Critérios
American College of Cardiology/American Heart Association[2][4]
A "Fourth Universal Definition of Myocardial Infactation" (2018) fornece critérios para 5 quadros clínicos distintos de infarto do miocárdio (IAM), que se baseiam em fatores patológicos, clínicos e prognósticos.[4]
A avaliação começa com história clínica, obtenção de eletrocardiograma(s) (ECG) e avaliação de biomarcadores cardíacos. É importante observar que apenas anormalidades eletrocardiográficas e biomarcadores cardíacos elevados não estabelecem a definição de infarto do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST (IAMSSST). O ECG pode ser relativamente normal, mas isso não descarta a síndrome coronariana aguda (SCA). Entre os achados no IAMSSST mais comumente associados estão o infradesnivelamento do segmento ST, o supradesnivelamento do segmento ST transitório e inversões de onda T proeminentes. Embora esses achados estejam frequentemente presentes, eles não são necessários para um diagnóstico de IAMSSST.
Se o diagnóstico de SCA for indicado por história e ECG, o diagnóstico de IAMSSST pode ser estabelecido se um biomarcador de lesões do miocárdio tiver sido liberado (ou seja, elevação de troponina). Na ausência de evidências de liberação de marcadores bioquímicos sugestivas de necrose miocárdica em pacientes com suspeita de SCA, pode-se considerar que estes apresentaram angina instável.[2]
Sistemas de estratificação de risco[2]
O diagnóstico e o tratamento da SCA requerem estratificação contínua do risco de morte ou IAM recorrente. A avaliação de risco inicial inclui história, exame físico, ECG e biomarcadores cardíacos, que podem ser compilados para a estimativa de risco por meio da pontuação de risco TIMI, do modelo de risco GRACE ou da Classificação Killip.
As características clínicas de alto risco em pacientes com suspeita de SCA incluem dor torácica contínua, dispneia grave, síncope/pré-síncope ou palpitações.
Pontuação de risco TIMI[62]
Mortalidade por todas as causas, índice de IAM e índice de revascularização em 14 dias aumentam proporcionalmente ao número de fatores de risco presentes na pontuação TIMI. Um ponto é concedido para a presença de cada um dos critérios a seguir (pacientes com pontuação de 0 a 2 são de risco baixo, de 3 a 4 são de risco intermediário e de 5 a 7 são de alto risco):
Idade >65 anos
Presença de ≥3 fatores de risco para doença arterial coronariana
Estenose coronária anterior >50%
Desvio do segmento ST no ECG
Biomarcadores cardíacos séricos elevados
Pelo menos 2 episódios de angina nas últimas 24 horas
Uso de aspirina nos últimos 7 dias.
Modelo de risco Global Registry of Acute Coronary Events (GRACE)
O modelo de risco GRACE é uma ferramenta baseada na Web que pode ser usada para prever o IAM ou a mortalidade intra-hospitalar e pós-alta em pacientes após uma SCA inicial.
Classificação de Killip
A classificação de risco de Killip estratifica os pacientes com infarto agudo do miocárdio baseado em evidências clínicas de insuficiência ventricular esquerda.
Classe I: nenhuma evidência de insuficiência cardíaca congestiva
Classe II: presença de terceiro som cardíaco, estertores basilares ou pressão venosa jugular elevada
Classe III: presença de edema pulmonar
Classe IV: choque cardiogênico.
Escore HEART
Incorpora elementos da história do paciente, ECG, idade, fatores de risco e troponina e é usado para pacientes no ambiente de pronto-socorro para avaliar o risco de infarto agudo do miocárdio, intervenção coronária percutânea (ICP), cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) e morte no prazo de 6 semanas da apresentação inicial.
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