História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os fatores associados a parassonias em crianças incluem história familiar de parassonias do sono de movimento não rápido dos olhos (NREM), presença dos alelos HLA-DQB1*05 e *04 (risco de sonambulismo), transtorno psiquiátrico concomitante subjacente (risco de pesadelos), medicamentos psiquiátricos ou bebidas alcoólicas, febre, privação aguda de sono ou transtorno do ciclo sono-vigília irregular, estresse emocional e eventos traumáticos na vida, despertares forçados e distúrbios do sono concomitantes não tratados.

cognição comprometida durante o evento (despertares confusionais, terrores noturnos, sonambulismo)

Ocorre durante e imediatamente após o episódio, especialmente no sono de movimento não rápido dos olhos (NREM). As características incluem desorientação e confusão, lentidão mental e distúrbios da fala.

atividade vigorosa ou comportamento violento (despertares confusionais, sonambulismo, terrores noturnos e distúrbio comportamental do sono de movimento rápido dos olhos [DCR])

Pode ter testemunhas ou haver evidências dessas características na desordem pela casa e lesões observadas após o evento.

episódios de incapacidade de se movimentar (paralisia do sono recorrente e isolada)

Descritos em paralisia do sono recorrente e isolada.

hiperatividade autonômica durante o evento (terrores noturnos)

Taquicardia, taquipneia, dilatação das pupilas e diaforese são observados nos terrores noturnos.

Podem ocorrer em pesadelos, mas é menos comum.

amnésia

As crianças tipicamente não se recordam de eventos de despertares confusionais, terrores noturnos ou sonambulismo.

Elas podem ser capazes de recordar e descrever alguns eventos após um pesadelo.[48]

exame físico normal entre os episódios

O exame físico ambulatorial é normal.

Outros fatores diagnósticos

comuns

comportamento e expressão facial anormais (despertares confusionais, terrores noturnos, sonambulismo)

Ocorre durante e imediatamente após um evento.

O paciente parece atordoado e confuso, e está desorientado.

Incomuns

evidência de lesões

Tais lesões incluem feridas e hematomas no rosto e no corpo.

A presença sugere sonambulismo ou outra parassonia com atividade vigorosa ou violenta, como terrores noturnos e DCR. O DCR é incomum em crianças.

Fatores de risco

Fortes

história familiar de parassonias do sono de movimento não rápido dos olhos (NREM; despertares confusionais, sonambulismo, terrores noturnos)

A história familiar está associada de modo particularmente forte ao sonambulismo (muito comum), aos despertares confusionais e aos terrores noturnos.[36][37] Pode haver história familiar de sonambulismo ou terror noturno em até 80% dos indivíduos sonâmbulos. O risco de sonambulismo é ainda maior (chegando a 60% dos filhos) quando ambos os pais têm história do distúrbio.[12]

presença dos alelos HLA-DQB1*04 e *05 (sonambulismo)

Já foi relatada associação entre esses alelos e risco de sonambulismo.[38]

medicamentos ou bebidas alcoólicas

Um fator de risco para parassonia de movimento não rápido dos olhos (NREM) e movimento rápido dos olhos (REM).

Especificamente, os antidepressivos sedativos e os hipnóticos não benzodiazepínicos estão associados a um risco elevado de sonambulismo; zolpidem e antidepressivos regulares estão associados ao distúrbio alimentar relacionado ao sono; e os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs) estão associados a um risco elevado de sono REM sem atonia.[39]

Alguns agentes farmacêuticos que suprimem o sono REM (por exemplo, antidepressivos, ansiolíticos e clonidina) podem resultar em efeito rebote do sono REM, sonhos dramáticos e vívidos, e pesadelos.

O álcool pode predispor a parassonias.[40]

privação aguda do sono ou transtorno do ciclo sono-vigília irregular

Podem desencadear um distúrbio do despertar.[44] Contudo, há uma associação mais forte entre estes fatores e as parassonias em adultos em comparação com as parassonias em crianças.

Devem ser vistos como eventos desencadeadores em indivíduos suscetíveis, em vez de fatores causais.

estresse emocional e eventos de vida traumáticos

Podem desencadear um distúrbio do despertar.[44] Contudo, há uma associação mais forte entre estes fatores e as parassonias em adultos em comparação com as parassonias em crianças.

Devem ser vistos como eventos desencadeadores em indivíduos suscetíveis, em vez de fatores causais.

despertares forçados

São comuns os relatos de ocorrência de parassonias após despertares forçados.

distúrbios do sono concomitantes não tratados

O desaparecimento de terrores noturnos e sonambulismo depois do tratamento para distúrbios respiratórios do sono, síndrome das pernas inquietas ou síndrome do movimento periódico dos membros em crianças pré-púberes indica que esses distúrbios do sono concomitantes podem desencadear os terrores noturnos e o sonambulismo.[27]

Diversos distúrbios primários do sono, como epilepsia noturna ou distúrbios respiratórios do sono, podem provocar distúrbios do despertar.[28][37]

Embora o distúrbio comportamental do sono de movimento rápido dos olhos (DCR) seja muito raro em crianças, sua aparição pode indicar um novo episódio de narcolepsia, especialmente em pacientes em quem o HLA-DQB1 *0602 é positivo e o nível de hipocretina no líquido cefalorraquidiano (Hcrt-1) está extremamente baixo.[21][45]

Fracos

história de transtorno psiquiátrico

Um transtorno psicopatológico subjacente (especialmente o transtorno de personalidade limítrofe) pode desempenhar um papel importante em crianças mais velhas com pesadelos crônicos e mais perturbadores.[19][29][41][42]

febre

Podem desencadear um distúrbio do despertar.[43]

Devem ser vistos como eventos desencadeadores em indivíduos suscetíveis, em vez de fatores causais.

estado pré-menstrual (em adolescentes)

Há relatos de sonambulismo e terrores noturnos temporariamente relacionados à menstruação em adolescentes.[46]

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