Complicações

Complicação
Período de ocorrência
Probabilidade
longo prazo
alta

Todos os pacientes sob doses suprafisiológicas de corticosteroides sofrem um aumento do risco de desenvolver osteoporose e devem ser avaliados quanto a outros fatores de risco.

A suplementação de cálcio e de vitamina D e a consideração da terapia com bifosfonatos podem ser apropriadas.

Osteoporose

variável
alta

Citopenias ocorrem comumente, e deve-se realizar um hemograma completo 2 semanas depois de um aumento da dose e, em seguida, a cada 4 a 6 semanas quando a dose estiver estável.

Hepatite induzida por medicamentos pode também ocorrer, sendo razoável um monitoramento das enzimas hepáticas a cada 2 meses.

Em termos de infertilidade, a oligospermia pode ser observada em homens e geralmente é reversível na descontinuação da terapia.

variável
alta

Citopenias são comuns, e deve-se realizar um hemograma completo a cada 2 semanas durante o uso de ciclofosfamida oral; uma diminuição da contagem leucocitária total para <3.5 deve motivar a redução da dose.

A função renal deve ser monitorada mensalmente, já que uma redução da função renal justifica o ajuste da dose. Deve-se fazer uma urinálise mensalmente para a detecção de hematúria.

Os metabólitos da ciclofosfamida podem causar cistite: os pacientes devem ser encorajados a manter uma ingestão adequada de líquido de pelo menos 2 L/dia.

Por causa da teratogênese, os pacientes devem ser lembrados e aconselhados sobre a importância de uma contracepção eficaz.

Devido ao risco de infertilidade, antes do início da terapia deve-se discutir sobre um banco de esperma e manipulação hormonal para preservar a função ovariana.

Neoplasias vesicais podem se desenvolver anos após o término da terapia, e deve-se buscar o encaminhamento precoce para cistoscopia para hematúria persistente.

Os pacientes sob tratamento com ciclofosfamida têm aumento do risco de infecções oportunistas, inclusive por Pneumocystis jirovecii. Todos os pacientes devem ser submetidos à terapia profilática e atualizar a vacinação antes do início da terapia, não devendo receber vacinas vivas enquanto estiverem sob regime de tratamento imunossupressor.

variável
baixa

As diretrizes da American College of Rheumatology para o monitoramento da toxicidade do metotrexato (com base no uso de metotrexato no tratamento de artrite reumatoide) recomendam a determinação basal do hemograma completo, avaliação da função renal, enzimas hepáticas, albumina e sorologia para hepatite B e C antes do início do uso de metotrexato.[54]

As enzimas hepáticas e a albumina devem ser monitoradas a cada 4 a 8 semanas, devendo-se encaminhar o paciente para biópsia hepática caso ocorram elevações persistentes da aspartato transaminase (AST) ou caso a albumina fique abaixo dos valores normais.

Uma radiografia torácica inicial é indicada.

A British Association of Dermatologists recomenda verificar a sorologia do vírus da varicela-zóster (VZV) nos pacientes sem história de varicela. A vacinação contra VZV é considerada quando a sorologia é negativa.[55]

Deve-se considerar o encaminhamento para a biópsia hepática antes da terapia em pacientes com uma história de consumo significativo de bebidas alcoólicas, que apresentem anormalidades basais persistentes das transaminases hepáticas ou que tenham sorologia positiva para hepatite B ou C crônicas.

O uso de metotrexato não é recomendado para mulheres em idade fértil.

Não se deve consumir bebidas alcoólicas durante o uso de metotrexato.

A administração de ácido fólico (1 mg/dia) pode reduzir a incidência de efeitos colaterais e é recomendada para todos os pacientes.

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