Complicações
Pacientes com infecções do trato urinário podem apresentar somente agravamento neurológico. Portanto, o limiar de rastreamento de infecções do trato urinário deve ser baixo.
As infecções do trato urinário devem ser tratadas adequadamente, devendo-se considerar medidas preventivas como aumento da hidratação, controle da constipação e antibióticos profiláticos.
Causas multifatoriais incluem inatividade, tabagismo, pouca ingestão de cálcio e de vitamina D e uso de corticosteroides.
Também pode haver um processo subjacente na fisiopatologia da esclerose múltipla (EM) que aumenta a probabilidade de osteopenia e osteoporose.
Pacientes em risco de osteoporose devem ser avaliados e tratados adequadamente. Profilaxia com cálcio e vitamina D deve ser considerada em todos os pacientes.
Causas multifatoriais como perturbação do sono e resposta situacional.
A incidência de depressão é bastante alta na EM e pode causar dificuldades com o sono, assim como exacerbar a fadiga.
O tratamento da depressão relacionada à EM é semelhante àquele para outros tipos de depressão, incluindo farmacoterapia e psicoterapia, apesar de serem necessárias pesquisas adicionais sobre o manejo da depressão na EM.[194]
Uma formulação exclusiva contendo uma mistura de dextrometorfano e quinidina pode ser usada para comprometimento pseudobulbar. Ela também pode ser usada como tratamento adjuvante para depressão em pacientes com EM. A evidência sobre a melhora na qualidade de vida e nos desfechos funcionais e cognitivos é inconclusiva.[195]
Foi relatado que a atividade física melhora consideravelmente os sintomas depressivos entre indivíduos com EM, com um efeito ainda maior observado nos casos em que o exercício reduziu a fadiga.[196]
Pode ser útil consultar um profissional da área da saúde mental.
As complicações visuais da EM são várias e constituem uma manifestação primária da doença. A terapia modificadora da doença é direcionada à prevenção da recorrência ou da ocorrência dessas manifestações, as quais incluem neurite óptica, oftalmoplegia intranuclear, nistagmo e diplopia, causadas por vários tipos de anormalidades do movimento extraocular.
Os pacientes devem ser observados por um oftalmologista experiente, de preferência um neuro-oftalmologista, para certificar-se de que os sintomas são verdadeiramente relacionados à EM, e não a dificuldades causadas por medicamentos (por exemplo, edema macular cístico causado por fingolimode, dificuldades corneanas causadas pela amantadina, ou glaucoma ou formação de catarata resultante do uso de corticosteroides). A maioria das manifestações oculares da EM não tem tratamentos específicos além da prevenção primária da doença, embora alguns médicos usem a gabapentina para reduzir a perturbação da motilidade pelo nistagmo.
Comum na EM. A DE caracteriza-se pela incapacidade persistente de alcançar ou manter uma ereção suficiente para o desempenho sexual satisfatório. A causa exata da DE após a EM ainda não está clara. O citrato de sildenafila é um tratamento efetivo para a DE, mas há evidências limitadas que dão suporte ao seu uso em pacientes com EM.[203]
O treinamento cognitivo e intervenções psicológicas podem oferecer algum benefício, particularmente com relação aos desfechos relacionados à qualidade de vida; contudo, as evidências sobre essas intervenções são inconclusivas.[46][48][197]
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Evidências de baixo grau de certeza sugerem que a reabilitação da memória pode ser efetiva na melhora da função da memória em pacientes com EM.[198][199]
Alguns pacientes se beneficiarão da melhora no sono e/ou do aumento do nível geral de atividade física.[200][201] O tratamento da depressão também pode ser benéfico.
Embora uma avaliação cognitiva completa seja cara e necessite de muitos recursos, uma breve avaliação cognitiva (envolvendo o teste de modalidades de dígito e símbolo e o teste de aprendizado verbal da Califórnia) tem sido recomendada para EM.[202]
A terapia modificadora da doença é dirigida à prevenção da progressão, com efetividade variável.
Os pacientes devem ser observados por um fisioterapeuta experiente que possa auxiliar com a prescrição de dispositivos adequados, incluindo órteses tornozelo-pé (OTP) e andadores com 4 rodas e freios manuais, os quais são preferíveis para pacientes com EM por questões de estabilidade.
O treinamento progressivo de resistência (TPR) é uma ferramenta de reabilitação que tem mostrado melhorar a força muscular em pacientes com EM.[132] Contudo, existem dúvidas de que ele possa melhorar a capacidade funcional.
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