Critérios
Avaliação dos critérios de diagnóstico atuais para síndrome de Guillain-Barré[87][88]
Elementos obrigatórios
Fraqueza progressiva nos braços e nas pernas
Arreflexia (ou hiporreflexia).
Elementos que apoiam o diagnóstico
Progressão dos sintomas durante dias até 4 semanas
Simetria relativa
Sinais ou sintomas sensoriais leves
Envolvimento do nervo craniano, especialmente fraqueza facial bilateral
A recuperação começa de 2 a 4 semanas após a interrupção da progressão
Disfunção autonômica
Ausência de febre no início
Elementos típicos de líquido cefalorraquidiano (LCR) e eletromiografia/estudos de condução nervosa.
Elementos que geram um questionamento sobre o diagnóstico
Fraqueza assimétrica
Disfunção vesical e intestinal persistente
Disfunção vesical ou intestinal no início
>50 leucócitos mononucleares/mm³ ou presença de leucócitos polimorfonucleares no LCR
Nível sensorial distinto.
Elementos que descartam o diagnóstico
Abuso de hexacarbonos
Metabolismo da porfirina anormal
Infecção por difteria recente
Intoxicação por chumbo
Outras doenças semelhantes: poliomielite, botulismo, paralisia histérica e neuropatia tóxica.
Classificação eletrofisiológica da síndrome de Guillain-Barré[108][112]
Critérios neurofisiológicos para polirradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória aguda (PDIA), neuropatia axonal motora/sensorial aguda (NAMSA) e neuropatia axonal motora aguda (NAMA).
Pelo menos 3 nervos sensoriais e 3 nervos motores com ondas F de estimulação em vários lugares e reflexos H tibiais bilaterais precisam ser avaliados.
PDIA
Pelo menos 1 dos seguintes itens em cada um de pelo menos 2 nervos, ou pelo menos 2 dos seguintes itens em 1 nervo se todos os outros forem inexcitáveis e os potenciais de ação muscular composto distal (PAMCd) forem >10% do limite inferior do normal (LIN):
Velocidade de condução motora <90% do LIN (85% se o PAMCd <50% do LIN)
Latência motora distal >110% do limite superior do normal (LSN) (>120% se PAMCd <100% do LIN)
Relação de potencial de ação muscular composto proximal (PAMCp)/PAMCd <0.5 e PAMCd >20% do LIN
Latência da resposta de F >120% do LSN.
Novos critérios foram propostos para polirradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória aguda (PDIA), os quais aumentam a sensibilidade do diagnóstico, e incluem:[114]
Pelo menos 1 dos critérios a seguir em pelo menos 2 nervos: volume corpuscular médio <70% do limite inferior do normal (LIN); latência motora distal >150% do limite superior do normal (LSN); latência da resposta de F >120% do LSN, ou >150% do LSN (se PAMC distal for <50% de LIN); ou
Ausência da onda F em 2 nervos com potencial de ação muscular composto distal (PAMCd) ≥20% do LIN ou superior, com um parâmetro adicional, em 1 outro nervo; ou
Razão PAMCp/PAMCd <0.7 (excluindo o nervo tibial) em 2 nervos, com um parâmetro adicional em 1 outro nervo.
NAMSA
Diminuição dos potenciais de ação musculares e sensoriais[64]
Nenhuma das características de PDIA, com exceção de 1 elemento desmielinizante permitido em 1 nervo se PAMCd <10% do LIN
Amplitudes do potencial de ação sensorial inferiores ao LIN.
NAMA
Redução nas amplitudes de potencial de ação motora evocadas distalmente, sinais precoces de denervação ao exame de estimulação com agulha, potencial de ação normal nos nervos sensitivos e velocidade de condução nervosa motora relativamente preservada.[51][67][68]
Nenhuma das características de PDIA, com exceção de 1 elemento desmielinizante permitido em 1 nervo se PAMCd <10% do LIN
Amplitudes do potencial de ação sensorial normais.
Inexcitável
PAMCd ausente em todos os nervos ou presente em apenas 1 nervo com PAMCd <10%.
Síndrome de Miller-Fisher
Redução ou ausência da resposta do potencial de ação sensitivo sem lentificação da velocidade de condução sensitiva.[148]
Critérios eletrodiagnósticos para polirradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória aguda[113]
Diferentes conjuntos de critérios têm sido publicados, incluindo os seguintes (sensibilidade de 64% a 72%):
150% de prolongamento da latência distal motora acima do LSN
70% de lentidão da velocidade de condução motora abaixo do LIN
125% (150% se a amplitude máxima do potencial de ação muscular composto [PAMC] negativa distal for 80% do LIN) de prolongamento da latência da onda F acima do LSN
Dispersão temporal anormal (aumento da duração máxima de PAMC) em ≥2 nervos.
Escala de Hughes[149]
0 - saudável
1 - pequenos sintomas ou sinais de neuropatia, mas o paciente é capaz de fazer trabalhos manuais
2 - capaz de andar sem o apoio de uma bengala, mas incapaz de fazer trabalhos manuais
3 - capaz de andar com uma bengala, um aparelho ou um apoio
4 - confinado à cama ou cadeira
5 - requer ventilação assistida
6 - morto
Identificação de pacientes com síndrome de Guillain-Barré (SGB) com risco de insuficiência respiratória usando a regra 20/30/40[125]
Nos pacientes sem disfunção bulbar ou com disfunção bulbar leve sem risco de aspiração, a regra 20/30/40 deve ser usada.
O monitoramento em unidade de terapia intensiva e a intubação eletiva deverão ser considerados quando da presença de qualquer uma das seguintes condições:
Capacidade vital <20 mL/kg (razão de chances 15.0)
Pressão inspiratória máxima pior que -30 cmH₂O
Pressão expiratória máxima <40 cmH₂O
Redução de 30% ou mais da capacidade vital, pressão inspiratória máxima ou pressão expiratória máxima.
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