História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os principais fatores de risco incluem história familiar, sexo masculino, traumatismo cranioencefálico, tabagismo pesado e consumo excessivo de bebidas alcoólicas.

ataques repetidos de dor unilateral

Início rápido de dor unilateral na região orbital, periorbital e/ou temporal. A frequência dos ataques é de 1 em dias alternados até um máximo de 8 por dia.[2] Um número maior de ataques deve levantar a suspeita de hemicrania paroxística.

curta duração

A dor atinge a intensidade máxima em minutos e dura aproximadamente 15 a 180 minutos antes de diminuir rapidamente.[2]

dor excruciante

A dor é excruciante. É descrita como a pior dor que já sentiram, e as mulheres a comparam com a dor do parto. Frequentemente, a dor é descrita como uma sensação de perfuração, aguda, penetrante, em queimação ou pulsante. Vários pacientes se queixarão de uma dor em segundo plano com sensação de pressão ou queimação, ou "sombras" entre os ataques agudos. Pensamentos suicidas são comuns (relatados em 55% a 64% dos pacientes) como resultado da dor.[1][26]

lacrimejamento, rinorreia e síndrome de Horner parcial

Os critérios da International Headache Society requerem no mínimo uma característica autonômica para o diagnóstico, embora as características autonômicas estejam ausentes em 3% dos pacientes.[2] O lacrimejamento é o sintoma mais frequente, seguido por hiperemia conjuntival, congestão nasal, rinorreia e síndrome de Horner parcial (ptose e miose).

agitação e inquietação

A maioria dos pacientes fica agitada e inquieta. Eles podem andar, balançar para frente e para trás, vocalizar ou bater a cabeça contra a parede.[1]

Fatores de risco

Fortes

sexo masculino

A razão de homens/mulheres relatada é de aproximadamente 2.5:1.[1][5]

história familiar

Os estudos familiares e com gêmeos revelam um aumento de 14 vezes no risco em parentes de primeiro grau de pacientes com cefaleia em salvas e um aumento de duas vezes em parentes de segundo grau.[1][5][12] No entanto, na maioria dos casos não há história familiar de cefaleia em salvas.

traumatismo cranioencefálico

Uma alta proporção de pacientes apresenta uma história de trauma cranioencefálico com concussão, mas nenhuma ligação causal foi estabelecida.[8][9]​​[17]

tabagismo

Existe uma associação entre cefaleia em salvas e tabagismo excessivo, mas o abandono do hábito de fumar não reduz a frequência dos ataques de cefaleia em salvas.[1][8][9] Entretanto, o tabagismo realmente aumenta o risco de doença arterial coronariana, a qual pode influenciar o tratamento. A exposição ao tabaco na forma de fumo passivo também pode afetar o quadro clínico.[18]

consumo excessivo de álcool

Existe uma associação entre o consumo excessivo de álcool e a cefaleia em salvas, e o álcool costuma ser um fator desencadeante imediato para um ataque durante um período de salvas.[8][9]

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