Investigações
Primeiras investigações a serem solicitadas
cálcio sérico
Exame
Exame diagnóstico de primeira linha. Altamente sensível e específico. Os limites normais podem variar entre laboratórios. A amostra de sangue deve ser colhida no mesmo momento que a amostra para o exame de paratormônio intacto. Níveis de cálcio ionizado ou de cálcio total podem ser usados, mas o mesmo exame deve ser usado ao longo do tempo para permitir comparação e análise de tendências adequadas.
Os níveis de cálcio sérico total devem ser corrigidos pela concentração de albumina sérica. Um nível de cálcio ionizado é preferido.
Resultado
<2.10 mmol/L (<8.4 mg/dL)
nível de paratormônio intacto sérico
Exame
Exame definitivo e de primeira linha para o diagnóstico de hiperparatireoidismo. Ensaios mais antigos que usavam fragmentos de paratormônio (PTH) são menos confiáveis e foram abandonados em favor do ensaio intacto. O paratormônio intacto deve sempre ser solicitado juntamente com um exame dos níveis de cálcio, de modo que o nível do PTH possa ser interpretado adequadamente. O valor varia de acordo com o laboratório usado.
Resultado
>88 nanogramas/L (>88 picogramas/mL)
creatinina sérica
Exame
Usada para estabelecer a função renal, em combinação com a ureia. Os valores estimados da taxa de filtração glomerular (TFG) são calculados usando a equação de modificação da dieta na doença renal (MDRD) detectável pela espectrometria de massas de diluição isotópica (IDMS).[38]
Valores da TFG de até 59 mL/minuto/1.73 m² podem estar associados com a doença renal crônica (DRC).
Resultado
>91.5 micromoles/L (>1.2 mg/dL) na DRC
ureia sérica
Exame
Em combinação com a creatinina sérica, estabelece a função renal. Os valores estimados da TFG são calculados usando a equação de modificação da dieta na doença renal (MDRD) detectável pela espectrometria de massas de diluição isotópica (IDMS).[38]
Resultado
>7.14 mmol/L (>20 mg/dL) na doença renal crônica
Investigações a serem consideradas
fósforo sérico
Exame
Permite a avaliação da gravidade da doença renal. O exame pode indicar a necessidade de terapia para redução de fósforo.
Quando os níveis de fósforo são elevados, além da creatinina sérica e da ureia elevadas, isso aponta para uma doença renal crônica (DRC) como etiologia de HPTS. Se os níveis de fósforo estiverem baixos, outras anomalias, como a deficiência de vitamina D, são mais prováveis.[9]
Níveis elevados de cálcio e fósforo podem representar um risco de calcifilaxia, uma vasculopatia arteriolar fatal, que afeta arteríolas pequenas e médias.
Resultado
variável; >1.45 mmol/L (>4.5 mg/dL) na DRC
25-hidroxivitamina D sérica
Exame
A deficiência pode ser a principal causa do HPTS ou a consequência de outra condição subjacente e precisará de correção por reposição.
Resultado
<40 a 75 nanomoles/L (<16 a 30 nanogramas/mL) se a vitamina D for inadequada (varia de acordo com o laboratório)
magnésio sérico
Exame
A hipomagnesemia e a hipermagnesemia podem causar resistência tecidual ao paratormônio (PTH) ou reduzir a produção de PTH, o que, por sua vez, causa hipocalcemia.[39]
A doença renal crônica pode resultar em hipomagnesemia ou hipermagnesemia.[40]
Resultado
pode ser normal, baixo ou discretamente elevado
ultrassonografia do pescoço
Exame
Usado para confirmar doença da glândula paratireoide. Fornece uma estimativa do tamanho e da localização da glândula paratireoide e pode ser usado como roteiro cirúrgico para ressecção.
Resultado
hiperplasia da glândula paratireoide
exame de imagem com 99Tc-sestamibi (MIBI)
Exame
Usado para confirmar doença da glândula paratireoide. Fornece uma estimativa do tamanho e da localização da glândula paratireoide e pode ser usado como roteiro cirúrgico para ressecção (pode permitir a cirurgia radioguiada intraoperatória da glândula paratireoide).[41]
Uma metanálise observou, contudo, que a cintilografia planar de paratireoide com 99Tc-MIBI não apresentou precisão diagnóstica adequada em pacientes com HPTS e hiperplasia difusa ou nodular e, portanto, não deve ser usada como um método de diagnóstico por imagem de primeira linha na detecção pré-cirúrgica da hiperplasia da glândula paratireoide.[43]
A tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT)/TC com 99mTc-MIBI mostrou melhor sensibilidade que a cintilografia planar com 99mTc-MIBI para identificar lesão na paratireoide no HPTS. A sensibilidade da SPECT/TC com 99mTc-MIBI é ainda maior quando usada em conjunto com a ultrassonografia.[44]
Resultado
hiperplasia da glândula paratireoide
tomografia computadorizada (TC) com contraste de alta resolução de pescoço e região superior do tórax
Exame
Permite a visualização do tecido da paratireoide com base no padrão de aumento do tecido, após a administração de meio de contraste intravenoso iodado. A região superior do tórax é incluída nas imagens para que se possa verificar a existência de possíveis glândulas paratireoides ectópicas ou supranumerárias.
Resultado
hiperplasia da glândula paratireoide
ressonância nuclear magnética (RNM) do pescoço e região superior do tórax
Exame
Pode ser usado para confirmar doença da glândula paratireoide. Fornece uma estimativa do tamanho e da localização da glândula paratireoide e pode ser usado como roteiro cirúrgico para ressecção. A região superior do tórax é incluída nas imagens para que se possa verificar a existência de possíveis glândulas paratireoides ectópicas ou supranumerárias.
Resultado
hiperplasia da glândula paratireoide
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