História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os principais fatores de risco incluem cirurgia abdominal e não abdominal, afecções agudas (por exemplo, infarto do miocárdio [IAM], pneumonia, colecistite aguda, pancreatite, trauma) e afecções sistêmicas (por exemplo, sepse).
náuseas e vômitos
distensão abdominal
Quase sempre presente, mas inespecífica.[3]
ausência de características de obstrução mecânica ou de inflamação peritoneal (por exemplo, hérnia abdominal, sinais peritoneais)
É importante procurar eventuais evidências de obstrução mecânica (por exemplo, hérnia), pois o tratamento é diferente, e um atraso no diagnóstico e no tratamento pode ter consequências graves.
As evidências de inflamação peritoneal, como peritonite e dor à descompressão brusca, constituem achados incomuns, e devem servir de alerta de outros processos de doenças intra-abdominais graves.
Um aumento da dor ou da necessidade de se administrar narcóticos é outro sinal de que o paciente pode ter uma obstrução intestinal aguda ou outra doença intra-abdominal, e não um simples íleo paralítico.
Outros fatores diagnósticos
comuns
obstipação (constipação grave, sem passagem de fezes ou flatos)
A diminuição dos gases e da evacuação constitui um achado comum.
No entanto, a evacuação do paciente não é suficiente para descartar o íleo paralítico.
desconforto e cólica abdominal
Geralmente sem dor significativa.
ruídos hidroaéreos reduzidos ou hipoativos
Os ruídos hidroaéreos reduzidos constituem um sinal inespecífico, mas são típicos do íleo paralítico. Isso é diferente da obstrução do intestino delgado, na qual podem ser constatados ruídos hidroaéreos hiperativos.
Incomuns
hipovolemia
Inespecífica, mas pode verificar-se em pacientes com ingestão oral limitada e vômitos.
Taquicardia, hipotensão e oligúria são achados específicos para essa afecção.
Fatores de risco
Fortes
cirurgia abdominal
Esse é um fator de risco importante.
As respostas ao estresse da incisão do peritônio, da manipulação intestinal e da anestesia geral, e fatores pós-operatórios como a imobilização, o uso de analgésicos, a dor e o repouso intestinal, contribuem para o surgimento do íleo paralítico.[3]
Fracos
cirurgia não abdominal
desequilíbrio eletrolítico
Especialmente sódio, potássio, cloreto, magnésio e cálcio.
Pode ser consequência do íleo paralítico ou um fator de exacerbação.
Os pacientes em jejum nos quais tenha sido colocada uma sonda nasogástrica, ou que apresentarem vômitos, estão predispostos a anormalidades, como hipocloremia ou hipocalemia.
Por sua vez, esses ou outros problemas com eletrólitos podem interferir na motilidade normal do intestino, exacerbando a afecção.
analgésicos opioides, anticolinérgicos ou gases anestésicos
Os analgésicos à base de opioides interferem na motilidade gastrointestinal.[3] Isso se manifesta frequentemente sob a forma de constipação grave, mas pode se manifestar também sob a forma de íleo paralítico.
Alguns agentes anticolinérgicos e anestésicos (por exemplo, atropina, halotano, enflurano) afetam a motilidade, contribuindo para o surgimento do íleo paralítico.[25]
comorbidades (por exemplo, diabetes mellitus, insuficiência cardiovascular, doença de Chagas, esclerodermia)
A gastroparesia no diabetes mellitus e a isquemia intestinal associada a insuficiência cardiovascular podem contribuir para distúrbios da motilidade gastrointestinal devido ao fluxo sanguíneo baixo.
Outras doenças autoimunes ou infecciosas, como a esclerodermia ou a doença de Chagas, estão associadas a distúrbios da motilidade e podem exacerbar o íleo paralítico.
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal