Abordagem

A história clínica, psiquiátrica e do sono é suficiente para o diagnóstico dos transtornos do ciclo sono-vigília.

Avaliação clínica

Uma história detalhada do sono é importante no diagnóstico dos transtornos do ciclo sono-vigília. Na ausência de uma história pregressa de distúrbios do sono com uma história de viagem transmeridional, o diagnóstico de síndrome de jet lag geralmente fica claro. Para se fazer o diagnóstico, é essencial viajar de avião através de pelo menos 2 fusos horários.[1]​ A principal queixa do paciente será insônia ou sonolência diurna. As viagens em sentido oeste estão associadas à dificuldade em manter o sono, e as viagens em sentido leste estão associadas à dificuldade em adormecer.[1]​ O paciente também pode se queixar de comprometimento da função diurna, de mal-estar generalizado, de cãibras musculares ou de sintomas somáticos, como distúrbio gastrointestinal, em até 1 a 2 dias após a viagem.[1]

Uma história detalhada deve diferenciar os sintomas de jet lag da fadiga relacionada à viagem. Os sintomas da fadiga relacionada à viagem incluem fadiga geral, maior predisposição a cefaleias e cansaço pela viagem. A fadiga da viagem é associada a qualquer viagem longa e não requer viagem entre diferentes fusos horários. Ela geralmente diminui no dia seguinte após uma noite de sono normal.[4]

Se o paciente tiver sintomas predominantemente gastrointestinais ou urinários, uma condição médica subjacente deve ser excluída. Caso tenha sido levantada a história detalhada e o exame físico não for revelador, o paciente deve ser tranquilizado sobre a natureza autolimitada do jet lag, e nenhum outro exame ou acompanhamento é necessário.

Exames diagnósticos

Viajantes frequentes com fatores de risco para apneia do sono obstrutiva, a qual inclui ronco, obesidade e sonolência diurna, devem ter um diagnóstico polissonográfico, pois a combinação de má qualidade do sono e apneia obstrutiva do sono pode piorar os sintomas do jet lag.

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