Prevenção primária

O período de tempo que antecede o primeiro episódio de psicose no transtorno esquizoafetivo não foi bem estudado. Entretanto, a pré-esquizofrenia é caracterizada por sintomas inespecíficos descritos como esquizotaxia, o período pré-prodrômico e o pródromo.[22][23] Essas mudanças de pensamento, humor e comportamento antes do início dos sintomas psicóticos constituem um "estado mental de risco". Pessoas com estado mental de risco apresentam um risco muito maior de evoluir para psicose do que a população geral, sendo que até um terço delas desenvolve psicose.[24]

Pesquisas têm demonstrado ser possível identificar pessoas com estado mental de risco:[24]

  • Elas podem apresentar sofrimento e/ou declínio do funcionamento social em conjunto com sintomas psicóticos transitórios ou atenuados

  • Elas devem ser encaminhadas para intervenção precoce no serviço de psicose para avaliação

  • O tratamento com terapia cognitivo-comportamental pode reduzir o risco de transição para psicose, mas o tratamento com medicamento antipsicótico não é eficaz.

Os dados sobre esquizofrenia e psicose em fase inicial indicam que a detecção e a intervenção precoces são benéficas para a maioria dos pacientes.[25][26][27][28][29][30]

Prevenção secundária

De modo geral, não há dados suficientes sobre medidas preventivas para o transtorno esquizoafetivo. No entanto, pode ser útil a inclusão de familiares ou amigos de confiança que possam alertar o paciente e o médico, caso surjam sinais de recidiva. O paciente deve colaborar com o médico para identificar os padrões individuais de recidiva e recorrência. Encoraje os pacientes a falarem abertamente sobre suas experiências com a doença, sentimentos de estigma e quaisquer efeitos adversos dos medicamentos que possam ameaçar a adesão e a estabilidade continuada do humor.

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