Brighton criteria. Brain. 2014 Jan;137(pt 1):33-43.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24163275?tool=bestpractice.com
Se houver pleocitose do LCR, uma nova avaliação de HIV, doença de Lyme, sarcoidose, meningite ou meningite carcinomatosa deverá ser iniciada.[108]Hughes RA, Cornblath DR. Guillain-Barré syndrome. Lancet. 2005 Nov 5;366(9497):1653-66.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16271648?tool=bestpractice.com
[109]Al-Din AN, Anderson M, Bickerstaff ER, et al. Brainstem encephalitis and the syndrome of Miller Fisher: a clinical study. Brain. 1982 Sep;105 (Pt 3):481-95.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7104664?tool=bestpractice.com
Esses exames incluem ensaio de imunoadsorção enzimática (ELISA) do HIV, sorologia para Lyme e Western-blot, anticorpo de Lyme no LCR, enzima conversora da angiotensina (ECA) no LCR e uma radiografia torácica, Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) no LCR, citologia e citometria de fluxo no LCR, coloração de Gram no LCR, cultura do LCR e reação em cadeia da polimerase do vírus do Nilo Ocidental no LCR. Novos estudos virais deverão ser considerados se a imunossupressão for uma preocupação.
Espirometria
A espirometria à beira do leito deve ser realizada a cada 6 horas inicialmente. Isso ajudará na triagem dos pacientes para a unidade de terapia intensiva (UTI) ou unidade normal. Uma capacidade vital forçada <20 mL/kg é indicativa de internação na UTI.[11]Leonhard SE, Mandarakas MR, Gondim FAA, et al. Diagnosis and management of Guillain-Barré syndrome in ten steps. Nat Rev Neurol. 2019 Nov;15(11):671-83.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6821638
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31541214?tool=bestpractice.com
Os pacientes com disfunção bulbar e alto risco de aspiração devem ser intubados para proteção das vias aéreas e para impedir a insuficiência respiratória. Os fatores de risco para progressão para ventilação mecânica incluem progressão rápida da doença, disfunção bulbar (razão de chances 17.5), fraqueza do nervo facial bilateral e disautonomia.[125]Lawn ND, Fletcher DD, Henderson RD, et al. Anticipating mechanical ventilation in Guillain-Barré syndrome. Arch Neurol. 2001 Jun;58(6):893-8.
https://jamanetwork.com/journals/jamaneurology/fullarticle/779520
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11405803?tool=bestpractice.com
[126]Sundar U, Abraham E, Gharat A, et al. Neuromuscular respiratory failure in Guillain-Barré syndrome: evaluation of clinical and electrodiagnostic predictors. J Assoc Physicians India. 2005 Sep;53:764-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16334619?tool=bestpractice.com
Outros fatores de risco incluem incapacidade de levantar a cabeça (razão de chances 5.0) ou incapacidade de tossir (razão de chances 9.09).[127]Sharshar T, Chevret S, Bourdain F, et al. Early predictors of mechanical ventilation in Guillain-Barré syndrome. Crit Care Med. 2003 Jan;31(1):278-83.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12545029?tool=bestpractice.com
Algoritmos ou ferramentas que predizem o risco de insuficiência respiratória de um paciente na internação (por exemplo, o Escore Erasmus de Insuficiência Respiratória na SGB [EGRIS]) podem ser mais confiáveis do que variáveis individuais.[128]Green C, Baker T, Subramaniam A. Predictors of respiratory failure in patients with Guillain-Barré syndrome: a systematic review and meta-analysis. Med J Aust. 2018 Mar 5;208(4):181-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29490222?tool=bestpractice.com
[129]Walgaard C, Lingsma HF, Ruts L, et al. Prediction of respiratory insufficiency in Guillain-Barré syndrome. Ann Neurol. 2010 Jun;67(6):781-7.
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[11]Leonhard SE, Mandarakas MR, Gondim FAA, et al. Diagnosis and management of Guillain-Barré syndrome in ten steps. Nat Rev Neurol. 2019 Nov;15(11):671-83.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6821638
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31541214?tool=bestpractice.com
Não se deve confiar somente na oximetria de pulso e na gasometria arterial, pois a hipóxia e a hipercapnia são sinais tardios e os pacientes descompensarão rapidamente.
Sorologia e coprocultura
Um aumento na titulação dos agentes infecciosos incluindo citomegalovírus, vírus Epstein-Barr, Mycoplasma, Haemophilus influenzae e C jejuni pode ajudar a estabelecer a etiologia para fins epidemiológicos, mas seu uso clínico é limitado. Alguns dados sugerem que marcadores sorológicos positivos para C jejuni estão associados ao pior desfecho prognóstico.[30]Hadden RD, Karch H, Hartung HP, et al; Plasma Exchange/Sandoglobulin Guillain-Barré Syndrome Trial Group. Preceding infections, immune factors, and outcome in Guillain-Barré syndrome. Neurology. 2001 Mar 27;56(6):758-65.
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[130]Hiraga A, Kuwabara S. Early prediction of prognosis in Guillain-Barré syndrome. Lancet Neurol. 2007 Jul;6(7):572-3.
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O teste para C jejuni poderá ser considerado se houver uma história antecedente de diarreia ou se o paciente esteve em uma região onde NAMA é prevalente. O tratamento com antibióticos poderá ser indicado se houver excreção fecal persistente de bactérias.
Anticorpos anti-gangliosídeos
A medição dos níveis séricos de anticorpos anti-gangliosídeos tem valor diagnóstico limitado. A definir dos níveis séricos de anti-gangliosídeos tem valor limitado.[11]Leonhard SE, Mandarakas MR, Gondim FAA, et al. Diagnosis and management of Guillain-Barré syndrome in ten steps. Nat Rev Neurol. 2019 Nov;15(11):671-83.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6821638
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31541214?tool=bestpractice.com
Se as características clínicas sugerirem uma variante menos comum, principalmente a variante de Miller-Fisher ou a variante faríngea-cervical-braquial, o teste para anticorpos antigangliosídeos, anti-GQ1b e anti-GT1a, respectivamente, poderá ter alguma utilidade diagnóstica. Os anticorpos de imunoglobulina G (IgG) anti-GQ1b são encontrados em até 90% dos pacientes com síndrome de Miller-Fisher.[131]Yoshikawa K, Kuwahara M, Morikawa M, et al. Varied antibody reactivities and clinical relevance in anti-GQ1b antibody-related diseases. Neurol Neuroimmunol Neuroinflamm. 2018 Nov;5(6):e501.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6147161
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30246056?tool=bestpractice.com
A evidência da utilidade clínica de outros anticorpos antigangliosídeos é menos confiável.[11]Leonhard SE, Mandarakas MR, Gondim FAA, et al. Diagnosis and management of Guillain-Barré syndrome in ten steps. Nat Rev Neurol. 2019 Nov;15(11):671-83.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6821638
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31541214?tool=bestpractice.com
Aminotransferases hepáticas
As aminotransferases hepáticas podem estar elevadas durante os primeiros dias em pacientes com SGB e normalmente se normalizam em 1 a 2 semanas.[132]Oomes PG, van der Meché FG, Kleyweg RP. Liver function disturbances in Guillain-Barré syndrome: a prospective longitudinal study in 100 patients. Dutch Guillain-Barré Study Group. Neurology. 1996 Jan;46(1):96-100.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8559429?tool=bestpractice.com
A presença de enzimas hepáticas elevadas também está correlacionada ao aumento da gravidade da doença e deve ser examinada e monitorada regularmente.[133]Durand MC, Porcher R, Orlikowski D, et al. Clinical and electrophysiological predictors of respiratory failure in Guillain-Barré syndrome: a prospective study. Lancet Neurol. 2006 Dec;5(12):1021-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17110282?tool=bestpractice.com
Se as transaminases continuarem elevadas persistentemente, a avaliação de hepatítides virais deverá ser considerada.
Exames por imagem
A ressonância nuclear magnética (RNM) espinhal pode ser útil quando o diagnóstico não está claro e as anormalidades eletrofisiológicas são equívocas. Ela também pode ser realizada para descartar o processo da doença que envolve a medula espinhal (isto é, abscesso epidural, mielite transversa, estenose da coluna vertebral, acidente vascular cerebral (AVC) da medula espinhal ou tumor). Anormalidades na RNM cranioencefálica estão presentes em 30% dos pacientes com encefalite do tronco encefálico de Bickerstaff (ETEB).[106]Odaka M, Yuki N, Yamada M, et al. Bickerstaff's brainstem encephalitis: clinical features of 62 cases and a subgroup associated with Guillain-Barré syndrome. Brain. 2003 Oct;126(Pt 10):2279-90.
https://academic.oup.com/brain/article/126/10/2279/314530
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12847079?tool=bestpractice.com