História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

diminuição da libido

Consistente com hipogonadismo.

perda das ereções matinais espontâneas

Sugestivo de doença orgânica, incluindo hipogonadismo.

disfunção erétil

Potencialmente multifatorial, mas o hipogonadismo deve sempre ser considerado.

ginecomastia

Tecido ductal firme principalmente subareolar. Em pacientes obesos, é necessário diferenciá-la do tecido adiposo (frequentemente denominado lipomastia ou pseudoginecomastia).

A ginecomastia é observada, com mais frequência, no hipogonadismo primário.[33]

infertilidade

Um problema comum na apresentação em homens com hipogonadismo.

Incomuns

micropênis

O pênis curto (muitas vezes associado à falta de hiperpigmentação escrotal e rugas) é indicativo de hipogonadismo que ocorreu antes da puberdade e muito provavelmente no útero.

testículos pequenos

Testículos muito pequenos ou encolhidos (especialmente <5 mL de volume) são indicativos de deficiência de testosterona.

escroto bífido ou hipoplásico

Uma manifestação de deficiência de testosterona no útero.

criptorquidia, especialmente se bilateral

Uma manifestação potencial de deficiência de testosterona no útero.

desproporção segmentar

Indicada por envergadura do braço mais de 5 cm maior que a altura ou altura sentada <50% da altura em pé.

Essas proporções se desenvolvem quando o hipogonadismo ocorre antes da puberdade e causa atraso no fechamento puberal das epífises dos ossos longos.[7][32]

hemianopsia bitemporal

Indicativa de lesão parasselar, que pode estar causando hipogonadismo secundário.

fraturas por baixo impacto

O hipogonadismo de longa duração está associado à osteoporose que, por sua vez, pode ocasionar a ocorrência de fraturas com níveis excepcionalmente baixos de trauma.

perda de altura

Pode ser indicativa de fraturas de compressão da medula espinhal associadas à baixa densidade mineral óssea e à osteoporose secundárias ao hipogonadismo.

anosmia

Observada em pacientes com síndrome de Kallmann.

Outros fatores diagnósticos

comuns

diminuição da energia e fadiga

Achado inespecífico que pode ser relatado em pacientes com hipogonadismo, pode incluir exaustão física e falta de vitalidade.

Incomuns

puberdade ausente ou incompleta

Se o hipogonadismo ocorreu antes da puberdade, os pacientes podem relatar puberdade ausente ou incompleta.

hipoplasia escrotal, hipopigmentação e ausência de rugas

Indicativa de hipogonadismo que começou antes da puberdade.

diminuição da massa e da força muscular

Inespecífico. Uma boa ferramenta na pesquisa, mas de valor limitado na prática clínica.

perda de pelos axilares e pubianos

Específica, mas insensível no hipogonadismo.

ausência de pelos faciais

A ausência de pelos faciais e uma linha do cabelo mais baixa podem ser observadas em muitos homens com hipogonadismo congênito.

comprometimento de memória e baixa concentração

Achado inespecífico que pode ser relatado em pacientes com hipogonadismo.

humor deprimido ou lábil

Achado inespecífico que pode ser relatado em pacientes com hipogonadismo.

perturbação do sono

Achado inespecífico que pode ser relatado em pacientes com hipogonadismo.

O hipogonadismo grave pode estar associado a fogacho que, por sua vez, pode afetar a qualidade do sono.

fogacho e sudorese

O hipogonadismo pode estar associado a fogacho que, por sua vez, pode afetar a qualidade do sono.

alta estatura

Alguns homens com hipogonadismo congênito podem ser altos, com proporções eunucoides (isto é, envergadura >5 cm maior que a altura) em virtude da fusão tardia das epífises dos ossos longos.[7][32]

enrugamento fino da pele facial

Pode ser observado em alguns pacientes com hipogonadismo grave prolongado.

Fatores de risco

Fortes

anomalia genética

A síndrome de Klinefelter é a causa congênita mais comum de hipogonadismo primário.[9][15] A síndrome de Klinefelter tem uma prevalência populacional provável de >5 por 10,000 homens, mas apenas 25% a 50% dos homens são diagnosticados durante a vida.[9]

A maioria dos pacientes tem anomalia do genótipo 47,XXY; mosaicismo também é observado em 6% a 7%.[16] A secreção de testosterona pode inicialmente estar bem preservada, mas o hipogonadismo clinicamente significativo invariavelmente está presente.

Muitas mutações genéticas podem resultar em hipogonadismo hipogonadotrófico congênito (HHC), incluindo a síndrome de Kallmann.[2]

diabetes mellitus do tipo 2

Doenças crônicas, como síndrome metabólica e diabetes, podem levar ao hipogonadismo secundário.[29]

O hipogonadismo secundário (também conhecido como central ou hipogonadotrófico) está presente em cerca de um terço dos pacientes do sexo masculino com diabetes do tipo 2.[31]

No European Male Ageing Study (EMAS), o acúmulo de comorbidades não gonadais relacionadas à idade que causam supressão de gonadotrofinas (por exemplo, obesidade) foi um fator de risco maior para queda dos níveis de testosterona do que a idade cronológica.[5][12]

uso de agentes alquilantes, opioides ou glicocorticoides

Pode ser uma das causas tanto de hipogonadismo primário quanto de secundário.

Agentes alquilantes como ciclofosfamida e clorambucila podem causar hipogonadismo primário.[17] Os homens prestes à serem submetidos a terapia com agentes alquilantes devem ter a opção de recorrer a um banco de esperma.

Altas doses de glicocorticoides e opioides reduzem a função gonadal principalmente por meio de efeitos diretos no eixo hipotálamo-hipófise (suprimindo a síntese do hormônio liberador de gonadotrofina).[22]

uso de hormônios sexuais exógenos e análogos do GnRH

Análogos ou antagonistas do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) (como aqueles usados no tratamento do câncer de próstata), estrogênios exógenos e androgênios exógenos podem causar hipogonadismo.[22]

Os análogos do GnRH causam uma down-regulation dos receptores das gonadotrofinas, enquanto os esteroides sexuais exógenos suprimem a unidade hipotálamo-hipófise por feedback negativo.

hiperprolactinemia

O nível elevado de prolactina (por qualquer causa) suprime a secreção do hormônio liberador de gonadotrofina mediada pela kisspeptina.[4]

tumor parasselar ou apoplexia de macroadenoma hipofisário

O tumor parasselar ou a apoplexia (infarto hemorrágico) do macroadenoma hipofisário causa compressão de gonadotrofos (células basofílicas da adeno-hipófise especializadas em secretar hormônio luteinizante ou hormônio folículo-estimulante), resultando em hipogonadismo secundário.

lesão testicular

Pode ocorrer como resultado de trauma, torção ou irradiação.[9] Também inclui orquidectomia para cânceres de testículo, que são frequentemente metacrônicos.

No caso de uma torção, aumenta a probabilidade de lesões com a duração da torção não aliviada.

infecção

A orquite relacionada à parotidite é a infecção mais comum. O HIV é uma causa infecciosa rara.[9] A espermatogênese é mais afetada que a produção de androgênio.

Fracos

varicocele

Raramente causa hipogonadismo, mas causa aumento da temperatura e/ou acúmulo de metabólitos teciduais nos testículos.[18]

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