Epidemiologia

Despertares confusionais: frequentes em crianças <5 anos de idade e menos comuns na infância mais tardia (a prevalência de despertares confusionais em adultos é de 4%).[13] Há um forte padrão familiar para despertares confusionais idiopáticos.

Sonambulismo: a prevalência entre crianças é de aproximadamente 5%, mas é provável que esse número seja subestimado.[14]​ O sonambulismo pode ocorrer desde que a criança aprende a andar, mas é mais comum entre os 4 e 8 anos de idade.[13][15]​ Com o avanço da idade, especialmente após a puberdade, o sonambulismo diminui significativamente.[16][17]​ O ato de comer durante episódios de sonambulismo é observado com mais frequência entre as mulheres. O sonambulismo ocorre com mais frequência entre as meninas durante a infância, mas com mais frequência entre os homens durante a vida adulta.[12]

Terrores noturnos: estima-se que ocorram em 1% a 6.5% das crianças de 1-12 anos. O pico de incidência ocorre aos 5-7 anos, e a maioria das crianças supera o transtorno até o final da adolescência.[18]

Pesadelos: a prevalência de pesadelos durante a infância é de, aproximadamente, 1% a 5%. De 1.3% a 3.9% dos pais relatam que seus filhos em idade pré-escolar têm pesadelos "com frequência" ou "sempre". A prevalência aumenta para 5.2% em crianças de 5-15 anos de idade.[12] Até 75% da população consegue se lembrar de ao menos um pesadelo no decorrer da infância. Em amostras longitudinais, a prevalência de pesadelos frequentes em crianças variou entre 2.5% (quando calculada segundo estimativas dos pais) e 3.5% (calculada segundo estimativas das próprias crianças).[19]

Paralisia do sono recorrente isolada: um estudo mexicano que revisou a prevalência e as características da paralisia do sono em adolescentes revelou uma idade média de 15.9 anos e prevalência de 27.6%.[20]

Distúrbio comportamental do sono de movimento rápido dos olhos (DCR): a prevalência é de cerca de 1% a 2% em indivíduos de meia-idade a idosos.[12] O DCR, que antes se considerava ocorrer exclusivamente em adultos, hoje já foi relatado em crianças e adolescentes.[21][22] Ele é muito raro em crianças, mas sua presença pode estar associada a narcolepsia, epilepsia e ao uso de medicamentos antidepressivos.[21][22][23][24][25] A prevalência de comportamentos violentos durante o sono na população geral é estimada em 2% (pessoas entre 15 e 100 anos de idade) e, desses comportamentos, cerca de 25% provavelmente se devem ao DCR, configurando uma prevalência geral de 0.5% para o transtorno.[26]

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