Diagnósticos diferenciais

Enxaqueca

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Ataques repetidos de dor latejante unilateral ou bilateral grave ou dor por pressão. A dor dura pelo menos 4 horas sem tratamento (em comparação com 15 a 180 minutos para cefaleia em salvas). As características associadas proeminentes da enxaqueca incluem exacerbação da dor com atividade física de rotina, resultando em sensibilidade ao movimento (em contraste com cefaleia em salvas, onde a inquietação é comum), náuseas e vômitos, fotofobia (muitas vezes bilateral) e fonofobia. Aproximadamente 1 em 3 pacientes apresenta aura associada à cefaleia, podendo consistir de distúrbios visuais, sensoriais, motores ou da fala. As características autonômicas podem ser observadas, mas tendem a ser bilaterais e menos proeminentes que na cefaleia em salvas. Os fatores desencadeantes podem incluir álcool (resposta atrasada de várias horas), cafeína, alguns alimentos, privação ou excesso de sono, fome, desidratação, luzes brilhantes, mudanças climáticas, altitude elevada e cheiros fortes. O oxigênio não apresenta um efeito acentuado sobre a dor e esta frequentemente responde bem aos triptanos orais. Uma história familiar de enxaqueca é observada em muitos pacientes.

Investigações

Não há testes diagnósticos diferenciais, embora uma resposta completa ao oxigênio em sistema de alto fluxo seja incomum.

Hemicrania paroxística

SINAIS / SINTOMAS
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SINAIS / SINTOMAS

Os sinais e sintomas são similares aos da cefaleia em salvas, com dor intensa unilateral na região orbital, periorbital ou temporal (ou qualquer combinação desses locais) e sintomas autonômicos ipsilaterais do olho e do nariz. Os ataques são três vezes mais comuns em mulheres que em homens, apresentam menor duração (2 minutos a 30 minutos) e maior frequência (entre 1 e 40 por dia) em relação à cefaleia em salvas; e respondem à indometacina. Os ataques podem ser episódicos ou crônicos.[2]

Investigações

Respondem completamente à indometacina.

Ataques de cefaleia de curta duração, unilateral, neuralgiforme com hiperemia conjuntival e lacrimejamento (SUNCT)

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Pelo menos 20 ataques de: dor de cabeça unilateral moderada ou intensa com distribuição orbital, periorbital, temporal ou outra distribuição trigeminal; ocorre como pontadas únicas, séries de pontadas ou em padrão em dente de serra; dura de 1 a 600 segundos; acompanhada de lacrimejamento ipsilateral e hiperemia conjuntival; ocorre pelo menos uma vez ao dia.[2]

Investigações

Não há testes diagnósticos para a diferenciação.

Neuralgia do trigêmeo

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Paroxismos recorrentes de dor unilateral breve e intensa, com sensação de choque elétrico, lancinante, aguda ou com pontadas, que dura de uma fração de segundos a 2 minutos e, geralmente, afeta uma ou mais divisões do nervo trigêmeo, sem irradiação. Normalmente, a dor da neuralgia do trigêmeo está na distribuição V2-V3, enquanto os ataques em salvas são mais comuns na distribuição V1 (periorbital). Fatores desencadeantes mecânicos para ataques podem incluir se barbear, fumar, falar, escovar os dentes e comer. Os ataques são estereotipados individualmente no paciente. A dor frequentemente evoca espasmos dos músculos faciais no lado afetado (tique doloroso).[2]

Investigações

Não há testes diagnósticos para a diferenciação.

Síndrome da cefaleia em salvas-neuralgia do trigêmeo

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Sintomas tanto de cefaleia em salvas quanto de neuralgia do trigêmeo. Ambas as doenças devem ser tratadas.[2]

Investigações

Não há testes diagnósticos para a diferenciação.

Hemicrania contínua

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Cefaleia unilateral persistente que dura pelo menos 3 meses e responde à indometacina. A cefaleia é de intensidade moderada com exacerbações de dor intensa. Geralmente, pelo menos uma característica autonômica ipsilateral está presente.[2]

Investigações

Resposta completa à indometacina.

Glaucoma de ângulo fechado

SINAIS / SINTOMAS
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SINAIS / SINTOMAS

Dor intensa, geralmente unilateral, na região do olho devido à pressão intraocular elevada. Os outros sintomas incluem náuseas, visão turva, edema corneano e vermelhidão do olho.[2]

Investigações

A tonometria mostra pressão intraocular elevada.

A gonioscopia mostra ângulos estreitos.

O exame oftalmológico mostra acuidade visual reduzida, pupila fixa em média midríase, córnea turva e alterações no disco óptico.

Cefaleia atribuída a distúrbio do nariz ou dos seios paranasais

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Também conhecida como "cefaleia sinusal". Outros sintomas e/ou sinais clínicos do distúrbio são aparentes: por exemplo, muco nasal espesso e sem coloração, diminuição do olfato e dor em uma bochecha ou nos dentes superiores.[2] Cefaleias devido a sinusite geralmente duram dias ou mais tempo.

Investigações

A TC dos seios nasais pode demonstrar rinossinusite aguda.

Cefaleia hípnica

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Cefaleia incômoda que ocorre apenas durante o sono e desperta o indivíduo. Ocorre em >10 dias por mês por >3 meses; dura de 15 minutos até 4 horas após acordar; sem características autonômicas cranianas. A dor é bilateral em dois terços dos casos, geralmente leve a moderada e pode ser tratada com cafeína ou lítio antes de deitar. Geralmente, o início ocorre após os 50 anos de idade.[2]

Investigações

Não há testes diagnósticos para a diferenciação.

Hemorragia subaracnoide

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Início súbito de cefaleia intensa e incapacitante, acompanhada de náuseas, vômitos, alteração do nível de consciência e rigidez da nuca.[2]

Investigações

A RNM ou a tomografia computadorizada (TC) sem contraste têm >90% de sensibilidade nas primeiras 24 horas. A punção lombar deve ser realizada se a neuroimagem não fornecer o diagnóstico.

Arterite de células gigantes

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Dor e sensibilidade ao longo da artéria temporal que podem ocorrer com perda da visão. A dor se resolve em até 3 dias com tratamento com corticosteroides em altas doses.[2]

Investigações

Velocidade de hemossedimentação >50 mm/hora e proteína C-reativa elevada observadas na maioria dos pacientes. O exame de imagem duplex das artérias temporais pode revelar espessamento da parede arterial. A biópsia da artéria temporal mostra inflamação granulomatosa com células gigantes multinucleadas dentro da parede elástica interna.[27]

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