Prevenção primária

Não há estratégias preventivas para o abscesso intra-abdominal (AIA) primário (ou seja, relacionado à apendicite e diverticulite perfurada). Uma revisão Cochrane avaliou o efeito da drenagem abdominal na prevenção do abscesso intraperitoneal após a apendicectomia aberta para apendicite complicada. A eficácia da drenagem abdominal não ficou clara, e as evidências foram de baixa certeza. A drenagem abdominal pode elevar a taxa de complicação em 30 dias e o tempo de hospitalização; são necessários estudos maiores para determinar de maneira mais precisa os efeitos da drenagem sobre os desfechos de morbidade e mortalidade.[17] Não há evidências de ensaios clínicos randomizados e controlados para confirmar ou refutar o uso de antibióticos profiláticos para trauma abdominal penetrante.[18] Para pacientes com AIA secundário (ou seja, pós-operatório ou relacionado à disseminação por bacteremia), possíveis estratégias para prevenção de AIA incluem controle adequado de foco de infecção inicial intra-abdominal com complicação e iniciação precoce de terapêutica antimicrobiana empírica apropriada.

A resposta do hospedeiro à infecção intra-abdominal depende de cinco aspectos principais: 1) tamanho do inóculo, 2) virulência dos organismos contaminantes, 3) presença de adjuvantes dentro da cavidade peritoneal, 4) adequação das defesas locais, regionais e sistêmicas do hospedeiro e 5) adequação do tratamento inicial (ou seja, controle de foco). Os pacientes apresentam risco maior de formação de AIA após o tratamento de infecção intra-abdominal quando algum desses principais aspectos não são tratados adequadamente.

Prevenção secundária

Uma técnica cirúrgica segura e a observância de todas as medidas estéreis padrão durante a cirurgia podem reduzir o risco pós-operatório de abscesso intra-abdominal (AIA). Conforme indicada pelo procedimento, a terapêutica antimicrobiana pré-operatória adequada é uma etapa crítica na prevenção de infecções pós-operatórias.

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