Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

Inicial

todos os pacientes

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1ª linha – 

resgate da água

Reconhecer sofrimento e pedir ajuda.

Oferecer flutuação para interromper o processo de afogamento. É preferível jogar um objeto flutuante ou manobrar uma embarcação até a vítima.

Pessoas leigas e socorristas sem treinamento especializado em resgate da água jamais devem entrar na água para tentar um resgate.

A vítima deve ser removida da água na posição mais horizontal possível, com as vias aéreas abertas.

Em terra, a vítima deve ser colocada na posição supina, com o tronco e a cabeça ao mesmo nível.

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Considerar – 

ressuscitação na água

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Dados retrospectivos sugerem que, para uma vítima inconsciente, ventilação na água por indivíduos treinados pode aumentar a probabilidade de alta neurologicamente intacta do hospital.[45]

No caso de ausência de resposta à ventilação dentro da água (até 5 ventilações boca-a-boca apenas), deve-se pressupor parada cardíaca na vítima. A ressuscitação cardiopulmonar com compressão do tórax e ventilação deve ser iniciada assim que a vítima estiver fora da água. Consulte Parada cardíaca (Manejo).

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Considerar – 

considerações da coluna cervical

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Não é indicada a restrição do movimento de rotina da coluna para a maioria das vítimas de afogamento porque a incidência é extremamente baixa.[40][41]

Se houver suspeita de lesão na coluna cervical, esta deverá ser mantida na linha média, mas a tentativa de restringir o movimento com colares cervicais ou pranchas para a coluna nunca deve impedir os esforços de ressuscitação.

Os indivíduos com lesão na coluna cervical confirmada geralmente apresentam história óbvia ou sinais de trauma significativo; o exame de imagem da coluna cervical não é recomendado para pacientes em que não foi testemunhado trauma anterior ao afogamento.

AGUDA

grau 1 (tosse com ausculta pulmonar normal)

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1ª linha – 

observação

Suporte respiratório e oxigênio não devem ser necessários.[43] Em geral, os pacientes podem ser liberados da cena sem orientação.

Pacientes de grau 1 (conscientes e alertas; tosse com ausculta pulmonar normal) que chegam ao pronto-socorro poderão ser observados sem oxigênio por algumas horas e liberados se os sinais vitais, os sintomas, o exame pulmonar e a atividade mental permanecerem normais.[17][56][57]

Embora complicações pulmonares tardias sejam raras, vítimas de afogamento devem ser aconselhadas a procurar orientação médica imediata se tiverem tosse, dispneia, febre ou outro sintoma preocupante no período subsequente de 8 horas.[47]

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associado a – 

reaquecimento

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O reaquecimento passivo (incluindo a remoção de roupas molhadas, além de secar e cobrir o paciente) é a opção de tratamento de escolha para casos leves.

O reaquecimento externo ativo é indicado para hipotermia moderada a grave. Além de cobrir o paciente com cobertores quentes, aplica-se ar aquecido artificialmente direto ao corpo do paciente. O uso de um aquecedor Bair-Hugger é um bom exemplo.

grau 2 (estertores em alguns campos pulmonares)

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1ª linha – 

suporte respiratório e oxigênio

Oferece a maior concentração de oxigênio disponível com base no estado do paciente, com um objetivo de SaPO2 entre 92% e 96%.[43][48] Em geral, esse objetivo pode ser alcançado com cânula nasal ou máscara facial.

Considere um período de observação de 6 horas no pronto-socorro. Se o paciente não precisar de oxigênio suplementar por esse período, com sinais vitais e atividade mental normalizados, e não houver outras condições clínicas/traumáticas que requeiram tratamento, considere a alta com acompanhamento estrito.[56][57]

Se precisar de oxigênio suplementar, os sinais vitais ou a atividade mental não estiverem normalizados, o acompanhamento for precário ou se o paciente/família não estiver confortável para retornar para casa, interne o paciente em uma unidade não intensiva.

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associado a – 

reaquecimento

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O reaquecimento passivo (incluindo a remoção de roupas molhadas, além de secar e cobrir o paciente) é a opção de tratamento de escolha para casos leves.

O reaquecimento externo ativo é indicado para hipotermia moderada a grave. Além de cobrir o paciente com cobertores quentes, aplica-se ar aquecido artificialmente direto ao corpo do paciente. O uso de um aquecedor Bair-Hugger é um bom exemplo.

grau 3 (edema pulmonar agudo sem hipotensão nem choque)

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1ª linha – 

suporte respiratório e oxigênio

Com base na condição do paciente, oferece a maior concentração de oxigênio disponível por meio de ventilação não invasiva ou invasiva.

Ventilação não invasiva com pressão positiva (VNIPP) poderá ser considerada se o estado mental do paciente permitir e as vias aéreas estiverem sem vômitos e secreções. Se o paciente não melhorar após um ciclo curto de VNIPP, converta rapidamente em intubação endotraqueal (IET).[49][50]

Caso seja necessária uma via aérea avançada, somente socorristas com taxa alta de sucesso em intubações traqueais devem realizar a intubação traqueal.[36] O consenso entre os especialistas determina uma taxa alta de sucesso acima de 95% em duas tentativas na intubação.[38]

A IET é ideal, mas pode ser desafiador implementá-la em razão da abundância de fluidos nas vias aéreas. Os esforços para limpar as vias aéreas devem ser limitados, pois geralmente serão fúteis.

Em virtude da evolução clínica semelhante, recomenda-se seguir estratégias de ventilação focadas na síndrome do desconforto respiratório agudo.[43]

A pressão expiratória final positiva (PEEP) deve ser adicionada inicialmente a um nível de 5 cm H₂O. Aumente em incrementos de 2 a 3 cm H₂O, se possível, até se atingir o shunt intrapulmonar desejado (QS:QT) de 20% ou menos ou uma taxa de pressão parcial de oxigênio arterial para a fração de oxigênio inspirada (PaO₂:FiO₂) de 250 ou mais. O nível de PEEP deve permanecer inalterado por 48 horas para permitir a regeneração adequada de surfactantes e o consequente recrutamento alveolar antes da tentativa de desmame. O desmame precoce (menos de 48 horas) da ventilação mecânica pode causar o retorno do edema pulmonar com a necessidade de reintubação, uma internação hospitalar prolongada e morbidade adicional.[43]

Internação em unidade de terapia intensiva.

A oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) pode ser indicada nos casos de hipóxia refratária a medidas iniciais de tratamento. Se os recursos e protocolos locais permitirem, as vítimas de afogamento que apresentam hipóxia devem ser encaminhadas a um centro equipado para ECMO após a ressuscitação inicial.[38]

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associado a – 

reaquecimento

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O reaquecimento passivo (incluindo a remoção de roupas molhadas, além de secar e cobrir o paciente) é a opção de tratamento de escolha para casos leves.

O reaquecimento externo ativo é indicado para hipotermia moderada a grave. Além de cobrir o paciente com cobertores quentes, aplica-se ar aquecido artificialmente direto ao corpo do paciente. O uso de um aquecedor Bair-Hugger é um bom exemplo.

grau 4 (edema pulmonar agudo com hipotensão ou choque)

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1ª linha – 

suporte respiratório e oxigênio

Com base na condição do paciente, oferece a maior concentração de oxigênio disponível por meio de ventilação não invasiva ou invasiva.

Ventilação não invasiva com pressão positiva (VNIPP) poderá ser considerada se o estado mental do paciente permitir e as vias aéreas estiverem sem vômitos e secreções. Se o paciente não melhorar após um ciclo curto de VNIPP, converta rapidamente em intubação endotraqueal (IET).[49][50]

Caso seja necessária uma via aérea avançada, somente socorristas com taxa alta de sucesso em intubações traqueais devem realizar a intubação traqueal.[36] O consenso entre os especialistas determina uma taxa alta de sucesso acima de 95% em duas tentativas na intubação.[38]

A IET é ideal, mas pode ser desafiador implementá-la em razão da abundância de fluidos nas vias aéreas. Os esforços para limpar as vias aéreas devem ser limitados, pois geralmente serão fúteis.

Em virtude da evolução clínica semelhante, recomenda-se seguir estratégias de ventilação focadas na síndrome do desconforto respiratório agudo.[43]

A pressão expiratória final positiva (PEEP) deve ser adicionada inicialmente a um nível de 5 cm H₂O. Aumente em incrementos de 2 a 3 cm H₂O, se possível, até se atingir o shunt intrapulmonar desejado (QS:QT) de 20% ou menos ou uma taxa de pressão parcial de oxigênio arterial para a fração de oxigênio inspirada (PaO₂:FiO₂) de 250 ou mais. O nível de PEEP deve permanecer inalterado por 48 horas para permitir a regeneração adequada de surfactantes e o consequente recrutamento alveolar antes da tentativa de desmame. O desmame precoce (menos de 48 horas) da ventilação mecânica pode causar o retorno do edema pulmonar com a necessidade de reintubação, uma internação hospitalar prolongada e morbidade adicional.[43]

Internação em unidade de terapia intensiva.

A oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) pode ser indicada nos casos de hipóxia refratária a medidas iniciais de tratamento. Se os recursos e protocolos locais permitirem, as vítimas de afogamento que apresentam hipóxia devem ser encaminhadas a um centro equipado para ECMO após a ressuscitação inicial.[38]

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Considerar – 

fluidoterapia intravenosa ± vasopressor

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Reversão da hipóxia e/ou hipotermia pode resolver a hipotensão. Pode ser necessária uma infusão intravenosa com cristaloides.

A respiração deve ser monitorada, uma vez que uma parada respiratória ainda pode ocorrer.[43]

Hipotensão refratária pode requerer vasopressores. Se o paciente estiver gravemente hipotérmico, os medicamentos cardioativos podem atingir níveis tóxicos, se ministrados repetidamente. Por esses motivos, os medicamentos intravenosos muitas vezes são suspensos quando a temperatura corporal central do paciente é <30 °C (<86 °F).[38] Se a temperatura corporal central for >30 °C (>86 °F), os medicamentos intravenosos poderão ser administrados, mas com intervalos maiores entre as doses.[37] Aumente os intervalos de administração da adrenalina para 6-10 minutos se a temperatura central for de 30 °C a 34 °C.[38]

Opções primárias

adrenalina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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associado a – 

reaquecimento

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O reaquecimento passivo (incluindo a remoção de roupas molhadas, além de secar e cobrir o paciente) é a opção de tratamento de escolha para casos leves.

O reaquecimento externo ativo é indicado para hipotermia moderada a grave. Além de cobrir o paciente com cobertores quentes, aplica-se ar aquecido artificialmente direto ao corpo do paciente. O uso de um aquecedor Bair-Hugger é um bom exemplo.

grau 5 (sem ventilação espontânea, pulso carotídeo presente)

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1ª linha – 

suporte respiratório e oxigênio

O tratamento inicial de pacientes apneicos com pulso palpável é realizado por meio de respiração boca-a-boca (viável) ou boca-a-boca com uso de máscara (máscara de bolso, geralmente não viável), ou reanimador manual autoinflável.

Em geral, a parada respiratória é revertida após algumas (menos de 10) respirações impostas.[43]

Caso seja necessária uma via aérea avançada, somente socorristas com taxa alta de sucesso em intubações traqueais devem realizar a intubação traqueal.[36] O consenso entre os especialistas determina uma taxa alta de sucesso acima de 95% em duas tentativas na intubação.[38]

A intubação endotraqueal é ideal, mas pode ser desafiador implementá-la em razão da abundância de fluidos nas vias aéreas. Os esforços para limpar as vias aéreas devem ser limitados, pois geralmente serão fúteis.

Em virtude da evolução clínica semelhante, recomenda-se seguir estratégias de ventilação focadas na síndrome do desconforto respiratório agudo.[43]

A pressão expiratória final positiva (PEEP) deve ser adicionada inicialmente a um nível de 5 cm H₂O. Aumente em incrementos de 2 a 3 cm H₂O, se possível, até se atingir o shunt intrapulmonar desejado (QS:QT) de 20% ou menos ou uma taxa de pressão parcial de oxigênio arterial para a fração de oxigênio inspirada (PaO₂:FiO₂) de 250 ou mais. O nível de PEEP deve permanecer inalterado por 48 horas para permitir a regeneração adequada de surfactantes e o consequente recrutamento alveolar antes da tentativa de desmame. O desmame precoce (menos de 48 horas) da ventilação mecânica pode causar o retorno do edema pulmonar com a necessidade de reintubação, uma internação hospitalar prolongada e morbidade adicional.[43]

Internação em unidade de terapia intensiva.

A oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) pode ser indicada nos casos de hipóxia refratária a medidas iniciais de tratamento. Se os recursos e protocolos locais permitirem, as vítimas de afogamento que apresentam hipóxia devem ser encaminhadas a um centro equipado para ECMO após a ressuscitação inicial.[38]

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Considerar – 

fluidoterapia intravenosa ± vasopressor

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Reversão da hipóxia e/ou hipotermia pode resolver a hipotensão. Pode ser necessária uma infusão intravenosa com cristaloides.

A respiração deve ser monitorada, uma vez que uma parada respiratória ainda pode ocorrer.[43]

Hipotensão refratária pode requerer vasopressores. Se o paciente estiver gravemente hipotérmico, os medicamentos cardioativos podem atingir níveis tóxicos, se ministrados repetidamente. Por esses motivos, os medicamentos intravenosos muitas vezes são suspensos quando a temperatura corporal central do paciente é <30 °C (<86 °F).[38] Se a temperatura corporal central for >30 °C (>86 °F), os medicamentos intravenosos poderão ser administrados, mas com intervalos maiores entre as doses.[37] Aumente os intervalos de administração da adrenalina para 6-10 minutos se a temperatura central for de 30 °C a 34 °C.[38]

Opções primárias

adrenalina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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associado a – 

reaquecimento

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Hipotermia grave (temperatura corporal <30 ºC) pode ser associada à depressão acentuada de funções corporais importantes, de modo que o paciente pode parecer morto durante a avaliação inicial.[36][37][38]

O reaquecimento passivo (incluindo a remoção de roupas molhadas, além de secar e cobrir o paciente) é a opção de tratamento de escolha para casos leves.

O reaquecimento externo ativo é indicado para hipotermia moderada a grave. Além de cobrir o paciente com cobertores quentes, aplica-se ar aquecido artificialmente direto ao corpo do paciente. O uso de um aquecedor Bair-Hugger é um bom exemplo.

As técnicas de reaquecimento interno incluem reaquecimento das vias aéreas com oxigênio umidificado a 40 °C (104 °F), fluidoterapia intravenosa aquecida e lavagem peritoneal. O aquecimento sanguíneo extracorpóreo é o método mais eficaz e aumenta a temperatura central em 1°C a 2°C (1.8 °F a 3.6 °F) a cada 3 a 5 minutos.[52]

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associado a – 

ressuscitação cardiopulmonar (RCP)

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Administre 5 ventilações iniciais seguidas por 30 compressões do tórax em uma vítima de afogamento que não apresenta evidências físicas de morte (por exemplo, rigor mortis, decomposição, hemisseção, decapitação).

A RCP deve ser iniciada com uma respiração às taxas de compressão de 30:2 para adultos e 15:2 para crianças.[36]

Se houver um desfibrilador automatizado ou manual disponível, ele poderá aplicado, desde que não impeça RCP de alta qualidade.

Caso seja necessária uma via aérea avançada, somente socorristas com taxa alta de sucesso em intubações traqueais devem realizar a intubação traqueal.[36] O consenso entre os especialistas determina uma taxa alta de sucesso acima de 95% em duas tentativas na intubação.[38]

Se for realizada uma intubação endotraqueal, utilize compressões contínuas com uma respiração a cada 6 segundos.[36]

O estômago deve ser descomprimido usando um tubo gástrico após concluir a ressuscitação inicial.[36]​ Consulte Parada cardíaca (Manejo).

grau 6 (parada cardiopulmonar)

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1ª linha – 

ressuscitação cardiopulmonar (RCP) ± medicamentos de suporte avançado de vida

A maioria dos pacientes com parada cardíaca por afogamento terá atividade elétrica sem pulso ou assistolia.[55]

Administre 5 ventilações iniciais seguidas por 30 compressões do tórax em uma vítima de afogamento que não apresenta evidências físicas de morte (por exemplo, rigor mortis, decomposição, hemisseção, decapitação).

A RCP deve ser iniciada com uma respiração às taxas de compressão de 30:2 para adultos e 15:2 para crianças.[36]

Durante o manejo de uma parada cardiorrespiratória pediátrica, deve-se realizar compressões torácicas contínuas após o posicionamento do tubo traqueal. Nesse caso, as ventilações devem se aproximar do limite inferior da taxa normal para a idade: para lactentes, 25 respirações por minuto; para crianças de 1-8 anos, 20 respirações por minuto; para crianças de 8-12 anos, 15 respirações por minuto; e para crianças >12 anos, 10-12 respirações por minuto.[54]

Se houver um desfibrilador automatizado ou manual disponível, ele poderá aplicado, desde que não impeça RCP de alta qualidade.

Caso seja necessária uma via aérea avançada, somente socorristas com taxa alta de sucesso em intubações traqueais devem realizar a intubação traqueal.[36] O consenso entre os especialistas determina uma taxa alta de sucesso acima de 95% em duas tentativas na intubação.[38]

Se for realizada uma intubação endotraqueal, utilize compressões contínuas com uma respiração a cada 6 segundos.[36]

O estômago deve ser descomprimido usando um tubo gástrico após concluir a ressuscitação inicial.[36]

Considere medicamentos de Suporte Avançado de Vida em cardiologia conforme indicado, especialmente adrenalina. Se o paciente estiver gravemente hipotérmico, os medicamentos cardioativos podem atingir níveis tóxicos, se ministrados repetidamente. Por esses motivos, os medicamentos intravenosos muitas vezes são suspensos quando a temperatura corporal central do paciente é <30 °C (<86 °F).[38] Se a temperatura corporal central for >30 °C (>86 °F), os medicamentos intravenosos poderão ser administrados, mas com intervalos maiores entre as doses.[37] Aumente os intervalos de administração da adrenalina para 6-10 minutos se a temperatura central for de 30 °C a 34 °C.[38]

Amiodarona pode ser usada para taquicardia ventricular refratária/fibrilação ventricular.

Consulte Parada cardíaca (Manejo).

Opções primárias

adrenalina: 1 mg por via intravenosa a cada 3-5 minutos

ou

amiodarona: 300 mg por via intravenosa em dose única

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Considerar – 

fluidoterapia intravenosa ± vasopressor

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Reversão da hipóxia e/ou hipotermia pode resolver a hipotensão. Pode ser necessária uma infusão intravenosa com cristaloides.

A respiração deve ser monitorada, uma vez que uma parada respiratória ainda pode ocorrer.[43]

Hipotensão refratária pode requerer vasopressores. Se o paciente estiver gravemente hipotérmico, os medicamentos cardioativos podem atingir níveis tóxicos, se ministrados repetidamente. Por esses motivos, os medicamentos intravenosos muitas vezes são suspensos quando a temperatura corporal central do paciente é <30 °C (<86 °F).[38] Se a temperatura corporal central for >30 °C (>86 °F), os medicamentos intravenosos poderão ser administrados, mas com intervalos maiores entre as doses.[37] Aumente os intervalos de administração da adrenalina para 6-10 minutos se a temperatura central for de 30 °C a 34 °C.[38]

Opções primárias

adrenalina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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associado a – 

reaquecimento

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Hipotermia grave (temperatura corporal <30 ºC) pode ser associada à depressão acentuada de funções corporais importantes, de modo que o paciente pode parecer morto durante a avaliação inicial. Diretrizes de ressuscitação recomendam que a RCP deve ser continuada a menos que a vítima esteja inquestionavelmente morta. Os pacientes não devem ser considerados mortos até que se consiga fornecer aquecimento.[36][37][38]

Para submersão prolongada, submersão em água fria ou se o paciente for considerado hipotérmico, medidas de reaquecimento passivo e ativo devem ser administradas.[36] Na parada cardíaca hipotérmica, os pacientes devem ser encaminhados a um centro capaz de fornecer suporte extracorpóreo (ECLS) após a reanimação inicial, se os recursos locais e os protocolos permitirem.[38]

O reaquecimento externo ativo é indicado para hipotermia moderada a grave. Além de cobrir o paciente com cobertores quentes, aplica-se ar aquecido artificialmente direto ao corpo do paciente. O uso de um aquecedor Bair-Hugger é um bom exemplo.

As técnicas de reaquecimento interno incluem reaquecimento das vias aéreas com oxigênio umidificado a 40 °C (104 °F), fluidoterapia intravenosa aquecida e lavagem peritoneal. O aquecimento sanguíneo extracorpóreo é o método mais eficaz e aumenta a temperatura central em 1 °C a 2 °C (1.8 °F a 3.6 °F) a cada 3 a 5 minutos.[52]

O controle direcionado da temperatura (TTM) é recomendado para os adultos após uma parada cardíaca fora do hospital ou intra-hospitalar (PCFH ou PCIH) com qualquer ritmo inicial que permaneça sem resposta clínica após o retorno da circulação espontânea. Uma meta de temperatura em um valor constante entre 32 °C e 36 °C deve ser mantida por pelo menos 24 horas. A febre (>37.7 °C) deve ser evitada por pelo menos 72 horas após o retorno da circulação espontânea nos pacientes que permaneçam em coma.

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associado a – 

suporte respiratório e oxigênio

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

É provável que a ventilação exija suporte contínuo após o RCE, seja por respiração boca a boca, boca a boca com máscara (máscara de bolso), reanimador manual autoinflável (RMA) ou avanço das vias aéreas inserido durante ressuscitação cardiopulmonar. Alguns pacientes podem permanecer dependentes da respiração de resgate até que a ventilação espontânea se torne mais eficiente.

Caso seja necessária uma via aérea avançada, somente socorristas com taxa alta de sucesso em intubações traqueais devem realizar a intubação traqueal.[36] O consenso entre os especialistas determina uma taxa alta de sucesso acima de 95% em duas tentativas na intubação.[38]

A intubação endotraqueal (IET) é ideal, mas pode ser desafiador implementá-la em razão da abundância de fluidos nas vias aéreas. Os esforços para limpar as vias aéreas de vômitos, água ou fluido pulmonar expelido devem ser limitados, pois geralmente são fúteis e protelam intervenções necessárias.

Se não houver equipamento de IET disponível, ou a avaliação das vias aéreas sugerir que a IET pode ser difícil, um dispositivo supraglótico pode ser usado. Se o dispositivo supraglótico não resultar em ventilação suficiente (por exemplo, devido a uma redução da complacência pulmonar que exija altas pressões de insuflação), remova e continue as ventilações com RMA ou proceda à IET, caso disponível.[36][43]

Se não for possível fornecer ventilações em decorrência da obstrução das vias aéreas (incomum), pode ser realizada uma tentativa de rolar o paciente rapidamente e aplicar sucção, com o objetivo de retomar as ventilações rapidamente.

Embora não haja evidências suficientes para apoiar uma PaCO₂ ou uma saturação de oxigênio desejadas específicas durante e após a ressuscitação, a hipoxemia e a hipercapnia devem ser evitadas.

Em virtude da evolução clínica semelhante, recomenda-se seguir estratégias de ventilação focadas na síndrome do desconforto respiratório agudo.[43]

A pressão expiratória final positiva (PEEP) deve ser adicionada inicialmente a um nível de 5 cm H₂O. Aumente em incrementos de 2 a 3 cm H₂O, se possível, até se atingir o shunt intrapulmonar desejado (QS:QT) de 20% ou menos ou uma taxa de pressão parcial de oxigênio arterial para a fração de oxigênio inspirada (PaO₂:FiO₂) de 250 ou mais. O nível de PEEP deve permanecer inalterado por 48 horas para permitir a regeneração adequada de surfactantes e o consequente recrutamento alveolar antes da tentativa de desmame. O desmame precoce (menos de 48 horas) da ventilação mecânica pode causar o retorno do edema pulmonar com a necessidade de reintubação, uma internação hospitalar prolongada e morbidade adicional.[43]

Internação em unidade de terapia intensiva.

A oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) pode ser indicada nos casos de hipóxia refratária a medidas iniciais de tratamento. Se os recursos e protocolos locais permitirem, as vítimas de afogamento que apresentam hipóxia devem ser encaminhadas a um centro equipado para ECMO após a ressuscitação inicial.[38]

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