Epidemiologia

Considerando-se que a cirurgia seja o principal tratamento eletivo para reparar uma hérnia inguinal, os dados de auditorias cirúrgicas podem ser considerados como um indicador razoável de taxas de incidência/prevalência. Na Inglaterra, de 2001 a 2002, foram realizadas aproximadamente 70,000 intervenções cirúrgicas de hérnia inguinal (62,969 casos de hérnia primária, contra 4939 casos de hérnia recorrente), equivalente a 0.14% de toda a população; isso requereu do sistema nacional de saúde (NHS) mais de 100,000 dias de internação hospitalar.[6] Dados de auditorias de 2014 a 2015 mostram 69,637 episódios assistenciais finalizados de casos de correções de hérnia inguinal primária (excluindo correções de hérnias recorrentes), dos quais 92% eram homens.[7]

Nos EUA, aproximadamente 4.5 milhões de pessoas têm hérnia inguinal, com cerca de 500,000 novos casos de hérnias inguinais diagnosticados todos os anos, embora não haja dados recentes disponíveis.[8][9] Em 2003, foram realizados cerca de 750,000 procedimentos cirúrgicos de hérnia inguinal em todos os EUA. Embora a incidência e prevalência mundial sejam desconhecidas, estima-se que sejam realizados mais de 20 milhões de procedimentos cirúrgicos de hérnia inguinal todos os anos.[2] As taxas de operações variam entre os países, mas ficam entre 100 a 300 procedimentos a cada 100,000 pessoas por ano.[10] Embora a hérnia inguinal possa ocorrer em ambos os sexos, o distúrbio afeta predominantemente os homens (a razão de homens/mulheres é de 7-9:1).[11] Em geral, a hérnia inguinal afeta todas as idades, mas a incidência aumenta com a idade.[12][13][14] O risco de se desenvolver hérnia inguinal durante a vida é de aproximadamente 27% para os homens e 3% para as mulheres.[15] A hérnia inguinal é bilateral em até 20% dos adultos afetados.[15][16]

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