Doença granulomatosa crônica
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
infecção ativa sem risco de vida: na primeira apresentação
antibioticoterapia empírica de amplo espectro
Se estiverem disponíveis, os procedimentos para auxiliar na identificação do organismo infectante, como uma biópsia cirúrgica dos locais infectados ou lavagem broncoalveolar, são recomendados antes do tratamento.
O tratamento inicial é amplo, incluindo a cobertura de Staphylococcus aureus, assim como de organismos Gram-negativos.
As infecções incluem pneumonia, infecções cutâneas e dos tecidos moles, adenite, abscessos internos e osteomielite.[5]Winkelstein JA, Marino MC, Johnston RB Jr., et al. Chronic granulomatous disease: report on a national registry of 368 patients. Medicine (Baltimore). 2000 May;79(3):155-69. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10844935?tool=bestpractice.com [19]Martire B, Rondelli R, Soresina A, et al. Clinical features, long-term follow-up and outcome of a large cohort of patients with chronic granulomatous disease: an Italian multicenter study. Clin Immunol. 2008 Feb;126(2):155-64. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18037347?tool=bestpractice.com [42]Liese J, Kloos S, Jendrossek V, et al. Long-term follow-up and outcome of 39 patients with chronic granulomatous disease. J Pediatr. 2000 Nov;137(5):687-93. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11060536?tool=bestpractice.com [54]Soler-Palacin P, Margareto C, Llobet P, et al. Chronic granulomatous disease in pediatric patients: 25 years of experience. Allergol Immunopathol (Madr). 2007 May-Jun;35(3):83-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17594870?tool=bestpractice.com
Assim que o organismo for identificado, a terapia direcionada pode ser iniciada. Recomenda-se a consulta precoce com médicos experientes no cuidado da doença granulomatosa crônica.
Opções primárias
meropeném: adultos: 1 g a cada 8 horas
ou
levofloxacino: adultos: 750 mg por via intravenosa a cada 24 horas
ou
ciprofloxacino: adultos: 200-400 mg por via intravenosa a cada 12 horas
ou
moxifloxacino: adultos: 400 mg por via intravenosa a cada 24 horas
ou
cloranfenicol: adultos: 50-100 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 6 horas
ou
cefotaxima: crianças: 100-200 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 8 horas, adultos: 1-2 g por via intravenosa a cada 6-8 horas
ou
ceftizoxima: crianças: 150-200 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 8 horas; adultos: 1-2 g por via intravenosa a cada 8-12 horas
ou
ceftriaxona: crianças: 50-100 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12-24 horas; adultos: 1-2 g por via intravenosa a cada 24 horas
terapia antifúngica de amplo espectro
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Geralmente, é também necessária uma cobertura antifúngica ampla e precoce, principalmente para espécies de Aspergillus.
Recomenda-se a consulta precoce com médicos experientes no cuidado da doença granulomatosa crônica.
Opções primárias
anfotericina B lipossomal: crianças e adultos: 3-5 mg/kg por via intravenosa a cada 24 horas
ou
voriconazol: crianças ≥2 anos de idade: 9 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas no dia 1, seguidos por 8 mg/kg a cada 12 horas, máximo de 700 mg/dia; adultos: 6 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas no dia 1, seguidos por 4 mg/kg a cada 12 horas.
ou
posaconazol: adultos: 300 mg por via oral (liberação retardada)/por via intravenosa duas vezes ao dia no dia 1, seguidos por 300 mg uma vez ao dia; 200 mg por via oral (suspensão) três vezes ao dia
Opções secundárias
itraconazol: crianças: 5-10 mg/kg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas, máximo de 400 mg/dia; adultos: 200-400 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas
Mais itraconazolUma dose inicial mais alta (máximo de 600 mg/dia) pode ser considerada em infecções que representam risco de vida.
infecção ativa com risco de vida: na primeira apresentação
antibioticoterapia empírica de amplo espectro
O tratamento inicial é amplo, incluindo a cobertura de Staphylococcus aureus, assim como de organismos Gram-negativos.
As infecções incluem pneumonia, infecções cutâneas e dos tecidos moles, adenite, abscessos internos e osteomielite.[5]Winkelstein JA, Marino MC, Johnston RB Jr., et al. Chronic granulomatous disease: report on a national registry of 368 patients. Medicine (Baltimore). 2000 May;79(3):155-69. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10844935?tool=bestpractice.com [19]Martire B, Rondelli R, Soresina A, et al. Clinical features, long-term follow-up and outcome of a large cohort of patients with chronic granulomatous disease: an Italian multicenter study. Clin Immunol. 2008 Feb;126(2):155-64. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18037347?tool=bestpractice.com [42]Liese J, Kloos S, Jendrossek V, et al. Long-term follow-up and outcome of 39 patients with chronic granulomatous disease. J Pediatr. 2000 Nov;137(5):687-93. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11060536?tool=bestpractice.com [54]Soler-Palacin P, Margareto C, Llobet P, et al. Chronic granulomatous disease in pediatric patients: 25 years of experience. Allergol Immunopathol (Madr). 2007 May-Jun;35(3):83-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17594870?tool=bestpractice.com
Assim que o organismo for identificado, a terapia direcionada pode ser iniciada. Recomenda-se a consulta precoce com médicos experientes no cuidado da doença granulomatosa crônica.
Opções primárias
meropeném: adultos: 1 g a cada 8 horas
ou
levofloxacino: adultos: 750 mg por via intravenosa a cada 24 horas
ou
ciprofloxacino: adultos: 200-400 mg por via intravenosa a cada 12 horas
ou
moxifloxacino: adultos: 400 mg por via intravenosa a cada 24 horas
ou
cloranfenicol: adultos: 50-100 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 6 horas
ou
cefotaxima: crianças: 100-200 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 8 horas, adultos: 1-2 g por via intravenosa a cada 6-8 horas
ou
ceftizoxima: crianças: 150-200 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 8 horas; adultos: 1-2 g por via intravenosa a cada 8-12 horas
ou
ceftriaxona: crianças: 50-100 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12-24 horas; adultos: 1-2 g por via intravenosa a cada 24 horas
terapia antifúngica de amplo espectro
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
É também necessária uma cobertura antifúngica de amplo espectro e precoce, principalmente para espécies de Aspergillus.
Recomenda-se a consulta precoce com médicos experientes no cuidado da doença granulomatosa crônica.
Opções primárias
anfotericina B lipossomal: crianças e adultos: 3-5 mg/kg por via intravenosa a cada 24 horas
ou
voriconazol: crianças ≥2 anos de idade: 9 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas no dia 1, seguidos por 8 mg/kg a cada 12 horas, máximo de 700 mg/dia; adultos: 6 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas no dia 1, seguidos por 4 mg/kg a cada 12 horas.
ou
posaconazol: adultos: 300 mg por via oral (liberação retardada)/por via intravenosa duas vezes ao dia no dia 1, seguidos por 300 mg uma vez ao dia; 200 mg por via oral (suspensão) três vezes ao dia
Opções secundárias
itraconazol: crianças: 5-10 mg/kg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas, máximo de 400 mg/dia; adultos: 200-400 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas
Mais itraconazolUma dose inicial mais alta (máximo de 600 mg/dia) pode ser considerada em infecções que representam risco de vida.
transfusão de granulócitos
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As transfusões de granulócitos podem ser consideradas o "último recurso" para as infecções que representam risco de vida.[63]Bielorai B, Toren A, Wolach B, et al. Successful treatment of invasive aspergillosis in chronic granulomatous disease by granulocyte transfusion followed by peripheral blood stem cell transplantation. Bone Marrow Transplant. 2000 Nov;26(9):1025-8. https://www.nature.com/bmt/journal/v26/n9/full/1702651a.html http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11100285?tool=bestpractice.com [64]Yomtovian R, Abramson J, Quie P, et al. Granulocyte transfusion therapy in chronic granulomatous disease. Report of a patient and review of the literature. Transfusion. 1981 Nov-Dec;21(6):739-43. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7314224?tool=bestpractice.com [65]Ozsahin H, von Planta M, Muller I, et al. Successful treatment of invasive aspergillosis in chronic granulomatous disease by bone marrow transplantation, granulocyte colony-stimulating factor-mobilized granulocytes, and liposomal amphotericin B. Blood. 1998 Oct 15;92(8):2719-24. https://bloodjournal.hematologylibrary.org/cgi/content/full/92/8/2719 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9763555?tool=bestpractice.com [66]Ikinciogullari A, Dogu F, Solaz N, et al. Granulocyte transfusions in children with chronic granulomatous disease and invasive aspergillosis. Ther Apher Dial. 2005 Apr;9(2):137-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15828925?tool=bestpractice.com [67]Stroncek DF, Leonard K, Eiber G, et al. Alloimmunization after granulocyte transfusions. Transfusion. 1996 Nov-Dec;36(11-12):1009-15. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8937413?tool=bestpractice.com [53]Bonilla FA, Khan DA, Ballas ZK, et al. Practice parameter for the diagnosis and management of primary immunodeficiency. J Allergy Clin Immunol. 2015 Nov;136(5):1186-205.e1-78. https://www.doi.org/10.1016/j.jaci.2015.04.049 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26371839?tool=bestpractice.com
Os benefícios a curto prazo do fornecimento de granulócitos funcionais devem ser ponderados em relação ao risco da exposição a antígenos estranhos (por exemplo, antígeno leucocitário humano [HLA]).
gamainterferona
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O uso de gamainterferona no tratamento de infecções em pacientes com doença granulomatosa crônica não tem sido muito estudado e permanece controverso, embora alguns especialistas apoiem seu uso em pacientes gravemente doentes, na esperança de oferecer algum benefício.[44]Fischer A, Segal AW, Seger R, et al. The management of chronic granulomatous disease. Eur J Pediatr. 1993 Nov;152(11):896-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8276018?tool=bestpractice.com
Consulte um especialista para obter orientação quanto à dose e esquemas de tratamento; a dose depende da área de superfície corporal do paciente.[87]InterMune, Inc. Product information: Actimmune (interferon gamma-1b). 2020 [internet publication]. https://www.actimmune.com
Opções primárias
gamainterferona 1b: crianças e adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
drenagem radiológica ou cirúrgica
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pode ser necessária a drenagem cirúrgica ou radiológica do tecido infectado.
após o tratamento empírico inicial
antibioticoterapia empírica de amplo espectro continuada
O tratamento consiste em antibioticoterapia de amplo espectro, incluindo a cobertura de Staphylococcus aureus, assim como de organismos Gram-negativos.
Recomenda-se a consulta precoce com médicos experientes no cuidado da doença granulomatosa crônica.
Opções primárias
meropeném: adultos: 1 g a cada 8 horas
ou
levofloxacino: adultos: 750 mg por via intravenosa a cada 24 horas
ou
ciprofloxacino: adultos: 200-400 mg por via intravenosa a cada 12 horas
ou
moxifloxacino: adultos: 400 mg por via intravenosa a cada 24 horas
ou
cloranfenicol: adultos: 50-100 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 6 horas
ou
cefotaxima: crianças: 100-200 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 8 horas, adultos: 1-2 g por via intravenosa a cada 6-8 horas
ou
ceftizoxima: crianças: 150-200 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 8 horas; adultos: 1-2 g por via intravenosa a cada 8-12 horas
ou
ceftriaxona: crianças: 50-100 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12-24 horas; adultos: 1-2 g por via intravenosa a cada 24 horas
corticosteroides
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Abscessos hepáticos são tratados com antibióticos em conjunto com um corticosteroide.[68]Leiding JW, Freeman AF, Marciano BE, et al. Corticosteroid therapy for liver abscess in chronic granulomatous disease. Clin Infect Dis. 2012 Mar 1;54(5):694-700. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3275758 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22157170?tool=bestpractice.com [69]Straughan DM, McLoughlin KC, Mullinax JE, et al. The changing paradigm of management of liver abscesses in chronic granulomatous disease. Clin Infect Dis. 2018 Apr 17;66(9):1427-34. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29145578?tool=bestpractice.com
Opções primárias
succinato sódico de metilprednisolona: crianças e adultos: 1 mg/kg/dia por via intravenosa, com esquema de retirada gradual lenta após alcançar a resposta clínica
terapia antifúngica de amplo espectro
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pode também ser necessária uma cobertura antifúngica de amplo espectro e precoce, principalmente para espécies de Aspergillus.
Recomenda-se a consulta precoce com médicos experientes no cuidado da doença granulomatosa crônica.
Opções primárias
anfotericina B lipossomal: crianças e adultos: 3-5 mg/kg por via intravenosa a cada 24 horas
ou
voriconazol: crianças ≥2 anos de idade: 9 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas no dia 1, seguidos por 8 mg/kg a cada 12 horas, máximo de 700 mg/dia; adultos: 6 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas no dia 1, seguidos por 4 mg/kg a cada 12 horas.
ou
posaconazol: adultos: 300 mg por via oral (liberação retardada)/por via intravenosa duas vezes ao dia no dia 1, seguidos por 300 mg uma vez ao dia; 200 mg por via oral (suspensão) três vezes ao dia
Opções secundárias
itraconazol: crianças: 5-10 mg/kg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas, máximo de 400 mg/dia; adultos: 200-400 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas
Mais itraconazolUma dose inicial mais alta (máximo de 600 mg/dia) pode ser considerada em infecções que representam risco de vida.
injeção de granulócitos ± gamainterferona
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Foi relatado o uso de granulócitos de doadores normais injetados nas lesões, bem como infusões de granulócitos sistêmicos e administração de gamainterferona.[70]Lekstrom-Himes JA, Holland SM, DeCarlo ES, et al. Treatment with intralesional granulocyte instillations and interferon-gamma for a patient with chronic granulomatous disease and multiple hepatic abscesses. Clin Infect Dis. 1994 Oct;19(4):770-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7803648?tool=bestpractice.com
incisão cirúrgica e drenagem
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Deve-se considerar a excisão e drenagem cirúrgicas definitivas em pacientes que não respondem a antibióticos e corticoterapia.[53]Bonilla FA, Khan DA, Ballas ZK, et al. Practice parameter for the diagnosis and management of primary immunodeficiency. J Allergy Clin Immunol. 2015 Nov;136(5):1186-205.e1-78. https://www.doi.org/10.1016/j.jaci.2015.04.049 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26371839?tool=bestpractice.com Deve-se colher amostras em todos os casos para identificar o patógeno e orientar o tratamento. Staphylococcus aureus constitui, geralmente, a etiologia.[14]Lublin M, Bartlett DL, Danforth DN, et al. Hepatic abscess in patients with chronic granulomatous disease. Ann Surg. 2002 Mar;235(3):383-91. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1422444/?tool=pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11882760?tool=bestpractice.com A drenagem percutânea pode ser útil.
corticosteroides
Pode ser usado para tratar as lesões inflamatórias granulomatosas, reduzindo os sintomas gastrointestinais na doença grave e em exacerbações.
Opções primárias
prednisolona: crianças: 1 mg/kg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir de acordo com a resposta; adultos: 5-60 mg por via oral uma vez ao dia, reduzir de acordo com a resposta
sulfassalazina
Auxilia na redução da inflamação colônica na doença leve.
Outros agentes imunossupressores mais potentes também podem ser usados.
Opções primárias
sulfassalazina: crianças: 50 mg/kg/dia por via oral administrados em doses fracionadas a cada 6 horas; adultos: 500 mg por via oral quatro vezes ao dia; doses mais altas podem ser necessárias ocasionalmente
antibioticoterapia empírica de amplo espectro continuada
O tratamento é de amplo espectro, incluindo cobertura de patógenos entéricos comuns de acordo com as sensibilidades locais.
Recomenda-se a consulta precoce com médicos experientes no cuidado da doença granulomatosa crônica.
Opções primárias
ciprofloxacino: adultos: 200-400 mg por via intravenosa a cada 12 horas
ou
ceftriaxona: crianças: 50-100 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12-24 horas; adultos: 1-2 g por via intravenosa a cada 24 horas
corticosteroides
A maioria das obstruções de víscera oca pode ser tratada com corticosteroides.
Opções primárias
prednisolona: crianças: 1 mg/kg por via oral uma vez ao dia inicialmente, reduzir de acordo com a resposta; adultos: 30-60 mg por via oral uma vez ao dia, reduzir de acordo com a resposta
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A cirurgia é indicada para a obstrução sem resolução ou fístulas graves.[8]Marciano BE, Rosenzweig SD, Kleiner DE, et al. Gastrointestinal involvement in chronic granulomatous disease. Pediatrics. 2004 Aug;114(2):462-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15286231?tool=bestpractice.com [10]Huang A, Abbasakoor F, Vaizey CJ. Gastrointestinal manifestations of chronic granulomatous disease. Colorectal Dis. 2004 Aug;2(8):690-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16970572?tool=bestpractice.com [13]Walther MM, Malech H, Berman A, et al. The urological manifestations of chronic granulomatous disease. J Urol. 1992 May;147(5):1314-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1569675?tool=bestpractice.com
após resolução de episódio agudo
manutenção da profilaxia antibiótica associada a monitoramento vigilante da infecção
Na ausência de infecções ativas que requeiram atenção imediata, é justificável pronto encaminhamento a um especialista com experiência no manejo de pacientes com doença granulomatosa crônica.
Deve-se iniciar imediatamente a profilaxia com antibióticos com sulfametoxazol/trimetoprima ou outros medicamentos semelhantes eficazes contra Staphylococcus aureus e organismos Gram-negativos. Pode ser necessário um agente adicional para cobrir o S aureus resistente à meticilina, se prevalente.
Opções primárias
sulfametoxazol/trimetoprima: crianças e adultos: 5 mg/kg por via oral uma ou duas vezes ao dia
Mais sulfametoxazol/trimetoprimaA dose refere-se ao componente trimetoprima.
Opções secundárias
ciprofloxacino: adultos: 250-500 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
trimetoprima: adultos: 100 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar
ou
cefuroxima: adultos: 250-500 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
cefixima: adultos: 400 mg por via oral uma vez ao dia
ou
cefpodoxima: adultos: 100-400 mg por via oral duas vezes ao dia
manutenção da profilaxia antifúngica
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A profilaxia antifúngica com itraconazol se tornou o padrão de cuidado para os pacientes com doença granulomatosa crônica e mostrou reduzir a incidência de infecção fúngica.[73]Gallin JI, Alling DW, Malech HL, et al. Itraconazole to prevent fungal infections in chronic granulomatous disease. N Engl J Med. 2003 Jun 12;348(24):2416-22. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa021931#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12802027?tool=bestpractice.com Infecções por Aspergillus têm sido a causa mais comum de morte em pacientes com doença granulomatosa crônica, embora isto esteja mudando com o uso disseminado de profilaxia antifúngica.[5]Winkelstein JA, Marino MC, Johnston RB Jr., et al. Chronic granulomatous disease: report on a national registry of 368 patients. Medicine (Baltimore). 2000 May;79(3):155-69. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10844935?tool=bestpractice.com [19]Martire B, Rondelli R, Soresina A, et al. Clinical features, long-term follow-up and outcome of a large cohort of patients with chronic granulomatous disease: an Italian multicenter study. Clin Immunol. 2008 Feb;126(2):155-64. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18037347?tool=bestpractice.com [15]Hasui M. Chronic granulomatous disease in Japan: incidence and natural history. The Study Group of Phagocyte Disorders of Japan. Pediatr Int. 1999 Oct;41(5):589-93. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10530081?tool=bestpractice.com
Se o itraconazol não for tolerado, escolha um medicamento profilático antifúngico alternativo que seja eficaz contra a espécie de Aspergillus.
Voriconazol é uma alternativa oral, mas possui o risco de danos hepáticos reversíveis, fotossensibilidade e malignidade cutânea.[60]Herbrecht R, Denning DW, Patterson TF, et al. Voriconazole versus amphotericin B for primary therapy of invasive aspergillosis. N Engl J Med. 2002 Aug 8;347(6):408-15. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa020191#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12167683?tool=bestpractice.com [61]Antachopoulos C, Walsh TJ, Roilides E. Fungal infections in primary immunodeficiencies. Eur J Pediatr. 2007 Nov;166(11):1099-117. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17551753?tool=bestpractice.com [74]Williams K, Mansh M, Chin-Hong P, et al. Voriconazole-associated cutaneous malignancy: a literature review on photocarcinogenesis in organ transplant recipients. Clin Infect Dis. 2014 Apr;58(7):997-1002 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24363331?tool=bestpractice.com
Posaconazol foi usado na terapia de resgate em pacientes, embora isso restrinja as opções de tratamento para infecção súbita.[75]Segal BH, Barnhart LA, Anderson VL, et al. Posaconazole as salvage therapy in patients with chronic granulomatous disease and invasive filamentous fungal infection. Clin Infect Dis. 2005 Jun 1;40(11):1684-8. https://cid.oxfordjournals.org/content/40/11/1684.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15889369?tool=bestpractice.com
Níveis séricos do medicamento podem ser necessários em pacientes medicados com antifúngicos azólicos.
Opções primárias
itraconazol: crianças: 2.5 mg/kg por via oral duas vezes ao dia, máximo de 200 mg/dose; adultos: 200 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
voriconazol: crianças ≥2 anos de idade: 4 mg/kg por via oral duas vezes ao dia, máximo de 200 mg/dose; adultos: 200 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
posaconazol: crianças ≥2 anos de idade e ≥40 kg de peso corporal e adultos: 300 mg por via oral (liberação retardada) duas vezes ao dia no dia 1, seguidos por 300 mg uma vez ao dia; crianças ≥13 anos de idade e adultos: 200 mg por via oral (suspensão) três vezes ao dia
terapia de manutenção com gamainterferona
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A gamainterferona reduz a incidência de infecção, embora os resultados dos estudos sejam conflitantes.[33]Foster CB, Lehrnbecher T, Mol F, et al. Host defense molecule polymorphisms influence the risk for immune-mediated complications in chronic granulomatous disease. J Clin Invest. 1998 Dec 15;102(12):2146-55. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC509169/pdf/1022146.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9854050?tool=bestpractice.com [76]The International Chronic Granulomatous Disease Cooperative Study Group. A controlled trial of interferon gamma to prevent infection in chronic granulomatous disease. N Engl J Med. 1991 Feb 21;324(8):509-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1846940?tool=bestpractice.com [77]Weening RS, Leitz GJ, Seger RA. Recombinant human interferon-gamma in patients with chronic granulomatous disease - European follow up study. Eur J Pediatr. 1995 Apr;154(4):295-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7607280?tool=bestpractice.com [78]Marciano BE, Wesley R, De Carlo ES, et al. Long-term interferon-gamma therapy for patients with chronic granulomatous disease. Clin Infect Dis. 2004 Sep 1;39(5):692-9. https://cid.oxfordjournals.org/content/39/5/692.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15356785?tool=bestpractice.com [79]Goldblatt D. Current treatment options for chronic granulomatous disease. Expert Opin Pharmacother. 2002 Jul;3(7):857-63. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12083986?tool=bestpractice.com Além disso, os efeitos adversos limitam o uso. A profilaxia de rotina de infecções com gamainterferona é altamente variável entre os especialistas.
A febre é um efeito adverso comum associado ao tratamento com interferona. No entanto, a ocorrência de febre em um paciente com doença granulomatosa crônica sempre justifica uma avaliação clínica.
Consultar um especialista para orientação sobre os esquemas de tratamento e dose; dose depende da área de superfície corporal do paciente.[87]InterMune, Inc. Product information: Actimmune (interferon gamma-1b). 2020 [internet publication]. https://www.actimmune.com
Opções primárias
gamainterferona 1b: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
avaliação para o transplante alogênico de células-tronco
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O transplante alogênico de células-tronco é um procedimento curativo, embora possua seus próprios riscos de mortalidade e morbidade, principalmente se realizado mais tarde na vida do paciente. A sobrevida global é superior a 80%, com a maioria dos pacientes sobreviventes a atingir a cura, principalmente se um doador com antígeno leucocitário humano (HLA) compatível estiver disponível.[80]Hasegawa D, Fukushima M, Hosokawa Y, et al. Successful treatment of chronic granulomatous disease with fludarabine-based reduced-intensity conditioning and unrelated bone marrow transplantation. Int J Hematol. 2008 Jan;87(1):88-90. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18224420?tool=bestpractice.com [81]Sastry J, Kakakios A, Tugwell H, et al. Allogeneic bone marrow transplantation with reduced intensity conditioning for chronic granulomatous disease complicated by invasive Aspergillus infection. Pediatr Blood Cancer. 2006 Sep;47(3):327-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16628555?tool=bestpractice.com [82]Parikh SH, Szabolcs P, Prasad VK, et al. Correction of chronic granulomatous disease after second unrelated-donor umbilical cord transplantation. Pediatr Blood Cancer. 2007 Dec;49(7):982-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17941061?tool=bestpractice.com [83]Seger RA, Gungor T, Belohradsky BH, et al. Treatment of chronic granulomatous disease with myeloablative conditioning and an unmodified hemopoietic allograft: a survey of the European experience, 1985-2000. Blood. 2002 Dec 15;100(13):4344-50. https://bloodjournal.hematologylibrary.org/cgi/content/full/100/13/4344 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12393596?tool=bestpractice.com [84]Del Giudice I, Iori AP, Mengarelli A, et al. Allogeneic stem cell transplant from HLA-identical sibling for chronic granulomatous disease and review of the literature. Ann Hematol. 2003 Mar;82(3):189-92. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12634956?tool=bestpractice.com [85]Kansoy S, Kutukculer N, Aksoylar S, et al. Successful bone marrow transplantation in an 8-month-old patient with chronic granulomatous disease. Turk J Pediatr. 2006 Jul-Sep;48(3):253-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17172071?tool=bestpractice.com [86]Soncini E, Slatter MA, Jones LB, et al. Unrelated donor and HLA-identical sibling haematopoietic stem cell transplantation cure chronic granulomatous disease with good long-term outcome and growth. Br J Haematol. 2009 Apr;145(1):73-83. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2141.2009.07614.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19222467?tool=bestpractice.com
O transplante deve ser considerado se um doador familiar compatível estiver disponível.[53]Bonilla FA, Khan DA, Ballas ZK, et al. Practice parameter for the diagnosis and management of primary immunodeficiency. J Allergy Clin Immunol. 2015 Nov;136(5):1186-205.e1-78. https://www.doi.org/10.1016/j.jaci.2015.04.049 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26371839?tool=bestpractice.com Adicionalmente, doadores compatíveis não familiares (incluindo sangue do cordão umbilical) devem ser considerados como fontes apropriadas para células-tronco em crianças.
Em adultos, deve-se fazer uma consideração cuidadosa dados os riscos e benefícios em potencial do transplante de células-tronco.
O transplante de células-tronco deve ser realizado em centros clínicos especializados no transplante para transtornos de imunodeficiência primária.
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal