Caso clínico

Caso clínico #1

Um homem de 25 anos de idade chega ao pronto-socorro preocupado com um episódio de penetração anal receptiva sem proteção ocorrido 12 horas antes. Ele não teve outros parceiros sexuais nos últimos 3 meses e, antes disso, teve um parceiro do sexo masculino de longo prazo com quem tinha penetração anal regularmente, usando preservativos. Ele é assintomático, mas teve gonorreia retal que foi tratada há 2 anos. Ele não tem história clínica e não está tomando nenhum medicamento. Ele não faz uso de drogas recreativas. O exame do vírus da imunodeficiência humana (HIV) feito há 6 meses foi negativo e ele está plenamente vacinado contra hepatite A e B.

Caso clínico #2

Um homem de 22 anos que trabalha como flebotomista na clínica ambulatorial para pacientes infectados por HIV chega ao departamento de saúde ocupacional. Ele sofreu uma picada de agulha na clínica 1 hora antes. O sangue pertencia a uma mulher HIV-positiva de 30 anos de idade que não tomava de forma consistente seus medicamentos antirretrovirais e que recentemente apresentou resultado negativo para um exame de hepatite B e C. O flebotomista havia colhido o sangue e, quando retirava a agulha, a paciente se mexeu repentinamente e a agulha picou seu dedo, atravessando a luva. Ele retirou as luvas imediatamente e apertou o dedo sob água corrente para estimular o sangramento. Ele não tem história clínica significativa e não está tomando nenhum medicamento. Ele está plenamente vacinado contra hepatite B. Ele tem uma parceira sexual regular.

Outras apresentações

Outras apresentações comuns da profilaxia pós-exposição (PPE) após a exposição sexual incluem parceiros heterossexuais de indivíduos com HIV após o rompimento do preservativo. A PPE também deverá ser considerada para pessoas que sofreram agressão sexual.

A exposição não sexual ao HIV, geralmente no ambiente ocupacional, também deve ser uma indicação para PPE. Dados do Departamento de Saúde do Reino Unido relacionados à PPE ocupacional apontaram que 57% dos profissionais de saúde expostos a um indivíduo-fonte HIV-positivo iniciaram a PPE após exposição percutânea e outros começaram a PPE por outras indicações, como exposições mucocutâneas.[5]

Historicamente, a prevenção da transmissão perinatal do HIV inclui alguma forma de PPE para o lactente, mas é bem-sucedida principalmente em virtude da terapia antirretroviral efetiva administrada em gestantes. A prevenção da transmissão perinatal não é abordada neste tópico. Consulte Infecção por HIV na gestação.

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