Prevenção primária

A American Urological Association recomenda profilaxia antibiótica para crianças com <1 ano de idade com refluxo vesicoureteral (RVU) de grau 3 a 5, identificado por rastreamento, mas sem história de ITU febril. A profilaxia antibiótica pode ser considerada para crianças com RVU de grau 1 e 2, identificado por rastreamento, sem história de ITU febril.[37]

Alguns especialistas recomendam profilaxia antibiótica direcionada em pacientes com outras anormalidades urinárias anatômicas.[38]

Prevenção secundária

Após uma primeira ITU, recomenda-se que as famílias e os médicos dos pacientes mantenham um alto índice de suspeita de ITU recorrente.[4]

Para as crianças com disfunção vesical e intestinal, é útil a micção cronometrada a cada 2 horas durante o dia. A constipação é a principal causa dos sintomas miccionais nas crianças com disfunção vesical e intestinal. A desimpactação fecal com enemas e laxantes deve ser seguida de uma terapia de manutenção com laxativos, como o polietilenoglicol, para se obterem evacuações intestinais suaves e indolores.[19] A terapia pode ser necessária por meses ou anos.

Um estudo randomizado e controlado por placebo para analisar a utilidade de produtos à base de oxicoco na prevenção de ITUs recorrentes em crianças mostrou que, embora não tenham reduzido significativamente o número de crianças que sofreram recidiva da ITU, eles foram efetivos na redução do número real de recorrências e do uso relacionado de antimicrobianos.[93] No entanto, a taxa de adesão terapêutica ao consumo crônico de produtos à base de oxicoco foi insatisfatória. Uma metanálise demonstrou que os probióticos não são eficazes na prevenção secundária de ITUs.[94]

A American Urological Association recomenda profilaxia antibiótica para crianças com <1 ano de idade com refluxo vesicoureteral (RVU) e história de ITU febril.[37] O uso da profilaxia com antibióticos em crianças ≥1 ano de idade com RVU é determinado caso a caso. Deve-se levar em consideração o contexto clínico, inclusive a presença de disfunção da bexiga ou do intestino, a idade do paciente, o grau de RVU, a presença de cicatrização e as preferências dos pais. A profilaxia é recomendada para crianças com RVU e disfunção da bexiga ou do intestino.[37] Um curto ciclo de antibióticos profiláticos pode ser considerado para crianças com treinamento esfincteriano com DBI e ITUs recorrentes, além de otimizar o controle da bexiga e do intestino.[19] A profilaxia pode também ser considerada em crianças com alguma anomalia urológica significativa.[37][38]

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal