Complicações

Complicação
Período de ocorrência
Probabilidade
longo prazo
alta

A osteodistrofia renal é caracterizada por renovação e/ou mineralização óssea anormal. Níveis de paratormônio (PTH) extremamente baixos e extremamente altos preveem o estado de renovação óssea baixo e alto, respectivamente. Há uma associação em forma de U entre o risco de fratura e o nível de PTH, em que níveis de PTH extremamente baixos e extremamente altos estão associados a aumento do risco de fratura em comparação com os níveis de PTH dentro do intervalo alvo para pacientes em diálise com HPTS.[103] No entanto, o PTH não é um bom marcador de renovação óssea quando o nível está dentro do intervalo desejado para controlar o HPTS.[104] Se ainda houver suspeita de doença de alta renovação óssea ou defeito de mineralização, apesar de se atingirem níveis aceitáveis de PTH (por exemplo, hipercalcemia inexplicável, dor óssea ou fraturas), a biópsia óssea poderá ser necessária para confirmar o diagnóstico e orientar o manejo.[1]

A osteoporose pode também coexistir com a osteodistrofia renal na doença renal crônica (DRC). A densitometria óssea pode ser usada para detectar a redução da densidade óssea e monitorar a resposta ao tratamento. No entanto, a densitometria óssea é uma ferramenta ineficaz para prever o risco de fratura na DRC de estágios 4 a 5. Também faltam evidências de que qualquer intervenção (inclusive o tratamento medicamentoso para controlar HPTS) pode prevenir a osteodistrofia renal ou reduzir o risco de fratura na DRC grave.

longo prazo
alta

A osteoporose é a perda de massa óssea decorrente de transtorno na regulação dos processos de formação e reabsorção ósseas. Durante o ciclo do desenvolvimento e evolução do HPTS (em muitos casos, exacerbado pela doença subjacente), uma grande quantidade de osso é removida e/ou uma quantidade muito pequena é reconstruída, causando fragilidade esquelética e fraturas.

A osteoporose pode também coexistir com a osteodistrofia renal na doença renal crônica (DRC). A densitometria óssea pode ser usada para detectar a redução da densidade óssea e monitorar a resposta ao tratamento. No entanto, a densitometria óssea é uma ferramenta ineficaz para prever o risco de fratura na DRC de estágios 4 a 5.

Osteoporose

longo prazo
baixa

Esta é uma manifestação vascular e tecidual da hipercalcemia crônica. Ela ocorre principalmente em pacientes com HPTS e doença renal crônica.[105] Outros nomes mais específicos usados para essa doença são arteriolopatia urêmica calcificante, doença urêmica de pequenos vasos, síndrome de gangrena urêmica e doença urêmica de pequenas artérias com calcificação da média e hiperplasia da íntima. Como implicado por esses termos, a calcifilaxia é caracterizada pela calcificação sistêmica da túnica média de pequenos vasos. Isso causa manifestação clínica de isquemia e necrose dos tecidos. As áreas afetadas se manifestam inicialmente como placas doloridas, petequiais e nodulares e, normalmente, evoluem para úlceras necróticas com escaras. A mortalidade permanece entre 60% e 87%, geralmente por infecção generalizada e sepse.[106]

Observou-se que a doença urêmica de pequenas artérias ocorre em 4% dos pacientes em diálise. Mulheres costumam ser mais afetadas. Um evento sobreposto, como trauma local aos tecidos decorrente de injeção de medicamentos, pode levar ao desenvolvimento de feridas nesses pacientes sensibilizados. Um produto cálcio-fosfato de 70 ou mais aumenta a probabilidade de desenvolvimento de calcifilaxia. Outros fatores que podem contribuir para a calcifilaxia são: diabetes mellitus do tipo 1, deficiência de proteína C ou proteína S, uso de carbonato de cálcio, prednisona e administração de varfarina.[106]

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