Etiologia

Atualmente, sua etiologia é desconhecida. No entanto, vários fatores etiológicos foram sugeridos:

  • Hormonal: os pacientes podem apresentar anormalidades nas vias/sinalização da testosterona, substância inibidora mülleriana, hormônio 3 semelhante à insulina ou seu receptor LGR8, fator de crescimento epidérmico e/ou estrogênios.[11][12][13]

  • Toxinas ambientais ou maternas: organoclorados, estrogênios ambientais, ésteres de ftalatos e pesticidas foram associados ao aumento do risco de criptorquidia, embora a atual literatura seja inconclusiva.[5][10][14][15][16][17][18][19]

  • O consumo de bebidas alcoólicas, o consumo de analgésicos e o tabagismo maternos têm também sido associados a aumento do risco, embora estes dados sejam conflitantes.[20][21][22][23][24]

  • Demonstrou-se que o diabetes gestacional e/ou a obesidade estão relacionados com o desenvolvimento de criptorquidia.[24]

  • Genético: até 23% dos casos foram associados a agrupamento hereditário, o que sugere uma mutação genética subjacente como etiologia nestes pacientes.[25][26] Mutações específicas incluem as que envolvem o fator 3 semelhante à insulina e seu receptor, LGR8 e repetições de CAG/GGC nos genes receptores de androgênio.[27][28][29][30] Aproximadamente 3% dos meninos com criptorquidia isolada apresentam uma anomalia cromossômica.[31][32]

  • Mecânico: problemas no desenvolvimento do gubernáculo ou fibras do músculo cremastérico, um conduto peritoniovaginal patente ou pressão intra-abdominal prejudicada têm também servido de hipótese para a criptorquidia.[13][33][34][35]

  • Neuromuscular: anormalidades do peptídeo relacionado ao gene da calcitonina do nervo genitofemoral ou do núcleo cremastérico foram postuladas como causadoras de criptorquidia.[36]

Fisiopatologia

Na maioria dos bebês afetados com criptorquidia, acredita-se que a fisiopatologia subjacente seja a migração incompleta do testículo durante a embriogênese da posição retroperitoneal original próxima aos rins até sua posição final no escroto. Isso ocorre em ambas as fases androgênio-dependente e androgênio-independente.[36] De forma menos comum, a etiologia subjacente pode ser um testículo ausente ou um testículo gravemente atrófico (pequeno caroço), geralmente considerado secundário à malformação ou resultado de torção testicular.

Classificação

Consenso no tratamento de criptorquidia[1]

Testículo não descido, palpável, idade acima de 6 meses

  • Testículo retrátil: pode ser manipulado para dentro do escroto e permanecer aí após a liberação da tração

  • Testículo com criptorquidia: não pode ser puxado para dentro do escroto ou retorna rapidamente para a posição superior depois de ser manipulado para dentro do escroto.

Testículo unilateralmente não palpável:

  • Não é possível localizar o testículo, apesar do exame físico completo.

Testículos bilateralmente não palpáveis (encaminhe imediatamente para investigação de distúrbios do desenvolvimento sexual [DDS]):

  • Associado a um pênis normal

  • Associado a um micropênis ou hipospádia.

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal