Epidemiologia

O íleo é comumente observado no contexto pós-operatório. A sua prevalência é difícil de se avaliar, pois o íleo paralítico é frequentemente considerado uma consequência normal da cirurgia, e portanto não é sempre relatado como uma complicação. Além disso, as várias definições na literatura são inconsistentes, fazendo com que a quantificação da incidência seja ainda mais difícil.[5][6]

Cerca de 22 milhões de procedimentos cirúrgicos em pacientes hospitalizados são realizados a cada ano nos EUA, e cerca de 2.7 milhões desses pacientes apresentam íleo paralítico pós-operatório com duração maior que um dia.[7]​​ Há relatos de que a laparotomia esteja associada a taxas de íleo paralítico de até 10%.[8]​ O íleo paralítico pós-operatório ocorre em até 1 em cada 8 pacientes submetidos a cirurgias abdominais, mas também pode ocorrer após outros tipos de cirurgias, como procedimentos cardíacos ou ortopédicos.[9][10][11][12][13]

O íleo paralítico pós-operatório é responsável por um prolongamento significativo da internação hospitalar, readmissão a 30 dias e por custos significativos da assistência.[14][15]​​ Aproximadamente 10% dos pacientes são internados novamente após terem sido submetidos a cirurgias abdominais de grande porte, e aproximadamente metade dessas reinternações são devidas a um íleo paralítico pós-operatório de início tardio.[16]​ O íleo paralítico também aumenta os custos hospitalares devido aos exames necessários, como tomografias computadorizadas, quando os pacientes são internados novamente, o que significa que o íleo paralítico pós-operatório resulta em custos comparáveis aos de outras complicações pós-operatórias mais graves.[17]

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal