Caso clínico

Caso clínico #1

Um homem de 75 anos com diabetes mellitus do tipo 2 chega ao pronto-socorro com uma história de 5 dias de dor abdominal que começou no quadrante inferior esquerdo e estava associada a constipação, náuseas e vômitos e fraqueza. Ele não tem história prévia de doença abdominal nem de cirurgia abdominal. O paciente está febril (102.1 °F ou 39.0 °C), taquicardíaco (frequência cardíaca de 110 bpm) e hipotenso (pressão arterial sistólica de 80 mmHg). Ele diz que tem dor abdominal generalizada, mas que esta é mais localizada no quadrante inferior esquerdo. Ele não se alimenta há 24 horas.

Caso clínico #2

Uma mulher de 45 anos apresenta um diagnóstico recente de doença de Crohn. Nove dias antes da apresentação, ela foi submetida a uma hemicolectomia direita com anastomose ileocólica para estenose da doença de Crohn com obstrução do intestino delgado. Ela teve uma evolução pós-operatória sem incidentes, com exceção de íleo paralítico. Os sintomas começaram 2 dias antes da apresentação, quando ela parou de comer devido a náuseas excessivas. Ela apresenta náusea, anorexia, febre alta (104.9 °F ou 40.0 °C) e sudorese noturna. Seu abdome está significativamente sensível à palpação no exame físico, com sensibilidade difusa, e ela apresenta claramente sinais peritoneais. A incisão cirúrgica apresenta eritema circundante e está drenando líquido purulento.

Outras apresentações

O abscesso intra-abdominal (AIA) é comumente relacionado à apendicite perfurada e à diverticulite perfurada.[1] É geralmente acompanhado de febre, dor abdominal e leucocitose. O AIA também pode estar presente sem febre ou dor abdominal significativa, dependendo do tamanho, grau de contenção e integridade do sistema imunológico do paciente.[3] No outro extremo, o paciente pode apresentar sinais clínicos e sintomas de sepse ou choque séptico, especialmente se for muito velho ou muito jovem ou imunocomprometido. Embora a leucocitose esteja geralmente presente, o paciente pode apresentar leucopenia ou até mesmo uma contagem leucocitária normal. O AIA primário é extremamente raro, mas alguns casos foram relatados.[4]

Uma massa palpável pode ser um sintoma manifesto.[5] O AIA não tratado pode se espalhar para o peito, para os membros inferiores/inguinais e até mesmo para o escroto/períneo.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Abscesso intra-abdominal com pequena bolha de ar, secundário à diverticulite perfuradaDo acervo do Dr. Ali F. Mallat e da Dra. Lena M. Napolitano; usado com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@430dddb6

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal