História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os principais fatores de risco incluem imunossupressão decorrente de doença crônica (por exemplo, diabetes mellitus, alcoolismo), trauma cutâneo ou doenças ulcerativas da pele, infecções por varicela-zóster, uso de substâncias por via intravenosa e internação hospitalar.[1][5][16][29]
história de lesão cutânea traumática ou não traumática
anestesia ou dor intensa no local da celulite
febre
palpitações, taquicardia, taquipneia, hipotensão e tontura
Incomuns
vesículas ou bolhas
O exame físico da pele sobrejacente à área da celulite pode revelar vesículas ou bolhas.[3][16] Deve-se observar que pacientes com fasciite necrosante podem apresentar pele sobrejacente normal e que as alterações da pele sobrepostas à fasciite necrosante por estreptococo do grupo A são um sinal tardio.[16] Alterações cutâneas sutis, como vazamento de líquido e edema, precedem as alterações cutâneas visíveis de bolhas e vermelhidão.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Pequenas áreas de necrose cutânea em uma mulher jovem com celulite e fasciite necrosante do abdome inferior 5 dias após um parto cesáreoExtraída de: Hasham S, Matteucci P, Stanley PRW, et al. Necrotising fasciitis. BMJ. 2005 Apr 9;330(7495):830-3 [Citation ends].
descoloração acinzentada da pele
O exame físico da pele sobrejacente à área da celulite pode revelar descoloração acinzentada. Deve-se observar que pacientes com fasciite necrosante podem apresentar pele sobrejacente normal e que as alterações da pele sobrepostas à fasciite necrosante por estreptococo do grupo A são um sinal tardio.
edema ou induração
O exame físico da pele sobrejacente à área da celulite pode revelar edema.[5] A induração pode ser observada além da área da celulite.[5] Deve-se observar que pacientes com fasciite necrosante podem apresentar pele sobrejacente normal e que as alterações da pele sobrepostas à fasciite necrosante por estreptococo do grupo A são um sinal tardio. Alterações cutâneas sutis, como vazamento de líquido e edema, precedem as alterações cutâneas visíveis de bolhas e vermelhidão.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Pequenas áreas de necrose cutânea em uma mulher jovem com celulite e fasciite necrosante do abdome inferior 5 dias após um parto cesáreoExtraída de: Hasham S, Matteucci P, Stanley PRW, et al. Necrotising fasciitis. BMJ. 2005 Apr 9;330(7495):830-3 [Citation ends].[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Fasciite necrosante no abdome direito de uma menina de 2 anos de idade após infecção por varicelaExtraída de: de Benedictis FM, Osimani P. Necrotising fasciitis complicating varicella. BMJ Case Rep. 2009;2009:bcr2008141994 [Citation ends].
local da lesão
Cerca de metade dos casos ocorre nos membros, e o restante se concentra no períneo, no tronco e nas áreas da cabeça e do pescoço.[1][5][16][19][20] O local mais comum da fasciite necrosante por estreptococo do grupo A é a coxa, e a fasciite necrosante de um membro, especialmente o braço, tem mais probabilidade de ocorrer por infecção por um estreptococo do grupo A que por uma infecção polimicrobiana. Alguns casos de fasciite necrosante podem ter miosite associada em decorrência de disseminação contígua. Isso é mais comum em infecções por estreptococos do grupo A que em infecções polimicrobianas.
A fasciite necrosante no contexto de cirurgia abdominal recente ou na virilha tem mais probabilidade de ser polimicrobiana.
Fatores de risco
Fortes
contato de paciente hospitalizado com caso índice
infecção por varicela-zóster
lesão cutânea, cirurgia, trauma
lesões da pele não traumáticas
uso de substâncias por via intravenosa
O uso de substâncias por via intravenosa cria um portal cutâneo de entrada para organismos infecciosos.[16]
Fracos
doença crônica
imunossupressão
Imunossupressão decorrente de malignidade e/ou quimioterapia ou radioterapia, medicamentos (especialmente o uso crônico de corticosteroides) ou infecção (HIV) podem predispor a infecções de tecidos moles.[3] O estado de imunossupressão pode provocar um atraso no diagnóstico e tratamento cirúrgico, levando a um maior risco de morte.[16][25][30]
anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs)
Foi postulado que o uso de AINEs pode mascarar os sintomas da fasciite necrosante, atrasando o diagnóstico, e que a supressão de neutrófilos e as alterações na produção de citocina causadas pelos AINEs podem comprometer a resposta à infecção e permitir a progressão para doença grave. Em um modelo animal de infecção dos tecidos moles por estreptococo do grupo A, ibuprofeno agravou a doença e aumentou a mortalidade.[31][32] No entanto, boas evidências para a associação de AINEs e fasciite necrosante em humanos não estão disponíveis.
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