Complicações
Pode ocorrer na linha de sutura/grampos no local de excisão de um divertículo. O paciente pode apresentar dor abdominal, febre >38.3°C (101°F) e desconforto abdominal. O tratamento é cirúrgico.
Geralmente, ocorre durante as 2 primeiras semanas pós-operatórias. No local da incisão, surgem eritema, secreção e sensibilidade. O tratamento envolve antibióticos e uma possível abertura da ferida.
No período pós-operatório, a aderência intra-abdominal que leva à obstrução pode se desenvolver ao longo da vida do paciente. A apresentação ocorre com constipação intratável (obstipação), dor em cólica e vômitos. Radiografias abdominais simples revelam alças do intestino delgado dilatadas, com níveis hidroaéreos e escassez de gás distalmente. Não há prevenção disponível.
Alguns sugeriram que, nos pacientes com idade >50 anos, um divertículo de Meckel incidental sem tecido ectópico geralmente deve ser deixado de lado.[4] No entanto, o divertículo de Meckel pode ser um "hotspot" de neoplasia maligna ileal, e o risco de malignidade aumenta com a idade.[20] Com base nessa observação, alguns especialistas sugeriram que todos os divertículos de Meckel incidentais devem ser removidos, independentemente da idade. São necessários estudos adicionais a fim de se validar essa abordagem, considerando-se que a incidência de neoplasia maligna ileal associada ao divertículo de Meckel permanece muito baixa, em 1.44 a cada 10 milhões de pessoas. Embora as publicações favoreçam cada vez mais a ressecção, a decisão intraoperatória deve ser individualizada com base na condição do paciente e no motivo primário da cirurgia.[45]
O risco de desenvolvimento de divertículo de Meckel sintomático ao longo da vida (isto é, sangramento, obstrução, inflamação/perfuração) em pacientes assintomáticos com divertículo de Meckel encontrado incidentalmente parece ser de 4% a 6%.[3][24][26][38] Os fatores de risco do surgimento de sintomas incluem sexo masculino e idade inferior a 2 anos.
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