Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

dermatite de contato irritativa (DCI)

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hidratante e/ou corticosteroide tópico + evitação de irritantes

Depois que um irritante é definido, os principais objetivos do tratamento são evitar a futura exposição e resolver a dermatite existente.

A dermatite de contato irritativa (DCI) é tratada lavando-se o irritante o mais rapidamente possível e realizando-se tratamento pós-exposição com emolientes protetores de barreira espessa.[39]

Os hidratantes sem fragrância, antibacterianos ou de ureia são preferíveis, uma vez que essas substâncias frequentemente causam sensibilização. Em um estudo, 45.3% dos pacientes com alergias de contato por fragrância conseguiram encontrar produtos com perfume que eram toleráveis (por exemplo, usando o rótulo do ingrediente), mas uma proporção significativa continuou com problemas cutâneos.[40]​ Os cremes ou as pomadas são preferíveis a loções ou géis.

Os corticosteroides tópicos também são comumente usados para a DCI, porque o tratamento é frequentemente iniciado antes da diferenciação entre DCI e dermatite alérgica de contato, mas poucos estudos foram realizados para avaliar a efetividade dos corticosteroides tópicos para o tratamento da DCI e os resultados são conflitantes.[41]​ No entanto, os corticosteroides tópicos podem ser usados se os hidratantes não forem efetivos.

​A potência do corticosteroide tópico usado no tratamento é determinada pela gravidade e pelo local da dermatite.[22]​ Os corticosteroides de baixa potência incluem a hidrocortisona e a desonida, e geralmente são usados na face. Os corticosteroides de média potência incluem o valerato de betametasona e o propionato de fluticasona, e geralmente são usados no tronco. Os corticosteroides de alta potência incluem o dipropionato de betametasona e o clobetasol, e são geralmente usados na pele palmoplantar.

A escolha do corticosteroide tópico depende do local e da gravidade, e pode diferir entre adultos e crianças. Por exemplo, uma criança com dermatite grave na face pode necessitar de desonida, enquanto um adulto com dermatite leve na face pode necessitar de hidrocortisona.

Opções primárias

hidrocortisona tópica: (2.5%) crianças e adultos: aplicar com moderação na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

ou

desonida tópica: (0.05%) crianças ≥3 meses de idade e adultos: aplique com moderação na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

ou

valerato de betametasona tópico: (0.1%) crianças e adultos: aplicar com moderação na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

ou

fluticasona tópica: (0.005% ou 0.05%) crianças ≥3 meses de idade e adultos: aplique com moderação na(s) área(s) afetada(s) uma vez ao dia por até 4 semanas

ou

dipropionato de betametasona tópico: (0.05%) crianças ≥13 anos de idade e adultos: aplique com moderação na(s) área(s) afetada(s) uma ou duas vezes ao dia

ou

clobetasol tópico: (0.05%) crianças ≥12 anos de idade e adultos: aplique com moderação na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia por até 2 semanas, máximo de 50 g/semana

dermatite alérgica de contato (DAC)

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corticosteroide tópico + evitação de alérgenos

A gravidade depende da distribuição da DAC, da quantidade de sofrimento que ela causa ao paciente e dos achados do exame. A DAC leve é caracterizada por leve eritema ou descamação, a DAC moderada por induração e a DAC grave pela presença de bolhas/vesículas.

Depois que um alérgeno é determinado, os principais objetivos do tratamento são evitar a futura exposição e resolver a dermatite existente.

Os corticosteroides tópicos são o principal tratamento para a DAC.

A escolha do veículo (ou seja, gel, solução, creme, pomada) depende do quadro clínico, preferência do paciente e localização da dermatite. A dermatite do couro cabeludo é melhor tratada com um líquido ou gel, enquanto a dermatite das mãos é melhor tratada com uma pomada. O veículo também pode afetar a potência do corticosteroide; pomadas tendem a ser mais potentes do que seus equivalentes em creme, gel ou solução.

Os corticosteroides de baixa potência incluem a hidrocortisona e a desonida, e geralmente são usados na face. Os corticosteroides de média potência incluem o valerato de betametasona e o propionato de fluticasona, e geralmente são usados no tronco. Os corticosteroides de alta potência incluem o dipropionato de betametasona e o clobetasol, e são geralmente usados na pele palmoplantar.

A escolha do corticosteroide tópico depende do local e da gravidade, e pode diferir entre adultos e crianças. Por exemplo, uma criança com dermatite grave na face pode necessitar de desonida, enquanto um adulto com dermatite leve na face pode necessitar de hidrocortisona.

A melhora do paciente deve ser reavaliada após 1-2 semanas de tratamento, para determinar se um corticosteroide de potência mais alta é necessário ou se o paciente pode trocar para um corticosteroide de potência inferior ou parar o tratamento, para evitar efeitos cutâneos adversos.

Os pacientes podem desenvolver DAC aos corticosteroides tópicos, principalmente no uso prolongado. Isso deve ser considerado nos pacientes cuja dermatite piora com a corticoterapia tópica.

A prevenção da dermatite ocupacional por hera venenosa, carvalho ou sumagre é uma grande preocupação para os trabalhadores externos.[37]

Opções primárias

hidrocortisona tópica: (2.5%) crianças e adultos: aplicar com moderação na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

ou

desonida tópica: (0.05%) crianças ≥3 meses de idade e adultos: aplique com moderação na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

ou

valerato de betametasona tópico: (0.1%) crianças e adultos: aplicar com moderação na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

ou

fluticasona tópica: (0.005% ou 0.05%) crianças ≥3 meses de idade e adultos: aplique com moderação na(s) área(s) afetada(s) uma vez ao dia por até 4 semanas

ou

dipropionato de betametasona tópico: (0.05%) crianças ≥13 anos de idade e adultos: aplique com moderação na(s) área(s) afetada(s) uma ou duas vezes ao dia

ou

clobetasol tópico: (0.05%) crianças ≥12 anos de idade e adultos: aplique com moderação na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia por até 2 semanas, máximo de 50 g/semana

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2ª linha – 

inibidor de calcineurina tópico ou inibidor de PDE4 tópico + evitação de alérgenos

Os inibidores de calcineurina tópicos (tacrolimo ou pimecrolimo) ou os inibidores da fosfodiesterase 4 (PDE4) (por exemplo, crisaborol) podem ser usados como terapia de segunda linha para a DAC leve a moderada, quando outros tratamentos tópicos prescritos falharem ou não forem indicados.

Os inibidores de calcineurina tópicos são úteis em áreas de pele fina, onde o uso de um corticosteroide tópico de potência equivalente pode causar atrofia da pele, telangiectasia, hipopigmentação e estrias. O pimecrolimo e o tacrolimo são efetivos na DAC induzida por níquel, mas o creme de pimecrolimo não foi efetivo para o tratamento da DAC por oleorresina do Toxicodendron.[34][35][36]​​​

Opções primárias

tacrolimo tópico: (0.03%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia; (0.1%) crianças ≥15 anos de idade e adultos: aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

ou

pimecrolimo tópico: (1%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

ou

crisaborole tópico: (2%) crianças ≥3 meses de idade e adultos: aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

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3ª linha – 

fototerapia + evitar alérgeno

Usada para pacientes com dermatite de contato resistente ao tratamento com corticosteroides tópicos e orais; pacientes nos quais os corticosteroides tópicos forem inefetivos e os corticosteroides orais forem contraindicados; e pacientes que não puderem evitar a exposição repetida ao alérgeno ou irritante causador. Se possível, é recomendável continuar evitando o alérgeno.

A UV-B de banda larga (BUVB) e o psoraleno associado ao ultravioleta A (PUVA) são efetivos no tratamento da dermatite de contato. Eles podem causar reações fototóxicas, principalmente com PUVA. PUVA é eficaz na dermatite das mãos.[5]

A dosagem é baseada na fonte específica da luz e no tipo de pele do paciente.

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1ª linha – 

corticosteroide tópico + evitação de alérgenos

A gravidade depende da distribuição da DAC, da quantidade de sofrimento que ela causa ao paciente e dos achados do exame. A DAC leve é caracterizada por leve eritema ou descamação, a DAC moderada por induração e a DAC grave pela presença de bolhas/vesículas.

Depois que um alérgeno é determinado, os principais objetivos do tratamento são evitar a futura exposição e resolver a dermatite existente.

Os corticosteroides tópicos são o principal tratamento para a DAC.

A escolha do veículo (ou seja, gel, solução, creme, pomada) depende do quadro clínico, da preferência do paciente e localização da dermatite. A dermatite do couro cabeludo é melhor tratada com um líquido ou gel, enquanto a dermatite das mãos é melhor tratada com uma pomada. O veículo também pode afetar a potência do corticosteroide; as pomadas tendem a ser mais potentes que seus equivalentes em creme, gel ou solução.

Os corticosteroides de baixa potência incluem a hidrocortisona e a desonida, e geralmente são usados na face. Os corticosteroides de média potência incluem o valerato de betametasona e o propionato de fluticasona, e geralmente são usados no tronco. Os corticosteroides de alta potência incluem o dipropionato de betametasona e o clobetasol, e são geralmente usados na pele palmoplantar.

A escolha do corticosteroide tópico depende do local e da gravidade, e pode diferir entre adultos e crianças. Por exemplo, uma criança com dermatite grave na face pode necessitar de desonida, enquanto um adulto com dermatite leve na face pode necessitar de hidrocortisona.

A melhora do paciente deve ser reavaliada após 1-2 semanas de tratamento, para determinar se um corticosteroide de potência mais alta é necessário ou se o paciente pode trocar para um corticosteroide de potência inferior ou parar o tratamento, para evitar efeitos cutâneos adversos.

Os pacientes podem desenvolver DAC aos corticosteroides tópicos, principalmente no uso prolongado. Isso deve ser considerado nos pacientes cuja dermatite piora com a corticoterapia tópica.

Opções primárias

hidrocortisona tópica: (2.5%) crianças e adultos: aplicar com moderação na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

ou

desonida tópica: (0.05%) crianças ≥3 meses de idade e adultos: aplique com moderação na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

ou

valerato de betametasona tópico: (0.1%) crianças e adultos: aplicar com moderação na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

ou

fluticasona tópica: (0.005% ou 0.05%) crianças ≥3 meses de idade e adultos: aplique com moderação na(s) área(s) afetada(s) uma vez ao dia por até 4 semanas

ou

dipropionato de betametasona tópico: (0.05%) crianças ≥13 anos de idade e adultos: aplique com moderação na(s) área(s) afetada(s) uma ou duas vezes ao dia

ou

clobetasol tópico: (0.05%) crianças ≥12 anos de idade e adultos: aplique com moderação na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia por até 2 semanas, máximo de 50 g/semana

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2ª linha – 

corticosteroide oral + evitação de alérgenos

Usado na DAC grave ou DAC decorrente do Toxicodendron spp. (hera venenosa).

A prednisolona é o corticosteroide oral de escolha.

Reduzir a dose gradualmente em um ciclo de 2 a 3 semanas.

Opções primárias

prednisolona: crianças e adultos: 0.5 a 1 mg/kg/dia por via oral

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3ª linha – 

fototerapia + evitar alérgeno

Usada para pacientes com dermatite de contato resistente ao tratamento com corticosteroides tópicos e orais; pacientes nos quais os corticosteroides tópicos forem inefetivos e os corticosteroides orais forem contraindicados; e pacientes que não puderem evitar a exposição repetida ao alérgeno ou irritante causador. Se possível, é recomendável continuar evitando o alérgeno.

A UV-B de banda larga (BUVB) e o psoraleno associado ao ultravioleta A (PUVA) são efetivos no tratamento da dermatite de contato. Eles podem causar reações fototóxicas, principalmente com PUVA. PUVA é eficaz na dermatite das mãos.[5]

A dosagem é baseada na fonte específica da luz e no tipo de pele do paciente.

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4ª linha – 

imunossupressor sistêmico + evitação de alérgenos

A ciclosporina, o micofenolato e a azatioprina podem ser usados para o tratamento da dermatite de contato refratária quando os corticosteroides orais forem contraindicados e a fototerapia não estiver disponível ou for inefetiva.[38]

Se possível, é recomendável continuar evitando o alérgeno.

Opções primárias

azatioprina: crianças e adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

ciclosporina: crianças e adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

micofenolato de mofetila: crianças e adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

CONTÍNUA

dermatite de contato

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evitar alérgeno/irritante ± protetores profiláticos da pele

A loção de quaternium-18-bentonita (Organoclay) é usada para a prevenção da dermatite alérgica de contato pela oleorresina do Toxicodendron spp. Ela deve ser aplicada 15 minutos antes da exposição prevista. Um ensaio clínico sugeriu que a aplicação tópica de loção de quaternium-18-bentonita 15 minutos antes do contato com a hera venenosa pode prevenir ou reduzir a gravidade da dermatite.[43] Lavar com detergente e esfregar em uma direção em até 2 horas após o contato também pode reduzir a absorção de oleorresina e diminuir a gravidade da dermatite.[44]

O creme barreira contendo dimeticona é usado para a prevenção da DCI.[45] Recomenda-se a aplicação antes da exposição prevista.

A parafina branca mole deve ser aplicada nas áreas afetadas pela DCI ou nas áreas que podem entrar em contato com um irritante ou alérgeno. Para a prevenção e tratamento de todos os tipos de dermatite de contato.

O uso de luvas de proteção pode potencializar a DCI, e poucas luvas protegem contra todos os agentes externos. Os forros de algodão podem melhorar a proteção quando usados sob as luvas.[22][39]

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