Caso clínico
Caso clínico #1
Um homem de 65 anos de idade se apresenta com dor aguda no lado esquerdo do rosto. Ele vem sendo tratado para hipertensão e começou recentemente a tomar fluoxetina para tratar depressão. Ele fuma meio maço de cigarros todos os dias. O paciente se queixa de dor intensa e constante no lado esquerdo do rosto. O exame físico da cabeça e do pescoço revela um edema circunscrito na área pré-auricular esquerda que se estende para o ângulo da mandíbula. Observa-se deslocamento do lobo auricular para fora. O paciente nunca sentiu isso antes. A manipulação suave da glândula parótida esquerda resulta na expressão de um exsudato purulento pela abertura do ducto de Stensen oposto ao primeiro dente molar superior.
Caso clínico #2
Uma mulher de 42 anos de idade chega ao dentista com edema agudo e dor debaixo da língua, no lado esquerdo. Ela declara que esses sintomas já duram por 3 dias e que a dor aumenta durante a alimentação. A história médica da paciente não apresenta nada digno de nota. O exame físico revela eritema e edema na área anterior do lado esquerdo do assoalho da boca. Não se observa qualquer deficit neurológico. Observa-se um pequeno objeto ceroso amarelo através da mucosa, próximo do ducto de Wharton. A dor diminui durante o período pós-prandial.
Outras apresentações
A sialadenite recorrente crônica é mais comum em adultos e geralmente afeta as glândulas parótidas com mais frequência que as glândulas submandibulares. No entanto, as crianças também podem ser afetadas. Ela se apresenta como um edema súbito unilateral ou, raramente, bilateral. Os pacientes se queixam de sensibilidade à palpação e não conseguem correlacionar o desenvolvimento do edema a qualquer evento específico (por exemplo, ingestão de medicamentos, eventos pós-prandiais). A duração dos episódios pode variar de dias a meses. A sialadenite esclerosante crônica é encontrada mais comumente nas glândulas submandibulares. Embora se apresente normalmente como um aumento unilateral de uma glândula submandibular, há relatos de comprometimento simultâneo de glândulas salivares maiores e menores. Clinicamente, ela pode ser sintomática ou assintomática e é difícil de diferenciar de um tumor. A sialadenite autoimune é observada classicamente em mulheres com síndrome de Sjögren e se apresenta como edemas estáveis sintomáticos e bilaterais das glândulas parótidas. A sialadenite necrosante subaguda é rara, mas relata-se que ela se apresenta como um edema unilateral ou bilateral doloroso no palato duro (raramente no palato mole) que apresenta resolução espontânea em dias ou semanas.
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