Complicações

Complicação
Período de ocorrência
Probabilidade
curto prazo
alta

O risco de evoluir para uma complicação após a pneumonectomia extrapleural é alto, mesmo em centros especializados.[57] As complicações comuns incluem fibrilação atrial, intubação prolongada, paralisia das pregas vocais e trombose venosa profunda (TVP).

Foram observadas menos complicações após a pleurectomia com decorticação.

curto prazo
alta

Os pacientes podem desenvolver vários efeitos adversos durante a radioterapia, inclusive eritema cutâneo, aumento da dor ao longo da cicatriz da toracotomia, odinofagia como resultado da esofagite, náuseas, vômitos e fadiga.

curto prazo
Médias

Após a pneumonectomia extrapleural, uma dose de radiação excessiva no pulmão contralateral pode causar pneumonite por radiação, uma condição caracterizada por dispneia, tosse seca e febre baixa ocorrendo de 1 a 6 meses após a conclusão da radioterapia.

Casos graves podem ser fatais.[74] A incidência de toxicidade pulmonar fatal após a radioterapia (radioterapia de intensidade modulada [IMRT]) tem variado entre 10% e 46% e está intimamente relacionada com os parâmetros de volume da dose.[74][98][99] É imperativo restringir a dose para o pulmão contralateral.

Corticosteroides, geralmente a prednisona, são a base do tratamento.

A radioterapia após a pleurectomia com decorticações não é recomendada, em parte devido ao alto índice de pneumonite por radiação.[76]

curto prazo
Médias

A toxicidade hematológica é o efeito adverso mais comum do tratamento com cisplatina e pemetrexede, particularmente se não é administrada suplementação vitamínica (ácido fólico e vitamina B12).[100]

curto prazo
baixa

A incidência de mortalidade pós-operatória após uma pneumonectomia extrapleural varia de 4% a 15% nos 30 dias pós-cirurgia, enquanto a incidência de mortalidade pós-operatória após a pleurectomia com decorticação é de cerca de 4% nos 30 dias pós-cirurgia.[56][57][58]

A embolia pulmonar é a causa mais comum de mortalidade operatória.[57]

Dada a complexidade da pneumonectomia extrapleural, esse procedimento deve ser realizado por cirurgiões experientes e em hospitais equipados para tratar as muitas complicações que podem surgir.[57]

variável
baixa

Os pacientes com doença inoperável ou recorrente têm alto risco de evolução de doença local, assim como os pacientes com doença operável tratada somente com cirurgia. Consequentemente, pode ocorrer disfagia, rouquidão, compressão das cordas, plexopatia braquial, síndrome de Horner e síndrome da veia cava superior.

variável
baixa

Podem ocorrer metástases no pulmão oposto, no cérebro e na cavidade abdominal. Outros locais extratorácicos também podem ser afetados.

Caso ocorra extensão para a cavidade abdominal, pode-se desenvolver ascite com consequente distensão e/ou dor abdominal.

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