Câncer de bexiga
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
tumores não invasivos do músculo
ressecção transuretral de tumor de bexiga
As diretrizes para câncer de bexiga da American Urological Association definem o câncer de bexiga de baixo risco como: doença solitária, de pequeno volume (≤3 cm), de baixo grau e em estádio Ta (Ta = carcinoma papilar não invasivo); qualquer neoplasia urotelial papilar de potencial maligno.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline
A ressecção transuretral de um tumor de bexiga (RTTB) é a terapia de primeira linha. As diretrizes recomendam repetir a ressecção transuretral dentro de 6 semanas para diminuir a recorrência se a ressecção inicial estiver incompleta.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline [48]European Association of Urology. Non-muscle-invasive bladder cancer. 2023 [internet publication]. https://uroweb.org/guidelines/non-muscle-invasive-bladder-cancer
Os pacientes com tumores de bexiga não invasivos do músculo e hiperplasia prostática benigna obstrutiva coexistente podem fazer ressecção transuretral da próstata no mesmo momento da RTTB. Uma metanálise demonstra que realizar os procedimentos simultaneamente melhora a qualidade de vida do paciente, sem risco de aumentar as taxas de recorrência ou metástase tumorais.[100]Zhou L, Liang X, Zhang K. Assessment of the clinical efficacy of simultaneous transurethral resection of both bladder cancer and the prostate: a systematic review and meta-analysis. Aging Male. 2020 Dec;23(5):1182-93. https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/13685538.2020.1718637 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32020826?tool=bestpractice.com
quimioterapia intravesical pós-operatória imediata
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Recomenda-se uma única instilação imediata de quimioterapia intravesical (administrada em até 24 horas após a ressecção transuretral) para reduzir o risco de recorrência.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline
Gencitabina e mitomicina são comumente usadas.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A gencitabina é preferível; ela tem tolerabilidade favorável e pode reduzir o risco de recorrência e progressão ao longo do tempo em comparação com a mitomicina.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [81]Han MA, Maisch P, Jung JH, et al. Intravesical gemcitabine for non-muscle invasive bladder cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Jun 14;6(6):CD009294. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8202966 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34125951?tool=bestpractice.com A epirrubicina é uma opção alternativa.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline [44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [82]Chou R, Selph S, Buckley DI, et al. Intravesical therapy for the treatment of nonmuscle invasive bladder cancer: a systematic review and meta-analysis. J Urol. 2017 May;197(5):1189-99. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28027868?tool=bestpractice.com
A instilação não deverá ser feita se houver suspeita de perfuração da bexiga ou se a ressecção for extensa.
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
gencitabina
ou
mitomicina
Opções secundárias
epirrubicina
ressecção transuretral de tumor de bexiga
Os pacientes de risco intermediário da American Urological Association são aqueles com doença de grande volume (>3 cm) ou doença multifocal de baixo grau e em estádio Ta; doença de alto grau em estádio Ta ≤3 cm; doença T1 de baixo grau; ou recorrência de um tumor em estádio Ta em até 1 ano (Ta = carcinoma papilar não invasivo; T1 = o tumor invade o tecido conjuntivo subepitelial, ou seja, a lâmina própria).[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline Esses pacientes têm um alto risco de recorrência, mas um baixo risco de progressão da doença.
A ressecção transuretral de um tumor de bexiga (RTTB) é a terapia de primeira linha. As diretrizes recomendam repetir a ressecção transuretral dentro de 6 semanas para diminuir a recorrência se a ressecção inicial for incompleta, se não houver músculo detrusor na amostra de ressecção inicial ou se forem encontrados tumores T1.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline [48]European Association of Urology. Non-muscle-invasive bladder cancer. 2023 [internet publication]. https://uroweb.org/guidelines/non-muscle-invasive-bladder-cancer
Os pacientes com tumores de bexiga não invasivos do músculo e hiperplasia prostática benigna obstrutiva coexistente podem fazer ressecção transuretral da próstata no mesmo momento da RTTB. Uma metanálise demonstra que realizar os procedimentos simultaneamente melhora a qualidade de vida do paciente, sem risco de aumentar as taxas de recorrência ou metástase tumorais.[100]Zhou L, Liang X, Zhang K. Assessment of the clinical efficacy of simultaneous transurethral resection of both bladder cancer and the prostate: a systematic review and meta-analysis. Aging Male. 2020 Dec;23(5):1182-93. https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/13685538.2020.1718637 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32020826?tool=bestpractice.com
quimioterapia intravesical pós-operatória imediata
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Recomenda-se uma única instilação pós-operatória imediata de quimioterapia intravesical (administrada até 24 horas após a ressecção transuretral) para reduzir o risco de recorrência.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline [82]Chou R, Selph S, Buckley DI, et al. Intravesical therapy for the treatment of nonmuscle invasive bladder cancer: a systematic review and meta-analysis. J Urol. 2017 May;197(5):1189-99. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28027868?tool=bestpractice.com [83]Lenis AT, Lec PM, Chamie K, et al. Bladder cancer: a review. JAMA. 2020 Nov 17;324(19):1980-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33201207?tool=bestpractice.com
Gencitabina e mitomicina são comumente usadas.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A gencitabina é preferível; ela tem tolerabilidade favorável e pode reduzir o risco de recorrência e progressão ao longo do tempo em comparação com a mitomicina.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [81]Han MA, Maisch P, Jung JH, et al. Intravesical gemcitabine for non-muscle invasive bladder cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Jun 14;6(6):CD009294. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8202966 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34125951?tool=bestpractice.com [83]Lenis AT, Lec PM, Chamie K, et al. Bladder cancer: a review. JAMA. 2020 Nov 17;324(19):1980-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33201207?tool=bestpractice.com A epirrubicina é uma opção alternativa.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline [44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [82]Chou R, Selph S, Buckley DI, et al. Intravesical therapy for the treatment of nonmuscle invasive bladder cancer: a systematic review and meta-analysis. J Urol. 2017 May;197(5):1189-99. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28027868?tool=bestpractice.com
A instilação não deverá ser feita se houver suspeita de perfuração da bexiga ou se a ressecção for extensa.
O bacilo de Calmette e Guérin (BCG) nunca é apropriado para instilação pós-operatória imediata devido ao risco de sepse.[84]Kaufman DS, Shipley WU, Feldman AS. Bladder cancer. Lancet. 2009 Jul 18;374(9685):239-49. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19520422?tool=bestpractice.com
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
gencitabina
ou
mitomicina
Opções secundárias
epirrubicina
imunoterapia intravesical com bacilo de Calmette e Guérin (BCG) ou quimioterapia intravesical tardia
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A imunoterapia intravesical com BCG tardia ou a quimioterapia intravesical podem ser consideradas para os pacientes com doença de risco intermediário, iniciando 3-4 semanas após a ressecção transuretral e administradas uma vez por semana por 6 semanas.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline [44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
As decisões sobre terapia intravesical adicional se baseiam na avaliação do risco de recorrência, na história e nos sintomas do paciente, no risco de desfechos adversos da repetição da ressecção e na toxicidade da terapia.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline
A terapia de manutenção é uma opção se houver resposta completa ao tratamento postergado.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline [44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A duração ideal da terapia de manutenção é desconhecida. As diretrizes especificam o uso da manutenção com BCG por 1 ano na doença de risco intermediário.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline [44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [85]Oddens J, Brausi M, Sylvester R, et al. Final results of an EORTC-GU cancers group randomized study of maintenance bacillus Calmette-Guérin in intermediate- and high-risk Ta, T1 papillary carcinoma of the urinary bladder: one-third dose versus full dose and 1 year versus 3 years of maintenance. Eur Urol. 2013 Mar;63(3):462-72. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23141049?tool=bestpractice.com Um esquema de 3 semanas de BCG administrado em 3, 6 e 12 meses é comumente usado.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [86]Lamm DL, Blumenstein BA, Crissman JD, et al. Maintenance bacillus Calmette-Guérin immunotherapy for recurrent TA, T1 and carcinoma in situ transitional cell carcinoma of the bladder: a randomized Southwest Oncology Group Study. J Urol. 2000 Apr;163(4):1124-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10737480?tool=bestpractice.com
Pacientes com doença persistente ou recorrente após um único ciclo de BCG intravesical de indução podem receber um segundo ciclo de BCG.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline
Mitomicina e gencitabina são alternativas para quimioterapia intravesical tardia. Outras opções incluem gencitabina sequencial associada a docetaxel, epirrubicina, valrubicina, docetaxel ou gencitabina sequencial associada a mitomicina.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Docetaxel é bem tolerado por via intravesical e é uma opção eficaz para câncer de bexiga sem invasão muscular refratário a BCG isolada e em combinação com gencitabina.[87]Steinberg RL, Thomas LJ, Brooks N, et al. Multi-institution evaluation of sequential gemcitabine and docetaxel as rescue therapy for nonmuscle invasive bladder cancer. J Urol. 2020 May;203(5):902-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31821066?tool=bestpractice.com [88]Barlow LJ, McKiernan JM, Benson MC. Long-term survival outcomes with intravesical docetaxel for recurrent nonmuscle invasive bladder cancer after previous bacillus Calmette-Guérin therapy. J Urol. 2013 Mar;189(3):834-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23123371?tool=bestpractice.com A quimioterapia de manutenção normalmente é administrada em intervalos mensais, por 6-12 meses.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
BCG vivo intravesical
Opções secundárias
mitomicina
ou
gencitabina
Opções terciárias
gencitabina
e
docetaxel
ou
epirrubicina
ou
valrubicina intravesical
ou
docetaxel
ou
gencitabina
e
mitomicina
ressecção transuretral de tumor de bexiga
Definido como: carcinoma in situ: Ta de alto grau >3 cm ou multifocal; T1 de alto grau; qualquer tumor Ta recorrente de alto grau; qualquer falha do BCG em um paciente de alto grau; histologia de qualquer variante ou invasão linfovascular ou uretral prostática.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline
A ressecção transuretral é a terapia de primeira linha.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline
A conclusão da ressecção do tumor, a recorrência em 3 meses e a presença de doença residual na nova ressecção têm importância prognóstica significativa.[91]Brausi M, Collette L, Kurth K, et al. Variability in the recurrence rate at first follow-up cystoscopy after TUR in stage Ta T1 transitional cell carcinoma of the bladder: a combined analysis of seven EORTC studies. Eur Urol. 2002 May;41(5):523-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12074794?tool=bestpractice.com [92]Holmang S, Johansson SL. Stage Ta-T1 bladder cancer: the relationship between findings at first followup cystoscopy and subsequent recurrence and progression. J Urol. 2002 Apr;167(4):1634-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11912378?tool=bestpractice.com
As diretrizes recomendam repetir a ressecção transuretral dentro de 6 semanas para diminuir a recorrência se a ressecção inicial for incompleta, se não houver músculo detrusor na amostra de ressecção inicial, se forem encontrados tumores T1, ou se os tumores tiverem histologia variante (e o paciente não for submetido à cistectomia).[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline [48]European Association of Urology. Non-muscle-invasive bladder cancer. 2023 [internet publication]. https://uroweb.org/guidelines/non-muscle-invasive-bladder-cancer A repetição da ressecção também deve ser considerada para os tumores Ta de alto risco e alto grau.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline [93]Jakse G, Algaba F, Malmström PU, et al. A second-look TUR in T1 transitional cell carcinoma: why? Eur Urol. 2004 May;45(5):539-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15082193?tool=bestpractice.com [94]Divrik T, Yildirim U, Eroğlu AS, et al. Is a second transurethral resection necessary for newly diagnosed pT1 bladder cancer? J Urol. 2006 Apr;175(4):1258-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16515974?tool=bestpractice.com
Os pacientes com tumores de bexiga não invasivos do músculo e hiperplasia prostática benigna obstrutiva coexistente podem fazer ressecção transuretral da próstata ao mesmo tempo em que a ressecção transuretral de um tumor de bexiga. Uma metanálise demonstra que realizar os procedimentos simultaneamente melhora a qualidade de vida do paciente, sem risco de aumentar as taxas de recorrência ou metástase tumorais.[100]Zhou L, Liang X, Zhang K. Assessment of the clinical efficacy of simultaneous transurethral resection of both bladder cancer and the prostate: a systematic review and meta-analysis. Aging Male. 2020 Dec;23(5):1182-93. https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/13685538.2020.1718637 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32020826?tool=bestpractice.com
quimioterapia intravesical pós-operatória imediata
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Embora não se tenha confirmado que seja benéfica na doença de alto risco, uma instilação pós-operatória única (dentro de 24 horas) e imediata de quimioterapia intravesical às vezes é usada em associação com a imunoterapia intravesical tardia.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline [89]Sylvester RJ, Oosterlinck W, Holmang S, et al. Systematic review and individual patient data meta-analysis of randomized trials comparing a single immediate instillation of chemotherapy after transurethral resection with transurethral resection alone in patients with stage pTa-pT1 urothelial carcinoma of the bladder: which patients benefit from the instillation? Eur Urol. 2016 Feb;69(2):231-44. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26091833?tool=bestpractice.com [90]Bosschieter J, Nieuwenhuijzen JA, Vis AN, et al. An immediate, single intravesical instillation of mitomycin C is of benefit in patients with non-muscle-invasive bladder cancer irrespective of prognostic risk groups. Urol Oncol. 2018 Sep;36(9):400.e7-400.e14. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30064935?tool=bestpractice.com
Gencitabina e mitomicina são comumente usadas.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A gencitabina é preferível; ela tem tolerabilidade favorável e pode reduzir o risco de recorrência e progressão ao longo do tempo em comparação com a mitomicina.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [81]Han MA, Maisch P, Jung JH, et al. Intravesical gemcitabine for non-muscle invasive bladder cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Jun 14;6(6):CD009294. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8202966 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34125951?tool=bestpractice.com [83]Lenis AT, Lec PM, Chamie K, et al. Bladder cancer: a review. JAMA. 2020 Nov 17;324(19):1980-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33201207?tool=bestpractice.com A epirrubicina é uma opção alternativa.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline [44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [82]Chou R, Selph S, Buckley DI, et al. Intravesical therapy for the treatment of nonmuscle invasive bladder cancer: a systematic review and meta-analysis. J Urol. 2017 May;197(5):1189-99. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28027868?tool=bestpractice.com
A instilação não deverá ser feita se houver suspeita de perfuração da bexiga ou se a ressecção for extensa.
O bacilo de Calmette e Guérin (BCG) nunca é apropriado para instilação pós-operatória imediata devido ao risco de sepse.[84]Kaufman DS, Shipley WU, Feldman AS. Bladder cancer. Lancet. 2009 Jul 18;374(9685):239-49. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19520422?tool=bestpractice.com
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
gencitabina
ou
mitomicina
Opções secundárias
epirrubicina
imunoterapia intravesical com bacilo de Calmette e Guérin (BCG) tardia
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A imunoterapia com BCG costuma ser administrada por via intravesical 3-4 semanas após a ressecção transuretral e mantida por 2 horas. A indução é BCG semanal por 6 semanas.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline [44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A manutenção com BCG é recomendada se houver resposta completa à indução. A duração ideal da terapia de manutenção é desconhecida. As diretrizes especificam o uso da manutenção com BCG por 3 anos, se tolerada, para a doença de alto risco.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline A terapia de manutenção geralmente é administrada em instilações semanais por 3 semanas a 3, 6, 12, 18, 24, 30 e 36 meses. Podem ser usadas doses reduzidas se houver sintomas locais ou para prevenir a intensificação dos efeitos adversos do BCG.[86]Lamm DL, Blumenstein BA, Crissman JD, et al. Maintenance bacillus Calmette-Guérin immunotherapy for recurrent TA, T1 and carcinoma in situ transitional cell carcinoma of the bladder: a randomized Southwest Oncology Group Study. J Urol. 2000 Apr;163(4):1124-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10737480?tool=bestpractice.com
Nos pacientes de alto risco, o BCG por 3 anos em dose máxima reduz as recorrências em comparação com BCG em dose máxima por 1 ano.[85]Oddens J, Brausi M, Sylvester R, et al. Final results of an EORTC-GU cancers group randomized study of maintenance bacillus Calmette-Guérin in intermediate- and high-risk Ta, T1 papillary carcinoma of the urinary bladder: one-third dose versus full dose and 1 year versus 3 years of maintenance. Eur Urol. 2013 Mar;63(3):462-72. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23141049?tool=bestpractice.com
Pacientes com doença persistente ou recorrente após um único ciclo de BCG intravesical de indução devem receber um segundo ciclo de BCG.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
BCG vivo intravesical
cistectomia radical ou terapia intravesical de resgate
A BCG é a opção de tratamento de escolha para pacientes de alto risco (isto é, sem características de risco muito alto).[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 É necessária cautela ao selecionar pacientes para cistectomia, principalmente na ausência de invasão muscular; a mortalidade geral em 90 dias para a cistectomia chega a 9%, e o avanço da idade, um escore da American Society of Anesthesiology maior, e a presença de metástase linfonodal ou distante aumentam a mortalidade.[96]Aziz A, May M, Burger M, et al. Prediction of 90-day mortality after radical cystectomy for bladder cancer in a prospective European multicenter cohort. Eur Urol. 2014 Jul;66(1):156-63. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24388438?tool=bestpractice.com
A cistectomia é um tratamento excessivo na maioria dos pacientes de alto risco que não têm invasão muscular. As diretrizes da National Comprehensive Cancer Network sugerem que a cistectomia é preferível para os pacientes com características de risco muito alto, definidas como ausência de resposta ao BCG, histologias variantes (por exemplo, micropapilar, plasmocitoide, sarcomatoide), invasão linfovascular e invasão uretral prostática.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
As outras opções podem incluir a quimioterapia intravesical.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O tratamento ideal de pacientes que rejeitam ou não podem ser submetidos a cistectomia não foi estabelecido.
Deve-se oferecer aos pacientes a inscrição em um ensaio clínico ou uma terapia intravesical alternativa, como mitomicina, gencitabina ou gencitabina associada a docetaxel.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline [48]European Association of Urology. Non-muscle-invasive bladder cancer. 2023 [internet publication]. https://uroweb.org/guidelines/non-muscle-invasive-bladder-cancer
Opções primárias
mitomicina
ou
gencitabina
Opções secundárias
gencitabina
e
docetaxel
pembrolizumabe ou nadofaragene firadenovec intravesical ou nogapendekin alfa inbakicept intravesical associado a bacilo de Calmette e Guérin (BCG)
O pembrolizumabe (um inibidor da proteína de morte celular programada 1), o nadofaragene firadenovec (uma terapia gênica baseada em um vetor adenovírus não replicante), e o nogapendekin alfa inbakicept (um superagonista da interleucina-15 ativador de células imunológicas) associado a BCG estão aprovados pela Food and Drug Administration dos EUA para o tratamento de pacientes com carcinoma in situ (CIS) não invasivo do músculo de alto risco sem resposta clínica ao bacilo de Calmette e Guérin (BCG).[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [97]Balar AV, Kamat AM, Kulkarni GS, et al. Pembrolizumab monotherapy for the treatment of high-risk non-muscle-invasive bladder cancer unresponsive to BCG (KEYNOTE-057): an open-label, single-arm, multicentre, phase 2 study. Lancet Oncol. 2021 Jul;22(7):919-930. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34051177?tool=bestpractice.com [98]Boorjian SA, Alemozaffar M, Konety BR, et al. Intravesical nadofaragene firadenovec gene therapy for BCG-unresponsive non-muscle-invasive bladder cancer: a single-arm, open-label, repeat-dose clinical trial. Lancet Oncol. 2021 Jan;22(1):107-117. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33253641?tool=bestpractice.com [99]Chamie K, Chang SS, Kramolowsky E, et al. IL-15 superagonist NAI in BCG-unresponsive non-muscle-invasive bladder cancer. NEJM Evid. 2023 Jan;2(1):EVIDoa2200167. https://evidence.nejm.org/doi/10.1056/EVIDoa2200167?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38320011?tool=bestpractice.com
A aprovação do pembrolizumabe estipula que os pacientes são inelegíveis ou optaram por não se submeter à cistectomia. A imunoterapia sistêmica com pembrolizumabe é administrada ao paciente com CIS em até 12 meses após a conclusão de uma terapia adequada com BCG.[41]American Urological Association. Diagnosis and treatment of non-muscle invasive bladder cancer: AUA/SUO joint guideline. 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-muscle-invasive-guideline
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
pembrolizumabe
ou
nadofaragene firadenovec intravesical
ou
nogapendekin alfa inbakicept intravesical
e
BCG vivo intravesical
tumores localmente invasivos
cistectomia com dissecção dos linfonodos pélvicos
A cistoprostatectomia radical (nos homens) ou cistectomia radical frequentemente acompanhada por histerectomia (nas mulheres) geralmente é necessária, e acredita-se que proporcione a melhor chance de cura. A dissecção dos linfonodos pélvicos bilateral é uma parte fundamental do procedimento. A dissecção estendida dos linfonodos é controversa; as evidências de maior sobrevida são duvidosas, enquanto o risco de efeitos adversos é maior.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [54]European Association of Urology. Muscle-invasive and metastatic bladder cancer. 2024 [internet publication]. https://uroweb.org/guidelines/muscle-invasive-and-metastatic-bladder-cancer [109]Bruins HM, Veskimae E, Hernandez V, et al. The impact of the extent of lymphadenectomy on oncologic outcomes in patients undergoing radical cystectomy for bladder cancer: a systematic review. Eur Urol. 2014 Dec;66(6):1065-77. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25074764?tool=bestpractice.com [110]Lerner SP, Tangen C, Svatek RS, et al. Standard or extended lymphadenectomy for muscle-invasive bladder cancer. N Engl J Med. 2024 Oct 3;391(13):1206-16. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11599768 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39589370?tool=bestpractice.com Uma cicatrização grave por causa de cirurgia ou tratamentos prévios, idade avançada, ou comorbidades graves podem impedir a dissecção dos linfonodos pélvicos.
A cistectomia é seguida pela formação de uma derivação urinária por meio de um canal ileal na pele ou pela criação de um reservatório interno que pode ser drenado por cateter ou pela uretra. As contraindicações relativas à drenagem uretral incluem Tis (carcinoma in situ) nos dutos prostáticos ou uma margem uretral positiva.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Uma neobexiga ortóptica fornece alguma função semelhante a uma bexiga nativa, mas apresenta um aumento do risco de incontinência noturna e retenção que requer autocateterismo intermitente.
Em pacientes selecionados com doença T2, uma cistectomia parcial pode ser viável.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Isso requer que um tumor solitário, localizado em uma área da bexiga onde haja uma margem livre mínima de 2 cm do urotélio não envolvido, possa ser alcançado e a presença de tecidos moles suficientes para permitir a remoção do tumor sem reduzir significativamente a capacidade da bexiga ou causar incontinência. Isso costuma ser reservado para tumores no topo da bexiga que não têm Tis (carcinoma in situ) associado em outras áreas da bexiga. As contraindicações relativas são lesões no trígono ou colo vesical.
quimioterapia pré-operatória
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As diretrizes recomendam a quimioterapia neoadjuvante (seguida por cistectomia) para os pacientes elegíveis com doença T2-T4a sem envolvimento de linfonodos (N0) ou com envolvimento em um único linfonodo pélvico (N1).[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [54]European Association of Urology. Muscle-invasive and metastatic bladder cancer. 2024 [internet publication]. https://uroweb.org/guidelines/muscle-invasive-and-metastatic-bladder-cancer [101]Neuzillet Y, Audenet F, Loriot Y, et al. French AFU Cancer Committee Guidelines - Update 2022-2024: muscle-Invasive bladder cancer (MIBC). Prog Urol. 2022 Nov;32(15):1141-63. https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1166708722003426?via%3Dihub http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36400480?tool=bestpractice.com
A quimioterapia neoadjuvante combinada baseada em platina reduz o risco de mortalidade sem aumentar as complicações perioperatórias ou a mortalidade.[102]Advanced Bladder Cancer Meta-analysis Collaboration. Neo-adjuvant chemotherapy for invasive bladder cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2005 Apr 18;(2):CD005246. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD005246/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15846746?tool=bestpractice.com [103]Gandaglia G, Popa I, Abdollah F, et al. The effect of neoadjuvant chemotherapy on perioperative outcomes in patients who have bladder cancer treated with radical cystectomy: a population-based study. Eur Urol. 2014 Sep;66(3):561-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24486024?tool=bestpractice.com
O metotrexato denso em doses associado a vimblastina, doxorrubicina e cisplatina (ddMVAC) é o esquema de primeira escolha; a toxicidade e a eficácia são maiores, em comparação com o MVAC tradicional. A gencitabina associada a cisplatina pode ser uma opção alternativa.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [104]Galsky MD, Pal SK, Chowdhury S, et al. Comparative effectiveness of gemcitabine plus cisplatin versus methotrexate, vinblastine, doxorubicin, plus cisplatin as neoadjuvant therapy for muscle-invasive bladder cancer. Cancer. 2015 Aug 1;121(15):2586-93. https://acsjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/cncr.29387 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25872978?tool=bestpractice.com [105]Yin M, Joshi M, Meijer RP, et al. Neoadjuvant chemotherapy for muscle-invasive bladder cancer: a systematic review and two-step meta-analysis. Oncologist. 2016 Jun;21(6):708-15. https://theoncologist.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1634/theoncologist.2015-0440 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27053504?tool=bestpractice.com [106]Aydh A, Sari Motlagh R, Alamri A, et al. Comparison between different neoadjuvant chemotherapy regimens and local therapy alone for bladder cancer: a systematic review and network meta-analysis of oncologic outcomes. World J Urol. 2023 Aug;41(8):2185-94. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10415490 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37347252?tool=bestpractice.com [107]Zargar H, Shah JB, van Rhijn BW, et al. Neoadjuvant dose dense MVAC versus gemcitabine and cisplatin in patients with cT3-4aN0M0 bladder cancer treated with radical cystectomy. J Urol. 2018 Jun;199(6):1452-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29329894?tool=bestpractice.com [108]Sternberg CN, de Mulder PH, Schornagel JH, et al. Randomized phase III trial of high-dose-intensity methotrexate, vinblastine, doxorubicin, and cisplatin (MVAC) chemotherapy and recombinant human granulocyte colony-stimulating factor versus classic MVAC in advanced urothelial tract tumors: European Organization for Research and Treatment of Cancer Protocol no. 30924. J Clin Oncol. 2001 May 15;19(10):2638-46. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2001.19.10.2638?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11352955?tool=bestpractice.com
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
ddMVAC
metotrexato
e
vimblastina
e
doxorrubicina
e
cisplatina
ou
gencitabina
e
cisplatina
quimioterapia ou quimiorradioterapia pós-cistectomia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A quimioterapia ou a quimiorradioterapia pós-cistectomia podem ser consideradas em pacientes de alto risco selecionados (por exemplo, T3-4 patológico, linfonodos positivos, margens positivas).[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [114]Hall E, Hussain SA, Porta N, et al. Chemoradiotherapy in muscle-invasive bladder cancer: 10-yr follow-up of the phase 3 randomised controlled BC2001 trial. Eur Urol. 2022 Sep;82(3):273-9. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0302283822022655?via%3Dihub http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35577644?tool=bestpractice.com [115]Leow JJ, Martin-Doyle W, Rajagopal PS, et al. Adjuvant chemotherapy for invasive bladder cancer: a 2013 updated systematic review and meta-analysis of randomized trials. Eur Urol. 2014 Jul;66(1):42-54. http://www.europeanurology.com/article/S0302-2838(13)00861-0/fulltext/adjuvant-chemotherapy-for-invasive-bladder-cancer-a-2013-updated-systematic-review-and-meta-analysis-of-randomized-trials http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24018020?tool=bestpractice.com
Pode ser usada uma quimioterapia combinada baseada em cisplatina densa em doses como metotrexato associado a vimblastina, doxorrubicina e cisplatina (ddMVAC), ou gencitabina associada a cisplatina.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Os dados relacionados ao uso de radioterapia e quimiorradioterapia pós-cistectomia são limitados.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [54]European Association of Urology. Muscle-invasive and metastatic bladder cancer. 2024 [internet publication]. https://uroweb.org/guidelines/muscle-invasive-and-metastatic-bladder-cancer [111]American Urological Association. Treatment of non-metastatic muscle-invasive bladder cancer: AUA/ASCO/ASTRO/SUO guideline. Apr 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-metastatic-muscle-invasive-guideline Uma revisão sistemática não relatou benefícios claros atribuíveis à radioterapia adjuvante após a cistectomia.[116]Iwata T, Kimura S, Abufaraj M, et al. The role of adjuvant radiotherapy after surgery for upper and lower urinary tract urothelial carcinoma: A systematic review. Urol Oncol. 2019 Oct;37(10):659-671. https://www.doi.org/10.1016/j.urolonc.2019.05.021 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31255542?tool=bestpractice.com Em um ensaio clínico de fase 2 randomizado com pacientes pós-cistectomia com câncer de bexiga localmente avançado (carcinoma urotelial ou carcinoma de células escamosas), a quimioterapia sequencial adjuvante e a radioterapia melhoraram significativamente o controle local, em comparação com a quimioterapia adjuvante isolada (96% vs. 69%, respectivamente, em 2 anos).[117]Zaghloul MS, Christodouleas JP, Smith A, et al. Adjuvant Sandwich Chemotherapy Plus Radiotherapy vs Adjuvant Chemotherapy Alone for Locally Advanced Bladder Cancer After Radical Cystectomy: A Randomized Phase 2 Trial. JAMA Surg. 2018 Jan 17;153(1):e174591. https://www.doi.org/10.1001/jamasurg.2017.4591 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29188298?tool=bestpractice.com As sobrevidas global e livre de doença não tiveram uma diferença significativa entre os grupos de tratamento.
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
ddMVAC
metotrexato
e
vimblastina
e
doxorrubicina
e
cisplatina
Opções secundárias
gencitabina
e
cisplatina
nivolumabe pós-cistectomia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O nivolumabe pós-cistectomia pode ser considerado para determinados pacientes de alto risco com doença residual que não forem elegíveis ou que rejeitarem a terapia adjuvante baseada em cisplatina.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [54]European Association of Urology. Muscle-invasive and metastatic bladder cancer. 2024 [internet publication]. https://uroweb.org/guidelines/muscle-invasive-and-metastatic-bladder-cancer
Em um ensaio clínico randomizado e controlado, o nivolumabe pós-operatório melhorou significativamente a sobrevida livre de doença a 6 meses em comparação com o placebo (RR de 0.70); o aumento na sobrevida foi maior entre os pacientes com expressão de PD-L1 ≥1% (RR de 0.55). Os pacientes do ensaio clínico apresentaram evidências patológicas de carcinoma urotelial com alto risco de recorrência.[118]Bajorin DF, Witjes JA, Gschwend JE, et al. Adjuvant nivolumab versus placebo in muscle-invasive urothelial carcinoma. N Engl J Med. 2021 Jun 3;384(22):2102-14. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34077643?tool=bestpractice.com No Reino Unido, o NICE também restringe a sua recomendação de nivolumabe adjuvante a pacientes com expressão de PD-L1 ≥1%.[135]National Institute for Health and Care Excellence. Nivolumab for adjuvant treatment of invasive urothelial cancer at high risk of recurrence. August 2022 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ta817
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
nivolumabe
ressecção transuretral máxima + quimiorradioterapia
Para pacientes que recusam ou não são candidatos à cistectomia, a terapia trimodal (TMT) de preservação de órgãos com a combinação de RTTB máxima, quimioterapia e radioterapia pode ser uma opção alternativa.[54]European Association of Urology. Muscle-invasive and metastatic bladder cancer. 2024 [internet publication]. https://uroweb.org/guidelines/muscle-invasive-and-metastatic-bladder-cancer [111]American Urological Association. Treatment of non-metastatic muscle-invasive bladder cancer: AUA/ASCO/ASTRO/SUO guideline. Apr 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-metastatic-muscle-invasive-guideline [112]Powles T, Bellmunt J, Comperat E, et al. Bladder cancer: ESMO Clinical Practice Guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Mar;33(3):244-58. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(21)04827-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34861372?tool=bestpractice.com Os candidatos preferidos para a terapia de preservação de órgãos incluem aqueles com tumores solitários menores, sem envolvimento de linfonodos, sem carcinoma in situ extenso ou multifocal, sem hidronefrose e com boa função vesical pré-tratamento.[54]European Association of Urology. Muscle-invasive and metastatic bladder cancer. 2024 [internet publication]. https://uroweb.org/guidelines/muscle-invasive-and-metastatic-bladder-cancer
O aconselhamento adequado do paciente sobre os riscos e a vigilância regular pós-tratamento são essenciais. Embora uma metanálise tenha descoberto que a TMT não era inferior à cistectomia radical em <10 anos, no geral, a TMT foi associada a um aumento do risco de mortalidade por todas as causas e específica para câncer de bexiga.[113]Ding H, Fan N, Ning Z, et al. Trimodal therapy vs. radical cystectomy for muscle-invasive bladder cancer: a meta-analysis. Front Oncol. 2020;10:564779. https://www.frontiersin.org/journals/oncology/articles/10.3389/fonc.2020.564779/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33154943?tool=bestpractice.com Cerca de 30% dos pacientes tratados com terapia multimodal de preservação de órgãos terão doença invasiva recorrente e necessitarão de cistectomia radical subsequente.[111]American Urological Association. Treatment of non-metastatic muscle-invasive bladder cancer: AUA/ASCO/ASTRO/SUO guideline. Apr 2024 [internet publication]. https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/bladder-cancer-non-metastatic-muscle-invasive-guideline
Consulte o protocolo de especialistas local para esquemas de quimiorradioterapia.
quimioterapia ou quimiorradioterapia sistêmica
A doença T4b e N2-3 é normalmente considerada irressecável (definida como massa vesical fixa ou linfonodos positivos evidentes antes da laparotomia) e geralmente é tratada com quimioterapia isolada ou com quimiorradioterapia.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Para os pacientes que não mostram doença nodal na tomografia computadorizada (TC), recomendam-se 2 ou 3 ciclos de quimioterapia com ou sem radioterapia, seguidos por cistoscopia e uma nova TC.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Se o tumor responder ao tratamento, as opções subsequentes incluirão cistectomia ou quimioterapia de consolidação com ou sem radioterapia.
Se não houver resposta clínica, quimioterapia com radioterapia ou um novo esquema de quimioterapia poderá ser usado.
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
ddMVAC
metotrexato
e
vimblastina
e
doxorrubicina
e
cisplatina
Opções secundárias
gencitabina
e
cisplatina
cistectomia radical
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se o tumor responder ao tratamento (quimioterapia ou quimiorradioterapia sistêmica), as opções subsequentes incluirão cistectomia ou quimioterapia de consolidação com ou sem radioterapia.
A cistectomia radical é apropriada para a doença T4b se houver resposta tumoral e uma massa fixa não for mais palpável.
Ela também é apropriada para pacientes com radiação pélvica prévia e outros que não podem receber irradiação.
manutenção com avelumabe
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A manutenção com avelumabe é recomendada após o término da quimioterapia para pacientes com boa resposta e sem progressão da doença.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [119]National Institute for Health and Care Excellence. Avelumab for maintenance treatment of locally advanced or metastatic urothelial cancer after platinum-based chemotherapy. May 2022 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ta788 Em um ensaio de fase 3, a manutenção com avelumabe aumentou a sobrevida global em 7.1 meses em comparação com a terapia de suporte.[120]Powles T, Park SH, Voog E, et al. Avelumab maintenance therapy for advanced or metastatic urothelial carcinoma. N Engl J Med. 2020 Sep 24;383(13):1218-30. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2002788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32945632?tool=bestpractice.com
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
avelumabe
doença metastática
imunoterapia e/ou quimioterapia sistêmicas
Os pacientes que apresentam doença metastática ou desenvolvem doença metastática posteriormente geralmente são tratados com terapia sistêmica.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [54]European Association of Urology. Muscle-invasive and metastatic bladder cancer. 2024 [internet publication]. https://uroweb.org/guidelines/muscle-invasive-and-metastatic-bladder-cancer
O esquema de terapia usado pode variar de acordo com fatores como presença e gravidade das comorbidades (por exemplo, doença cardíaca, neuropatia, perda auditiva, disfunção renal), junto com uma avaliação de risco baseada na extensão da doença.
As diretrizes recomendam o pembrolizumabe associado ao conjugado anticorpo-medicamento enfortumabe vedotina como o tratamento de primeira linha de escolha para os pacientes com doença metastática que puderem receber terapia combinada.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [54]European Association of Urology. Muscle-invasive and metastatic bladder cancer. 2024 [internet publication]. https://uroweb.org/guidelines/muscle-invasive-and-metastatic-bladder-cancer [121]Powles T, Bellmunt J, Comperat E, et al. ESMO Clinical Practice Guideline interim update on first-line therapy in advanced urothelial carcinoma. Ann Oncol. 2024 Jun;35(6):485-90. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(24)00075-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38490358?tool=bestpractice.com Foram relatados melhores desfechos de sobrevida com o pembrolizumabe associado a enfortumabe vedotina, em comparação com a quimioterapia baseada em cisplatina.[122]Hoimes CJ, Flaig TW, Milowsky MI, et al. Enfortumab vedotin plus pembrolizumab in previously untreated advanced urothelial cancer. J Clin Oncol. 2023 Jan 1;41(1):22-31. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.22.01643?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36041086?tool=bestpractice.com [123]Powles T, Valderrama BP, Gupta S, et al. Enfortumab vedotin and pembrolizumab in untreated advanced urothelial cancer. N Engl J Med. 2024 Mar 7;390(10):875-88. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2312117?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38446675?tool=bestpractice.com
Para os pacientes com doença metastática que não puderem receber pembrolizumabe associado a enfortumabe vedotina (por exemplo, devido a contraindicações ou disponibilidade), os esquemas recomendados para os pacientes elegíveis para cisplatina incluem o metotrexato denso em doses associado a vimblastina, doxorrubicina e cisplatina (ddMVAC), ou gencitabina associada a cisplatina, ou gencitabina associada a cisplatina e nivolumabe.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [54]European Association of Urology. Muscle-invasive and metastatic bladder cancer. 2024 [internet publication]. https://uroweb.org/guidelines/muscle-invasive-and-metastatic-bladder-cancer [121]Powles T, Bellmunt J, Comperat E, et al. ESMO Clinical Practice Guideline interim update on first-line therapy in advanced urothelial carcinoma. Ann Oncol. 2024 Jun;35(6):485-90. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(24)00075-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38490358?tool=bestpractice.com [124]van der Heijden MS, Sonpavde G, Powles T, et al. Nivolumab plus gemcitabine-cisplatin in advanced urothelial carcinoma. N Engl J Med. 2023 Nov 9;389(19):1778-89. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2309863?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37870949?tool=bestpractice.com
Gencitabina associada a carboplatina é o esquema de quimioterapia preferido para os pacientes inelegíveis para cisplatina (ou seja, aqueles com: clearance da creatinina <60 mL/min; escore 2 de capacidade funcional do Eastern Cooperative Oncology Group; neuropatia de grau ≥2 ou perda auditiva; insuficiência cardíaca de classe III da New York Heart Association).[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [54]European Association of Urology. Muscle-invasive and metastatic bladder cancer. 2024 [internet publication]. https://uroweb.org/guidelines/muscle-invasive-and-metastatic-bladder-cancer [121]Powles T, Bellmunt J, Comperat E, et al. ESMO Clinical Practice Guideline interim update on first-line therapy in advanced urothelial carcinoma. Ann Oncol. 2024 Jun;35(6):485-90. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(24)00075-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38490358?tool=bestpractice.com [125]Merseburger AS, Apolo AB, Chowdhury S, et al. SIU-ICUD recommendations on bladder cancer: systemic therapy for metastatic bladder cancer. World J Urol. 2019 Jan;37(1):95-105. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30238401?tool=bestpractice.com [126]Galsky MD, Hahn NM, Rosenberg J, et al. A consensus definition of patients with metastatic urothelial carcinoma who are unfit for cisplatin-based chemotherapy. Lancet Oncol. 2011 Mar;12(3):211-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21376284?tool=bestpractice.com Após 2 ou 3 ciclos de quimioterapia, os pacientes são reavaliados e o tratamento é mantido por até 6 ciclos no total se a doença tiver respondido ou se mantido estável.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
pembrolizumabe
e
enfortumabe vedotina
Opções secundárias
ddMVAC
metotrexato
e
vimblastina
e
doxorrubicina
e
cisplatina
ou
gencitabina
e
cisplatina
ou
gencitabina
e
cisplatina
e
nivolumabe
Opções terciárias
gencitabina
e
carboplatina
cirurgia ou radioterapia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A radioterapia, geralmente em combinação com uma terapia sistêmica, pode ser usada para reduzir os sintomas ou melhorar o controle local.
A cirurgia ou radioterapia, frequentemente em combinação com quimioterapia, pode ser considerada em pacientes altamente selecionados que mostram uma resposta parcial significativa em um tumor primário irressecável, ou que tenham um local solitário de doença residual que seja ressecável após a quimioterapia.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [54]European Association of Urology. Muscle-invasive and metastatic bladder cancer. 2024 [internet publication]. https://uroweb.org/guidelines/muscle-invasive-and-metastatic-bladder-cancer Em algumas séries, isso tem produzido um benefício de sobrevida.[127]Abufaraj M, Dalbagni G, Daneshmand S, et al. The role of surgery in metastatic bladder cancer: a systematic review. Eur Urol. 2018 Apr;73(4):543-57. https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0302283817308400?via%3Dihub http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29122377?tool=bestpractice.com
Se a doença for completamente removida, dois ciclos adicionais de quimioterapia podem ser administrados se tolerados pelo paciente.
manutenção com avelumabe ou nivolumabe
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A manutenção com avelumabe é recomendada após o término da quimioterapia (sem nivolumabe) para os pacientes com boa resposta e sem progressão da doença.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [54]European Association of Urology. Muscle-invasive and metastatic bladder cancer. 2024 [internet publication]. https://uroweb.org/guidelines/muscle-invasive-and-metastatic-bladder-cancer [119]National Institute for Health and Care Excellence. Avelumab for maintenance treatment of locally advanced or metastatic urothelial cancer after platinum-based chemotherapy. May 2022 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ta788 [120]Powles T, Park SH, Voog E, et al. Avelumab maintenance therapy for advanced or metastatic urothelial carcinoma. N Engl J Med. 2020 Sep 24;383(13):1218-30. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2002788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32945632?tool=bestpractice.com
Para os pacientes que recebem gencitabina associada a cisplatina e nivolumabe, a manutenção com nivolumabe é recomendada.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [54]European Association of Urology. Muscle-invasive and metastatic bladder cancer. 2024 [internet publication]. https://uroweb.org/guidelines/muscle-invasive-and-metastatic-bladder-cancer [124]van der Heijden MS, Sonpavde G, Powles T, et al. Nivolumab plus gemcitabine-cisplatin in advanced urothelial carcinoma. N Engl J Med. 2023 Nov 9;389(19):1778-89. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2309863?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37870949?tool=bestpractice.com
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
avelumabe
ou
nivolumabe
ensaio clínico ou quimioterapia baseada em platina ou imunoterapia
A inscrição em um ensaio clínico, se elegível, é fortemente recomendada para terapias de segunda linha para doença metastática e avançada; não há evidências para seleção do tratamento ideal. A escolha do tratamento deve basear-se na terapia prévia e na elegibilidade para cisplatina.
Para os pacientes que evoluírem após o tratamento de primeira linha com pembrolizumabe associado a enfortumabe vedotina, as diretrizes recomendam quimioterapia baseada em platina ou monoterapia com enfortumabe vedotina (se não forem elegíveis para quimioterapia à base de cisplatina).[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [54]European Association of Urology. Muscle-invasive and metastatic bladder cancer. 2024 [internet publication]. https://uroweb.org/guidelines/muscle-invasive-and-metastatic-bladder-cancer [121]Powles T, Bellmunt J, Comperat E, et al. ESMO Clinical Practice Guideline interim update on first-line therapy in advanced urothelial carcinoma. Ann Oncol. 2024 Jun;35(6):485-90. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(24)00075-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38490358?tool=bestpractice.com
O pembrolizumabe (preferencial), o nivolumabe, o avelumabe ou o enfortumabe vedotina podem ser usados como tratamentos de segunda linha nos pacientes com carcinoma urotelial localmente avançado ou metastático que tiverem progressão da doença durante ou após a quimioterapia à base de platina.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [128]Bellmunt J, de Wit R, Vaughn DJ, et al; KEYNOTE-045 Investigators. Pembrolizumab as second-line therapy for advanced urothelial carcinoma. N Engl J Med. 2017 Mar 16;376(11):1015-1026. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1613683?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200www.ncbi.nlm.nih.gov http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28212060?tool=bestpractice.com [129]Powles T, Rosenberg JE, Sonpavde GP, et al. Enfortumab vedotin in previously treated advanced urothelial carcinoma. N Engl J Med. 2021 Mar 25;384(12):1125-35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33577729?tool=bestpractice.com
Consulte um especialista para obter orientações sobre as opções de tratamento ideais para esses pacientes.
erdafitinibe
A análise molecular/genômica, incluindo testes para alterações genéticas de FGFR3 e superexpressão de HER2, pode ajudar a orientar as opções de tratamento subsequentes e/ou a elegibilidade para ensaios clínicos.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O inibidor do receptor do fator de crescimento de fibroblastos (FGFR) erdafitinibe é uma opção alternativa para certos pacientes com alterações genéticas de FGFR3 que tiverem recebido pelo menos uma linha de terapia sistêmica prévia.[54]European Association of Urology. Muscle-invasive and metastatic bladder cancer. 2024 [internet publication]. https://uroweb.org/guidelines/muscle-invasive-and-metastatic-bladder-cancer [121]Powles T, Bellmunt J, Comperat E, et al. ESMO Clinical Practice Guideline interim update on first-line therapy in advanced urothelial carcinoma. Ann Oncol. 2024 Jun;35(6):485-90. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(24)00075-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38490358?tool=bestpractice.com O erdafitinibe está aprovado nos EUA e na Europa para os carcinomas uroteliais localmente avançados ou metastáticos que expressarem alterações do gene FGFR3 e tiverem evoluído durante ou após pelo menos uma linha de terapia sistêmica prévia (a qual deve incluir a imunoterapia para os pacientes elegíveis).
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
erdafitinibe
ensaio clínico ou terapia sistêmica ou terapia direcionada
A inscrição em um ensaio clínico, se elegível, é fortemente recomendada para as terapias de linhas subsequentes para a doença metastática e avançada; não há evidências para a seleção do tratamento ideal.
A análise molecular/genômica, incluindo testes para alterações genéticas de FGFR3 e superexpressão de HER2, pode ajudar a orientar as opções de tratamento subsequentes e/ou a elegibilidade para ensaios clínicos.[44]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: bladder cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
As linhas de terapia subsequentes dependem da terapia prévia e podem incluir enfortumabe vedotina, erdafitinibe (se positivo para alterações genéticas de FGFR3) ou quimioterapia.
A FDA aprovou trastuzumabe deruxtecan (um conjugado anticorpo-medicamento direcionado a HER2) para o tratamento de tumores de bexiga irressecáveis ou metastáticos positivos para HER2 em pacientes que receberam tratamento prévio (ou que não têm outras opções de tratamento alternativo).
Consulte um especialista para obter orientações sobre as opções de tratamento ideais para esses pacientes.
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal