Complicações

Complicação
Período de ocorrência
Probabilidade
longo prazo
baixa

Em geral, o risco de convulsão em uma pessoa com MAV é 8% ao longo de 5 anos e aumenta para 23% se houver um déficit neurológico focal ou HIC. Após uma primeira convulsão, o risco de convulsões subsequentes aumenta e o risco de epilepsia em 5 anos é 58%.[59] Dos pacientes que apresentavam MAV sem convulsões, 18.4% sofreram convulsões de novo após tratamento cirúrgico.[93]

Uma revisão sistemática relatou que 82% dos pacientes ficaram livres das convulsões após a obliteração de uma MAV por meio de qualquer modalidade e 41% ficaram livres das convulsões após a obliteração incompleta.[94]

Visão geral do transtorno convulsivo

variável
Médias

A gravidade da hemorragia pode ser atribuída por seu tamanho, lateralidade, local, grau de efeito de massa e pontuação do paciente na Escala de coma de Glasgow. Em pacientes com malformação arteriovenosa (MAV) rompida, pode ser necessária evacuação cirúrgica emergencial do hematoma intracerebral e controle do sangramento agudo.[61] Durante um episódio agudo de hemorragia intracerebral (HIC), a redução da pressão arterial e a redução da variabilidade da pressão arterial podem reduzir a expansão do hematoma com melhores desfechos funcionais.[45]

variável
Médias

A mortalidade em longo prazo de pacientes com MAVs é de 1% a 1.5% por ano.[2] A maioria dos óbitos (50% a 70%) é causada por hemorragia. Já foram relatadas mortalidades de até 18% após HIC associada à MAV.[1]

variável
Médias

O deficit neurológico secundário à ruptura de MAV ou ao "fenômeno do roubo" depende do local da MAV e do tamanho do hematoma ou da área de isquemia. Coortes de sobreviventes hospitalizados sugerem que a morbidade secundária à HIC associada a MAVs é menor que com outras causas de HIC.[92] Teoricamente, a morbidade mais baixa poderia ser explicada por uma coorte de pacientes mais jovens, menos vasoespasmo, sangramentos de baixa pressão, detecção melhorada de HICs pequenas e redistribuição da função cognitiva.[2]

Os deficits neurológicos podem ser uma complicação do tratamento, devido a hemorragia, edema ou AVC após cirurgia, ou devido a radionecrose ou AVC (tardio) após uma radiocirurgia estereotáxica.

Pacientes que se apresentem com deficits neurológicos focais devem ser submetidos a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância nuclear magnética (RNM) cranioencefálica.

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Médias

Os riscos de AVC ocasionado por angiografias para MAVs (0.5%) são mais baixos que os para ataque isquêmico transitório (AIT) ou AVC.[55][56] Complicações no local da punção femoral incluem falsos aneurismas e hematomas que vão de comuns na virilha a significativos na região retroperitoneal. Os riscos da oclusão endovascular incluem AVC pela oclusão arterial ou eventos tromboembólicos, ruptura de aneurisma, infarto hemorrágico após oclusão venosa inadvertida, dissecção arterial e revascularização por recanalização ou desenvolvimento de vasos colaterais.

MAVs grandes são embolizadas de forma estadiada para reduzir o risco de estresse hemodinâmico e sangramento de vasos de alimentação residuais.

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Médias

Hemorragia pós-operatória: a hemorragia no início do pós-operatório é incomum (incidência <5%).[30] Ela é atribuída à irrupção à pressão de perfusão normal (NPPB), que é, por sua vez, atribuída à perda de autorregulação local. Após a remoção de MAVs de fluxo intenso e baixa resistência responsáveis por aumento do risco de isquemia local, o risco de irrupção à pressão de perfusão normal é aumentado, mas há pouca evidência adicional para dar suporte à teoria da NPPB.[30] No caso de um hematoma pós-operatório, outras causas reversíveis, como coagulopatias, devem ser descartadas, e a hipertensão evitada. Uma angiografia cerebral deve ser realizada para descartar MAV residual.

Outras complicações incluem edema pós-operatório, infecção no local da cirurgia, deficit neurológico, novos episódios de epilepsia e AVC. O sistema de classificação de Spetzler-Martin é usado para prever o risco da cirurgia.[6]

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Médias

Há um risco geral de 5% a 7% de complicações secundárias à RE. As MAVs levam aproximadamente 2 a 5 anos para resolver após a RE.[62] Durante esse período, o risco de hemorragia não se altera.

A incidência de alterações de imagem associadas à radiação após a RE é de aproximadamente 35%, enquanto 10% dos pacientes apresentam déficits neurológicos temporários e 4% têm déficits permanentes.[95] A formação tardia de cistos ou neoplasia pode ocorrer 10 anos após a RE.

As MAVs superficiais são difíceis de tratar com RE devido ao risco de perda de pelos focais e danos decorrentes da radiação na pele sobrejacente. Outras complicações da RE são tardias e incluem a não obliteração da MAV, AVC e radionecrose causando deterioração neurológica.

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baixa

Hiponatremia por síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético (SIHAD) ou síndrome cerebral perdedora de sal é comum em pacientes com lesão cerebral, como a hemorragia intracerebral, ou após cirurgia.

A SIHAD resulta de uma falha na excreção de água e é tratada primariamente com restrição de líquidos.

A síndrome cerebral perdedora de sal resulta da perda renal de sódio, com consequente redução do volume intravascular. Ela é tratada com terapia de reposição de sódio. A restrição de líquidos é contraindicada.

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