Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

doença leve ou autolimitada

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1ª linha – 

cuidados de suporte em ambiente ambulatorial ou hospitalar

Para a maioria dos lactentes, a doença por vírus sincicial respiratório (VSR) geralmente é leve e autolimitada, podendo ser tratada em ambiente ambulatorial. Os cuidados ambulatoriais requerem acompanhamento diligente para garantir que o paciente não piore.

O tratamento é amplamente de suporte independentemente do contexto, com foco em melhorar a oxigenação e ventilação, e fornecer suporte nutricional adequado. Nenhum tratamento disponível encurta a evolução da bronquiolite ou acelera a resolução dos sintomas.[8] Lactentes respiram obrigatoriamente pelo nariz, e a obstrução nasal é um problema frequente. Higiene nasal simples com soro fisiológico e um bulbo de sucção podem melhorar consideravelmente o esforço respiratório.

Os lactentes de alto risco incluem aqueles com história de prematuridade, idade inferior a 6 meses no início da temporada do VSR, doença pulmonar crônica, cardiopatia congênita complexa ou imunodeficiência. Esses pacientes necessitam de observação mais estrita e, frequentemente, de internação hospitalar.

Terapia sintomática para adultos saudáveis em geral é suficiente, pois a doença geralmente confina-se ao trato respiratório superior e é autolimitada.

Para adultos com doença leve por VSR, a terapia também é amplamente de suporte e direcionada ao alívio dos sintomas.

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solução salina hipertônica por nebulização

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A solução salina hipertônica por nebulização apresenta benefício potencial na redução dos sintomas de bronquiolite leve ou moderada no ambiente hospitalar.[122] Dado o período relativamente longo de uso necessário para alcançar uma melhora, a administração de solução salina hipertônica por nebulização não é recomendada para uso no pronto-socorro ou no serviço de urgências.[2][123][124]

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associado a – 

tratamento da doença subjacente ± corticosteroide

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O manejo de rotina da asma coexistente ou DPOC deve continuar de acordo com uma abordagem gradativa da terapia.

Corticosteroides não são eficazes no manejo de rotina da infecção por VSR. As diretrizes da American Academy of Pediatrics e da Scottish Intercollegiate Guidelines Network sobre o manejo da bronquiolite não recomendam o uso de rotina de corticosteroides para esta condição.[2]

Corticosteroides podem ser mais benéficos em pacientes com atopia, asma ou doença pulmonar crônica.

Para adultos com doença leve por VSR, especialmente para pacientes com DPOC ou asma, os corticosteroides são testados, mas nenhum estudo demonstrou benefício.

Opções primárias

prednisolona: crianças: 1-2 mg/kg/dia (máximo de 60 mg/dia) por via oral administrados em 2 doses fracionadas por 3-10 dias; adultos: 40-80 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas por 3-10 dias

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broncodilatador

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Broncodilatadores (por exemplo, salbutamol, ipratrópio) não devem ser usados rotineiramente no tratamento da bronquiolite.[2][53]

Broncodilatadores podem ser benéficos para pacientes com asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou doença grave.

Os broncodilatadores podem melhorar temporariamente a saturação de oxigênio e o trabalho respiratório, mas não foi demonstrado que diminuam as internações hospitalares, o tempo de internação ou a oxigenoterapia.[118][119][120][121] [ Cochrane Clinical Answers logo ]

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Considerar – 

Ribavirina ± imunoglobulina intravenosa (IGIV)

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A ribavirina oral tem sido usada em adultos imunocomprometidos (predominantemente receptores de transplante e pacientes com câncer com doença grave por VSR), embora ela não seja aprovada para essa indicação.[125]​​ O uso precoce em pacientes adultos com transplante de medula óssea reduziu a morbidade e a mortalidade nesse subconjunto de pacientes.[126]

Adultos com infecção por VSR que forem mais velhos, forem imunodeficientes ou tiverem comorbidades também podem se beneficiar.

A IGIV pode ser adicionada à ribavirina nos pacientes imunocomprometidos com alto risco de progressão para doença grave do trato respiratório inferior.[125][126][127]

A ribavirina não é recomendada para uso de rotina em crianças com bronquiolite.[8][106]

A ribavirina está disponível como solução inalatória para o tratamento do VSR em alguns países. Estudos com terapia com ribavirina em aerossol demonstraram um pequeno aumento na saturação de oxigênio em pequenos ensaios clínicos; no entanto, não foi evidenciada diminuição da necessidade de ventilação mecânica ou diminuição do tempo de internação. Devido à evidência limitada de um benefício clinicamente relevante, efeitos tóxicos potenciais e alto custo, o uso rotineiro de ribavirina em aerossol não é recomendado.[8]

Opções primárias

ribavirina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

Opções secundárias

ribavirina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

e

imunoglobulina humana normal: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

doença moderada

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1ª linha – 

cuidados de suporte com paciente hospitalizado

Os sinais de doença moderada nos lactentes incluem hipoxemia (saturações de oxigênio <90% a 92%), taquipneia, aumento no esforço respiratório (batimento da asa do nariz, retrações intercostais, ação de balançar a cabeça), alimentação inadequada e desidratação. Os pacientes devem ser internados para receber cuidados e observação adicionais.[2] Hipoxemia deve ser tratada com oxigênio aquecido e umidificado através de cânula nasal ou máscara.

O suporte com cânula nasal de alto fluxo (CNAF) é seguro em um ambiente de enfermaria típico. Não há evidências claras de que iniciar o suporte com CNAF seja mais eficaz que a oxigenoterapia padrão com máscara, seja para encurtar o tempo de internação hospitalar ou para prevenir internações em UTI, embora os estudos sejam conflitantes. Dado o atual estado de incerteza e os maiores recursos necessários para o tratamento com CNAF, seu uso fora dos ensaios clínicos deve ser limitado aos bebês que não tiverem obtido êxito com a oxigenoterapia padrão.[115]

Deve-se dar especial atenção ao líquido intravascular e ao suporte nutricional. Os lactentes com baixa aceitação alimentar ou com aumento considerável do esforço respiratório ou da frequência respiratória devem ser alimentados por sonda nasogástrica ou nasojejunal, ou receber fluidoterapia intravenosa.[2]

Os lactentes de alto risco incluem aqueles com história de prematuridade, idade inferior a 6 meses no início da estação do VSR, doença pulmonar crônica, cardiopatia congênita complexa ou deficit imunológico. Esses pacientes necessitam de observação mais estrita e, frequentemente, de internação hospitalar.

Os adultos que são mais idosos, imunodeficientes, ou que têm comorbidades podem ter uma doença moderada e devem ser tratados com cuidados de suporte enquanto as exacerbações das doenças subjacentes são tratadas.

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solução salina hipertônica por nebulização

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A solução salina hipertônica por nebulização apresenta benefício potencial na redução dos sintomas de bronquiolite leve ou moderada no ambiente hospitalar.[122] Dado o período relativamente longo de uso necessário para alcançar uma melhora, a administração de solução salina hipertônica por nebulização não é recomendada para uso no pronto-socorro ou no serviço de urgências.[2][123][124]

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associado a – 

tratamento da doença subjacente ± corticosteroide

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O manejo de rotina da asma coexistente ou DPOC deve continuar de acordo com uma abordagem gradativa da terapia.

Corticosteroides não são eficazes no manejo de rotina da infecção por VSR.

As diretrizes da American Academy of Pediatrics e da Scottish Intercollegiate Guidelines Network sobre o manejo da bronquiolite não recomendam o uso de rotina de corticosteroides para esta afecção.[2]

Corticosteroides podem ser mais benéficos em pacientes com atopia, asma ou doença pulmonar crônica.

Nos adultos que forem mais velhos, imunodeficientes ou que têm comorbidades os corticosteroides podem ser benéficos.

Opções primárias

prednisolona: crianças: 1-2 mg/kg/dia (máximo de 60 mg/dia) por via oral administrados em 2 doses fracionadas por 3-10 dias; adultos: 40-80 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas por 3-10 dias

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broncodilatador

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Broncodilatadores (por exemplo, salbutamol, ipratrópio) não devem ser usados rotineiramente no tratamento da bronquiolite.[2][53]

Broncodilatadores podem ser benéficos para pacientes com asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou doença grave.

Os broncodilatadores podem melhorar temporariamente a saturação de oxigênio e o trabalho respiratório, mas não foi demonstrado que diminuam as internações hospitalares, o tempo de internação ou a oxigenoterapia.[118][119][120][121] [ Cochrane Clinical Answers logo ]

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Ribavirina ± imunoglobulina intravenosa (IGIV)

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A ribavirina oral tem sido usada em adultos imunocomprometidos (predominantemente receptores de transplante e pacientes com câncer com doença grave por VSR), embora ela não seja aprovada para essa indicação.[125]​​ O uso precoce em pacientes adultos com transplante de medula óssea reduziu a morbidade e a mortalidade nesse subconjunto de pacientes.[126]

Adultos com infecção por VSR que forem mais velhos, forem imunodeficientes ou tiverem comorbidades também podem se beneficiar.

A IGIV pode ser adicionada à ribavirina nos pacientes imunocomprometidos com alto risco de progressão para doença grave do trato respiratório inferior.[125][127][127]

A ribavirina não é recomendada para uso de rotina em crianças com bronquiolite.[8][106]

A ribavirina está disponível como solução inalatória para o tratamento do VSR em alguns países. Estudos com terapia com ribavirina em aerossol demonstraram um pequeno aumento na saturação de oxigênio em pequenos ensaios clínicos; no entanto, não foi evidenciada diminuição da necessidade de ventilação mecânica ou diminuição do tempo de internação. Devido à evidência limitada de um benefício clinicamente relevante, efeitos tóxicos potenciais e alto custo, o uso rotineiro de ribavirina em aerossol não é recomendado.[8]

Opções primárias

ribavirina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

Opções secundárias

ribavirina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

e

imunoglobulina humana normal: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

doença grave

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cuidados de suporte em unidade de terapia intensiva (UTI)

Lactentes com hipoxemia refratária, dificuldade respiratória progressiva ou insuficiência respiratória evidente devem ser transferidos para a UTI pediátrica. Muitas vezes, os pacientes melhoram com ventilação mecânica não invasiva, como pressão positiva contínua nas vias aéreas, mas podem necessitar de intubação endotraqueal com ventilação mecânica.[116]

A hipoxemia deve ser tratada com oxigênio aquecido e umidificado através de uma cânula nasal ou máscara, com ventilação não invasiva ou ventilação mecânica, conforme a necessidade.

Reidratação e nutrição podem ser realizadas por vias enteral ou parenteral, dependendo da magnitude da gravidade da doença e outras considerações clínicas. No Reino Unido, o National Institute for Health and Care Excellence recomenda a administração de líquidos por sonda nasogástrica ou orogástrica em bebês e crianças com bronquiolite se não puderem ingerir líquidos suficientes por via oral. De forma alternativa, recomenda fluidos isotônicos intravenosos para bebês e crianças que não toleram fluidos por via nasogástrica ou orogástrica ou têm insuficiência respiratória iminente.[53]

Os lactentes de alto risco incluem aqueles com história de prematuridade, idade inferior a 6 meses no início da temporada do VSR, doença pulmonar crônica, cardiopatia congênita complexa ou imunodeficiência.

Os adultos mais velhos, imunocomprometidos ou que têm comorbidades podem evoluir para doença grave que necessite de internação em UTI, com suporte respiratório e suportes intravenoso e nutricional.

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IGIV

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A IGIV pode ser considerada nos pacientes imunocomprometidos (por exemplo, indivíduos com câncer ou receptores de transplante de células-tronco hematopoéticas) com doença viral disseminada.[125][126]

O uso de IGIV ou tratamento com VSR-IG isolada não reduziu significativamente a duração da hospitalização de lactentes com bronquiolite e/ou pneumonia por VSR.[140][141] [ Cochrane Clinical Answers logo ] Contudo, a IGIV tem sido empregada como último recurso em pacientes deteriorados e gravemente doentes com doença disseminada com vários vírus (por exemplo, varicela, citomegalovírus).

Opções primárias

imunoglobulina humana normal: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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Considerar – 

ribavirina

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A ribavirina oral tem sido usada em adultos imunocomprometidos (predominantemente receptores de transplante e pacientes com câncer com doença grave por VSR), embora ela não seja aprovada para essa indicação.[125]​​​ O uso precoce em pacientes adultos com transplante de medula óssea reduziu a morbidade e a mortalidade nesse subconjunto de pacientes.[126]

Adultos com infecção por VSR que forem mais velhos, forem imunodeficientes ou tiverem comorbidades também podem se beneficiar.

Estudou-se o uso da ribavirina em conjunto com imunoglobulina intravenosa (IGIV) para o tratamento de pacientes com doença por VSR.[127]​​​​ Uma metarrevisão relatou que os receptores de terapia dupla (ribavirina aerossolizada com IGIV ou palivizumabe) tiveram menos progressões para infecção do trato respiratório inferior que os pacientes que receberam ribavirina aerossolizada isolada.[125]

A ribavirina não é recomendada para uso de rotina em crianças com bronquiolite.[8][106]

A ribavirina está disponível como solução inalatória para o tratamento do VSR em alguns países. Estudos com terapia com ribavirina em aerossol demonstraram um pequeno aumento na saturação de oxigênio em pequenos ensaios clínicos; no entanto, não foi evidenciada diminuição da necessidade de ventilação mecânica ou diminuição do tempo de internação. Devido à evidência limitada de um benefício clinicamente relevante, efeitos tóxicos potenciais e alto custo, o uso rotineiro de ribavirina em aerossol não é recomendado.[8]

Opções primárias

ribavirina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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associado a – 

tratamento da doença subjacente ± corticosteroide

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O manejo de rotina da asma coexistente ou DPOC deve continuar de acordo com uma abordagem gradativa da terapia.

Corticosteroides não são eficazes no manejo de rotina da infecção por VSR.

As diretrizes da American Academy of Pediatrics e da Scottish Intercollegiate Guidelines Network sobre o manejo da bronquiolite não recomendam o uso de rotina de corticosteroides para esta afecção.[2]

Corticosteroides podem ser mais benéficos em pacientes com atopia, asma ou doença pulmonar crônica.

Nos adultos que forem mais velhos, imunodeficientes ou que têm comorbidades os corticosteroides podem ser benéficos.

Opções primárias

prednisolona: crianças: 1-2 mg/kg/dia (máximo de 60 mg/dia) por via oral administrados em 2 doses fracionadas por 3-10 dias; adultos: 40-80 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas por 3-10 dias

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broncodilatador

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Broncodilatadores (por exemplo, salbutamol, ipratrópio) não devem ser usados rotineiramente no tratamento da bronquiolite.[2][53]

Broncodilatadores podem ser benéficos para pacientes com asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou doença grave.

Os broncodilatadores podem melhorar temporariamente a saturação de oxigênio e o trabalho respiratório, mas não foi demonstrado que diminuam as internações hospitalares, o tempo de internação ou a oxigenoterapia.[118][119][120][121] [ Cochrane Clinical Answers logo ]

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antibióticos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os lactentes que têm bronquiolite grave por VSR e requerem intubação têm um risco de 26% de pneumonia bacteriana. Esses lactentes podem se beneficiar da iniciação de antibióticos enquanto se aguardam os resultados da cultura.[2][106][128][129] Não é recomendável a administração de rotina de antibioticoterapia empírica a lactentes com bronquiolite por VSR, pois o risco de infecção bacteriana concomitante é muito baixo (0.2%). [ Cochrane Clinical Answers logo ] [8]

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