História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
febre
Pode acompanhar uma sialadenite infecciosa aguda ou etiologia autoimune, sugerindo infecção ou inflamação.
dor e disfagia
Novo episódio de dor e edema, geralmente unilateral, afetando a região parótida ou submandibular. A dor pode piorar durante a alimentação e na deglutição.[31]
edema facial
Em geral, é unilateral e normalmente localiza-se na região parótida, sob a língua ou debaixo da mandíbula. O paciente pode ter início agudo e pode ter tido episódios repetidos no passado.[31][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Sialadenite bacteriana aguda da glândula parótida esquerdaDo acervo pessoal do Dr. A. Aguirre; usado com permissão [Citation ends].
edemas doloridos recorrentes
Sugerem sialadenite recorrente crônica. Cada episódio pode apresentar sintomas e sinais semelhantes a um episódio agudo.
exsudatos de pus pela abertura da glândula salivar
Indicativos de infecção bacteriana. Podem ocorrer espontaneamente ou mediante manipulação da glândula. O ducto de Stensen drena a glândula parótida e localiza-se opostamente ao segundo dente molar superior. O ducto de Wharton drena para as papilas sublinguais.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Visão intraoral da glândula parótida direita revelando exsudato purulento saindo do ducto de StensenDo acervo pessoal do Dr. A. Aguirre; usado com permissão [Citation ends].
uso de medicamentos xerostômicos
A diminuição do fluxo salivar pode predispor a infecção. Os medicamentos que podem contribuir incluem anti-histamínicos, antidepressivos e agentes anticolinérgicos.[39]
Incomuns
trismos mandibulares
Inabilidade para abrir a boca na extensão completa (cerca de 40 mm). Pode estar presente com grandes edemas normalmente de origem bacteriana aguda.
dificuldade respiratória (estridor, uso de músculos acessórios, batimento da asa do nariz, sibilo)
Pode haver o desenvolvimento de sinais se o edema glandular for significativo e causar a obstrução das vias aéreas.[31] Embora seja incomum, ela deve ser reconhecida e tratada imediatamente.
paralisia do nervo craniano
Os nervos cranianos VII (facial), IX (glossofaríngeo) e XII (hipoglosso) correm risco de compressão pelo edema. O nervo facial (VII) atravessa a glândula parótida e se divide em seus ramos constituintes dentro da substância da própria parótida.
doença do tecido conjuntivo ou síndrome de Sjögren
Pode haver uma história de síndrome de Sjögren ou uma doença do tecido conjuntivo concomitante (por exemplo, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide ou esclerodermia).
Outros fatores diagnósticos
comuns
edema episódico durante a alimentação
Edema agudo na glândula salivar sem fluxo observável de saliva pelos orifícios ductais. A palpação pode revelar uma glândula salivar endurecida e a presença de um sialolito.
recentes intervenções cirúrgicas sob anestesia geral
Predispõem à sialadenite através dos efeitos diretos de agentes anestésicos e depleção de volume pela cirurgia.
ressecamento dos olhos e da boca
O ressecamento da cavidade oral e dos olhos são os principais sintomas da síndrome de Sjögren e podem ser observados em combinação com uma doença do tecido conjuntivo (por exemplo, artrite reumatoide, dermatomiosite ou esclerodermia).
candidíase oral
Pode estar presente na síndrome de Sjögren ou em associação com doenças do tecido conjuntivo.
exposição ao contraste iodado
A sialadenite aguda causada por iodo, ou "caxumba iodada", é uma reação adversa rara ao contraste iodado que causa inchaço das glândulas salivares. A condição pode ser subdiagnosticada, com pesquisadores postulando que sua verdadeira incidência pode estar próxima de 1% a 2%.
Incomuns
edemas indolores recorrentes
Podem indicar etiologia autoimune subjacente.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Edema bilateral das glândulas parótidas na síndrome de SjögrenDo acervo pessoal do Dr. A. Aguirre; usado com permissão [Citation ends].
deslocamento do lobo auricular
Pode ocorrer com edema da glândula parótida.
pródromo de parestesia na glândula afetada
Pode preceder dor e edema na sialadenite recorrente crônica.
edema no palato duro
Um condição inflamatória rara, geralmente dolorida e que afeta a parte posterior do palato duro. Pode ser unilateral ou bilateral. Geralmente apresenta início súbito.[40]
Fatores de risco
Fortes
depleção de volume e desnutrição
imunossupressão
Síndrome de Sjögren
A sialadenite autoimune está associada à síndrome de Sjögren.[13]
doenças do tecido conjuntivo
Estão associadas à sialadenite autoimune, embora a etiologia não esteja clara.[28]
mulheres entre 50 e 60 anos de idade
A síndrome de Sjögren é a mais comum em mulheres na peri-menopausa ou menopausadas.[3]
anestesia geral
Pode ocorrer sialadenite nosocomial até algumas semanas após a cirurgia. Em 1 série de 161 pacientes, um terço tinha sido submetido a cirurgia nas semanas precedentes, embora muitos também tivessem comorbidades significativas.[24]
medicamentos xerostômicos
Diversos medicamentos (por exemplo, medicamentos diuréticos, anti-histamínicos, antidepressivos e anti-hipertensivos) podem produzir hipofunção das glândulas salivares farmacologicamente induzida.[20]
sialolitíase
A sialadenite esclerosante crônica pode resultar da obstrução das glândulas salivares por calcosferitos e pode ser uma doença associada à IgG4.[29]
obstrução mecânica crônica e/ou múltiplos episódios de inflamação aguda
Microlitíase, infecções recorrentes e suposta destruição imunológica dos ácinos causam o desenvolvimento de sialadenite esclerosante crônica das glândulas salivares maiores.[13]
Fracos
trauma (morder a bochecha)
Resulta na introdução direta de bactérias nos ductos salivares excretores.[20]
procedimentos ortodônticos/dentários
Resultam na introdução acidental de ar e bactérias.[20]
sialectase, diverticulite e estenoses
Diminuição do fluxo salivar, que pode resultar em obstrução.[30]
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