História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

dor pélvica ou abdominal

Dor aguda na parte inferior do abdome que pode ser intermitente ou flutuante.[1]

Pode ser difusa ou localizada em um dos lados ou pode se irradiar para as costas, flanco ou virilha.

náuseas, vômitos ou diarreia

Sintoma manifesto comum de torção ovariana, embora inespecífico.

sensibilidade abdominal/pélvica

Pode ser localizada, difusa ou anexial.

massa anexial palpável

Os resultados de duas pequenas revisões retrospectivas de prontuários sugerem que é possível sentir uma massa anexial palpável no exame em aproximadamente 43% a 53% dos casos em decorrência do aumento dos anexos.[26][27]

Outros fatores diagnósticos

comuns

intolerância alimentar, vômitos, distensão abdominal e irritação (neonatos)

No período neonatal, a torção ovariana pode mostrar-se um desafio diagnóstico, pela incapacidade de comunicação do neonato.

Incomuns

exercício extenuante

Movimentos físicos súbitos podem causar aumento na pressão abdominal e provocar a rotação do ovário sobre seu pedículo.[24]

sinais peritoneais

Em mulheres submetidas a laparoscopia por suspeita de torção ovariana, observou-se descompressão brusca abdominal em 14% dos casos e rigidez em 18% dos casos.[26]

dor à mobilização do colo

Incomum, mas pode ser um sinal inicial.

febre

Incomum, mas pode ser um sinal inicial.

Fatores de risco

Fortes

neoplasia de ovário

As neoplasias respondem por 46% dos casos relacionados a anormalidades anatômicas.[4]

Predispõe o ovário à rotação sobre seu pedículo vascular.

Inclui neoplasias benignas, como teratomas císticos e adenomas serosos e mucinosos. Em adultos, de 1.1% a 2% de todas as neoplasias são malignas. Essa porcentagem é menor em crianças.[2]​​​[12][14][17][20][21]​ As massas anexiais de 6 a 8 cm de tamanho são as de maior risco.[22]

cisto ovariano

Pouco mais da metade (56%) das pacientes em uma grande série de torções anexiais apresentavam massa ovariana, principalmente com histologia benigna, incluindo cistos dermoides e cistos paraovarianos.[5]

O ovário aumentado permite que ele gire sobre seus suportes ligamentares.[2][7]

tratamento da infertilidade

O aumento do ovário é comum com a indução de ovulação, constituindo fator predisponente de torção.[6][7][8][9][10][19]

Nas pacientes submetidas a indução da ovulação com gonadotrofinas, a incidência de torção anexial é de 3% para aquelas que têm síndrome da hiperestimulação ovariana.[5]

cirurgia pélvica prévia

A torção prévia e a laqueadura tubária estão comumente associadas à torção ovariana.[19][23]

Fracos

cisto paraovariano

Pode torcer sobre o próprio pedículo ou causar torção de anexos.

hidrossalpinge

Relatada no momento da cirurgia em 2% dos casos.[17]

gestação

O risco de torção ovariana é de aproximadamente 5 em 10,000 na gravidez, com maior incidência entre 6 e 14 semanas de gestação.[11]

O deslocamento dos anexos, em razão do útero aumentado, predispõe o ovário, especialmente quando aumentado, à rotação sobre o próprio pedículo.[6]

exercício extenuante

Movimentos físicos súbitos estão associados à torção ovariana.

aumento súbito da pressão abdominal

Pode ser causado por tosse, soluço, defecação e vômitos. Pode provocar a rotação do ovário sobre seu pedículo.[24]

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